São tantas as vezes que vos falo das nossas noites, por isso, hoje falo-vos do nosso dia, até porque a segunda-feira tem sempre aquele efeito em mim de interiorizar a ideia de "recomeçar", de "novas oportunidades" e, sobretudo, de tentar fazer mais e melhor - o que, no meu caso, se reflecte muito no estabelecimento das nossas rotinas cá em casa, na sua organização e na gestão do meu tempo.
Então, basicamente, um dia normal sem compromissos na agenda, passa-se - mais ou menos - assim:
8:00 - Acordar (eu e a Laura); dar de mamar e, entretanto, ajudar a acabar de preparar o Vicente para sair com o pai para a escola;
8:45 - Tomar o pequeno-almoço e, de seguida, vestir e preparar a Laura.
9:10 - Aproveitar que é da parte da manhã que está mais bem disposta e deixá-la entretida enquanto passo a revisão à casa: fazer camas, arrumar o que estiver espalhado pela casa, etc, etc...
Em relação às tarefas das casa, eu tenho sempre a impressão que para se conseguir uma certa ordem e evitar o mais possível deixar acumular coisas espalhadas pela mesma, o dia-a-dia tem que se processar quase de forma mecanizada, em que nada pode falhar. Por exemplo, terminada uma refeição, há que imediatamente levantar a mesa e colocar a louça suja na máquina ou passá-la por água; chegamos a casa, os casacos e os sapatos vão imediatamente para o seu lugar de origem; trocar de roupa? A antiga é logo separada e, ou volta para a gaveta ou vai para lavar. E isto repetido até à mais ínfima coisa.
Estar em casa um dia inteiro faz-nos sentir quase como estando a trabalhar de acordo com o taylorismo, apenas com uma pequena diferença em relação ao número/diversidade de tarefas que realizamos por dia.
E se por ventura, vamos sendo interrompidos a meio de qualquer coisa, é o suficiente para chegar ao fim do dia com a casa sempre virada do avesso, sendo possível fazer uma reconstrução quase exacta de tudo aquilo que fizemos - e já nem vou falar quando chega ao fim da semana.
Prosseguindo...
10h00 - A Laura começa a ficar impaciente, mas ainda consigo aproveitar os últimos 45 minutos para começar a organizar o meu trabalho.
11h00 - Preparar e dar almoço à Laura.
11h40 - Mudar fralda, lavá-la e, se for preciso, mudar a roupa.
12h00 - Ela dorme a única sesta garantida que temos por dia e, por vezes, a mais longa também.
Dependendo do tempo que leva a adormecer e do tempo que dorme, o resto do dia é um pouco à sorte.
13h00 - Tomo banho e tenho-me apercebido estou estou cada vez mais eficiente e mais rápida nesta tarefa.
Por exemplo, hoje enquanto fiz uma máscara no rosto, pus creme no corpo, vesti-me e sequei o cabelo, quando terminei já era altura de retirá-la, lavar a cara e voilá... pronta e tudo em 15 minutos.
13h00 - Aproveitar ao máximo o tempo da sesta para escrever, responder a mails. Faço tudo o que exiga de mim uma maior concentração.
14h30 - Almoço (mas já comi alguma coisa a meio da manhã)
15h00/15h30 - Lanche da Laura
16h30/17h30 - Hora de ir buscar o Vicente à escola e, a partir daí, liga-se o modo mãe para que o fim do dia seja o menos caótico possível e com menos birras possível. O meu lema é apenas um: fazer tudo com tempo, porque se o Vicente sente que está a ficar tarde, sabe que eu vou começar a ficar stressada, a Laura vai começar a berrar e ele deixa de colaborar de livre vontade.
Entre os banhos e o jantar, que tento que seja às 19h00 para a Laura e às 19h30 para o Vicente e com excepção do Vicente que tem os seus horários muito rotinados, com a Laura nunca se sabe e funcionamos como se todos os dias comprássemos um bilhete de lotaria e andássemos a tentar a nossa sorte, à espera do dia em que os vencedores sejamos nós.
Ontem, por exemplo, foram 2h30 para a adormecer, entre as 20h00 e as 22h30 - e cheia de sono, faria se não estivesse. E tudo o que eu pudesse querer depois de ter os dois a dormir, deixo de conseguir, porque aqueles horas de choro retiram toda a energia até ao meu último "neuroniozinho".
Hoje é segunda-feira - mais um recomeço - e, neste dia, gostaria de ter acrescentado uma ida ao ginásio e mais tempo para trabalhar nos meus projectos, que a Laura dormisse tudo o que precisa, com menos choros e que o fim do dia e a noite fossem mais brandos e que me permitissem ter o tal tempo para mim que me falta durante o dia.
No entanto, estes dias assim já são dias bons, não gosto dos dias em que não consigo almoçar, em que não consigo tomar banho, em que há mais momentos de choro e de impaciência do que de boa disposição. Não gosto do caos, vocês sabem! Prefiro as rotinas, um pouco de ordem e saber que um dia chega-me para fazer 70% daquilo a que me proponho sempre que acordo.
E esta vai ser mais uma semana em que vou estar focada nas rotinas da Laura e sempre com a esperança renovada de que vai melhorar - mas sobre isso falarei num outro post.
Boa tarde.
Boa semana ❤
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