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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

Crianças | Mudança de roupa da estação e o drama para a carteira dos pais.

29.04.19 | Vera Dias Pinheiro

armário cápsula para crianças

 

Acabou o fim-de-semana, mas o prolongar do bom tempo, devolveu-nos algum ânimo no acordar desta segunda-feira. Convenhamos que não estamos habituados a este tempo desregulado, ao tempo fora de tempo, às variações extremas literalmente de um dia para o outro e isso tem efeitos no nosso estado de espírito e no nosso humor.

 

Portanto, este fim-de-semana, mesmo antes do mês de maio chegar, foi mesmo, mesmo a verão. Verdade? As praias encheram-se, com muitas pessoas hoje, a mostrar o seu bronze. Que bom! Por aqui, não houve praia, mas hoje melhor, os encontros nos pateos, roupas frescas, bebidas a acompanhar, boa comida e crianças entretidas a brincar.  E vocês nem imaginem o quanto eu preciso de uma casa com um pouco – nem é preciso ser muito – de espaço ao ar livre que nos permite apanhar o ar da rua, fugindo desta sensação de viver “encaixotada”. E, atenção, eu adoro a nossa casa e só não é perfeita porque – não é nossa ahah - lhe falta esse páteo, jardim, varanda, terraço… o que seja.

 

As pessoas que apanham mais sol e que estão em contacto com o ar livre são mais felizes, não tenho dúvidas disso – ou não fosse o sol uma das principais fontes de Vitamina D. Contudo, quem vive em Lisboa sabe que a proximidade à praia apresenta o grande desafio que é, quando chega o bom tempo e aos fins-de-semana, metermo-nos no trânsito. E eu, confesso, que não é bem, bem isso que me apetece quando penso no fim-de-semana.

 

Um fim-de-semana bem aproveitado é muito próximo daquilo que foi o nosso domingo. O nosso carro passou o dia inteiro no mesmo lugar e, mesmo assim, tivemos um dia bastante preenchido e animado. Da manhã consegui ir ao Kids Market, da Filipa Cortez Faria, com uma amiga e a Laura, numa espécie de saída só de miúdas, seguido de um café numa esplanada de jardim, seguido de almoço em casa de amigos-vizinhos com páteo, sem horas e com um tempo espectacular e os miúdos, no final, directos para o banho tal era o estado de imundice – proporcional à diversão. E contrariamente, à maioria dos nossos fins-de-semana, sentimos o sábado e o domingo passarem. Houve tempo para muita coisa e coisas diferente.

Naturalmente, que se tivesse tido tempo para me esticar num areal e apanhar uns banhos de sol a sério, eu estaria muito feliz também, o meu coração bateria palminhas à séria! Mas foi muito bom! O sol é preciso, sobretudo para nos elevar o nosso estado d’alma!

 

Coisas que ainda couberam no dia de ontem: mudar as roupas de estação dos armários e gavetas, especialmente dos miúdos. Porém, confrontei-me com o terrível facto de que eles não têm nada para vestir, pois inevitavelmente crescerem imenso neste ano. Portanto, agora tenho aquela pressão em cima de mim, de ter que ir às compras.

 

Todavia, antes disso, há que fazer uma lista de coisas a compras e evitar os gastos desnecessários, dividida entre: partes de cima, partes de baixo, vestidos, calçado e sem esquecer o período de férias em que é preciso sempre roupa de praia, de banho, chinelos.

E eis aqui, mais ou menos, por onde me vou guiar, até nas cores, pois quanto mais versáteis, mais possibilidade de conjugações de roupa são possíveis.

armário cápsula para menina, primavera-verão

armário cápsula para menino, primavera-verão

armário cápsula crianças, primavera-verão, palete de cores

 

Estas dicas ajudam? Quem é que aproveitou o primeiro dia quente a sério para tratar mudar os guarda-roupas?

 

Boa semana!

 

 

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Uma sexta-feira rodeada de boas energias!

26.04.19 | Vera Dias Pinheiro

Batizado Vicente e Laura (176 de 503) (1).jpg

 

Tão importante quanto ter uma atitude positiva e a capacidade de cancelar os pensamentos menos bons, quando estes tentam boicotar as coisas boas que nos acontecem, é ter, à nossa volta, pessoas que tenham igualmente a capacidade de nos puxar para o lado certo!

E, em termos de amizades, tenho poucos amigos de longa data, porque sinto que, ao longo do meu caminho, dos lugares que vou e nos momentos mais marcantes da minha vida, encontro pessoas com um papel fulcral. E aquilo que essas pessoas têm em comum é a (boa) energia que passam, como se nada fosse por acaso. São pessoas determinantes quando estou num momento de viragem na minha vida ou, na eminência de tomar decisões importantes.

 

Sendo o meu lado aquariano ou simplesmente um traço da minha personalidade, sou uma pessoa bastante independente – de fora, sei que isso pode dar uma imagem de mim, como sendo mais fria e distante – sou uma pessoa que luta constantemente contra o acomodar-se e, sinto que nós, portugueses em geral, gostamos de nos acomodar neste cantinho solarengo “à beira mar plantado”. Sou uma pessoa que está sempre a magicar alguma coisa e que gosta de mudanças radicais, daquele que nos colocam à prova, que nos desafiam e que nos fazem sentir o porquê de cá andarmos.

Talvez por isto – ou talvez não – quando digo que gosto de gente que é gente de verdade, refiro-me a esta entrega aos outros. Refiro-me a pessoas que naturalmente fazem a diferença na nossa vida seja numa simples troca de mensagens, em duas horas de almoço ou simplesmente nuns breves instantes num café. 

 

Porque eu gosto de gente de verdade, gente que transmite algo de verdadeiro e não apenas aquele clichê social de responder aquilo que nós já estamos à espera. Porque é mais fácil ou simplesmente porque estão acomodamos.

Não há nada mais frustrante, para mim, do que sentir que estou a falar para o vazio e que, a cada conversa, as respostas são aquele cheio de nada!

 

E hoje, numa fase de vida cheia de oportunidades e novos horizontes por explorar, recebi a energia positiva de duas pessoas com quem estive. Pessoas que conheço há relativamente pouco tempo, uma delas, apareceu na minha vida através do blog e que depois, naturalmente, já estávamos horas a conversar num primeiro encontro. A segunda, foi a minha massagista, que me foi passando uma energia apaziguadora e de crença no meu eu.

 

Sei perfeitamente que deixei-me influenciar pela energia das pessoas que estão acomodadas no seu dia-a-dia confortável e que rapidamente olharam para a minha mudança como sendo algo de muito negativo que iria acontecer. E, de repente, eu já estava a duvidar de mim, da minha capacidade de mudar e de me adaptar às mudanças e, no fundo, de responder a esta oportunidade (tão esperada) que pedimos tantas vezes ao universo.

 

Sou muito grata por ter esta abertura ao outro, à novidade, aos supostos estranhos que aparecem na nossa vida e que nos surpreender. Estranhos que parecem que nos conhecem desde sempre e cujas conversar passam a fronteira do superficial e do “olá, tudo bem?”. Sou muito grata por ter este espírito livre e um pouco ser insatisfeitos, mesmo que, em vários momentos, acabe por sentir-me uma estranha e desconfortável.

 

Defeito ou virtude, é com esta personalidade que tenho aprendido a lidar e a verdade é que, mesmo que tente desviar-me de um certo caminho, o destino, o universo ou mesmo eu, acabo deparar-me com situações que me levam novamente para aquele é, sem dúvida, o meu caminho!

 

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25 de abril: a liberdade à birra!

25.04.19 | Vera Dias Pinheiro

25 de abril

 

Na verdade, o nosso feriado começou logo na véspera. Mais um dia cinzento desta primavera e com chuva, lembrei-me de ir com eles – imagine-se, programa mais urbano do que este – ao shopping – bom, fomos às amoreiras, o que não considero propriamente um Centro Comercial. Fizemos o normal que se faz com crianças: paramos em todas as atracções infantis, eu não entrei numa única loja de adulta e esperamos pelo pai para jantar “fora”.

Diria que o meu corpo estava a pedir um dia diferente da rotina normal e extenuante de todos os fins de dia. Dira que, na verdade, eu queria uma desculpa para fazer o menos possível – quem nunca, que atire a primeira pedra!

 

E hoje, embora seja um dia de trabalho para o pai, acaba por ser um dia que eles adoram. Passamos o 25 de abril no trabalho do pai. A Assembleia da República e a Casa do Primeiro Ministro abrem as portas a todos os cidadãos, dinamizando culturalmente os seus espaços e, sobretudo, integrando as crianças na importância do 25 de abril.

Há concertos, workshops, peça de teatro para as crianças e, claro, aquilo que mais curiosidade leva as pessoas até lá e ver o interior, estar onde o poder está e onde os acontecimentos políticos acontecem. E, no dia de hoje, isso é possível.

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revolução dos cravos

25 de abril

 

Eu cresci com a minha mãe a contar as histórias do 25 de abril, como tinha sido com o meu avô e foi na forma como ela retratava os acontecimentos que cresci a respeitar este dia e, à medida que fui amadurecendo, sentido vontade de o celebrar, mesmo sendo uma miúda nascida em 1983.

Há 45 anos deu-se uma revolução. E o que é uma revolução? É quando nos opomos a uma situação da qual não gostamos e acabamos com ela – era mais ou menos assim que, durante a peça de teatro desta tarde, se explicava às crianças o que era o 25 de abril e a Guerra do Ultramar. E esta revolução trouxe-nos o melhor que podemos ter: a nossa liberdade, o facto de podermos ser livres e de sermos iguais! As gerações mais novas podem não fazer a mais pequena ideia do que isto, mas saberá, sem dúvida, que viver desta forma é bom!

Sabemos que é bom podermos expressar as nossas opiniões, sermos respeitados por elas e ouvidos, podermos ouvir as músicas que queremos, podermos manifestar quando nos opomos a algo, e tudo resto.

 

No fundo, acho que ninguém, que tenha nascido após o 25 de abril de 1974, consegue imaginar como era viver numa ditadura. E o mesmo acontece com os meus filhos e com os vossos. Para eles, especialmente nas idades mais jovens, como as do Vicente e da Laura, tudo é liberdade, incluindo a liberdade à birra, à contestação e à oposição ao que os pais lhes dizem... ehehehe!

Temos, pois, que agradecer a quem se revolucionou e a quem nos devolveu a liberdade!

O dia de hoje é sempre um dia bom, tão bom que este foi o quinto ano que passamos o 25 de abril com o pai.

Boa noite!

 

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Se estou preparada para ter um filho na escola primária?

23.04.19 | Vera Dias Pinheiro

entrada na escola primária

 

Óbvio que (não) estou. Não estou preparada, sobretudo, para vê-los crescer desta forma e para que a vida deles, para além de nós e deste ninho confortável e tão nosso, vá-se dispersando. Ele acha que isso nunca vai acontecer, acha que aquilo que ele sente agora, vai ser sempre assim para sempre.

Faz parte da ingenuidade de ser criança e que bom que é que ele sinta tanto amor e carinho pelos pais, em vez de dizer a toda a hora que quer crescer e sair com os amigos. O Vicente tem um coração de ouro e é muito emocional. É preciso ter cuidado e dar atenção a este sei lado, porque facilmente sofre com as coisas, com as mudanças, com o sofrimento dos outros, etc…

Mas se estou preparada para que ele vá para a escola primária? Estou e ele também esta. Só não estou preparada para tudo o resto que isso acarreta e que, tal como tem sido até aqui, o tempo encarregar-se-á de fazer passar muito velozmente.

Vivo, tal como todas as mães, na ambiguidade dos sentimentos, no querer e sentir coisas completamente opostas a toda a hora. Por exemplo, sabe-me bem ter dois filhos assim mais independentes, nomeadamente sem fraldas e com horários mais flexíveis, mas daí a querer que eles ganham total independência e que comecem nas saídas com os amigos e cheios de segredos com os pais e atitudes de adolescentes? Não, não quero!

Ser mãe é lutar precisamente contra este constante sentimento de protecção e de mãe-galinha, natural e incontrolável, para dar lugar à mãe consciente de que os filhos não são seus e que o nosso papel se resume a essa preparação constante para essa vida para alem de nós, os pais.

Óbvio que estou preparada para que ele entre na primária (e ele também). Mas não estou preparada para o ouvir conversar sobre certos assuntos, ter determinados sentimentos, como as saudades e o medo, que o fazem chorar. No outro dia, confessou-me uma coisa engraçada, que a música que estávamos a ouvir o fazia chorar. E eu perguntei porquê… ele responde que sente coisas boas que o fazem chorar.

Nesta fase, sei que se atormenta com as saudades que vai sentir daqui a algumas semanas e que por mais que lhe explique que vai passar e que vai correr tudo bem, ele não percebe isso. Sei que sente que vai perder tudo aquilo que o faz feliz, por muito que eu lhe explique ele vai sempre encontrar coisas que o fazem feliz. Sei que tem medo de perder os amigos, mesmo que eu lhe garanta que vai encontrar novos amigos e que estas mudanças vão sempre fazer parte do processo de estar a crescer.

O que custa são as mudanças e tudo o que elas acarretam. O que custa é vê-los crescer e nós sem poder fazer nada. O que custa é aceitar que o tempo passar realmente muito rápido e que nós, os pais, por dentro, parecemos carcaças idosas resistentes a essas mudanças.

 

Vai correr tudo bem, Vicentinho!

 

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O resumo da nossa Páscoa: quando a Primavera dá o ar da sua graça!

22.04.19 | Vera Dias Pinheiro

hello, robot. maat museum

 

Os miúdos pregaram-me a partida e juntaram-se para boicotar as idas à escola durante toda a semana que passou. O que para mim, sem organização previa do trabalho, torna-se muito ingrato, porque se há coisa que eu detesto é estar constantemente a dizer-lhe para esperarem um pouco porque eu tenho que terminar alguma coisa. Mas fez-se, com o mau tempo e a crise dos combustíveis, os passeios estavam limitados e acabamos por ficar pelo nosso bairro.

 

Ainda assim, o meu único desejo era não ter que ser eu a organizar todo o almoço do domingo de Páscoa e a ter todo o trabalho que isso envolve. Admito que a versão destes dias, em que regresso a casa sem ter mais nada com que me preocupar ou arrumar, agrada-me um pouco mais, do que a outra versão, aquela em que fico mais umas horas a arrumar e a limpar o que ficou da “festa”. Mas não, a minha sogra tratou de tudo e eu bem que agradeci.

 

E, acima de tudo, aquilo que para mim era o mais importante é ter a família reunida, como em todos os outros momentos importantes. Não temos uma família muito grande, pelo que faço tudo para manter a que temos o mais unida possível, mesmo com todas as diferenças que possam existir.

Agora, a tarefa mais difícil foi gerir duas crianças, dois irmãos, que se adoram, mas que convivem no limiar do conflito. Nunca sabemos bem quando é que a coisa vai explodir. A Laura. Com os seus três anos, não faz muito mais do que chorar e gritar para se defender. O Vicente, por sua vez, sai-se com determinadas reacções que me deixam possessa, do género rasteiras, empurrões e sustos. Portanto, estar com os dois em casa é sinónimo de lhes dar liberdade e deixá-los à vontade, verdade, mas sempre com supervisão e sempre a zelar por alguma ordem.

 

A parte boa é que brincam imenso um com o outro, entretém-se e são companheiro e amigos. A parte menos boa é o caos que duas crianças fazem e a dificuldade, muitas vezes, em, pelo menos, conseguir andar pela casa sem pisar um brinquedo qualquer, entre outras coisas.

Portanto, quando chegou a sábado, eles chegaram da piscina, almoçamos e mal terminámos, despachei toda a gente para rua. Estava bom tempo, eles estavam insuportáveis – desculpem-me a expressão – e eu cansada de andar de gatas a arrumar numa tarefa totalmente inglória ou a chamar a atenção por alguma coisa.

 

Para além disso, vivemos perto do rio! Como assim não sair de casa logo que o tempo abre?! Fomos finalmente visitar a exposição “Hello, Robot!”, que esteve no museu Maat precisamente até hoje.

 

Contudo, digo-vos uma coisa: ter filhos é maravilhosos e faz-nos sentir sempre acompanhados, como também nos tira o descanso e a tranquilidade em todos os momentos. Este tipo de programas em família são uma canseira e, por vezes, ingratos. Andamos nós a correr atrás deles, eu, em particular, acabo por nunca ver nada com atenção. E os estados de humor alteram-se em segundos!

 

Portanto, olhem, chegar a este dia, em que voltamos todos às rotinas, sabe-me muito bem. Voltamos às nossas rotinas, sem bem que comigo nunca existe aquele folgar a sério por estarem de férias, pois, na minha opinião, são a garantia de conseguir alguma tranquilidade para todos, mesmo que eles refilem todos os dias por não quererem tomar banho ou porque chegou a hora de jantar, cheguem eles a casa às 17h ou às 18h. O tempo que eles passam a brincar, para eles, é sempre pouco!

belém, lisboa

 

E agora acalmamos, certo? Sem mais festividades, aguardamos pela chegada do bom tempo e das férias de verão, certo? Quer dizer que posso aliviar a velocidade e dedicar-me um pouco mais a simplesmente “curtir” os dias sem mais coisas?

 

Eu gostava que sim, mas vocês irão perceber que não! Que não vai ser nada assim!

 

Boa semana!

 

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A previsão de passar a Páscoa com apenas 45km de autonomia…

18.04.19 | Vera Dias Pinheiro

greve nos combústiveis na páscoa

Vivemos num país privilegiado pelo clima, pela gente, pela gastronomia, pela ausência de catástrofes naturais, com excepção dos fogos que nos atormentam todos os anos durante o verão, protegido (por enquanto) de atentados e em que, talvez, o nosso maior flagelo é a precaridade com que muitas das famílias vivem e o ordenado mínimo ser tão baixo.

Vivemos em paz, podemos dar-nos ao luxo de andar com o carro na reserva porque não existe falta de combustível, podemos fazer compras praticamente todos os dias porque não existem falhas no abastecimento de alimentos nos supermercados, sendo que a oferta e a diversidade dos produtos, é cada vez maior e ainda bem.

Vivemos tranquilamente a nossa vida, metade do mês mais felizes do que a outra metade em que contamos os dias para recebermos o vencimento. Mas vivemos felizes – ou pelo menos deveríamos – não há epidemias, nem doenças de maior e fazemos parte do conjunto de países desenvolvidos com grandes facilidades a vários níveis.

 

Talvez por isso se perca a facilmente a cabeça e se cai no exagero quando alguma necessidade básica fica ameaçada. Ficamos obcecados com a nossa própria necessidade e, sem nos apercebermos, fomos todos igualmente impulsionadores das consequências desta greve dos combustíveis.

 

Quando me apercebi do que estava a acontecer, estava no carro, a luz da reserva tinha acabado de acender e, lá pelas 17h quando me dirigia para casa, era impossível pôr combustível em qualquer das bombas perto da minha casa. Achei ridículo e desnecessário, achei mesmo. Tinha 80km de autonomia, ainda fui trabalhar na quarta-feira e, quando se ouviu que haveria reposição em algumas bombas de abastecimentos, lá fui eu - ingenuamente mais uma vez – nessa altura, já o caos estava instalado, havia carros vindos de todo o lado, havia carros com o porta bagagens cheio de garrafões com combustível.

Voltei para trás e estacionei o carro. Já não podia ir muito mais longe, mas hoje acordámos com a notícia de que a greve tinha terminado (para já, até final do ano). Foram três dias de greve e eu penso que se tivéssemos feito a nossa vida normal, se teria havido este caos, se teria havido a “seca” de combustíveis e até quem ficasse com as suas férias da Páscoa e o encontro com a sua família comprometido.

Contribuímos todos um pouco para esta histeria, causamos o pânico na cidade com o excesso de trânsito, o excesso de caos, o excesso de ânimos exaltados e o excesso de suposições sobre os cenários mais negros. Um cenário que já aconteceu uma vez e que voltou a repetir-se, portanto, é possível acontecer uma terceira e o de que forma nos iremos proteger ou defender?

 

Volto ao início deste texto, vivemos num país onde não fomos forçados a viver para antecipamos situações de caos, não vivemos a pensar que um dia podemos ficar sem água, sem combustível ou sem comida. Reagimos no imediato e lançamos o caos geral e acabamos por colocar em causa o possível funcionamento da sociedade, pensado que é melhor poupar para outros que precisem mais, neste caso, os autocarros, as ambulâncias, os bombeiros, etc…

Vi a minha vida resumida aos próximos dias a 45km de autonomia, comecei a pensar no que seria mais urgente e para que é que aqueles quilómetros seriam efectivamente necessários. Olhem, fui ao supermercado e trouxe mais garrafões de água, a bebida vegetal e tudo o que fosse mais pesado. Depois, pensei que vamos trocar de carro num futuro próximo e que quero optar por um híbrido, pensei que daqui não quero viver no limite e sentir que de um dia para o outro não temos nada.

 

Pensei que vivermos entre o trabalho do pai e a escola dos miúdos é uma grande vantagem na nossa vida e que nos traz alguma estabilidade, penso igualmente que, no geral, temos muita sorte, o que não nos permite ter a capacidade de agir racionalmente em situações extremas.

 

Feliz Páscoa para todos!

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Ai vou eu, de novo, em busca do meu sorriso | O Invisalign

16.04.19 | Vera Dias Pinheiro

invisalign, Clínica do Marquês

 

 A história da minha vida gira em torno dos dentes – se calhar, deveria explorar um pouco mais sobre este assunto de uma outra perspectiva. Desde miúda que guardo na minha memória os episódios no consultório do meu dentista em Santarém. As dores de dentes e as infinitas vezes que me sentei na cadeira do dentista por causa delas, com aquela luz branca por cima de mim e a única coisa que via era a sua barba farfalhuda e aquele som (dos instrumentos) que ainda hoje me causa um grande desconforto mesmo que à distância.

Resumidamente: é mais desconfortável, para mim, ir ao dentista do que ao ginecologista. Deixa-me nervosa e deixa-me profundamente triste que, mesmo após todos estes episódios, chego a esta idade sem os dentes e o sorriso que façam jus a todo o dinheiro investido até hoje.

Para além dos dentes que nasceram fora do sítio, pela falta de espaço, e que tive que arrancar, foram os problemas normais e, mais tarde, a necessidade de usar aparelho.

 

Devia ter usado logo naquela altura, era miúda, mas os meus pais deram-me a escolher e eu escolhi não usar! Que miúda quer usar aquele aparelho - que não tem nada de estético - na fase da sua adolescência?

Mais adiante, cresci e apercebi-me de que talvez o uso do aparelho valesse mesmo a pena, passava a correr. Noutra idade, o tempo ganha uma outra perspectiva e temos toda uma outra facilidade em olhar para o que é realmente importante.  

E a verdade é que, mesmo odiando o aparelho, a primeira coisa que eu reparava em alguém eram os dentes e, por conseguinte, o sorriso.

 

Coloquei aparelho a primeira vez ainda antes de engravidar, por volta dos 28 anos. Continuava a não gostar, porém estava mentalizada e focada no objectivo. Contudo, um aparelho ortodôntico normal exige visitas periódicas ao dentista e com a mudança para Bruxelas, a partir de uma determinada altura, o aparelho já não estava a cumprir qualquer função e, a chegar à meta dos dois anos, bem, a minha pouca motivação tinha-se esgotado.

Assim, numa vinda a Lisboa para o verão, decidi tirar à minha responsabilidade. Estava quase a chegar aos dois anos e com a falta de perspectivas em concluir o processo, quis terminar.  Quem usa ou usou aparelho sabe que é preciso motivação e a motivação é a nossa evolução e saber que estamos a aproximar-nos de um fim.

E, embora até estivesse satisfeita com os resultados, é um facto que os dentes movimentam-se (muito) com o tempo, com os anos, com as gravidezes, fora as situações excepcionais, como por exemplo, a extração dos dentes do siso, a deslocação de um maxilar... enfim.

Ainda tive uma outra investida, anos mais tarde, e coloquei novamente o aparelho “tradicional”. Admito que, na altura, olhei mais ao preço e, de facto, passado pouco tempo, as coisas começaram a não correr bem. Tirei! Mas também é verdade que toda eu rejeitava aquele aparelho, odiava e já não estava a conseguir adaptar-me como da primeira vez.

O episódio “dente do siso” não vale a pena voltar a falar dele, certo?

 

Nessa altura, já tinha ido a quatro Clínicas Dentárias diferentes para ouvir falar sobre o Invisalign e expor o meu caso. Queria muito resolver este assunto, mas, ou era assim ou não era. Entretanto, os orçamentos caros, alguma incoerência nas informações dadas e a falta de confiança com que saia das consultas fizeram-me adiar. Isto e saber que antes de qualquer coisa, teria que me ver livre de quatro dentes do siso!

 

Entretanto, numa em conversa “de café” com uma amiga, desabafei e foi, então, que ela me disse para não desistir sem antes ir à Clínica do Marquês. Explicava-me que tinham preços óptimos, facilidades de pagamento, caso fosse necessário, e, claro, o mais importante são super profissionais e competentes.

E eu lá fui! E, nestas coisas, eu sou muito de emoções e a primeira impressão conta muita. E a Clínica do Marquês tem uma boa energia, as pessoas são bastante simpáticas e sorridentes (e todas com óptimo sorriso… o melhor cartão de visita) e, não fossem os meus próprios medos, garanto que ali ninguém se sente mal em ir ao dentista.

A Dra. Rosiana Tavares recebeu-me super bem e foi super cuidadosa, pois dentes cujas gengivas já foram mexidas, é preciso ter muito cuidado. Não me prometeu logo ali um milagre, mas transmitiu-me a confiança para dar uma nova oportunidade aos dentistas, por assim dizer. Aceitei fazer o estudo (para ver se era possível avançar com o tratamento), fiz a consulta de higiene oral, arranjei as três cáries que se encontraram e, hoje, – finalmente hoje - fui conhecer o meu tratamento e o resultado final.

Daqui a alguns dias já estarei a usar o meu Invisalign e estou tão entusiasmada e emocionada, ao mesmo tempo!

 

Relativamente ao preço, essa foi igualmente uma parte fundamental.  O Invisalign é um tratamento dispendioso – ou seja, é para se fazer uma vez na vida e não andar a brincar aos aparelhos a vida inteira. Ainda assim, a Clínica do Marquês foi a que me ofereceu o melhor orçamento, em termos de preço final, assim como, em termos de facilidades de pagamento.

Se acharem pertinente, posso ir falando mais sobre este assunto. Como devem imaginar, com tudo o que aconteceu há um ano atrás, quando extrai o segundo dente do siso, ninguém tem autorização para mexer na minha boca sem que eu faça todas as minhas perguntas ou me sinta devidamente esclarecida e confortável para avançar.

 

Boa noite!

 

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