Ninho: Tudo a postos para o fim-de-semana!
Quase pronto a nossa casa por aqui. Sem caixas, sem coisas espalhadas à espera de vaga nas arrumações ou de lugar. Tudo no sítio e o melhor de tudo é que não ouve devaneios em compras para a casa nova. Com as nossas coisas e um pouco de imaginação conseguimos dar vida aos espaços, o que antes estava numa divisão passou agora a estar noutra, mudam-se cores de fronhas de almofadas e disposição e, a verdade, é que parece tudo (quase) novo.
Temos alguns espaços vazios e alguns cantos da casa meio vazios e sinto até alguma tranquilidade com isso. Como se a energia fluísse e o ar circulasse. Gosto disso e não tenho pressa em enchê-los até porque é só preciso dar uns minutos aos miúdos por conta deles para que cada canto da casa tenha uma coisa deles por lá esquecida ou espalhada.
Portanto, percebemos que mudamos o nosso mind-set quando não destralhamos coisas para ganhar espaço para novas ou quando passamos a reinventar a decoração com coisas que temos e que embora não seja igual às das lojas de decoração, fazem o mesmo efeito. E, aliás, transmitem ainda mais personalidade e individualidade à vossa casa.
Reutilizar as embalagens de vidro das embalagens de salsichas, de grão, de feijão, etc… guardar as embalagens mais bonitas e resistentes e até mesmo as caixas em madeira, por exemplo, as de vinho ou semelhantes são coisas que faço há já algum tempo e se, naquele momento, não têm uso, garanto-vos que é o tipo de coisas que vale a pena guardar.
Por exemplo, por aqui 99% das casas de banho são separadas entre a parte de duche e a sanita. Portanto, em vez de uma casa de banho, têm duas e por aí a fora. E foi uma das coisas que mais baralhou os miúdos no início, pois não tomam banham na mesma divisão onde fazem o xixi 😊 mas isto para dizer que precisava, na mais pequena, de um móvel para colocar as toalhas, mas em vez de ir comprar novo, optei por coloquei duas caixas, uma em cima da outra – caixas deste género – com um cesto em cima.
Antes, estas caixas serviam para guardar brinquedos e estavam no escritório, agora umas estão na casa de banho e outras na cozinha.
É verdade que precisamos de estantes, porque a arrumação vertical é o melhor quando se qur preservar o espaço - e de uma secretária. Todavia optei por passar estas primeiras semanas apenas a arrumar e a desarrumar para voltar a arrumar de outra maneira a seguir e por aí em diante, até chegar ao resultado final. E mesmo que dê os meus passeios pelas lojas de decoração por aqui perto, aproveito para ver e imaginar e, por vezes, lembro-me que tenho lá em casa algo parecido que pode servir para o efeito que eu procuro e assim se acaba com a tentação da compra.
Nestas coisas, como em muitas outras, é preciso paciência e tempo e esqueçam as compras por impulso. Se o objectivo é não acumular e ter um estilo de vida mais simples e minimalista, então, optar pela teoria da substituição não é o ideal para si. Sendo assim, o meu conselho é que vejam o Pinterest, revistas de decoração, contas de Instagram, porque o que eu percebi ao fim de algum tempo é que até é “moda” utilizar o antigo, por contrapartida, aos bibelôs, que estão complemente off.
A decoração cá em casa é feita maioritariamente com molduras, jarras, quadros e telas que trouxemos de viagens assim como outros (poucos) objectos.
De resto, estamos a viver a fase do ninho, em que contamos os minutos para regressar mal saímos de casa. Casa é ninho e ninho é segurança, para além disso, se vivem num país e numa cidade em que chove muito, faz frio e neva, então, a casa é muito importante, porque é onde acabam por passar a maior parte do vosso tempo.
E foi precisamente essa a conclusão a que chegamos na nossa longa e exaustiva procura de casa em Bruxelas. De nada valia a localização perfeita, se a casa não é a casa onde nos sentíamos bem e confortáveis.
Bom fim-de-semana.