5 Gestos De Auto-Cuidado Que Vão Mudar o Teu Dia-A-Dia
Auto-Cuidado: Como Eu Aprendi A Fazer De Mim Uma Prioridade
Em vésperas de receber o mês de outubro – com aquela sensação subjacente de como o tempo passa rápido – sinto-me já em completo modo de Outono. O tempo mudou drasticamente e já não dá para fingir que não está frio ou para deixar mais tempo as galochas e os casacos impermeáveis no armário, porque as previsões são de chuva em contínuo.
Mas eu, como sabem, sou uma rapariga de estações intermédias (primavera e outono) e, por isso, há qualquer coisa de mágico, para mim, quando entro nesta altura do ano. Entramos no segundo ano desta aventura em Bruxelas, mais seguros e completamente “em casa”. Olhar para os meus filhos e ver a rapidez com que aprendem e continuam a aprender francês, os seus amigos, as suas rotinas – que continuam a sobrepor-se e a condicionar as minhas – traz-me uma certa paz.
Há um ano vivia, quer dizer, sobrevivia. E agora a diferença é que, a parte da tristeza, a preocupação que me consumia diariamente para com a minha mãe e todos os sentimentos inerentes, esses já não me acompanham e não alteram os meus dias e o meu humor. A capacidade para viver com leveza os dias é maior e há igualmente uma maior clareza em mim do que é importante para manter o meu equilíbrio. Por exemplo:
Pequenos Hábitos que fazem a diferença na minha atenção sobre mim e o meu auto-cuidado:
- Valorizo as minhas idas ao ginásio;
- Valorizo as minhas horas de sono;
- Valorizo priorizar rotinas;
- Valorizo o meu direito em não deixar que todos os problemas afectam o meu dia;
- E valorizo também à forma como uso o meu tempo.
Os filhos crescem, a dependência deles em relação a minha é diferente, porque são cada vez mais autónomos e independentes. E isso trouxe-me ao pensamento a tal pergunta que tantas vezes me fizerem, quando tinha um recém-nascido nos braços e mudava a minha vida por completo em prol da família: “O que vais fazer quando os teus filhos crescerem?”
Nunca foi uma questão até agora. Embora tivesse no horizonte essa realidade e soubesse que esse dia iria chegar. Optei por ir vivendo de acordo com o momento, com a certeza de que a vida se encarregaria de me encaminhar no sentido certo. Mas esse dia chegou, chegou com mais força do antes, e com isso, renasce uma Vera também ela mais independente e com vontade própria.
Confesso que não é fácil voltar a mudar tudo ou quase tudo, perceber por onde começar e como o fazer, sem que o resto da família não se sinta desconfortável ou estranha com esta aparente mudança de atitude.
Mas eu sempre fui zelosa do meu espaço, sempre gostei de ter os meus momentos sozinha, sempre fui independente, mantendo um pedaço de “mundo” só meu. E, aos poucos, estou a conseguir desbravar esse caminho, sem sentimentos de culpa. Felizmente, nesta segunda “viagem” em Bruxelas, a vida tem-me trazido pessoas e amizades que têm sido muito importantes para mim.
A importância das amizades e da vida social na nossa saúde mental:
Tenho conhecido pessoas com histórias de vida extraordinárias que me tem permitido olhar de uma forma ainda mais ampla para vida, sem pré-conceitos ou ideias formatadas. Esta abertura de horizontes é muito importante para qualquer pessoa, para que não se sinta perdida nesta caminhada da vida tão irregular e fora de padrão. Afinal, o que é certo?
Numa altura em que o digital assume uma importância tão grande e em que as relações humanas andam meio perdidas por conta de uma pandemia, ter a possibilidade de ter amizades reais, próximas e cara a cara é, sem dúvida, algo pelo qual agradeço.
Porque… numa conversa não existe apenas a mensagem verbal, essa é acompanhada de expressões, olhares e outros comportamentos igualmente importante e ricos de conteúdo e que não são contemplados nos caracteres das mensagens ou dos e-mails.
O Outono chegou, outubro está já aí e eu entro na fase mais dura do ano: os dias escurecem as quatro da tarde, os dias são escuros e pode chover interruptamente durantes dias. Se não existir este calor humano e esta abertura para captar energias e novas amizades, pontos de escape no dia a dia, esta experiência de vida pode ser bastante solitária e até deprimida.
Eu nunca fui uma pessoa de grandes grupos de amigos, de ajuntamentos com muitas e diferentes pessoas, sinto-me bem com o meu grupo restrito, as pessoas de todas as horas e para todos os momentos, desde os mais lúdicos e simples, até às conversas mais sérias e os desabafos mais profundos.
Andamos muito preocupados com a pandemia, com o vírus e tudo o que lhe é inerente, mas não nos podemos esquecer nunca da nossa saúde mental, do nosso bem-estar psíquico e de que somos feitos de relações e que precisamos do contacto com as nossas pessoas.
A mim, só me faz falta o poder viajar. Aqueles pequenos passeios que fazíamos despreocupadamente e que agora sinto que não é o momento ideal para o fazermos.
Espero que estejam prontos e cheios de energia para uma nova semana e não se esqueça de incluir, na sua rotina, pequenos gestos de auto-cuidado e de amor por si.
Faça por si, pela sua saúde mental e pelo seu bem-estar!
- Durma bem
- Seja sociável
- Cuide do corpo
- Treine a sua mente
- Seja realista
Com carinho,
Vera