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As terríveis vacinas!

31.05.16 | Vera Dias Pinheiro

Vacinas! Esse grande tormento das mães (e pais). Já nem me lembrava de como este primeiro ano é tão duro em vacinas e nas idas ao médico. Eu começo com as horas das consultas, que estão sempre em completo desacordo com os horários dos bebés, pelo menos por aqui é assim. Ainda ontem, na consulta dos dois meses, depois de tanto tempo de espera, acabei por ter que dar de mamar à Laura, ela ferrou-se a dormir a seguir e, nessa altura, somos chamadas para a consulta. Lá tive eu que a acordar - coisa que me parte o coração - despi-la - e ela cada vez mais chateada e a chorar cada vez mais - e o médico a fazer o papel dele, que mesmo sendo um amor com ela, não deixa de ter que lhe mexer e remexer para ver se está tudo bem. Depois de muita paciência e colinho, lá a consegui acalmar, adormeceu novamente e, nessa altura, somos chamadas para as vacinas. Mais um aperto no coração de ter que acordar e, desta vez, para uma coisa bem pior. A minha mãe diz-me que sou dura, porque não choro e fico firme. Sim, é verdade que não choro, mas por dentro fico aos pedacinhos. No entanto, não deixo que isso transpareça e, se o fizesse, acho que acabaria por ser bem pior para todos, especialmente para o bebé que é bastante permeável a nós e ao que sentimos!
Ontem, pela primeira vez, não fiquei com a Laura ao meu colo - o Vicente sempre ficou ao meu colo quando era para levar uma vacina - e fez-me confusão ver a Laurinha ali perdida numa maca, a chorar e tentar encontrar uma referência. Na minha opinião, ter-se-ia sentido mais segura estando junto a mim, a sentir o meu calor e o meu cheiro - ou talvez, isso seja apenas o meu coração de mãe a falar mais alto. Ela chorou muito, coitadinha e como não gosta de chucha, só com a ajuda da glicose é que se ia acalmando um pouco.
Depois de chegar a casa, o tempo foi passado entre mimos e colinho, muito colinho! Ao final do dia, lá acabou por ceder e adormeceu, na minha cama, é lá que ela gosta de estar e de dormir. Em dois meses, foram muito poucas as vezes que ela dormiu no seu berço, pois as sestas são feitas na alcofa na sala e as noites são passadas enroladas em mim, como se ainda estivesse dentro da minha barriga.

No entanto, digo-vos que não é esta a idade em que me custam mais as vacinas, para mim é bem pior quando eles já são mais crescidos, já interagem mais connosco e olham para nós fixamente como que a questionar o porquê de os deixarmos passar por aquela tortura sem fazer nada! Depois melhora, na última vacina que o Vicente levou, já consegui falar com ele e explicar-lhe o que ia acontecer - eu disse-lhe logo que a vacina é uma coisa que dói sim, mas que a seguir passava muito rápido. Não vale a pena mentir ou dizer o contrário, para depois eles perceberem que não lhes dissemos a verdade.

Agora temos mais trinta dias de descanso, até à próxima ronda! O Vicente nunca fez reacção às vacinas, nem teve febre  - a única vez, foi com a primeira dose da Bexsero - apenas aquela irritação normal após. Esperemos que com a Laura seja igual.

Bom Dia.


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