Ser melhor a desenrascar-me e menos exigente em ser perfeita!
Uma das melhores coisas que fiz por mim, foi saber quando estou a chegar ao limite e parar antes da queda! Vivi no meu limite, hummm, talvez um ano um ano e meio. Sei, no meu caso, o que foi chegar ao limite, e eu sei que não quero voltar a repetir a experiência. Mas como m? Se no dia a dia somos impelidos a fazer tudo! Se todos os dias há tarefas e outras que se acumulam se não forem feitas naquele preciso momento.
Bom, acho que aprendi a impor-me um basta! Selecionar tarefas e dentro delas as prioritárias. Aprendi a dizer não, não posso, não consigo, agradeço, mas ser-me-á impossível ou simplesmente não quero! Muito importante foi igualmente não me punir por achar que com esforço tudo era fazível. Seria, mas mais importante é o meu equilíbrio e eu sentir que, ao fim, do dia não são os meus filhos a levar com o meu mau feitio ou a minha frustração.
Esta semana foi um bom exemplo.
Iniciei a segunda-feira como normal, deixei os miúdos e fui para o ginásio, regressei e comecei o meu dia de trabalho. A verdade é que com algum cansaço acumulado dos últimos dias. E não fui lá grande coisa de produtiva. No dia seguinte, optei por alterar as prioridades, coloquei todo o trabalho que tinha em mãos à frente de tudo para conseguir atingir algum ritmo de produtividade com resultados efectivos. O cansaço físico dos filhos tem alturas que me deixa completamente de rastos. Escada acima, escada abaixo, sempre com uma lapa alojada numa das ancas. Os dias de chuva, e o “tira e põe” de cada um na sua escola, os banhos, o deitar, enfim… há alturas em que tenho que rentabilizar todo o tempo que tenho num outro sentido e foi preciso dar uma pausa no exercício.
E, no fundo, foi uma semana decisiva para quem, deste lado, está em contagem decrescente para as férias de natal. O nosso presente está comprado e os dias que faltam já são poucos. Mas ir e levar a pressão do trabalho e das coisas inacabadas quando o tempo nos foge completamente ao controlo, é demasiado stressante. Já não estou aí, agora obrigo-me a desfrutar e absorver a energias dos lugares. Sim, iremos novamente à aventura. Os quatro e vou ter que pensar na logística do Vicente, penso que já não existem carrinhos para o peso dele… verdade? Antes disso, ainda temos mais um período sem o pai. Já sei que irei bem perto do meu limite, porém quando vemos avistamos uma coisa muito boa, ganhamos forças extras.
Eu compreendo que não seja fácil ter uma rotina sempre perfeita, compreendo que é preciso dar descanso ao corpo, porque isso é tão fundamental quanto exercita-lo, compreendo que a sobrecarga familiar é grande, especialmente para nós, e compreendo a batalha que é tentar empreender, ao mesmo tempo, que temos que dar, não uma, mas sim, duas mãozinhas nos filhos e na casa. Todavia, o importante é perceber que esses momentos devem ser bem menos do que os restantes, em que estamos mais activas e enérgicas para fazer tudo. Para além disso, é preciso gostarmos muito de nós, porque assim não vamos cair no erro de nos culpar ou nos exigir que estejamos sempre em todas as frentes.
No fundo, a única coisa que quero é encontrar a paz dentro de mim, sem estar sempre com ansiedade ou sentir que tenho que desempenhar mil tarefas ao mesmo tempo. Mas para isso, vou tentando aprender a fechar os olhos e ser melhor a desenrascar-me e menos exigente em ser perfeita!
Boa noite!