Sobrevivi ao dia em que tive a full-time em três empregos!
Foi uma noite péssima, a voltarmos sempre aos 39 de febre, mais o sobressalto (meu) e todos os pedidos que foram feitos “pra´li” entre as 3 e as 5 da manhã, altura em que a Laura cedeu e voltou a pegar no sono. Estava sobressaltada por ela, porque quando as febres são muito elevadas, não fico descansada a ter a certeza que está a baixar. Mas também porque tinha o Vicente para levar à escola.
Contudo, fui literalmente poupada pelo pai que conseguiu levá-lo à escola. Não fiquei mais tempo na cama, nem dormiu mais, porém, a Laura fez uma valente sesta e nem precisou que eu me fosse deitar com ela.
E já agora, quem é que se lembrou de tornar a mulher num ser humano acumulador de funções em full-time? Aposto que devia ter alguma coisa contra nós, não é verdade?
Pois que, tive que aproveitar a aberta que o S. Pedro deu e lavar mais alguma roupa para pôr a secar. Arrumei, sempre com uma necessidade de estar a arrumar qualquer coisa e com uma grande dificuldade em manter aquela divisão por onde todos passam – o escritório – com alguma ordem.
Trato das refeições e das minhas próprias, quando estou sozinha e faço por me alimentar bem e as refeições da família, que gosto que sejam o mais variadas possível, dentro do mais simples e prático que existe. Todavia, senti que estava na altura de chamar por ajuda – afinal, não há melhor sentimento connosco próprios do que o de conseguirmos assumir abertamente até onde conseguimos ir, fazendo as coisas com eficiência e, a partir de quando, passamos o limite e deixamos que o caos se apodere de nós e de todas as nossas funções a full time.
Com a Páscoa à porta e sempre muita agitação cá em casa, há um momento em que a ordem que eu consigo manter não basta. Por isso, tenho sempre em recurso aquelas empresas de limpezas domésticas ao domicílio, que trazem tudo e que não nos chateiam com nada! O outro karma da minha vida doméstica é a roupa para passar a ferro. Ou bem que tenho a minha mãe por cá e dá-nos uma ajuda, ou, inevitavelmente, há um momento, em que o ir “pescar roupa à medida das necessidades e passar” se torna insustentável.
Sem dramas! O dinheiro é um bem utilitário na nossa vida e o melhor uso que podemos fazer dele é precisamente na aquisição de coisas/bens que contribuam para o nosso bem-estar e qualidade de vida (e de tempo). E, muito sinceramente, nesta fase da minha vida, os meus investimentos estão muito virados para a satisfação deste tipo de necessidade, especialmente para manter o caos o mais longe possível. Portanto, eu sei que, quando chegar a sexta-feira ao final do dia - aquele dia em que eu não cozinho e que encomendamos o “bendito” frango assado - a minha cabeça e o meu espírito vão ficar muito mais em paz por saber e sentir que estamos a entrar verdadeiramente de fim-de-semana sem “extras” e sem o peso das tarefas domésticas já a pesar sobre nós!
A contar os dias até lá!
Venham de lá os brunchs, os passeios e os programas com a família e os amigos – adios casa! adios tarefas domésticas!
Boa noite.