Tirar parecenças
07.07.16 | Vera Dias Pinheiro
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Fotografia Lovetography |
O bebé é parecido com o pai ou com a mãe?
Esta é a pergunta que mais se ouve logo após o nascimento de um bebé, uma pergunta que as pessoas insistem em fazer como se fosse absolutamente imprescindível "classificar" um determinado bebé com o seu pai ou com a sua mãe ou, às vezes, até com uma avó ou com uma tia! Eu percebo a pergunta, mas, confesso, que não entendo a necessidade. Não entendo, sobretudo, quando é para dizer à mãe, que passou cerca de nove meses grávida, que o filho que ela acabou de ter, é a cara chapada do pai - mesmo que o achem. Um bebé que, muitas vezes, mal abre os olhos, está todo encarnadinho e todo encaracolado.
A necessidade de tirar as parecenças é quase cultural e parece ser também urgente, no entanto, eu quando olho para os meus filhos, não vejo a cara da mãe ou do pai, vejo o Vicente e vejo a Laura, cada um com a sua personalidade. Já lhes tirei fotografias em que, mais tarde, os achei mais parecidos comigo numa ou outra expressão, mas apenas isso- numa ou outra expressão - porque quando eu olho para eles, eu vejo a personalidade de cada um.
No entanto, ao que parece, eu tenho um filho que é a cara do pai e uma filha que é a cara do irmão... resta-me esperar que, pelo menos os genes, sejam os da mãe! :)
E, por aí, há filhos só da mãe e filhos só do pai? :)