Consulta Pós-Cirurgia e o Primeiro Dia Oficial de Mudanças
Lentamente começa tudo a ganhar forma e ritmo. Depois da paragem abrupta com a (má) surpresa da apendicite, parece que as coisas voltam a entrar nos eixos, continuando o seu caminho. E eu, cautelosa, pois já me chegam as surpresas, permito-me respirar um bocadinho de alívio.
E porquê?
Porque a semana começou com o desbloqueio de várias coisas importantes: uma relacionada com o meu trabalho, a outra relacionada com a minha saúde e toda esta situação de ter sido operada e, por fim, a mudança.
E o dia de hoje foi uma espécie de DIA D. Comecei o dia com a consulta pós cirurgia e com a chegada da empresa das mudanças para que esta grande confusão pudesse, de alguma forma, começar a ganhar forma… a forma da partida!
Já sabem que, na minha vida, as coisas sucedem-se ao mesmo tempo e de forma, muitas vezes, tempestiva. Se ainda aqui estou, isso quer dizer qualquer coisa. Acho que posso considerar-me uma pessoa rija e que não se deixa ir abaixo assim de qualquer maneira, muito menos, quando as circunstâncias são de grande exigência.
Senti um grande alívio por saber que a recuperação está a correr bem e agora é só evitar os esforços físicos mais algumas semanas, ter atenção ao sol nas cicatrizes e rapidamente estarei na minha vida normal. E fiquei particularmente feliz após saber que, afinal, não era uma apendicite apenas no seu início e detectada a tempo, mas sim uma situação bem mais grave. Estou feliz e grata, mais uma vez, a toda a equipa do Hospital dos Lusíadas que me acompanhou desde que eu entrei nas Urgências a gritar de dores e por drogas também…
Quando cheguei a casa, feliz, aliviada e mais leve, encontrei a nossa casa num grande reboliço com caixas, cartões e outros materiais que dão agora forma à mudança. E mesmo que nos próximos dias o ambiente por aqui seja tipo acampamento e o “salve-se como puderes”, as coisas estão a acontecer… finalmente! E assim tirei outro peso dos meus ombros. Mesmo com os dias árduos que ainda temos pela frente.
Nesta fase, contrariamente a muitos daqueles que são os meus sentimentos, eu já só quero ir! Entendem? Quero ir e voltar a ter a nossa casa de volta, mesmo com outras paredes e num lugar um pouco mais longe daqui. Mas quero e preciso de ter o nosso porto seguro de novo, porque é disso que os lares se tratam: são o porto seguro de cada família.
E levando tudo aquilo que é nosso acredito que todos nós rapidamente nos sentiremos em casa.
E sobre o trabalho, falarei amanhã…
Moral da história:
Afinal, existe sempre um plano B que, muitas vezes, não é necessariamente pior do que o Plano A. Afinal, existe, quase sempre, uma alternativa ou outra forma para se fazerem as mesmas coisas.
Confiem! Acreditem! E transformem as adversidades em oportunidades!