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As Minhas Preocupações Actuais Com A Alimentação Dos Meus Filhos

17.10.19 | Vera Dias Pinheiro

alimentação crianças receita pão de banana

 

Numa semana em que se assinala o Dia Mundial da Alimentação e, mesmo sendo um tema sobre o qual falo sem grande profundidade, pois não me considero uma especialista, é uma assunto que me interessa muito. No meu caso, quando precisei de ajuda neste campo procurei um nutricionista especializado que não me passou qualquer plano alimentar sem que antes lhe mostrasse todas as análises que me tinha pedido. Portanto, é certo que todos, a partida a maioria, sabem mais ou menos os princípios e os pilares de uma alimentação equilibrada e qual deverá ser a apresentação de um prato, as porções de proteína, legumes e hidratos de carbono. No entanto, a complexidade do corpo humano leva-nos, por vezes, a ter que ir mais além, porque se aveia é saudável, digo-vos já que foi uma das primeiras coisas a sair da minha alimentação, juntamente com a chia.

Vejam só? Tinham-se acabado as papas de aveia e os pudins de chia tão afamados como os melhores amigos de um regime saudável.

 

Da mesma forma que não aderi ao movimento #setembrosemcarne, porque a carne faz parte da nossa alimentação. Eu lá vou reduzindo, uma vez que, não de todo o alimento que mais de satisfaça. Porém, mas abolir é um patamar que espero chegar um dia, mas não no presente. Para além disso, tudo seria mais fácil se o meu organismo se desse bem com leguminosas, uma alternativa à proteína animal, mas nem por aí. Foi também um sector a pôr de lado.

 

E a verdade é que por mais que eu achasse estranho ou não, o meu organismo agradeceu todas aquelas mudanças e nunca mais regredimos ao ponto em que eu estava e em que tive que pedir ajuda. Nesse sentido, fui naturalmente dando a mão à palmatória e concordar que tinha encontrado o meu caminho.

 

Mas falar de alimentação é, acima de tudo, falar de saúde e só depois de perda de peso, menos celulite, abdominais definidos e por aí a fora. Falar de alimentação é falar de prevenção de doenças, algumas delas bem sacanas, como o maldito cancro. E reagir é bem diferente do que prevenir.

 

Consequentemente, como mãe e pessoa desperta para estes assuntos, preocupo-me com a alimentação dos meus filhos. Educar a este nível é também um desafio enorme, porque os aliciantes são muitos e a verdade é que mesmo não querendo privar de nada, como é o nosso caso, limitar o consumo excessivo parece já uma tarefa complicada. Fala-se tanto em alimentação saudável e, ao mesmo tempo, pouco ou nada se faz para mudar os menus das cantinas e isto é um problema real.

 

Nas escolas anteriores, do Vicente e da Laura, no fundo pertenciam à mesma, mas em pólos diferentes, como o ambiente era pequeno e a comunicação se fazia de forma fácil, havendo margem para pequenos ajustes, não privei, mas controlava-se. Neste momento, sinto que, em casa, tenho que fazer um trabalho gigante para combater a “desgraça” que é a alimentação nas cantinas na escola de ambos. O Vicente diz que na cantina dele não há fruta e diz-me que recusa sempre que lhe oferecem ketchup (?!). E já nem vou falar dos pratos principais. A Laura, por sua vez, recusa-se a almoçar na escola, pelo que iremos voltar ao plano inicial e ela volta a levar o almoço de casa.

 

Mas permitem-se bolos com chocolate no infantário e quer-se instaurar um sistema de recompensa nos alunos de 5 e 6 anos por meio de reboçados. A alimentação na Bélgica não é exemplar, o que parece um pouco contraditório face ao facto de o acesso aos produtos biológicos e orgânicos ser muito mais acessível e estar muito mais democratizado para todos assim como a quantidade de lojas e supermercados bio e a granel que existem espalhados por toda a cidade. Tudo isto funciona mesmo muito bem e associado a um conceito de consumo sustentável, de reciclagem e de reutilização.

 

Mas fora disso, os miúdos estão entregues aos hambúrgueres, salsichas, batatas fritas ou bolonhesa, mais raro, se queremos ir a um restaurante e nem sempre vamos ponderar a sopa, porque simplesmente não existe! E daí passamos para escola, onde não se espera nada de diferente.

 

Face a tudo isto dou por mim a pensar muito mais se abro uma excepção em casa, se encomendo pizza ou hambúrgueres para o jantar de sexta-feira ou se comem doces ao fim-de-semana, afinal, hoje em dia, as excepções são mais do que muitas, mas é preciso que se mantenham aí mesmo: no âmbito da excepção, da não regra. O diálogo passou a ser mais, as explicações também, porque impor só porque sim acaba por ter o efeito contrário. Mas o que é certo é que eles também pedem muito mais coisas não saudáveis porque experimentam muito mais.

 

Ainda assim, o objectivo continua a ser o mesmo: o do equilíbrio e da razoabilidade! 

 

receita pão de banana saudável a pitada do pai

Na imagem, o nosso Pão de Banana Saudável, uma receita da autoria do Rui - A Pitada do Pai - bem simples e saborosa.

 

O que pensa sobre este assunto? 

 

Boa noite.

 

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