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Diário de um Peixe #6 | A nossa melhor aquisição de 2018

20.12.18 | Vera Dias Pinheiro

peixe para animal de estimação

 

Embora, em miúda, tenha crescido sempre rodeada de animais de estimação, de variadas espécies, a verdade é que, quando deixei a casa dos meus pais, foi algo que simplesmente acabou. Talvez por viver sozinha e com a responsabilidade (toda) depositada em mim para cuidar de um animal, ou então o não querer preocupar-me com isso, ou simplesmente o querer fugir a ter mais trabalho.

 

Contudo, acho que só pensei a sério sobre isso quando percebi, pela pessoa que vive comigo, que ter um animal de estimação tinha deixado o campo da vontade para tornar-se um “não redondo” (e já sabemos quais os motivos!). A alternativa era um peixe, mas a ideia assustava-me pelo receio do seu curto período de vida em nossas casas. E, sinceramente, nunca imaginei tão pouco que viria a ter os famosos peixes-palhaço ou sequer um aquário que não a tradicional “bola redonda” – que, afinal, não é nada favorável ao bem estar dos nossos peixinhos.

 

aquário de água salgada

aquário de água salgada

E a verdade é que já lá vão praticamente seis meses desde que este aquário faz parte das nossas vidas e da decoração da nossa casa. Já muito escrevi sobre a nossa experiência com os peixes de estimação, o que se tornou particularmente interessante para mim por poder ter um contacto tão próximo com quem percebe tanto do assunto, nomeadamente a Tropical Marine Center e, claro, a loja especializada onde me dirijo sempre que é preciso alguma coisa, a Aquaplante.

 

Ao longo destes meses, percebi que os erros são fáceis de cometer e que são até naturais - no worries. Dar-lhes a volta e ter a preocupação de aprender como os minimizar de futuro, isso sim dita não só a longevidade dos nossos peixinhos como também o nosso perfil de “cuidador” daquele animal de estimação em particular. E, nesta altura do ano, tão propícia à oferta de presentes e, muitas vezes, querendo fugir ao material, coloca-se a hipótese de oferecer um animal de estimação.

 

A ideia é óptima. Sem dúvida, ter um animal de estimação traz muitos benefícios, a muitos níveis, para todos, especialmente para as crianças. Mas é uma responsabilidade, seja que animal for, desde o mais pequeno ao maior, do mais tradicional ao mais exótico. Criar as condições indicadas para o seu bem-estar, adoptar as rotinas e fazê-las com consistência, gostar-se realmente do animal ou da ideia de ter “mais alguém” de quem cuidar são algumas das premissas que devemos assegurar.

 

A ideia, ao trazer um animal para nossa casa, é proteger o animal e dar-lhe as melhores condições, permitindo que cresça e se desenvolva, mesmo que num ambiente artificial criado para ele. E tudo isto tem que acabar por se tornar natural para todos e deve estar entre as prioridades do dia-a-dia.

 

E olhem que eu aprendi bem a lição, pois, enquanto andava muito preocupada com os dias que ia passar fora de casa, houve pequenas rotinas do dia-a-dia que, um dia ou outro, foram passando. Todavia, foi a forma de aprender que um dia na vida de um peixe não é apenas alegrar a nossa casa e fazer-nos companhia com a sua presença divertida.

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Um peixe tem rotinas que, afinal, são tão simples e básicas de se fazer diariamente, como, por exemplo, alimentar e acertar o nível da água e limpar os filtros, depois, mudar a água do aquário uma vez por semana. E, se o básico estiver assegurado, não deverão existir preocupações de maior.

 

Em termos de encargos, tirando o inicial, apenas tive que ir à loja duas vezes, uma para comprar comida (e gastei cerca de 15 euros para várias cuvetes de comida, que ainda tenho no congelador) e, a segunda, para comprar o sal para as mudanças de água. Comprei uma embalagem média, cujo valor não chegou perto dos 20 euros, e ainda tenho ali para bastante tempo. Na conta da luz e da água não existiram alterações. A diferença está mesmo na quantidade de roupa que temos que lavar e não nos 10 litros de água que temos que colocar no aquário uma vez por semana.

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Os miúdos sabem que já não são os únicos da casa que precisam de cuidados. Ajudam com a alimentação e interessam-se pelas coisas. Acima de tudo, preocupam-se com outros seres vivos, questionam se está tudo bem quando um deles anda escondido durante mais tempo ou quando algum “Nemo” anda mais quieto do que o habitual.

 

Já não imaginamos a nossa vida sem eles e a sala pareceria demasiado vazia se, de repente, deixasse de ter ali o nosso aquário. Para além disso, vê-los crescer é do tipo: WOW! Há realmente alguma coisa a acontecer e de bom, para eles estarem tão bem!

 

A parte boa de ter peixes, devo dizer, é que, no meio das rotinas todas, eles não nos obrigam a levá-los à rua nestas noites mais frias de inverno. 😊

peixe para animal de estimação

 Para quem quiser acompanhar esta aventura desde o início, podem ler também:

A chegada dos novos amigos | Diário de um Peixe #1

Porquê um Peixe para animal de estimação | Diário de um Peixe #2

Os primeiros tempos e a habituação | Diário de um Peixe #3

Os cuidados que os peixes exigem de nós | Diário de um Peixe #4

Os (meus) erros de principiante | Diário de um Peixe #5

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