Voltando ainda ao meu aniversário...
Este ano não posso mesmo queixar-me do S. Pedro, pois os dias que reservei para celebrá-lo, foram-me brindados com um Sol esplêndido, de fazer inveja a muitos dias de Primavera. Eu acho que o mês de Fevereiro anda a querer fazer as pazes comigo, não deve ter achado muita graça a este meu manifesto. Vamos ver!
Como sabem, escolhi o
Dolce Campo Real, em Torres Vedras, para passar
um dia de princesa, digamos assim, sendo que
a única ideia que eu tinha era a de divertir-me, sem horas e sem preocupações. Por incrível que possa parecer, foi a própria maternidade que me fez descobrir o quão importante é eu saber cuidar de mim e evitar, sempre que possível, ficar para segundo plano.
É verdade que cada mulher tem o seu tempo e a sua forma de viver esta experiência e isso está tudo certo. O que não está certo é deixarmos a nossa auto-estima e o nosso auto-cuidado ficarem completamente esquecidos entre as fraldas, as cólicas, os choros e por aí a fora. Também é verdade que nem todas temos que ir a correr para o ginásio, fazer dietas, ou recorrer a outro tipo de tratamentos, até porque todas somos diferentes e aqui o importante é o objectivo final - a forma como lá chegamos, isso fica ao critério de cada uma. E esse objectivo vai muito mais além do nosso aspecto exterior, está fundamentalmente na forma como cuidamos de nós internamente.
Eu só posso falar por mim e pela minha experiência, e falando nisso, o exercício físico é onde liberto o meu stress, evitando assim que sejam as pessoas à minha volta a levar com os efeitos do meu mau humor e do meu cansaço; a alimentação saudável, sem dietas e equilibrada, permite sentir-me melhor comigo mesma, ter mais energia e dormir melhor; e, o facto de me preocupar, por exemplo, em disfarçar os sinais de cansaço e as olheiras, em encontrar soluções para as manchas ou para as rugas que descobri, entretanto, são aspectos fundamentais ao meu bem-estar e, por isso, imprescindíveis ao meu dia-à-dia.
E o certo é que estas pequenas coisas têm um efeito muito positivo em mim, porque, na grande maioria das vezes, eu estou a contrariar a forma como me sinto e aquela que é a minha vontade e é essa energia que acaba por contagiar tudo o resto.
Por isso, e porque estava numa fase bastante exigente na minha vida e com uma grande necessidade de estabelecer prioridades - e porque sempre me orgulhei de ter tempo para tudo - nos últimos tempos, estava a deixar muitas das minhas coisas para trás. E foi muito importante ter conseguido fazer este mini refúgio para conseguir ser eu a minha prioridade, para me sentir bonita, contudo, aquilo que eu procurava mesmo era nutrir-me a mim mesma para conseguir ter nos outros o efeito que eu desejo e não o oposto.
Nestas fotografias, podem ver o estilo que melhor me caracteriza e com o qual me sinto verdadeiramente à vontade: as botas, compradas na nossa última viagem a Dublin; o vestido fluído e leve, que consegui combinar com o preto, a minha cor; os acessórios, poucos, mas escolhidos a dedo e até a maquilhagem - voltei ao baton vermelho para ver se deixo de me sentir tão estranha de cada vez que uso.
Foi bom também para relaxar e deixar de me sentir tão tensa, para que a tal Vera, cheia de sonhos, viesse ao de cima e trouxesse um pouco da sua energia para este (meu) novo ano, aliviando um pouco o peso das responsabilidade e das nossas escolhas. Para este ano só desejo não perder o meu norte, nem esquecer os motivos que me levaram a tomar este rumo, porque assim, eu sei que vou deixar as coisas boas entrarem na minha vida.
E sabem qual a sensação com que fiquei no final deste dia? Que deveria ser obrigatório haver um dia de refúgio, só nosso, pelo menos uma vez nas nossas vidas para fazermos o que quisermos. O que vos parece?
E, já agora, o que fariam nessas 24 horas?