Fim-de-semana: Uma exposição e um restaurante como sugestão
Há algum tempo que não tínhamos um fim-de-semana assim… como “assim”? Assim, calmo, mas ao mesmo tempo, preenchido com coisas diferentes, com amigos, com lugares de experiências diferentes. E em que foi realmente possível fazer um pouco de tudo.
As manhãs de sábado estão sempre comprometidas com as aulas de natação, mas é dia de ir ao mercado, comprar os essenciais para a semana seguinte, desde frutas, legumes, passando pela carne e muitas vezes o peixe também. Porque é assim que eu tenho conseguido organizar-me melhor na gestão das refeições: à semana! E, mais do que isso, à semana e efectivamente, com menos desperdício, porque salvo raras excepeções, comemos tudo e reinventamos aquilo que compramos, sem novas idas às compras, até chegar novamente o fim-de-semana.
Compras conscientes, passam também por minimizar o desperdício alimentar, que é algo que eu confesso, mexer bastante comigo. Por isso, reinventa-se e, muitas vezes, inventa-se. Portanto, em vez de ter todos os dias algo diferente para comer, acabamos por ter refeições diferentes, mas com os mesmos ingredientes.
E como não atinei com as ementas semanais, a organização feita desta forma funciona melhor comigo. Sei as refeições de carne e de peixe que tenho para a semana, adianto os acompanhamentos, que vão variando. Na parte de cozinhar, admito que o meu truque passa por ser o recurso ao forno.
Bom, mas se isto resumiu grande parte do nosso sábado, o domingo foi para passear. Sem pressas, com duas crianças um pouco generosas na hora de acordar, almoçamos fora. E como sugestão deixo-vos o restaurante DOTE – Cervejaria Moderna, da Avenida da República, óptimo para ir com crianças. De seguida, passamos pela – sempre agradável – Fundação Calouste Gulbenkian para ver a Exposição do Eça de Queiroz, gratuita e, de certo modo, interactiva.
Claro que, para uma criança de dois anos, é preciso alguma paciência, porque aquilo não lhe diz rigorosamente nada, porém, o Vicente já foi fazendo algumas perguntas e interagindo connosco. Digo-vos que fiquei com vontade de ler novamente o livro Os Maias ou, então, rever a série portuguesa que foi feita.
Há muito que não fazíamos um programa assim. Rotina, cansaço, preguiça ou simplesmente falta de iniciativa… não sei qual será o motivo. Porém, sei que nos acomodamos com demasiada facilidade, o que, por sua vez, dificulta o processo inverso de sair do “comodismo”. Em dias assim, acaba também por haver uma maior interajuda de todos. Todos acabam por se envolver um pouco na vida de casa e familiar, o que após a agitação da semana, é importante para reequilibrar as energias e focar nas prioridades. Uma família que olha na mesma direcção e que projecta objectivos comuns acabam por conseguir superar com um outro animo os problemas e os dias mais complicados. Essa certeza, acaba por ser um dos principais motivos pelo qual ela se mantém unida.
Boa noite.