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Os primeiros tempos e a habituação | Diário de um peixe #3

13.09.18 | Vera Dias Pinheiro

animal de estimação um peixe

 

 

Já temos os nossos peixinhos há mais ou menos dois meses. Foi rápido enquanto o tempo se passou e talvez aquilo que mais me preocupasse fosse os dias que íamos estar ausentes de férias daí a pouco tempo. Em primeiro lugar, nós tínhamos que nos habituar aos peixinhos, encaixar as rotinas e perceber como realmente tudo funciona, resolver os primeiros problemas, esclarecer as primeiras dúvidas para, a seguir, confiarmos a alguém a tarefa de cuidar deles enquanto estivéssemos fora. Eu queria estar já 100% segura do que estava a fazer para conseguir passar a informação e até resolver algum contratempo à distância caso fosse necessário.

 

Claro que, no dia-a-dia, as coisas foram sempre se resolvendo e nada é tão complicado quanto parece depois de colocado na prática. Não concordam? E, por incrível que pareça, a preocupação foi imediata no Vicente também, até por causa da sua idade. E, neste momento, já é capaz de dar comida aos peixes sozinho, desde que eu prepare tudo.

 

Para a Laura, a parte mais divertida é a limpeza do aquário e a mudança da água. E porquê? Porque pode mexer na água, pode molhar-se a ela e à casa, ou seja, porque pode fazer uma confusão maior do que a necessária para este processo…

 

E eu permito que eles se envolvam, aliás, faço questão que não achem que a responsabilidade é toda da mãe. E, para mim, é ao mesmo tempo uma forma de lhes passar responsabilidade, à medida da idade de cada um e naquilo que cada um pode fazer. E tem sido um óptimo exercício que temos feito em conjunto.

 

Nas primeiras semanas, ninguém se lembrava de dar comida aos peixes, mas agora, há quem me recorde de não sair de casa de manhã sem dar o “pequeno-almoço” aos nossos amigos. Portanto, embora não sendo o animal de estimação para interacção directa connosco, posso dizer que há muitas coisas que se podem ensinar às crianças através dos peixes e é assim que eles vão fazendo parte da nossa vida cada vez mais. Para além disso, a nossa sala tornou-se mais relaxante com o ambiente aquático de fundo e os peixes coloridos a andar de um lado para o outro.

 

Os amigos que nos visitam perguntam sempre se vamos ter sushi para jantar, mas nos nossos peixinhos ninguém mexe! E, por isso, gostava de partilhar com vocês algumas das coisas que andei a pesquisar e a ler sobre os efeitos que os peixes de estimação podem ter nas crianças, além da responsabilidade da qual já falei. Ora vejam: 

 

- Contribuem para reduzir a ansiedade e aumentar a autoestima da criança, por se sentir mais confiante por desempenhar uma tarefa tão importante como cuidar do bem-estar do peixe;

- Estimulação do sentido de organização da criança ao participar na escolha e na organização dos elementos que constituem o aquário;

- Estimulação da curiosidade sobre os peixes e o próprio meio aquático em si, por exemplo, como respiram os peixes. O Vicente, por exemplo, pergunta muitas vezes se os peixes dormem; se quando ouvem um barulho saem dos esconderijos e preocupa-se muito em não os deixar às escuras.

- E, para além de tudo isto, é um ser vivo e não mais um brinquedo, por isso vão despertar também os sentimentos de afecto, de carinho e de cuidado para que nada lhes aconteça.

 

 

 

Deste modo, posso dizer que o balanço é positivo e que, à medida que o tempo vai passado, eu vou ficando mais confiante de que os peixinhos, bem cuidados e respeitando-se as condições que precisam, podem fazer-nos companhia ainda durante muito tempo.

 

E, sim, sobreviveram às nossas férias! Mas sobre os cuidados que exigem e as rotinas diárias, falarei no próximo post sobre este assunto. Combinado?

 

Boa noite

 

Acompanhem tudo acerca do nosso "Diário de um Peixe":

Diário de um Peixe - Ep. 1 | A chegada dos novos amigos

Diário de um Peixe - Ep. 2 | Porquê um peixe para animal de estimação?

 

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