CONSEGUIMOS!
05.09.16 | Vera Dias Pinheiro
A dureza do primeiro ano de vida de um bebé que, em cada consulta, não sai sem levar - na melhor das hipóteses - uma picadela. Hoje tivemos a consulta dos cinco meses, uma consulta tranquila e sem serem levantadas grandes questões. A Laurinha cresce muito bem, dentro daquilo que é o ritmo dela e se há coisa que o pediatra defende é que nós não devemos comparar bebés, apenas nos devemos preocupar com a evolução do nosso e que se estiver bem, não importa se é mais gordo ou mais pequeno que um outro da mesma idade. E isto é algo que eu aprecio muito, independentemente de não ser um pediatra que "preencha todos os meus requisitos", digamos assim, este lado dele e a forma como tratar tanto o Vicente e a Laura, são dois aspectos que levo muito em consideração.
Para além disso, preocupa-se com o bem estar do bebé, mas também com o da mãe, e se defende a amamentação em exclusivo até aos seis meses, preocupa-se igualmente com o bem-estar da mãe, se continua disponível para continuar a dar de mamar, se se alimenta bem, etc... E para mim, era muito importante chegar até aos seis meses em amamentação em exclusivo, por ser o melhor para ela e porque era a peça que faltava em toda a minha redenção com a primeira experiência.
E, colocando de parte os casos mais específicos, o amamentar está muito dentro de nós, está na nossa capacidade em afastarmos-nos das coisas que podem minar a nossa auto-confiança, em nos protegermos e em nos entregarmos somente ao nosso bebé. É só ele que precisa de nós, não é o pai, a avó, as amigas... é o nosso bebé que precisa dos nossos cuidados e isso deve ser a nossa prioridade e principal preocupação. Desprendi-me de números, de gramas, de percentis, das opiniões dos outros, desprendi-me de tudo e concentrei-me no essencial: ELA!
Mas também não existe mal se sentimos que não gostamos de dar de mamar ou que não nos apetece continuar. Aos cinco meses, amamentar é uma desafio brutal: levo pontapés, aperta-me os mamilos, distrai-se com tudo e com nada, é fisicamente cansativo, também há momentos em que não me apetece e há noites em que gostava de dormir sem interrupções...
Por aqui, seguimos em frente, até ao sexto mês, com a amamentação em exclusivo e estou feliz, muito feliz. A partir daí, virá uma nova etapa, para a qual a Laura já parece estar preparada e cheia de curiosidade.