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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

Como vão ser as nossas férias!

03.08.16 | Vera Dias Pinheiro
A preparação já está em curso: malas a serem feitas e as (importantes) listas de coisas a não esquecer! A vontade de ir de férias é muita e, pela primeira vez, tenho o Vicente ansioso por ir "para a praia e para a piscina", como ele diz. Não há dia em que não me pergunte se é hoje que vamos de férias - faz-me lembrar eu quando era miúda a perguntar constantemente aos meus pais: "Já está?" - "É hoje?" - "Falta muito?" 

Eu, confesso que também já estou ansiosa, faz-me falta a praia, o mar, a brisa, faz-me falta sentir o sol a bater na pele, mas também sei que são férias em família, numa família com filhos pequenos, de rotinas e exigências constantes. 
Os dias vão começar cedo, muito cedo - como sempre - e com um despertar que agora (me) custa mais, pois a Laura tem mais fome de noite do que de dia. Também já não vamos ser tão rápidos a despachar-nos e vai haver sempre uma coisinha que falta quando já estamos de saída (seja a fralda, mudar de roupa, a vontade repentina de ir à casa-de-banho, o boneco que ficou esquecido sabe-se lá onde, etc...). Durante o dia, vai ser conseguir conciliar as rotinas de um e de outro, sem esquecer a hora de almoçar, dos lanches e de voltar a pôr o protector solar de duas em duas horas. Sem falar da energia que temos que ter durante todo o dia para acompanhar as brincadeiras non stop; para ajudar nas centenas de mergulhos que vão querer dar; para ir ao mar encher os baldes com água muitas, muitas vezes por dia; de construir castelos na areia; fazer buracos; jogar à bola e tudo mais que lhes apetecer. E quando chega o final do dia, são os banhos, as birras - que se devem mais ao próprio cansaço do que a outra coisa - voltar a pôr os cremes e voltar a vestir, para quando chegar a nossa vez, já nos despacharmos a correr, porque está na hora de ir jantar. 

No ano passado, tinha o Vicente dois anos e meio, já começava a sentir uma certa liberdade, uma vez que já conseguia ser um pouco mais flexível nos horários. Este ano, vamos com a Laura que exige os cuidados normais que se deve ter com um bebé da sua idade. No entanto, temos sorte por ainda mamar em exclusivo, o que me retira a preocupação com as suas refeições. Para já, ela só precisa que eu esteja 100% disponível para ela. E  na verdade, é uma bebé que não dá muito trabalho e que só rabuja mesmo a sério quando passa a sua hora de dormir. Mas também já está cada vez mais espevitada e já não é apenas comer e dormir, quer muita atenção e muita brincadeira!

Vale-nos termos escolhido um destino com todas as condições para que estas férias em família sejam também um pouco as férias dos pais e não apenas dos filhos. Não vamos preocupar-nos com refeições ou com arrumações, temos a piscina a dois passos - a dos miúdos é aquecida e em bom rigor, é onde todos passamos mais tempo - e a praia a cinco! O carro estaciona-se à chegada e só voltamos a pensar nele na partida!

As rotinas essas, vão depender dos dois. De manhã vamos aproveitar a praia, a Laura deve dormir lá a sua sesta da manhã, o Vicente brinca e regressamos para, daí a pouco, almoçarmos. Na piscina, o que não faltam são sombras, por isso, se correr como no ano passado, o Vicente acaba por dormir ali a sua sesta e se a Laura também. E estes vão ser os nossos instantes para descansar e apanhar um pouco de sol. E à tarde já não voltamos à praia, porque já não conseguimos convencer o Vicente a sair da piscina. O fim do dia é o normal de um outro dia qualquer. 
Como os horários das refeições são os do Vicente, acabamos por conseguir escapar à possível confusão que iremos encontrar por irmos no período de maior afluência. E também não precisamos andar com muita coisa atrás, pois estamos sempre perto do nosso quarto e qualquer coisa, podemos ir buscar. 

A única coisa que nos faz falta é ter um espaço independente no quarto para podermos estar tranquilamente depois de os deitarmos Ainda assim, não me vejo a fazer férias em família de uma outra forma, pelo menos até que os dois sejam um pouco mais independentes, autónomos e mais desprendidos de horários e rotinas. E também não me via a passar férias sem os dois, é cansativo, desgastante, mas também divertido, ri-mos como talvez nunca nos iríamos rir sozinhos os dois, faz-nos sentir mais completos e felizes. E acho importante conseguirmos fazer esta saída de casa, de mudar de ares e criar, por alguns dias, um rotina diferente e de fazer coisas diferentes.

E, enquanto, não vamos para Sul, relembramos as mini-férias em Tróia:

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