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Mudar a perspectiva só depende de nós!

14.11.18 | Vera Dias Pinheiro

mudar a perspectiva só depende de nós, c&a

 

Estamos a um mês e meio do final do ano. Uma altura em que eu dou por mim, desde que me conheço por pessoa adulta com responsabilidades, a fazer balancos. A rever o bom e o menos bom e se, até há bem pouco tempo, a minha vida era previsível. Hoje em dia, os desafios são diários e constantes. A insegurança do trabalho de freelancer é algo a que tenho que me habituar, mas que, de alguma forma, também tento aprender como contornar e ter algumas certezas.

 

O instinto tem sido o meu melhor guia, o meu feeling, aquilo que a minha sensibilidade me aconselha. Não me perguntem porquê, nem como. E quando me pedem conselhos ou quando me perguntam como eu consegui chegar até aqui, bom, eu não tinha realmente um plano B, não tinha uma rede de apoio, que não fosse o apoio incondicional do meu marido, que mesmo não entendo nada desta sensibilidade, acreditou em mim. Mas a verdade é que nunca mais foi tão difícil como quando eu tive que tomar a decisão de me despedir.

 

Neste momento, a minha vida está completamente noutra página, a outra vida já saiu completamente do meu raio de visão ou lembrança, até porque o caminho faz-se em frente. E, a verdade é que este é talvez o primeiro ano em que estou menos ansiosa relativamente a 2019. Acho que alcancei uma certa maturidade, que me era precisa e também estou muito mais segura de mim mesma.

 

Contudo, falta um mês e meio para acabar o ano e continua a haver uma certa ansiedade dentro de mim. Há dias em que me sinto realmente incapaz de lidar com tudo, em que me atrapalho toda nas minhas rotinas e me sinto em pleno plano de emergência. Como prioridade estão o Vicente e a Laura, mas depois tudo o resto… marco e desmarco coisas, complico onde não existe motivo, enfim…

 

Na semana passada não fui dois dias ao ginásio, precisava realmente de produzir conteúdo, precisava de todo o tempo e concentração. Mas e a seguir? Porque raio, continuei sem ir até hoje? Este “bicho” é tramado, porque enquanto estamos certinhas, tudo corre bem, todavia, se alguma coisa interfere com a nossa rotina, porque raio é tão difícil retomar novamente?

 

Naturalmente que agora, tudo isto já se está a virar, por assim dizer, contra mim. Porque já começo a remoer e criticar-me. Afinal, eu já sei de antemão como é que se desenrolam estas fases. E isso acresce a ansiedade que tenho e na forma, tensa, como lido com tudo o resto. Depois, há um momento em que batemos literalmente no fundo, no meu caso, reflecte-se na casa. E, nesse momento, acordamos! Ou pelo menos devemos, porque a mudança só está em nós, a capacidade de mudar de perspectiva está cá dentro. E o importante é, quando estamos a atravessar uma fase assim, focar-nos na forma como nos levantamos (e não tanto na queda).

 

Talvez seja apenas a altura do ano, o efeito da mudança de hora, talvez seja apenas uma TPM ou o cansaço acumulado e a antevisão das nossas férias que estão quase aí. Talvez, amanhã quando acordar e retomar a vida normal, eu já nem me lembro que tinha um nó no meu peito e o coração acelerado. Talvez seja apenas o reflexo do instinto humano de querer apressar o que não é para ser apressado. Talvez seja o ascendente e a lua a terem efeitos no meu signo. Ou, talvez, seja apenas a falta de um chocolate de leite com avelãs ou amêndoas tostadas… Talvez! O importante é não adiar mais e contrariar este ciclo!

 

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