Açores Mini-Roteiro | Dia 2
De seguida, fizemos o caminho até às Furnas e à Lagoa do Fogo, o que é o mesmo que dizer que descemos até à cratera de um antigo vulcão - actualmente existem muito poucos vulcões activos no arquipélago do Açores e a última erupção que se deu, há muitos anos atrás, foi no mar.
Posso não ter visto a Lagoa das Sete Cidades como tinha imaginado, no entanto, rendi-me completamente à Lagoa do Fogo, a terceira maior lagoa da ilha.
Não deixamos de visitar as caldeiras das Furnas e até de assistir ao momento em que o nosso almoço foi retirado do chão - o tradicional cozido das Furnas, que comemos no Restaurante do Hotel Terra Nostra.
O cheiro a enxofre e o fumo a borbulhar um pouco por todo lado, não nos deixam esquecer onde estamos.
Cada buraco leva duas panelas, uma maior e outra mais pequena, e é cozinhado durante 7 horas tudo ao vapor e o único tempero que leva é o sal. Dentro das panelas, todos os ingredientes são colocados por camadas. A hora de retirá-las do chão é ao meio-dia e meia, o que quer dizer que, todos os dias, às cinco e meia da manhã, estas panelas são levadas para dar início à cozedura.
O resto da tarde foi passada mesmo ali em frente, no bicentenário Parque Terra Nostra, simplesmente um dos locais mais bonitos onde tive a oportunidade de estar nos últimos tempos. Tem um tanque central enorme, com água quente, à disposição de todos aqueles que o visitam. A água, embora pareça ter um tom acastanhado, se fizerem uma concha com a mão e colocarem lá água vão ver que é transparente.
E é a volta daquele tanque que se espalha uma enorme vegetação não só típica dos Açores, como mandada trazer de várias partes do mundo, como a Nova Zelândia e se quiserem conhecer todo o parque vão precisar muitas horas para percorrer todos aqueles hectares. Por isso, preparem-se para andar, mas também para ser perderem-se de amores por toda aquela riqueza botânica.
De regresso ao Hotel e depois de um dia tão preenchido, foi preciso descansar antes do jantar no Restaurante Paladares da Quinta, um dos melhores restaurantes onde já comemos, com uma simpatia fora de série, inclusivamente para com o Vicente e para que nada lhe faltasse. E se tiver que falar de alguma coisa, vai ser, sem dúvida, da sobremesa... um brigadeiro de maracujá... DIVINAL!
Para um dia assim, é fundamental terem carrinhos de passeios para os mais pequenos, pois são passeios longos e não podemos exigir das crianças a mesma disposição de um adulto.