Nós (ainda) acreditamos na magia do Pai Natal, eu também!
Ontem tivemos um final de tarde bem diferente cá em casa. Recebemos uma visita muito especial, que nos aqueceu o coração. O Pai Natal tocou à nossa campainha e vinha especialmente para ver a Laura e o Vicente, e todos nos emocionámos.
Vivemos com muito entusiasmo os dias que antecedem o Natal, com grande euforia e alimentando as tradições. A visita ao Pai Natal, para entregar a carta, claro, com todos os pedidos bem explicadinhos. Ver as luzes, o presépio. Reler a história do Natal. Decorar a casa e, todas as noites, ligar as luzes que piscam de várias maneiras e completam qualquer cenário natalício. São algumas das coisas com as quais preenchemos os nossos dias.
Os presentes, esses, ficam guardados para a manhã do dia 25 de dezembro, já que, na noite anterior, deixamos um copo com leite e um prato com bolachas para o Pai Natal, sem esquecer a cenoura para as renas. Tudo isto junto à janela maior da nossa sala, pois não temos chaminé. Mas ontem o Pai Natal esteve cá e não veio entregar presentes e nem entrou pela janela.
Chegou da Lapónia uns dias antes para fazer uma visita aos meninos e meninas, relembrando a mensagem importante da magia do Natal. Da importância das nossas acções, da amizade entre os pais e filhos. E claro que não vale a pena enganar o Pai natal, porque ele vê tudo! Tudo mesmo!!!
Quando partilhei com o Vicente e com a Laura a visita importante que iríamos receber, foi uma excitação e um sentimento de responsabilidade, especialmente do lado do Vicente, que é mais crescido. Quando chegámos a casa da escola, preocupou-se em arrumar a sala, foi buscar os barretes de Pai Natal e ainda ensaiou uma canção para lhe cantar – e que nos emocionou a todos.
Com ele, partilhou segredos e foi bem claro nas coisas que quer, afinal, são apenas duas coisas. Esteve sempre junto ao Pai Natal, aceitou ir ao seu colo e conversou muito. Quem diria que em pequeno, o Vicente era daqueles que chorava e fugia deste velhote de barbas brancas.
Já a Laura estava muito intrigada com o facto do Pai natal ter chegado com o “saco vazio”. Como assim?! Outra coisa que também não foi fácil foi convencê-la de que os presentes só chegam para os meninos e meninas que se portam bem. A Laura repetiu várias vezes que se portava mal… Sem grandes espantos, não é? Contudo, e embora não tenha querido ir ao seu colo, contou-lhe uma história e, já que ele não trouxe os brinquedos, ela resolveu o assunto indo buscar os brinquedos escondidos no quarto da mãe para lhe mostrar.
O Pai Natal é tão real e de barbas verdadeiras, com um jeito natural para as crianças e para nós, que não há como não entrar neste dia de magia. E porque não? Afinal, haverá melhor maneira de viver o espírito do natal?
Eu acho que não!
Como vos disse, é natural que não possamos fugir da sociedade de consumo e mais material em que vivemos. Ainda assim, é da nossa responsabilidade mostrar aos nossos filhos que existe muito mais para além das “coisas”. Não irão aprender isso sozinhos… E mais fácil será passar a mensagem se dermos o exemplo.
Este momento mágico é da responsabilidade de duas mães, a Mafalda e a Luciane, que criaram o projecto Um Dia de Magia por partilharem as mesmas preocupações de outras mães, como eu e vocês.
Assim, de que forma poderiam contribuir para alimentar a magia do Natal sem que isso estivesse associado a algo material ou de consumo?
Levando o Pai natal a casas das famílias, em vez das famílias irem para os Centros Comercias, o único lugar onde é possível fazê-lo. Assim, numa conversa próxima, inteiramente personalizada e dedicada às crianças de cada lar, a magia acontece. Os olhos pequeninos crescem e ganham um brilho diferente, olhos esses que acreditam genuinamente em tudo aquilo que está a acontecer.
O Vicente tem muita vontade de ir à Lapónia para conhecer a casa do Pai Natal, as renas e os duendes que o ajudam. Enquanto isso não acontece, conseguimos que o Pai Natal viesse até nós.
Para mais informações, podem contactar Um dia de Magia através da página do facebook ou através do email (umdiademagia@gmail.com) ou, ainda, o telefone (967 57 13 60).