A nossa responsabilidade, enquanto pais, começa muito cedo; aliás, para a mulher começa logo no dia em que descobre que está grávida e, depois, quando vai à sua primeira consulta e sai de lá com uma série de recomendações. Mas, paralelamente, surgem outras responsabilidades, como por exemplo, a escolha do nome... o nome que escolhemos para os nossos filhos, que os irá acompanhar para toda a vida, pode ser determinante para o percurso que eles venham a ter, seja ele pessoal ou profissional. Sem referir que, por vezes, a decisão do nome pode levar a grandes e profundas "discussões" no casal, seja porque as preferências são complemente diferentes ou porque uma das partes faz questão de seguir algum tipo de tradição ou simplesmente, porque cada um tem as suas exigências.
Este pode ser um processo longo, que envolve listas de nomes, requisitos para as escolhas dos mesmos; noutros casos, há quem prefira esperar pelo momento em que tem o bebé nos braços, olhar para a sua cara e só aí decidir; e, depois, há os casos intermédios, que fazem um pequeno brainstorming a determinada altura e voilà... surge um nome do agrado dos dois e não se fala mais no assunto.
Nós somos o exemplo dos "casos intermédios". Da primeira vez, quando soube que estava grávida de um rapaz, foi o momento em que falamos a sério sobre nomes, pois a partir daquele momento, eu queria tratar aquele bebé pelo seu nome, queria preparar a chegada do... Vicente! A decisão em si também não foi complicada e não foram precisas listas, apenas sabíamos que não queríamos repetir o nome dos filhos dos amigos e familiares mais próximos - a não ser que fosse assim um caso de morrer de amor por um nome e ter mesmo que ser aquele, mas não foi o caso. Quase que foi Guilherme, mas como de repente comecei a ouvir as pessoas à minha volta todas contentes porque lhe podiam chamar Gui, eu comecei a não achar muita piada. Também não queria que fosse um nome com um letra do alfabético lá para o fim; afinal, eu sou Vera e sei o que isso é, sobretudo, quando começamos a escola - mas como viram, essa pretensão não foi suficientemente forte e, no final, venceu o nome que tanto eu como o senhor meu marido gostávamos e eu não queria ter que acabar confrontada com a hipótese do pai querer que a criança tivesse o seu nome...
Da segunda vez, sendo menina a hipóteses também não eram muitas. Embora sejam muitos os nomes dos quais gostamos, não são assim tantos aqueles que para nós fizessem sentido. Eu sei que existe até alguma curiosidade por saber se vêm aí uma trilogia dos Vs... quem sabe uma Violeta, uma Vitória, uma Vanessa ou Verónica ou, até mesmo, uma Verinha; ou talvez uma Vânia ou Valéria. Lembram-se de mais?
Pois é, esta história dos nomes tem muito que se lhe diga - ou então não, é muito simples e nós é que, ao querermos "ser perfeitos", acabamos por complicar tudo.
Fiquem com algumas dicas que podem ajudar na altura de escolher o nome:
1. Som e compatibilidade: digam em voz alta o nome completo que o vosso filho terá e vejam como é que ele soa.
Dicas: às vezes, nomes mais curtos combinam melhor com apelidos compridos e vice-versa. E para quem tem mais que um filho, experimentem chamar em voz alta os dois nomes - algo que vai acabar por acontecer muitas vezes - e vejam como sai.
2. Originalidade: tanto pode ser bom, como ter o outro lado da moeda. Um nome pouco vulgar pode fazer com que o vosso filho se destaque e não fique esquecido por onde passa, mas mais tarde, ele pode não vir a achar muita piada, para além disso, pode dar azo a que seja alvo de trocadilhos menos engraçados com o nome.
Com um nome mais comum, pode acontecer que, em vez do nome próprio, ele fique conhecido pelo apelido, já que a probabilidade de não ser o único na sala de aula.
3. Nomes repetidos: pode acontecer. Nós passamos uma vida a idealizar o nome para os nossos filhos e quando chega o momento e estamos à espera do bebé, a nossa melhor amiga ou um familiar próximo, que acabou de ser mãe/pai deu esse nome ao seu filho! Como é que resolvem isso? Mudam o nome? Mantêm? Ou arranjar forma de criar um nome composto mantendo um dos nomes aquele que já tinham escolhido?
4. Homenagens: há famílias que escolhem os nomes de acordo com alguma crença religiosa ou com base numa tradição - como também referi acima. Neste caso, convém que ambas as partes estejam de acordo, evitando imposições.
5. Significado: não é algo em que estejamos a pensar diariamente, no entanto, qualquer pessoa pode ter curiosidade em saber qual o significado do seu, por isso, por ser algo a ter em consideração.
6. Atenção aos nomes que podem suscitar trocadilhos - as crianças conseguem ser mázinhas umas para as outras, por isso, não custa nada evitar as brincadeiras mais óbvias - ou de grafia complicada que obrigue a criança a ter que soletrar o seu nome o tempo todo.
Por fim, fiquem com a lista daqueles que foram os
nomes mais usados em Portugal durante 2014 -
Nomes mais usados em Portugal em 2014. Concordam com os nomes que estão no topo da lista?
Bom Dia!