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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

4 Anos da Laura, uma festa de aniversário diferente!

Os convidados e as celebrações do aniversário em quarentena.

31.03.20 | Vera Dias Pinheiro

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Foi no domingo, no dia 31 de março, que a Laura fez 4 anos o que nos obrigou a alguns improviso de última hora. Na verdade, até aqui nada de novo, pois não sou nada o tipo de pessoa que programa as coisas com muita antecedência – talvez, por isso esteja sempre mais ou menos preparada para reagir ao inesperado.

 

Porém, este ano era a primeira vez que a Laura se sentia ultra entusiasmada com o seu dia de aniversário e, por conseguinte, com a sua festa. Foi uma supresa, tal como a impossibilidade de lhe proporcionar um aniversário normal. Deparamo-nos com 95% das lojas fechadas e os prazos de entrega para compras online mais longo do que o esperado. Mas entreguei! O Importante era alimentar o seu entusiasmo sem deixar que os efeitos da Covid-19 afectassem o seu dia de aniversário. E assim foi!

Quando a alma não é pequena, a magia acontecesse!

 

Numa ida a um supermercado um pouco maior, poucos dias antes, o pai trouxe tudo aquilo que havia disponível, desde balões, às velas, à grinalda da Elsa, com pratos e copos a condizer e, pronto, tínhamos um tema e cores!

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Na noite anterior, preparamos as decorações e uma bonita mesa de pequeno-almoço. E foi assim que começou o dia, com um belo brunch com tudo aquilo que ela mais gosta, desde os ovos mexidos, ao iogurte com granola e uma torre de panquecas que foi, digamos, o primeiro bolo de aniversário. Estava feliz e, ao mesmo tempo, intrigada como é que tudo aquilo tinha aparecido ali de repente.

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Estivemos juntos na cozinha a preparar o pequeno-almoço. As crianças ficaram responsáveis pelo sumo de laranja, eu pelas panquecas e o resto partilhamos entre todos. De tarde foi o momento do bolo de aniversário e não se deixem enganar! Apesar de poder aparentar um aspecto elaborado e que para chegar até aqui tenha passado horas fechada na cozinha, a verdade é… não!

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  • Bolo de Aniversário:
  1. Um bolo de iogurte e um bolo de cacau (ambos feitos logo um a seguir ao outro e, portanto, saíram os dois praticamente ao mesmo tempo do forno).
  2. Acertei os diâmetros de ambos, para que ficassem iguais e cortei-os a meio. A ideia foi intercalar uma camada de bolo de iogurte com uma de bolo de cacau.
  3. Recheio do bolo entre camadas: “ganache de chocolate preto”, na verdade o que fiz foi aquecer uma lata de creme de leite e, de seguida, coloquei chocolate preto e sempre a mexer sem parar.
  4. Recheio do exterior do bolo: “ganache de chocolate branco". Fiz o mesmo processo, mas com chocolate branco. E o resto da decoração veio do supermercado. Na verdade, deixei queimar um pouco e daí o branco não ser assim tão branco.

No final, ficou bonito, saboroso e, inclusivamente, fiquei a pensar que tenho receita ideal para o bolo dos próximos aniversários, evitando a constante preocupação com quem faz o bolo, se é de saboroso, quanto custará.

Já vos disse que tive um orçamento de um bolo para o Vicente – básico mesmo – de 125€? Respeito muito o trabalho de todas as pessoas, porém são valores que saem completamento do meu orçamento.

 

Entretanto, quando partilhei que a Laura iria fazer 4 anos durantes estes dias de confinamento, senti a preocupação de algumas mães que vão passar pelo mesmo. Mães apreensivas na forma como tornar este dia especial e também com a questão do presente.

Pela minha experiência, posso assegurar que foi muito simples e que as crianças têm uma capacidade para se adaptar e aceitar o que lhes dizemos, pois, afinal, é em nós que elas confiam mais do que tudo no mundo.

 

O presente de aniversário não foi de todo uma preocupação da nossa parte. Sinto que os nossos filhos já nasceram numa era em que há muito de tudo e a toda a hora e, por isso, acabam por receber “miminhos” com muita facilidade e sem um motivo. Nesse sentido, o nosso esforço tem sido o de não associar os aniversários e o natal a mais coisas materiais. Procuro que tenha um dia feliz, à medida da vontade deles e que tenham as pessoas que mais gostam por perto. O resto é acessório.

 

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Por outro lado, vivemos expatriados pela segunda vez, estamos habituados a colmatar a ausência física das nossas pessoas por outras vias, sobretudo, a aproveitá-las muito quando estamos juntos. Mas o que este aniversário nos veio mostrar é que as crianças não complicam e nem questionam. Elas adaptam-se e, consequentemente, desfrutam das situações genuinamente.

A Laura e o Vicente tiveram o dia inteiro com os amigos a entrar pela casa a dentro. Houve cartazes, bolos e muitas velas para soprar. E mais do que isso, houve uma capacidade incrível das crianças brincarem juntas como se os 2000 km não existissem.

Facilidades de já terem nascidos na era das novas tecnologias, talvez! O que importa é que se transmitirmos segurança aos nossos filhos, viver estes dias em confinamento não precisa ser sinónimo de isolamento daqueles de quem gostamos.

Portanto, se por um lado, este aniversário tem uma história para contar, por outro não acredito que tenha sido mais triste ou solitário que os anteriores.

 

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Em Tempos de Corona, A Importância De Agradecer Todos Os Dias.

20 Motivos De Gratidão Na Minha Vida!

27.03.20 | Vera Dias Pinheiro

gratidão em tempos de isolamento social corona virus

 

O dia de ontem foi particularmente difícil para mim. E, ao invés de partilhar, optei por guardar. Uma tentativa para não ceder ao pessimismo, à ansiedade e ao medo. Preferi guardar, contudo depois apercebi-me que ontem, tal como eu, muitas pessoas se sentiram em baixo e desanimadas. Talvez, ao fim de 14 ou 15 dias de quarentena forçada ou voluntária nos tenha caído a ficha e a certeza de que não sabemos até quanto durará o nosso confinamento. Talvez, também, o nível de stress em nossas casas esteja em níveis elevados, talvez se sinta uma pressão enorme que se aguduza com o facto de não termos para onde fugir ou esconder.

 

Apercebi-me pela primeira vez, da agitação nos meus filhos e da necessidade de não explodir, por exemplo, por terem partido um objecto de valor para mim por estarem a jogar a bola em casa, sabendo que não podem. Mas se eu não relativizar, o que será de nós daqui a alguns dias/semanas? É preciso munir-me de toda a calma que consigo para poder receber a saturação e a raiva do Vicente quando fica exausto e farto da obrigação de fazer os trabalhos da escola em casa. E a Laura que, com apenas quatro anos, precisa da atenção redobrada de todos para se manter entretida e manter a sua calma e serenidade. Não existe uma refeição tranquila em casa, existem muitos berros de cada um e dos dois ao mesmo tempo, precisam de espaço para libertar a energia, mas estão privados de algo tão importante para o seu desenvolvimento que são os estímulos da rua e do contacto com o ambiente externo. Eu própria que vou oscilando entre os dias em que só quero chorar e ter a minha mãe de volta, ter a tomada de consciência da perda de liberdade e da impotência face a uma realidade “lá fora” assustadora, a sobrecarga das tarefas domésticas e as prioridades do dia-a-dia que atiram o meu tempo e o meu trabalho bem lá para fundo da tabela. E já alguém falou da tensão que se instala com as coisas mais insignificantes como, por exemplo, o facto de ninguém ter tomado a iniciativa de pôr a mesa ou de adiantar o jantar? São tantas as coisas pequeninas que, por sua vez, se tendem a juntar a tantas outras. E, das duas, uma: ou ignoramos ou instala-se uma montanha que abre vazios e distanciamentos jamais imaginados.

 

Os tempos são de uma profunda transformação a todos os níveis da nossa vida. Começamos a olhar para nós e a colocar em causa como será o futuro! Estamos apreensivos e com medo. Medo pela nossa saúde e a dos outros; medo pela nossa estabilidade socio-económica; medo porque não existe nada de igual antes e, como tal, embora saibamos que algo de gigante e devastador virá é tudo bastante vago.

Contudo, todas as grandes transformações são assim: profundas, devastadoras, causam dor, provocam lágrimas e só aqueles que conseguirem confiar no processo e na natureza, só esses terão alguma paz.

 

Mas agora, mais do que nunca, os tempos são de reflexão e de gratidão. Os tempos exigem que este exercício seja feito diariamente que permitirá alivar a nossa ansiedade e a nossa angústia. Quando comecei a sentir o meu estado de espírito a ir a baixo, senti, ao mesmo tempo, a necessidade de me focar no bom e isso levou-me a escrever uma lista com as primeiras coisas que me vieram à cabeça e pelas quais sou grata.

  • 20 Motivos de Gratidão na minha vida:

 

  1. Agradeço ter conseguido despedir-me da minha mãe com um funeral que pode acolher todos aqueles que quiseram se despedir dela e que puderam partilhar aquele momento tão devastador nas nossas vidas sem qualquer inibição de proximidade social. Recebi abraços, beijinhos e tive de perto o calor de muitas pessoas que fazem parte da nossa vida desde que eu me conheço por gente. Obrigada!
  2. Agradeço por ter esta casa, confortável e espaçosa que muito contribuiu para que seja possível encontrar alguma tranquilidade nos nossos dias atípicos. E também por nunca nos ter faltado comida ou qualquer outro bem essencial.
  3. Agradeço por ter dois filhos cheios de energia e de saúde e por deixar-me contagiar por tudo aquilo que as crianças têm para ensinar aos adultos. Tenho dois filhos que são crianças, mas também companheiros de aventuras, de desabafos, de risos e de lágrimas.
  4. Agradeço as pessoas especiais que aparecem na minha vida e que ficam, sem arredar pé, mesmo quando eu me fecho na concha sem querer falar com ninguém. Obrigada a quem olha para mim e consegue ver a pessoa que eu sou, que fica e luta por mim. São poucas, mas não preciso de mais.
  5. Agradeço por ter sido uma filha presente na vida da minha mãe e na do meu pai e isso permitoiu-me presenciar a partida dos meus pilares, embora numa tristeza profunda, serena por termos vivido tudo o que esteve ao nosso alcance - na verdade, fazer mais do que fizemos, era praticamente impossível, mesmo que agora tudo pareça pouco devido à ausência.
  6. Agradeço o facto de ser uma pessoa que gosta de acordar cedo e, com isso, poder sentir o dia a nascer e receber a sua energia e fazer com que os dias parecem maiores. Nada me deixa mais feliz do que a sensação de um dia bem aproveitado.
  7. Agradeço o facto de conseguir olhar para os problemas de forma pragmática e sem antevisões ou sofrimentos antecipados dos problemas que ainda não reais.
  8. Agradeço o facto de conseguir cuidar de mim, ter amor próprio e, com isso, trabalhar o meu interior, mas também o meu exterior.
  9. Agradeço por ter tido a coragem necessária para me despedir, pois foi um marco importante na forma como passei a valorizar a pessoa que sou. Ser capaz de dizer basta a situações de abuso e de destruição do meu amor-próprio e a da minha auto-confiança transformou-me.
  10. Agradeço ter tido uma educação baseada nos afectos e nunca ter sentido, da parte dos meus pais, que os filhos eram o motivo de tensão ou de sobrecarga para os pais. Sempre fizeram tudo connosco e sei que tive uma infância feliz assente nos valores imateriais acima de tudo.
  11. Agradeço ter crescido em contacto com a natureza e em liberdade para ter muitas aventuras e experiências que contribuíram para a pessoa destemida e desenrascada que sou hoje.
  12. Agradeço todas as vezes que venci o cansaço e que convenci os meus para sairmos de casa e aproveitarmos tudo o que nos era possível: fosse para passear ao fim-de-semana, para viajar, passar fins-de-semana fora, fosse para descobrir um restaurante novo ou fazer um programa diferente com os miúdos. Isso permite-me que, ao dia de hoje, a viver em confinamento, eu não me sinta angustiada por não estar “a viver”! Saber que a cada momento fazemos o melhor que podemos para tirar partido dele, é o melhor remédio!
  13. Agradeço todos os riscos que aceitei e todas as mudanças que tive. Agradeço ter ido em Erasmus, viver expatriada, arriscar no incerto, etc. Tudo isso faz de mim uma pessoa rica em tantas coisas e cheia de um mundo que não assenta em coisas materiais. Nesta fase da minha vida, é tão claro que a minha felicidade não está numa casa, num carro ou nos bens materiais que tenho. Viver com a obsessão do dinheiro retira-nos discernimento para aproveitar a vida tal como ela é.
  14. Agradeço a capacidade em pedir ajuda e perceber que as nossas atitudes também têm interferência naquilo que recebemos dos outros e que a mudança cabemos a nós – e sim, dar esse passo custa tanto.
  15. Agradeço não olhar o mundo como um lugar dividido entre os maus e os bons, não parto com maldade e não ajo perante os outros com maldade.
  16. Agradeço o facto de, com 38 anos de idade, ter muitos sonhos que se tornaram realidade.
  17. Agradeço poder ter sido uma mãe presente desde o momento em que os meus filhos nasceram. Pois, por entre o mar de dificuldades e de desafios, cresci com eles e sei que sou uma pessoa muito melhor por passar muito tempo rodeada de duas crianças, dois seres humanos sem maldade, com uma capacidade infinita para perdoar e esquecer, por terem um beijo e um abraço sempre prontos e dizer aquilo que pensam com o coração e sem maldade.
  18. Agradeço ter acesso a tanta coisa nova e diferente e contacto com diferentes culturas, formas de estar e de pensar todos os dias e de poder observar e absorver tudo isso para mim.
  19. Agradeço o facto de conseguir conviver apenas comigo mesma e de gostar de me ter como companhia.
  20. Agradeço ter compaixão comigo, quando alguma coisa não corre bem, saber perdoar-me e aceitar que está tudo bem e que o mundo não precisa de pessoas perfeitas.

 

É grandioso perceber que esta lista, que inicialmente parecia ser um desafio encontrar tantas coisa, afinal, em vez de vinte, poderiam ser trinta ou quarente. Eu sou daquelas pessoas que confia no processo e na natureza. Sou das que acredita que a vida é boa e bonita. Tudo se resume à forma como cada um de nós decide tirar partido dela.

E vocês? Agora deixo do vosso lado! É a vossa vez de fazer este exercício de gratidão.

 

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Self-Care: Como sobreviver à quarentena com alguma dignidade!

Dicas e ideias para cuidarem da vossa beleza durante a quarentena.

25.03.20 | Vera Dias Pinheiro

cuidados de beleza e de higiene que pode fazer em casa

 

Quando a quarente começou – a um número de dia qualquer atrás, eu não os conto – uma das coisas que me dei conta foi do tempo “extra” que acrescentei ao meu dia ao suspender as deslocações diárias. E é para esse bocadinho de tempo “extra” que as minha dicas e ideias se dirigem. Afinal, entramos de quarentena sem tempo para ter de pensar em colocar a manicure em dia, a depilação ou coloração dos cabelos brancos.

 

Porque embora nos queixemos de falta de jeito, foi a pressão da falta de tempo e a conveniência que nos levou a pagar por determinados serviços que podiam ser feitos em casa. Pelo menos, a minha opinião é “o saber não ocupa lugar” e não custa nada sermos minimamente auto-suficiente para o caso de enfrentarmos uma emergência – o que não imaginei foi que um dia iria levar a expressão emergência verdadeiramente à letra!

 

Portanto, se nunca pensaram em aventurar-se em certo tipo de rituais de beleza ou de auto-cuidado, este é o momento de arregaçar as mangas e aventurar-nos.  Os tempos são de reflexão e de paragem (obrigatória) e, se uma das queixas mais frequentes nas mulheres em geral é a falta de tempo para cuidar de si, eis a oportunidade para inverter o ciclo. É a momento ideal para estabelecer rotinas e rituais que antes, com a pressão, passávamos à frente.

 

Os passos do meu ritual quando quero cuidar um pouco mais de mim e com um pouco mais de tempo:

 

1. ESFOLIAÇÃO | Acrescento um esfoliante de corpo e de rosto ao banho. Um passo importante, pois vai contribuir para eliminar as células mortas. Para um efeito mais relaxante, optem por escolher um produto a base de óleos, com aromas e odores do vosso agrado.

Hoje em dia, encontram facilmente gamas inteiras de produtos para uma experiência semelhante à de um Spa. Existe para todos os gostos e carteiras.

 

2. HIDRATAÇÃO |Entre o champô e o condicionador, acrescentar uma máscara de hidratação de cabelo, não precisa de ser muito tempo. Aliás, as minhas máscaras de cabelo precisam apenas de 3-4 minutos para fazer o seu efeito e tenho três variedades: hidratação; nutrição e reconstrução. Cada uma com o seu objectivo específico. Para se informarem melhor, aconselho a pesquisarem acerta do Cronograma Capilar que faz milagres a qualquer tipo de cabelo, seja qual for o seu estado.

Podem ficar a saber como evitei um corte radical ao meu cabelo apenas com cuidados capilares feitos em casa aqui. E também sobre o meu cabelo actual neste post.

 

3. ROSTO MIMOS EXTRA I | Uma máscara de rosto faz milagres por nós, dependendo do vosso tipo de pele e necessidades, existem várias ofertas no mercado. As minhas favoritas são as: detox, hidratantes e de rejuvenescimento. Uma dica: durante o tempo de actuação das máscaras, podem fazer outras coisas; dobrar roupa, arrumar uma divisão da casa, etc… Não precisam ficar paradas e a stressar! 😊

 

4. ROSTO MIMOS EXTRA II | Após a máscara, proceder ao ritual sem passar nenhum passo: tónico, sérum, creme de olhos e de rosto.

Dica: Foreo Luna 2 é um aparelho elétrico de limpeza de rosto, um investimento já antigo e que compensa muito. Um melhor amigo na hora de lavar o rosto, garantindo uma limpeza em maior profundidade, assim como melhora o grão da pele, ficando com uma aparência mais fina e suave. A limpeza da pele em condições é essencial para terem uma pele bonita, cuidada e para que tudo o que coloquem a seguir seja devidamente absorvido e, consequentemente, surta os efeitos desejados. Não adianta ter os melhores cremes ou os mais caros se não valorizam este passo básico de cuidados com o rosto.

  • Conheçam um pouco mais da história da minha pele neste post.
  •  

luna foreo 2 cuidados de rosto limpeza de pele

 

Entretanto, em tempo de quarente é preciso aceder ao nível acima e acrescentar outros cuidados que temos habitualmente, mas a quem pagamos para nos fazerem, mas também esses podem ser feitos em casa:

 

1. PEDICURE | No meu caso, eu tenho um aparelho da Philips específico para pés, mas antes disso, tinha sempre uma lima de pés. Os calcanhares, sobretudo, precisam da nossa especial atenção e, para isso, convém não esquecer a hidratação. Eu implementei um hábito que é: antes de dormir, colocar creme também indicado para pés e, de seguida, calço umas meias - o calor ajuda na hidratação extra. Já experimentaram? Em Bruxelas, a água é bastante calcária e, como tal, a nossa pele, cabelos, etc., acaba por se ressentir com o tempo, nomeadamente ficamos com a pele bastante seca.

 

2. MANICURE | Bem sei que estávamos todas habituadas ao conforto do verniz gel para manter as unhas bonitas durante mais tempo, porém sempre nos acomodamos que tanto para fazer, como para retirar recorríamos a uma profissional, certo? Contudo, se agora montar todo um kit de verniz gel é casa seja mais difícil – embora não impossível – veja como – retirar a tempo de evitar o pior está ao alcance de todas nós – ver vídeo com explicação – e depois é só manter uma manicure básica e um verniz transparente se não quiserem correr grandes riscos ou perder muito tempo.

 

3. DEPILAÇÃO | neste momento tenho depilação definitiva, contudo sabemos que não significa zero pelos o que facilita muito essa parte. Se aparece algum pelo indesejada, neste momento, basta-me passar com a lâmina. Mas antes, fiz muitas vezes a depilação em casa com recurso a um aparelho de depilação elétrico. Quem for avesso à dor, tem a opção dos cremes depilatórios e da “clássica” gilette.

 

4. SOBRANCELHAS E BUÇO | Pelo amor de Deus, não deixem as coisas escalar, façam a manutenção do que têm com a pinça e nada de cera nestas zonas, ok? Tira um ou outro de cada vez é muito mais simples do que ter que resolver um problema acumulado de dias e dias.

 

5. COLORAÇÃO CAPILAR | Entenda-se pintar os cabelos brancos. Também é possível fazer em casa, mais fácil para quem pinta a raíz por completo e tem o cabelo de uma cor apenas. Como não é o meu caso, eu decidi falar com a minha cabeleireira em Portugal, pedir conselhos antes de fazer asneira e espero em breve trazer (boas novidades) a esse respeito.  

 

Lembrem-se que é tanto mais simples quanto forem cuidando todos (ou quase) os dias um pouco de vocês. Assim, o meu conselho é simples: manter tudo em dia e não deixar chegar ao caos, pois nesse momento nem vontade temos sequer para fazer nada, para além de ser muito mais difícil para nos, que não tempo formação e simplesmente nos desenrascamos em momentos de emergência e porque precisamos igualmente de mais tempo. Manter a regularidade e não precisam fazer tudo no mesmo dia.

 

 

Todavia, agora que passamos muito mais tempo em casa, de segunda a domingo, eu obrigo-me a mim (e aos outros a respeitar) a tirar parte de um, regra geral, o domingo, para fechar-me na casa de banho e cuidar de mim. Muitas vezes, tenho companhia ou visitas, mas imponho regras. 😊

Para mim, um banho “a valer”, cara lavada e roupa lavada fazem, sim, milagres!

 

Vamos ter dias bons e menos bons, completamente normal e devem aceitar ambos, pois faz tudo parte do processo. Porém, devemos ter atenção e fazer um esforço por alimentar bons hábitos e rotinas de cuidado connosco próprias. Só assim conseguirão ter força para ultrapassar os dias menos bons e dar valor aos bons.

 

Tenho a certeza que saíremos muito mais fortes de tudo isto, mais independentes e auto-suficientes e... mais donas do nosso tempo. Será? Eu gostava muito! 

 

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A quarentena, o isolamento e a ansiedade social!

O desabafo após não sei quantos dias de quarentena.

23.03.20 | Vera Dias Pinheiro

quarentena-isolamento-ansiedade social-corona-vírus

 

Há muita coisa que vos quero falar e partilhar para além da corona vírus e da quarentena que vivemos. Mas subitamente sinto-me complemente esmagada e paralisada face às partilhas que se replicam por 10, 20, 100, 10 000 pessoas e por todos os canais de comunicação que temos ao nosso alcance e que, hoje em dia, são tantos, nomeadamente o telemóvel, as várias redes sociais, os vários grupos de whatsapp. Enfim… percebemos nestes momentos como a lista é extensa.

 

Pois se, no início, era fundamental para percebemos a seriedade do momento que o mundo inteiro atravessa, rapidamente tornou-se uma espiral de informações, umas a seguir às outras, de números, de recomendações, de pedidos de partilhas, de alternativas em versão digital para nos ocupar o tempo até ao ínfimo minuto, de eventos, também eles digitais, para fazer homenagens… tudo isto, à medida que os dias foram passando, tornou-se extenuante psicologicamente e emocionalmente.

E atenção, eu não sou contra nada disto. Porém, neste momento em que todos vivemos entre quatro paredes, eu sinto-me a afundar, sem ser capaz de reagir perante mim, a minha família e o mundo.

 

De tal maneira que, por exemplo, pensar em sair de casa, mesmo que por breves instantes, seja sozinha ou em família, causa-me muita ansiedade. E sem que que consiga controlar, na minha cabeça começo a recriar a forma de propagação do vírus, o tempo que permanece nas diferentes superfícies, nos cuidados que devemos ter, onde não podemos tocar, o que temos que desinfectar, os mil cuidados entre o sair o voltar a entrar em casa… É de tal forma que dou por mim imobilizada a olhar para o meu marido, quando chega do supermercado, pois eu bloqueio, não sei o que fazer com o saco das compras - medo de lhe pegar, medo que toque em algum lado, medo que os miúdos lhe toquem.  

 

Por outro lado, estávamos a caminhar progressivamente para um desligar das redes sociais e passar mais tempo offline. E, de repente, as notificações dispararam por todo o lado, estamos mais do que nunca ávidos de consumir informação e de nos conectarmos com o mundo. Se a isso juntarmos a pressão de coisas para fazermos no nosso dia-a-dia, porque estamos em casa e parece que contrariamente ao que se diz, estamos de férias, os grupos de pais, os alarmes da escola, o apelo para tornarmos estes dias incríveis com mil e uma coisa diferentes para entreter os miúdos e, ainda assim, conseguir ter roupa lavada, casa desinfectada - por causa do vírus, claro - e produzir, pois a economia precisa mais do que nunca de ser alimentada. Tudo isto em apenas 24 horas é impossível.

 

Preciso de respirar um pouco de normalidade sem me sentir culpada ou que as pessoas pensem que estou despreocupada com a situação. Mas a minha vida tal como era manteve-se, o estar em casa é algo normal para mim, mas agora parece que não é – e não é para muitos de vocês. Os nossos dias agora são muito semelhantes: os filhos, as tarefas domésticas, o trabalho e as horas a mais que os nossos dias têm por causa de tudo isso – ou melhor que não têm e, por isso, muitas vezes são 23h e ainda estamos a tratar de algo importante. Ouço as pessoas falarem da dificuldade em gerir o tempo, que dão por si a trabalhar até muito tarde. E é legítimo, pois é mesmo assim.

 

Desde 2013 que eu ando a ajustar-me a esse ritmo e mesmo assim ainda não tenho truques mágicos ou segredos para partilhar - a não ser a consciência de que é preciso ter rotinas, horários – nada rígido – mas saber em que parte do dia fazem o quê. Isso ajuda a manter a calma e a sermos mais produtivos. Os dias fluem, porém sem nunca se fazer tudo aquilo que queríamos.

 

Neste momento, todos nós já percebemos a seriedade da situação e sabemos que, nesta fase, tudo se resume ao isolamento de todos. E essa é, ao mesmo tempo, a melhor forma de homenagear e respeitar o trabalho dos médicos, enfermeiros, auxiliares, mas não só. Há inúmeras pessoas que não podem ficar em quarentena, por exemplo os funcionários do supermercado, dos bancos, dos correios, das farmácias, camionistas, etc. Essas pessoas arriscam todos os dias a sua vida e carregam o peso da responsabilidade de evitar que a curva de infectados pelo Covid-19 dispare ainda mais. O nosso papel agora é respeitar as ordens que nos dão sem excepção.

 

Mas se me permitem, a minha cabeça precisa de alguma normalidade. Eu preciso sentir-me normal se não ler as notícias a toda a hora. Sentir-me normal se partilhar coisas banais. Sentir-me normal se não estiver presente em todas as partilhas ou aceitar todos os desafios que recebo a toda a hora. Sentir-me normal para conseguir fazer o que me compete.

 

Vivemos tempos difíceis e fraturantes de quem éramos e do que seremos quando tudo isto passar. E eu acho que precisamos todos de tempo e espaço para encaixar tudo isso – repito, cumprindo o nosso papel, o de estar em casa o máximo de tempo possível. Algo que eu encaixei como uma ordem severa - porque na minha cabeça, quanto mais tempo eu estiver em casa, mais rápido volto a sair. Percebem a minha lógica? Tipo castigo da escola!

 

Mas se o mundo nos pede para mudar, não vamos inverter o caminho em 180 graus. Por isso, desculpem-me e compreendam se, no meio do caos, eu precisar de me afastar, se precisar de silêncio ou de estar sozinha, afinal, no meio do caos, há um luto ainda a precisar de ser feito.

 

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A quarentena pelos olhos de uma mãe...

Como sobreviver/viver uma pandemia e uma quarentena com crianças?

20.03.20 | Vera Dias Pinheiro

quarentena pelos olhos de uma mãe

 

Tenho pensado muito na minha mãe, na segurança que ela me traria, nas suas palavras para mim, mas também para os meus filhos. O que sinto é que me falta aquele pilar, onde nós, mulheres, mães, pessoa adulta, podemos encontrarmos para ganhar forças nos momentos mais difíceis. Agora vou buscar as forças que preciso quando olho para a Laura e para o Vicente e sinto a responsabilidade de os proteger como nunca senti antes.

 

As precauções iniciais são agora uma certeza, que não sabemos quando terminarão. E, para mim, são as crianças que mais estão a sentir este isolamento em casa a que somos forçados. Por mais que se explique, existem limites face aquilo que elas compreendem e, por aqui, conversa-se bastante sobre as coisas, sempre tendo em conta as idades de cada um e focado naquilo que é essencial ao seu conhecimento.

 

Porém, de um dia para o outro deixaram de ir à escola, de estar com os amigos, de ter os programas de fim-de-semana, de fazer os passeios e até de ir ao supermercado e, por aqui, aconteceu precisamente no momento em que todas as mudanças pelas quais tínhamos vindo a passar estavam a ficar consolidadas. Um novo recomeço? Um desbravar novamente do desconhecido? Tudo outra vez, como assim?

 

Por outro lado, nós como pais estamos completamente sozinhos a lidar com a pandemia, com a quarentena e com a necessidade de dar aos nossos filhos todas as condições para que a vida deles seja o menos afectada possível. A escola e a educação depende de nós, as actividades e apetências, algo que é importante que continuem a desenvolver, lidar com as saudades que começam a sentir de uma série de coisas, a dificuldade que é mantê-los em casa e a energia a mais, também ela mais reprimida, que resvala muitas vezes para as birras, os gritos e os conflitos. Tudo isto ao nosso cargo e a resposta tem que ser sensata, equilibrada. Não se trata de uma semana intensa de férias, trata-se de uma nova realidade!

 

E, no meio de tudo isto, quando olho para eles, a única coisa que me vem à cabeça é: reinventa-te, Vera! Esquecer tudo o que está para trás e concentrar-me no que pode ser feito agora e com os recursos que temos.

Para quem não está habituada à vida de casa e a ter uma série de rotinas dentro de casa, o ambiente caótico vai criar dificuldades acrescidas! As rotinas levam tempo e aceitem esse tempo. Contudo, a única forma é tudo isto dar certo, é recriar em casa uma rotina que traga alguma normalidade à nossa vida, que nos dê segurança de saber o que fazemos e que “horas”.

 

  • Vou dar-vos o nosso exemplo:

7h20: O despertador toca!

Os miúdos já estão acordados e vestem-se sozinhos. Enquanto isso, eu despacho-me também. Como estava na minha rotina fazer exercício de manhã, mantenho. Eles tomam o pequeno-almoço e eu começo o meu treino.

9h00: As actividades escolares começam!

A escola do Vicente tem uma plataforma e-learning que tem funcionado muito bem. Permite alguma interactividade e manter uma relação de proximidade com os professores e colegas.

Entre as 10h15 e as 10h45: Pausa!

10h45 - 12h15/30: Finalizar as actividades escolares do dia!

 

Para mim, as horas da manhã são as mais importantes. É quando consigo captar mais atenção dos dois e ter um ambiente menos caótico – também - entre os dois. Contudo, face às idades, não é algo compatível com outra coisa em paralelo. Eles requerem a minha presença e atenção em full-time.

 

12h30 – 14h00: Pausa de Almoço!

14h00 – 14h30: Actividades da segunda língua (Francês) com o pai!

 

Alguns dos momentos dos nossos últimos dias partilhados no Instastories:

 

 

 

Outro aspecto que, para mim, é igualmente relevante é manter os mais possível as regras “basilares” das semanas normais de escola, nomeadamente: as regras da televisão, as horas do banho, das refeições e do deitar. A expressão “quarentena não são férias” deve ser mesmo levada em consideração por todos nós, incluindo as crianças.

 

No tempo que resta, é preciso reinventar muito! É particularmente importante variar actividades. Porém, não é mais do que dar-lhes acesso a mais materiais, papéis, livros, etc… É natural que se aborreçam com tudo e mais rapidamente.

Por outro lado, mantê-los envolvidos nas tarefas de casa, dar-lhes autonomia e responsabilidades é importante, porque é aí que vamos conseguir ter momentos para respirar e seguir com a nossa vida, o possível claro.

 

actividades para fazer em casa com crianças quarentenaIMG_4852.PNG

 

Exemplos de tarefas partilhadas cá em casa: pôr a mesa; fazer as camas; arrumar a loiça da máquina de lavar; arrumar os brinquedos; ajudar a pôr roupa a lavar; no fundo, vão ajudando em tudo o que podem, sobretudo no que toca às suas coisas.

E cresci nesse ambiente, embora a minha mãe tivesse ajudas em casa, desde sempre que me lembro de ajudarmos em várias coisas. No fundo, é contribuir para que percebam a importância e as vantagens de trabalhar em equipa e de partilhar tarefas.

 

E dar-lhes espaço, não se esqueçam! São seres humanos comos nós, com qualidades e defeitos, com necessidades especiais e particulares e que acumulam muita coisa por estes dias.

 

E pelo meio desta confusão, não esquecer as coisas boas que continuam a acontecer: a quaresma, para os católicos; o início da primavera, a Páscoa, o Dia Do Pai e da Mãe. E, por fim, abrir a mente e os braços às coisas boas que têm surgido por causa da pandemia: a disponibilização de concertos para crianças online, hora do conto ao vivo no Youtube ou aulas das actividades dos nossos filhos em vídeo são apenas alguns exemplos do que está ao nosso dispor gratuitamente.  

 

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Caímos de pára-quedas numa pandemia... O que virá a seguir?

Como passamos da COVID-19, à pandemia e ao isolamento em casa?

19.03.20 | Vera Dias Pinheiro

pandemia corona vírus

 

O ano de 2019 foi difícil para muitas pessoas, eu incluída, e mesmo sabendo o que me 2020 me reservava – a partida anunciada da minha mãe – eu sentia que 2020 seria auspicioso. Por algum motivo, encaro-o (ainda) pleno de energias positivas vibrantes capazes de sarar feridas e de fazer as mudanças que tanto desejamos e aspiramos para a nossa vida. Aquilo que eu não sabia é que, para tal, teríamos que mergulhar nesta profunda crise - uma pandemia - que afecta todos os níveis da nossa vida desde a saúde, à financeira e até das nossas relações pessoas e familiares.

 

 Um vírus – que tem vindo a galopar desde o final do ano passado sem que nada nem ninguém fizesse prever a sua rapidez, amplitude, capacidade de propagação e incapacidade de resposta. Uma estripe da corona vírus, a covid-19, começou começado na China e agora arrasa completamente o mundo inteiro. E, literalmente de um dia para o outro, as pessoas foram encorajadas a ficar em casa, isoladas, pois evitar o contacto social é, para já, a única forma de travar a sua propagação.

 

Ora nós, seres humanos especialistas em fazer planos e programar a vida sempre uns meses, ou anos, mais para a frente, somos obrigados a parar no presente e a reagir. As escolas dos nossos filhos foram suspendidas, os atl’s e os avos não são opção dado que, perante a covid-19, as pessoas idosas são um grupo de risco. No trabalho, quando somos tão resistentes face aos avanços tecnológicos e ainda tão reticentes quanto ao trabalho remoto, esse passou a ser, em 90% dos casos, a única solução para que os negócios não colapsem. O acesso aos bens essenciais torna-se escasso e racionalizado e o medo de ficarmos sem comida – em pleno seculo XXI é real. Deixou de haver trânsito nas ruas, o comércio resume-se apenas aos serviços básicos e fundamentais à nossa existência, como correios, bancos, supermercados e farmácias. E, no dia -a -dia, somos forçados a dar relevância estritamente aquilo que é urgente – e mesmo assim, o urgente assumiu contornos ainda mais particulares.

 

Posto isto, o que temos nós agora? Famílias – espero, ainda assim, que seja a esmagadora maioria – como a minha e a sua, literalmente fechadas em casa. De repente, pais e filhos convivem como talvez nunca o fizeram na vida e marido e mulher confrontam-se a todos os instantes. Podia ser um mar de rosas se a situação lá fora não nos colocasse o nível de stress e de ansiedade em níveis elevados e a tensão do convívio a dar de si. Arrisco a dizer que, no final, só os fortes sobreviverão, mas, mais do que isso, numa altura em que se escreve a história que virá, daqui a alguns anos, num livro do ensino obrigatório, fala-se em guerra e em luta pela sobrevivência. E quando se luta pela sobrevivência, o que é que acontece? Pois é, contudo, a história que hoje estamos a viver vem ensinar-nos que a única forma de ultrapassarmos isto é dar as mãos uns aos outros, aqui não é (e nem pode ser) cada um por si.

 

Numa altura em que vivemos isolados e ainda assim, famílias que, dentro do mesmo tempo, se isolam devido ao perigo de contágio, as relações têm que ser fortes e emanar os seus valores mais puros e verdadeiros. Existem menos abraços, menos beijos, menos contacto, menos convívio. Nada é como antes e nem sequer alguma vez se tinha colocado este plano B (de existência) como hipótese na nossa primeira e principal existência. Verdade?

 

Da minha parte, eu só esperava poder, neste momento, estar a chorar a morte da minha mãe, a fazer o meu luto e sempre que cabeça ficasse demasiado cheia e o peito muito apertado, pegar em mim e sair, viajar e estar a contar os dias para as nossas férias de verão que, modéstia à parte, iam ser em bom – lei “parva” da compensação! Porém, a realidade é outra. Sinto o meu corpo, que entrou numa espiral de cansaço físico e psicológico, dormente. Mudar de país, o cancro, a adaptação às novas rotinas, a morte e agora estou isolada, dentro da minha casa com a minha família, a lidar com uma pandemia e que coloca a nossa vida sem qualquer horizonte.

 

Ainda assim, não estou preocupada com o facto de passar muito tempo em casa. Eu estou habituada, sinto-me bem e consigo ter organização mental e alguma abstração para “seguir com a vida” nestas condições. A parte financeira, enfim, na minha vida a instabilidade é um dado adquirido, todas estas sensações que são agora novidade e assustadoras para alguns de vós, eu debati-me quando me despedi e arrisquei tudo no incerto. O perder horizontes e viver o presente, bom, o facto de não ter certezas no amanhã, obrigou-me a ter uma garra no agora e que renasce todos os dias. E, se tal não bastasse, presenciei a partida da figura da materna, com momentos muito importantes e marcantes para mim – que ligo (e sinto) o mundo espiritual – transformaram ainda mais a pessoa que eu sou hoje. Perdi o medo de ficar doente ou de sofrer, por exemplo.

 

Contudo, não estou de boa nesta situação. Sou mãe e o meu instinto de protecção está no alerta máximo. E, para além disso, preocupa-me a forma como as pessoas, no geral, estão e irão lidar com TUDO isto, que vai muito para além de uma pandemia ou da covid-19. Queixavamo-nos muito e todos os dias de vivermos assoberbados de coisas e com falta de tempo e, neste momento, temos literalmente tudo para gerir ao mesmo tempo, sem separação e sem fuga. Os filhos não vão para a escola a seguir ao fim-de-semana, o trabalho vem para casa e, a seguir a uma discussão, a pessoa continua à nossa frente.

Mas a noção de tempo mudou! O tempo revelou-se para nós, deu-nos uma pancadinha nas costas para lembrar que era disto que nos queixávamos. E agora, o que vamos fazer com isso?

 

O meu conselho, modesto e humilde, é que vão com calma! A situação de base é já por si delicada e exigente, sem exemplos. Na minha opinião, é incorrer em mais pressão se, dentro da vossa casa, procurem ainda mais coisas para fazer ou se entreter. É tempo de parar e encarar as coisas de frente, os outros e a nós mesmos - essa parte é dura para caraças.

 A palavra aceitação vem agora ser colocada à prova, a nossa solidariedade, a empatia pelo próximo e o respeito. No fundo, é tudo ao mesmo tempo. Misturado e confuso. E vai ficar tudo bem, sim, desde que aceitemos esta fase por muito mau que tudo nos pareça agora.  

 

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Como aplico o meu verniz gel em casa

Todos Os Produtos Para Verniz Gel Que Precisam E Onde Comprar

11.03.20 | Vera Dias Pinheiro

aplicar verniz gel em casa

 

Este foi um tema bastante falado nas minhas redes sociais no início da nossa mudança para Bruxelas. Ninguém acreditava no preço de uma “simples” manicure ou de um verniz gel por aqui e nem tão pouco das subtilezas que existem no preçário e que representam sempre um “mais” na conta final.

 

Há um preço para tudo – e quando digo tudo, é tudo mesmo – para fazer a manicure, para tirar o verniz gel e outro para depois colocar a seguir, para o tipo de “pintura” que queremos fazer, etc. E embora exista muita oferta, a minha experiência diz-me também que, na maioria das vezes, o mais barato sai caro.

 

No entanto, para mim, ter as unhas arranjadas é importante e isso passa pela manicure em si e também por usar verniz, que deixa as mãos logo muito mais elegantes. E no ritmo frenético e agitado que levo, com os banhos dos filhos e os afazeres domésticos, o verniz gel é, sem dúvida, a opção mais viável.

 

Portanto, a única opção que me restava era lançar-me eu própria a fazer a minha manicure e o meu verniz gel em casa. E esse é outro dos assuntos sobre o qual muitas perguntas me têm feito. Quais os vernizes que uso? Onde encontrei o forno? Onde compro os materiais? Se é difícil e se resulta mesmo? São essencialmente estas as dúvidas mais frequentes.

 

Ora, a primeira coisa que fiz foi informar-me com quem domina o assunto, a minha esteticista em Portugal, que foi inclusivamente quem mais me motivou para o fazer. Foi ela que me deu a lista de tudo o que iria precisar e que me explicou a sequência/ordem de utilização dos produtos. E o passo seguinte foi saber onde os encontrar, sobretudo as marcas que ela me tinha dado como referência de maior qualidade, e, de preferência, online.

 

E muito importante é assegurar que o fazemos em sites de confiança, com os produtos certificados e com todo o apoio e assistência ao cliente. A loja online Presença de Luxo é precisamente uma das opções que têm ao vosso dispor, onde encontram uma variedade de produtos especializados no âmbito dos cabelos, da estética e, então, da manicure/pedicure.

 

Para além disso, uma das coisas que me deixa, de imediato, mais tranquila quando faço uma compra online é encontrar os contactos directos logo na página principal do site e em grande destaque.

 

Então, e quais são os produtos necessários adquirir para começar a fazer a verniz gel em casa?

 

  • Produtos:
  1. Removedor
  2. Cleaner
  3. Primer
  4. Base
  5. Top Coat
  6. Verniz Gel (cores à vossa escolha)

 

Relativamente à marca, eu optei pelo Verniz Gel Andreia, por influência da minha esteticista, uma vez que é a marca que ela utiliza, contudo, tenho recebido igualmente bom feedback do Verniz Gel Inocos. Penso que é tudo uma questão de experimentar e talvez de cores disponíveis. Aquilo que eu tento é que a base, o verniz gel e o top coat sejam da mesma marca.    

 

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  • Utensílios:
  1. Lâmpada/Catalisador UV LED
  2. Lima
  3. Alicate
  4. Pau Laranjeira
  5. Algodão (e prata para remover o verniz gel)
  6. Lima polidora em cubo

 

O resultado final, esse, vai sempre melhorando à medida que vou fazendo. Na minha opinião, o jeito treina-se e é preciso ter paciência. Em contrapartida, não noto que perca demasiado tempo, pelo contrário, até acho todo o processo bastante rápido, o mais difícil é mesmo tirar o tempo para o fazer em casa, ao invés de ter uma desculpa para sair. E, acima de tudo, fica muito, mais muito mais em conta e o resultado final é bastante bom. Portanto, sim, é algo que vou continuar a fazer.

 

Para mim, o segredo está em usar camadas mais finas de verniz e limpar muito bem os cantos e as extremidades antes de colocar as unhas no catalisador – se o fizerem a seguir, é muito mais difícil. E ter uma boa lâmpada também ajuda, claro.

 

Todos estes itens de que vos falei podem encontrar nesta loja online que é uma presença de luxo dentro desta área. Como não sou uma expert no assunto, recomendo apenas com base na minha experiência e nos conselhos que recebo e que resultam comigo.

 

Agora que já sabem tudo acerta da minha manicure em casa, podem ver que é bastante simples e com um pouco de paciência e um investimento inicial baixo não existem desculpas para não andarmos com umas mãos bonitas e unhas arranjadas.

 

 

 

*Este texto foi escrito em parceria com a marca Presença de Luxo.

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