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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

A Laura fez anos mas não se cantaram os Parabéns!

31.03.19 | Vera Dias Pinheiro

bolo de aniversário princesas

 

A Laurinha estava super feliz, pois, finalmente, tinha chegado o dia do seu aniversário. O dia de ter o seu próprio bolo cor-de-rosa e de ter os amigos em casa para celebrar com ela este momento.

 

E hoje, domingo à noite, posso afirmar que a Laura fez anos na sexta-feira e o fim-de-semana que se seguiu foi passado a recuperar disso mesmo. Das festas, dos preparativos e da mudança de hora - que nos roubou uma (preciosa) hora de sono, mas os dias vão ficar maiores. Nos próprios miúdos notava-se o cansaço, tanto assim foi que dormiram a sesta nos dois dias, mesmo quando teimavam em dizer que não tinham sono.

Na sexta a Laura não foi à escola e o Vicente também não quis ir, o pai tirou a tarde e conseguimos almoçar os quatro - ter uma filha de primavera, permite-nos já sentar numa esplanada sem ter frio e assim foi. A Pizzaria Capricciosa, nas Docas, é um compromisso perfeito para almoços com crianças. E ainda aproveitam para andar de trotinete ou skate ou bicicleta.

O programa seguinte era levá-la a escolher o presente: um relógio. Há muito que andava aborrecida porque o Vicente tinha e ela não – dramas dos segundos filhos que querem tudo igual ao irmão mais velho. De qualquer forma, acho que o Vicente também teve o primeiro relógio Flik Flak por esta altura.

el corte ingles

 

Este ano, decidi fazer um jantar logo no dia do aniversário - foi arriscado, pois a uma sexta-feira à noite, só as crianças tinham energia. Mas é sempre divertido, os miúdos estão sempre bem e o bolo estava lindo - mais uma vez, a Sandra, da Entrebolos, a garantir a qualidade 5 estrelas e a dar sempre um jeito de nós fazer o bolo para a data que precisamos.

E eu faço questão de frisar o nome muitas vezes, porque aconselho-vos mesmo a experimentar se ainda não o fizeram.

bolo de aniversário entrebolos

 

Um bolo de princesa, contudo, esta menina proibiu-nos a todos de cantar os parabéns. É verdade! E não havendo parabéns, ficamo-nos pelo:

Viva a Laurinha!

Viva a Laurinha!

Viva a Laurinha!

E ela feliz, apagou a vela, comeu bolo e divertiu -se!

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E eu vou-me mentalizando que, nesta casa, já não existem bebés. Aos três anos já pertencem aos mais crescidos, deixa de ser necessário, por completo, de termos coisas para um e para o outro. Há uma partilha e muito de “unissexo”, já que aqui “é para o menino e para a menina”, embora o tema seja complexo nos dias que correm!

 

Agora um desabafo: preciso descansar! Preciso mesmo de ter alguma consistência nos próximos dias, semanas, sem estes picos pelo meio que, por mais simples que sejam, exigem sempre esforço e dedicação para que se concretizem!

Amanhã é segunda-feira e eu preciso de assentar a minha e a rotina deles! O pai vai de viagem, a avó regressou sua casa e eu passei literalmente o fim-de-semana a organizar a casa, precisamente para que a semana tenha a ordem que eu preciso!

 

Boa noite e boa semana para todos!

 

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Laura, a princesa cavaleira, faz três anos!

29.03.19 | Vera Dias Pinheiro

terceiro aniversário da laura

 

Em cada aniversário, de um e de outro, é já um costume escrever sobre aquilo que sinto e, a cada aniversário, reflectem-se igualmente as diferentes fases que vamos vivendo.

 

E a Laura que faz hoje três anos, portanto, escrevo precisamente na explosão da fase das birras, da teimosia, da fase em que vivemos momentos em que nos sentimos incapazes de lhes dar a volta da forma que queríamos - aliás, que sabemos ser a correcta. Porém, somos muitas vezes corrompidos pela tensão do momento e pelo nosso próprio estado de espírito.

 

E eu, que tenho dois filhos que são o oposto um do outro, sinto-me muitas vezes a frustração de quem não consegue chegar ao consenso, pois o que resulta com um não resulta com o outro. E com a Laura, em particular, são mesmo muito poucas as coisas que resultam. É uma força da natureza e com uma personalidade muito forte.

 

Deixou de ser bebé quando quis deixar a maminha da mãe, pouco tempo antes de fazer um ano e, desde então, tem crescido e evoluindo de uma forma incrível. Entrou para a creche e esteve mais de um mês para deixar que se aproximassem dela, para deixar que a conhecessem ou que soubessem quais os seus gostos.

E só quem a conhece bem, percebe que não poderia ter sido de outra forma. Ela não se dá só porque sim…

 

Mas nunca é constante, nós nunca sabemos o que vai acontecer. Desafia-nos, responde, verbaliza como gente crescida sobre tudo o que está à sua volta. Será, à partida, a minha última bebé e cresceu tão rápido. Soube a pouco aquela bebé com choro de menina logo que nasceu e que se foi transformando numa autêntica “princesa cavaleira” como ela mesma diz.

Tem a delicadeza de uma princesa e a coragem e a robustez de um cavaleiro.

Afinal, foi assim que tudo começou: veio ao mundo destemida e corajosa! E eu nunca vou esquecer o momento em que a puxei para mim e ficamos coladas no meio de tudo aquilo que vem atracado a um recém-nascido. E teria ficado assim horas!

Era a minha primeira vez a sentir o cheiro de um recém-nascido, a ouvir o primeiro choro, a sentir tudo aquela energia indescritível de um parto. Ela foi tão forte e corajosa, que me ajudou a renascer também. E eu tinha ficado assim colada a ela horas a fio e, a verdade é que acabamos por ficar assim um ano! Em exclusivo com ela a marcar o ritmo.

Obrigada filha por me teres dado a conhecer o que é realmente viver intensamente! E por me teres ajudado a transpor isso para o resto da minha vida, desde então.

 

Não vou dizer que não continuo assustada por ser mãe de uma menina, porque algum receio ainda está cá. Receio que tenhamos conflitos, receio de sermos demasiado iguais e que isso dificulte a nossa relação.

A Laura faz três anos! E eu ainda sou capaz de reproduzir cada sensação daquelas horas de espera e da explosão de emoção quando a tive no meu peito.

 

E há uma nostalgia... porque não há como continuar a dizer que ela é um bebé. Cá em casa já nada lembra essa fase, só as fraldas que ainda usa à noite. Somos mães, haverá sempre este misto de sensações e, mesmo que seja uma Decisão fechada, há momentos em que queríamos repetir tudo... ou, talvez, ter só a oportunidade de voltar ao momento em que eles eram bebés.

Nesta fase, somos absorvidos pelos terríveis dois, três, quatro. Nada está bem, tudo é motivo de choro, e há sempre aquele choro monocórdico, sabem? Sem lágrimas e irritante? Esse mesmo!

Mas ela cresce e eu também e nisto tudo há uma certa nostalgia porque há um momento da nossa vida em que nos cai a ficha e percebemos qual o momento que estamos a viver realmente. E, nesse momento, começamos a agradecer mais, a querer aproveitar mais, a viver mais e de forma mais dedicada.

 

Laura, a princesa cavaleira, faz três anos!

Parabéns minha filha.

 

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Baptizado Vicente e Laurinha | A Cerimónia

28.03.19 | Vera Dias Pinheiro

Batizado Vicente e Laura

 

A pergunta que imediatamente me fizeram foi: “Porquê esperar tanto tempo para os baptizar?”. E embora eu ache que já tenha respondido, o motivo maior foi efectivamente o de querer que eles tivessem memória desse momento e que, de alguma forma, percebessem o seu significado. Que não fosse uma espécie de “imposição” logo à nascença, mas que, ao longo do tempo, fossemos trabalhando em família e nos preparando para quando o dia chegasse… e chegou!

 

Ainda que não sejamos o exemplo perfeito de quem vai à missa todos os domingos, a verdade é que sou uma pessoa católica, que acredita em Deus e que tem a sua fé, algo que encaro como muito íntimo e pessoal. E posso dizer-vos que, quando entrei na igreja, em que baptizamos o Vicente e a Laura, senti automaticamente uma paz e eu dei por mim a pensar o porquê de não vir ali mais vezes.

 

Portanto, o baptizdo sempre foi algo no nosso horizonte, mas nunca numa perspectiva imediata – porque, como vos disse, associo muito isso à festa e eu procurava simplesmente a cerimónia. Acho que é natural, para mim, que cresci no seio de uma família que acredita em Deus e com todos os princípios da religião e, com isso, o respeito imenso pelo que ali se faz.

 

E digo-vos que o percurso até este dia foi muito bonito de fazer com eles, pequenos mais interessados e receptivos ao que lhe dizíamos. Chegamos a ir com eles à igreja antes do grande dia, falamos muitas vezes de como tudo se iria passar – aliás, expliquei muito bem a questão da água para não haver surpresas e acabou por correr super bem com os dois.

Os dois sabem, por exemplo, o Pai Nosso e foi fácil a comunicação do Padre com eles, que os colocou à vontade. Houve simpatia e compreensão por serem crianças.

O facto de serem poucas pessoas ajudou e o que ajudou ainda mais é que eram as pessoas do dia-a-dia deles, com quem estão muitas vezes.

 

No final, fiquei ainda mais feliz do que eu imaginava, feliz por os ter baptizado! Feliz por termos partilhado este dia a quatro – e com os restantes convidados - feliz por termos esta memória que crescerá com eles para sempre. Sinto que lhes devia isto e agora continuaremos a cultivar a nossa fé, a deles, de acordo com os nossos princípios, um pouco à nossa maneira e eles acabaram por decidir de forma quererão prática a fé deles. Fiquei feliz também porque, de alguma forma, aproximou-me de algo que percebi fazer-me falta no meu dia-a-dia, seja isso o que for, seja isso o nome que tiver!

 

Batizado Vicente e Laura

Batizado Vicente e Laura

Batizado Vicente e Laura

Batizado Vicente e Laura

 

 

Obrigada, mais uma vez, à Sofia pelas fotografias.

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Baptizado Vicente e Laurinha | Os preparativos

27.03.19 | Vera Dias Pinheiro

Batizado

 

Pelas poucas fotografias que fui partilhando do baptizado, acho que ficou claro que foi uma cerimónia simples, pequena e, essencialmente, aquilo que eu queria era sentir que aproveitávamos o momento. Pois, embora para quem está de fora, possa parecer tudo muito à pressa, a verdade é que é na minha cabeça que eu vou planeando tudo e, como funciono muito com a minha inspiração do momento, as coisas acabam por não ser organizadas com muita antecedência.

 

 Como vos disse, não queria perder-me nos pormenores, queria mesmo focar-me na essência e no significado do baptizado. Encomendei o bolo com antecedência, preparei as pagelas e as leituras para deixar na igreja na semana antes, tratamos da reserva do restaurante e da escolha do menu com a antecedência necessária.

 

A certa altura, a minha mãe perguntou-me se não teríamos flores na igreja ou alguma decoração especial no restaurante e eu expliquei-lhe que não, porque efectivamente não queria andar stressada com os detalhes, com mais uma coisa aqui e ali. O que eu queria era que o Vicente e a Laura absorvessem aquele momento, à medida da idade de cada um, e que se vissem rodeados das pessoas que os amam e que, no seu conjunto, fazem a nossa família (de sangue e por afinidade).

Para além disso, estes momentos são nossos, são únicos e são íntimos, algo que, na prática, eu associo à simplicidade e genuidade. Delicadeza em certos apontamentos, mas apenas isso. O resto, somos nós – com a nossa presença e entrega – que completamos a moldura. Por isso, não queria alargar a cerimónia a uma festa muito grande – e, muitas vezes, os convidados só aparecem para a festa, acabando por se desvalorizar o mais importante, a cerimónia.

 

Portanto, a minha esperança é que este post vos possa servir de inspiração, caso andem a pensar no assunto, porém a adiar devido a todos os encargos inerentes e os mil e um preparativos que têm que tratar.

  • Na igreja:

Leituras e Pajelas desenhadas e impressas pela Catarina da Detalhes by Cat.

Batizado Vicente e Laura

 

A inspiração foi o bolo - a primeira coisa a ser pensada e tratada - os tons dourados, as duas pombas e pouco mais. E, em vez de fitas ou agrafos, usei as molas de madeira que já tinha em casa para juntar todas as folhas.

  • A vela e toalha, iguais para ambos, e bastante simples foram compradas na loja Pukatuka.

conjunto vela e batizado, pukatuka

  • A roupa do Vicente e da Laura:

Foram vestidos pela Neck & Neck. A ideia era ter uma roupa com alguma cerimónia, mas nada demasiado dispendiosos ou que só usassem uma vez.  Neste sentido, numa só ida ao El Corte Inglês encontramos, primeiro, o vestido da Laura e, depois, fui conjugar a roupa do Vicente com a cor do laço do vestido da irmã.

| Imagens em galeria |

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Batizado Vicente e Laura

 

  • O bolo do baptizado:

Foi feito pela Sandra da Entrebolos. E já vos disse, mais do que uma vez, que a qualidade é incrível, para além da perfeição na execução do que pedimos e com um preço super em conta.

bolo de Batizado Vicente e Laura

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  • O almoço após a cerimónia:

O espaço eleito foi no Pateo Alfacinha e acabamos por ficar numa simpática sala só para nós. O nível de serviço e comida foi CINCO estrelas.

| Imagens em Galeria |

pateo alfacinha

 

  • A fotografia:

Ficou a cargo da Sofia, da Lovetography e já sabem que é basicamente a pessoa que está presente em todos os momentos especiais da nossa vida desde a minha sessão de grávida (da Laura). A Sofia é uma pessoa que conta histórias e que não procura a perfeição. E ideia é transparecer quem realmente somos.

Batizado Vicente e Laura

Batizado Vicente e Laura

 

  • E, por fim, eu…

Cabelo e Make-Up feitos por mim, os sapatos são uns clássicos da Rockport, que já tenho desde o ano passado e que guardo para estas ocasiões (tenho um modelo em preto e este nude). O vestido foi o tal que comprei em Bruxelas, na loja & Other Stories.

 

& other stories

vestido midi and other stories

 

 

 

 No próximo post, mostrar-vos-ei um pouco da cerimónia.

Boa noite.

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Home Office – Some Spring inspiration

25.03.19 | Vera Dias Pinheiro

decoração home office

 

 

Ainda não estou preparada para largar o ninho e começar a trabalhar fora de casa, numa espécie de co-work. É verdade que, alguma vezes, o facto de estar sozinha não me traz muitos benefícios, mas é precisamente por isso que me obrigo a manter as rotinas que me mantêm saudável.

 

Deixar o Vicente e a Laura na escola e ir a seguir ao ginásio é já um ritual que não dispenso. Não são treinos longos, nem fico para a parte do banho (que faço, mais tarde em casa), mas são os minutos que tenho para oxigenar o meu cérebro, em que vou aprendendo aos poucos a respeitar aquele meu momento, eu e os outros. O mundo pode esperar 60 minutos por mim, certo? _ mas se for algo muito urgente, avisem, eu abro uma excepção. Mas urgente do género “vida ou morte”, está bem?

 

Um outro aspecto importante, para quem como eu deu uma reviravolta na sua vida profissional, é não esquecer o porquê dessa reviravolta ter sido necessária, o porquê de ter rompido radicalmente com o meu anterior emprego, o porquê de sentir o que sentia e que não era nada bom. E, com isso, aceitar os trabalhos que realmente me tragam prazer. Ter feito este esforço enorme para voltar, agora, a encontrar-me em situações de stress constante, de medo dos outros ou de receio com aquilo que me possam dizer sobre mim ou o meu trabalho, são coisas que não podem voltar a ocorrer.

O problema é quando sucumbimos ao sistema, quando achamos que temos que provar alguma coisa aos outros, ao mundo, como que para validar que somos pessoas activas na sociedade. Contudo, a minha vida mudou, eu mudei e eu coloquei um “basta”! Passei do certo ao incerto, do ordenado certo ao final do mês para a instabilidade total e, como tal, não há nada que justifica o meu stress, a minha ansiedade ou a perda do meu sono à noite.

 

Eu sou o meu patrão e sou daqueles bem exigentes, já me basta! O resto eu faço por mim, pelo meu bem-estar, pelo brio profissional e pela paixão que coloco no que faço. Todavia, hoje em dia, ainda continuou a aprender como ser firme e esperta em separar o que é bom daquilo que é menos bom. Nem todas as propostas que recebemos são boas para nós e nem tudo se resume ao dinheiro.

 

E a minha casa é, sem dúvida, o meu refúgio, onde me sinto em paz e onde, contrariamente a muitos de vós, não acaba com a minha criatividade. Inclusivamente, tenho aprendido imenso sobre a gestão dos meus horários e sei bem como ignorar uma cozinha desarrumada quando é necessário.

Portanto, o meu objectivo é tornar o meu home office cada vez mais confortável, porque é essencial ter um local específico para trabalhar quando estamos em casa. A separação dos espaços contribui para que, aos poucos, fosse eu mesmo separando quando é hora de trabalho e quando não é.

 

Já lá vai algum tempo, enquanto trabalhadora independentemente, durante o qual foi passando por várias fases: nem todas boas, nem todas más, nem todas de crescimento e nem todas de estagnação. O importante é encontrar o equilíbrio e a constância e essa eu alcancei, sosseguei o meu coração desassossegado, porque a estabilidade é precisa e uma obrigação quando nos tornamos adultos.

 

Já tive vontade e já procurei alternativas a trabalhar em casa, contudo, actualmente, é aqui que quero estar, é aqui que me sinto bem.

 

  • Carreguem para ver a galeria de imagens:

Imagens via Pinterest.

 

Qual é o vosso género? Secretárias oversize ou mais pequenas? Tons coloridos ou mais monocromáticos? Minimalistas e com mais detalhes?

Eu vou fazer um mini make-over da minha actual secretária e, depois, mostro o antes e depois!

 

Boa noite. 

 

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Um sábado (especial) de baptizado e um domingo improvável!

24.03.19 | Vera Dias Pinheiro

ribeira d'ilhas

 

Depois de um sábado longo e cheio de emoções com o baptizado do Vicente e da Laurinha, tudo o que eu esperava era um domingo caseiro, sem planos e dedicado à ronha! No entanto, estávamos nós no parque com os miúdos ainda da parte da manhã quando recebemos a mensagem que mudou tudo:

Querem ir comer um peixinho grelhado à praia da Assenta?

 

Não foi preciso pensar duas vezes. Afinal, podíamos ir fazer ronha para outro lado, a menos de uma hora de Lisboa, a apanhar sol (do bom), respirar o ar da praia, comer peixe do bom e jogar conversa fora, porque o estado de espírito era igual para todos.

Entre a praia da Assenta, onde almoçamos e a Ribeira d’ Ilhas onde os miúdos puderam gastar o que ainda restava da energia, a mim, soube-me pela vida apanhar o sol de fim de tarde no rosto, ter os miúdos em liberdade (supervisionada) com o pé na areia e as meninas mais atrevidas que chegaram a arriscar tudo ao molhar o pé e até um pouco mais.

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Foi um fim-de-semana com zero descanso, mas a sensação que eu tenho é que agora, à medida que o tempo vai aquecendo, os fins-de-semana voltam a ser mais agitados, com mais passeios e menos tempo em casa. Os miúdos, que nos tentam acompanhar, são crianças, ainda com pouca capacidade de diferir o cansaço, mas é assim, o outro lado da moeda, porque o equilíbrio perfeito é uma ilusão.

Um grande banho, um jantar a jogar pelo seguro para que levantem o menos pretextos possíveis para birras e, logo a seguir, ser firmes na rotina: lavar dentes, xixi, rezar o Pai Nosso e cama. Pelos menos, por aqui, é o que resulta melhor. A roupa do dia seguinte já fica separada para que a semana arranque de forma suave.

 

Sobre o baptizado, claro que vos vou falar e mostrar assim que tiver as fotografias, ainda assim, posso dizer-vos que o Vicente ainda hoje me disse que adorou o baptizado. Perguntaram-me, pelo Instagram, o porquê de baptizá-los só agora, mais crescidos, e uma das razões é precisamente esta:

Querer que eles tivessem memória deste dia, poder ter conversado com eles antes sobre o que é a importância que tem para eles, ter-lhes mostrado a igreja. Quero muito que se lembrem e que, um dia mais tarde, contem ou pensem sobre este momento. E eu, para quem o baptismo já era importante, fiquei ainda mais feliz por finalmente ter acontecido. Foi como se tivesse sido invadida por uma paz e por amor ainda maiores, se é que é possível o meu peito aguentar.

 

Foi um dia lindo e cheio de significado para todos nós e que ficou assinalado igualmente com o bolo mais simples e mais bonito de todos os tempos, para além de saboroso.

bolo de baptizado

Made by Entrebolos

 

Obrigada por todas as mensagens de carinho. Obrigada a cada um de vós por ter feito parte de mais um momento importante desta nossa viagem. Obrigada!

 

Boa noite.

 

 

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As birras: A fase dos terríveis 2 anos que, afinal, acontece aos 3!

21.03.19 | Vera Dias Pinheiro

os terríveis dois anos, as birras dos dois anos

 

Disclaimer para os novos pais:

A parte boa – desta fase – é que nos vamos esquecendo rapidamente do qual difícil ela é. E a parte menos boa é, quando nos deparamos novamente com ela, ser tudo novamente novidade, é exactamente como se estivéssemos a lidar com tudo aquilo pela primeira vez.

 

A única coisa que eu já sabia – por experiência própria – é que a “crise dos dois anos” acontece verdadeiramente lá para os três anos. Fora isso, é como se fosse a primeira vez. É sempre muito difícil lidar com as crianças desta idade e tentar dar a volta à situação de conflito. A facilidade com que as birras surgem – por tudo e por nada – e a velocidade a que escalam na intensidade, testam todas as nossas capacidades de resistência e paciência.

Como é difícil gerir isto! Como são pesados os finais de dia, os passeios, as saídas, as refeições… E sempre tudo imprevisível, como vivemos sempre com uma tensão, porque estes momentos são também provas de fogo para o casal, porque nem sempre temos a mesma opinião e, por vezes, tendemos a achar que a nossa maneira de resolver os conflitos seria mais eficiente do que a do outro.

Ainda assim, devo dizer que a idade me trouxe mais paciência e, acima de tudo, uma capacidade de mais facilmente escolher o silêncio como a melhor resposta. Porque não vale a pena discutir por tudo, porque ao discutir acabamos por elevar o tom de voz e, no final, fica sempre um sentimento de frustração por termos deixado que as coisas chegassem tão longe ou por não termos conseguido contornar o conflito, a birra, o mau-humor.

Desta vez, tenho que aprender a gerir uma outra fonte de tensão: os irmãos. Uma relação nem sempre pacifica e, ultimamente, com cada vez mais episódios de brigas entre os dois. Esta é das partes mais difíceis, fazer entender o mais velho das limitações” do mais novo e fazer com que o mais novo não se encoste no mais velho. Repartir as responsabilidades entre ambos e na medida da idade de cada um não é tarefa fácil.

Por vezes, quando acho que estou a fazer o certo e a explicar as coisas de forma a que cada um entenda e, de repente, olho para o lado, e está um a chorar e o outro a refilar… há momentos em que a nossa casa parece uma casa de doidos e eu… aprendi a calar-me e a esperar pela melhor altura para falar ou, pelo menos, tentar.

 

Os dois, três, quatro anos… são a fase em que sinto como se estivesse a falar para um boneco, porque a informação claramente ainda não é interpretada da melhor forma, a maturidade está em crescimento e a capacidade de se expressar basicamente resume-se ao choro, gritos e todas as outras formas similares.

Mas é notável a forma como os nossos ouvidos se moldam ao ruído do choro, aos gritos e o nosso corpo assume uma certa dormência por saber que não pode reagir como se de um adulto se tratasse. Às vezes, quando a situação é critica imagino-me a colocar uma em cada divisão e eu próprio procura um canto da casa a sós para respirar fundo e não ceder ao berro. Se consigo sempre?! Não! Às vezes, o berro sai, é fácil, é a solução do momento e que, às vezes, resulta mesmo no momento. Nem que seja pelo desespero que vêm nos meus olhos, por sentirem que passaram realmente os limites e porque o Vicente tem um respeito e sabe quando pisa o risco e, por consequência, tenta fazer com que a irmã o perceba também.

 

Com a Laura e, não sei se é por ser miúda, se pelo signo ou pelo dia em que nasceu, a argumentação básica não é suficiente para resolver a situação. Ela responde e questiona, não cede nem à primeira, nem à segunda e, raramente, à terceira. E eu, admito, que tenho algum receito do confronto mulher-mulher, porque sei perfeitamente a forma dela pensar, sei o porque de certos comportamentos e isso assusta-me. Tento não transparecer e tento ouvir mais do que falar, tento dialogar, pois aquela conversa do “tens que fazer porque sim” ou “fazes porque senão…” com ela não resulta.

 

São diferentes, o Vicente a Laura são completamente diferentes e, penso que a grande lição a tirar de tudo isto é que o fundamental é lidar com cada um em função da pessoa que são e da personalidade que têm. Não adianta vir com grandes teorias ou colocar os dois num mesmo “saco”. Não resulta, mas não é só isso, acrescenta tensão e agrava o stress e o sistema nervoso. É como se perdesse o controlo da situação, porque eles próprias se descontrolam.

 

Posto isto, penso ter respondido à vossa pergunta a respeito de “os teus filhos não fazem birras e não brigam um com um outro”, correcto?

Diria que, neste momento, vivemos na era da negociação 24 horas por dia.

 

Boa noite!

 

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