Continuamos a viver confinados e os dias continuam a passar. Muitos de nós já celebramos aniversários e ouras datas especiais nestas características particulares. E daqui a poucos dias, celebra-se a Páscoa. Os dias seguem-se com altos e baixos e acredito que desse lado seja idêntico. Esforçamo-nos para ter alguma normalidade, por estar positivos e até por encontrar alguma compreensão divina para tudo o que estamos a viver. A tarefa que nos foi incumbida não é de todo fácil.

Deste lado, temos feito um esforço por ter alguma compaixão por nós, pelos nossos estados de espíritos (que vão sendo diferentes), pelos momentos em que não estamos bem e em que perdemos a paciência. Rezamos todos os dias e, nesta fase, os quatro pedimos muita compreensão para os momentos menos bons e força para aguentarmos e para que o amanhã seja melhor.  Nós, os adultos, que não queremos discutir, não queremos implicar por coisas mínimas, não queremos sufocar na falta de espaço e os miúdos que, por sua vez, embora tranquilos, noto com o avançar dos dias mais impaciência. Aborrecem-se por estarem fechados, acumulam energia que exteriorizam de diferentes formas, assim como os sentimentos e as saudades que sentem.

Não tem sido fácil manter a normalidade e agora que o Vicente está de férias sinto uma pressão muito maior de exigência de atenção, para além do trabalho de casa que nunca está em dia e das horas que passo a cozinhar. Talvez essa incapacidade se deva também ao facto de eu própria começar a sentir-me “presa” e a chegar ao meu limiar de calma e de razoabilidade perante tudo isto. Perante tantas outras adversidades da vida e do mundo que vivi, ver-me privada da minha liberdade, sobretudo no que toca às coisas mais básicas e essenciais, começa a accionar outros botões dentro de mim.

Entretanto, mesmo com estes dias vividos um pouco sem norte e com o foco um pouco perdido pelo facto de me sentir esmagada com tanta informação a ser disparada de tantos lados, sentia vontade fazer algo que pudesse de alguma forma marcar a diferença. Que fosse símbolo de conforto, amor, fé, esperança e força. Porém, mais do que partilhar isso apenas consigo, queria que cada um de vós pudesse partilhar com outro alguém e assim, neste esforço de aproximação espiritual, colmatar a distância física a que somos forçados a viver actualmente de familiares e amigos.

E foi a partir desta vontade/ideia partilhada com uma amiga, a Tânia Margarido – cujo projecto vos convido a seguirem - que encontrei não só o encorajamento como também o apoio e contributo. De seguida, surgiu a Sofia, responsável pela Treze Portugal. E foi em conjunto que criamos este movimento inspirado na fé - #togetherinfaith - que se materializa em três postais digitais, que podem ser igualmente impressos. Contudo, a ideia é que os façam chegar a quem mais amam e, porque não, distribuir pelos vossos vizinhos, pela senhora da farmácia ou qualquer outra pessoa que todos os dias dê o seu melhor para que o essencial não nos falte.

Nesta colecção de postais encontram: um postal com a imagem de Nossa Senhora – “I will sing your praisers” – um postal com a imagem de uma Pomba com uma mensagem a pensar na figura e na importância dos padrinhos – "We breathe a new life together" -  e um postal a pensar nas crianças e, por isso, a ideia é que os vossos filhos possam colorir este ovinho de Páscoa e personalizar com uma mensagem ao vosso gosto.

Espero que gostem e sintam-se à vontade para fazer o download – LINK – e participar nesta corrente de aproximação espiritual entre todos.

Partilhe connosco #togetherinfaith.

E é desta forma que aproveito igualmente para vos desejar a todos uma Santa Páscoa. Hoje, mais do que nunca, é importante manter ou reacender a sua fé!

Boa noite.