Passei só para vos dizer "i am alive" e desejar bom fim-de-semana
Tudo seria bem mais fácil se eu conseguisse escrever só por escrever, do género escrever para “encher chouriços”. Mas a verdade é que não sou esse género e, para mais, quando tenho alguma coisa a pairar em cima de mim, é como se ficasse dominada por aquilo. Entendem?
No caso “essa coisa” não é coisa para o imediato, o que é grave, no caso, porque não quero andar nesta bolha - meio cá, meio lá - a consumir-me até ao facto ser consumado. Porém, a verdade é que, sinto-me um pouco dominada por isso, deve ser a tal ansiedade que não controlamos.
Acredito que o facto de o mês de janeiro estar a ser tão longo também tenha alguma influência. Afinal, parece que o tempo não passa, o que, ao mesmo tempo, nos dá uma certa sensação de estagnação.
O que é um pouco contraditório, afinal, queixámo-nos sempre muito que p tempo passa a correr e do facto de não termos tempo para nada. Enfim... ninguém disse que sermos humanos era fácil, não é?
Depois, os entendidos nestas coisas dos astros, dizem que a culpa é, afinal, da lua e que, no fundo, esta sensação acaba por ser um pouco transversal a todos nós. A solução? Bom, acho que aceitar e respeitar o nosso tempo. O que eu acho que é muito importante, porque cobramos muito de nós e colocamos muita pressão e, às vezes, não existe rigorosamente nada que possamos fazer para mudar o que quer que seja.
Todavia, sabem o que me custa mesmo?
Ok, tudo bem que eu aceito, mas não deixo de me sentir um pouco aquém do que deveriam ser os meus dias. E como se me tivesse bloqueado, em que o meu foco já não está exactamente aqui e passou a estar em algo futuro.
Resta-me o conforto de quem acorda de manhã sempre com a esperança que é naquele dia que as coisas vão mudar. E, assim, tenho sido extremamente eficiente: acordamos cedo, deixo a casa em ordem antes de sairmos, os miúdos ficam bem na escola, vou ao ginásio, tenho tido alguma organização na gestão da vida familiar, entre as refeições, as compras de supermercado, as roupas e todas essas coisas que nos consomem bastante tempo.
E hoje até esteve sol, não há motivos para nós queixarmos dos efeitos da falta de vitamina D.
Mas sabem? Desde o ano passado que a nossa vida familiar tem vindo a evoluir, mesmo com todos os problemas e adversidades que existem em todas elas. Está a evoluir e estamos a tomar decisões importantes enquanto família, a quatro, porque a verdade é que para que este projecto funcione há que ter objectivos comuns, temos que remar na mesma direção e estarmos unidos.
Tudo está a acontecer por uma razão, que é boa, só que, talvez, eu não consiga ser tão multitasking quanto gostaria e não gosto de fazer nada que em esforço. Tenho dias em que sentar-me e concentrar-me no presente, é difícil. As coisas não fluem e eu não tenho forçado.
O que é certo é que não me posso queixar de monotonia na minha/nossa vida. Muito pelo contrário, é bastante preenchida com desafios. Por agora, irei continuar com a mesma postura: encarar cada dia como uma nova oportunidade, até que, finalmente, a minha mente e o meu corpo se alinhem… no presente.
Bom fim-de-semana.