As massas são muito mais que uma refeição, são uma experiência!
Esparguete, fettuccine, penne, tagliatelle, fusilli, gnocchi, massa recheada, massa com letras ou massas com vegetais. Roma, Florença, Veneza, Verona, Bari ou Nápoles. Tanta massa e aposto que ainda me esqueci de alguma. Tantas cidades diferentes e sempre a mesma vontade de ir, conhecer e experimentar a gastronomia. Pela sua variedade e pela multiplicidade de formas que existem para a comer, tenho a certeza que dificilmente haverá alguém que não encontre uma massa à sua medida.
Mas não se trata apenas de Itália – há quem adore o país sem nunca ter lá ido - pode ser a nossa casa, pode ser aquele restaurante mesmo bom que descobrimos numa viagem a um outro destino, pode ser a receita que quisemos experimentar depois de ter visto num programa de televisão ou simplesmente um desenrasca de última hora por ser tão rápido e fácil de preparar. No fundo, pasta pode ser aquilo que nós quisermos.
Com vinte e um anos fui para a cidade de Trieste, em Itália, para fazer o meu Erasmus e por lá fiquei cerca de nove meses. Assim que fiz a minha primeira refeição num restaurante veramente italiano, rapidamente apercebi-me que eu não sabia nada de nada a respeito das massas. E, talvez por isso, a pizza estava no topo das minhas preferências. Agora, fico complemente rendida quando me apresentam um prato de pasta a sério. Confeccionada da forma certa, al dente, com os ingredientes e os temperos certos, é de comer e repetir!
Depois dessa experiência, já perdi a conta ao número de vezes que viajei para Itália, primeiro sozinha e depois em família. E diria que não foi difícil convencer os meus filhos a experimentar as massas. Especialmente quando podem escolher o tipo de massas que querem e os ingredientes, como se estivessem a construir o seu próprio super-herói. Tudo funciona nesta perspectiva e, cá em casa, já se sabe que um dos alimentos responsáveis por dar energia são as massas.
Todavia e, voltando a Trieste, a nossa senhoria, uma senhora já de alguma idade, fazia gosto em nos ensinar algumas coisas. Uma delas foi a preparação da massa fresca para a lasanha. Até aí, eu ainda não sabia a diferença entre a massa tradicional, que compramos no supermercado, e a fresca… E, de seguida, que a massa não é apenas o esparguete.
Mas as crianças são talvez os “clientes” mais difíceis de agradar. Em determinadas idades, são mesmo os mais esquisitinhos no que toca às refeições e são aqueles que mais contribuem para o exercício da nossa criatividade. Ufa! Que não pode haver um legume mais estranho no prato, que já não comem, mesmo que comam na sopa. Às vezes, o segredo é mesmo tornar uma refeição divertida, por exemplo, brincar com a apresentação do prato, fazer carinhas, desenhos, etc.
As massas de legumes, massas com formas divertidas e de cores diferentes, nomeadamente, ajudam-nos a convencer uma criança quase a partir do impossível.
A comida tem alma e nutre o nosso corpo, por isso valorizo tanto que não haja stress à mesa. Quero que eles cresçam com uma boa relação com a comida, pois isso irá permitir-lhes absorver o melhor que os sabores e a gastronomia têm para nos oferecer. Meras memórias de umas férias, de um jantar entre amigos, um momento especial ou uma viagem incrível.
Por tudo isto, como não celebrar o Dia Mundial das Massas?! Claro que faz todo o sentido! É uma forma de celebrar um imaginário rico e variado, para o qual as massas, os aromas, os sabores, nos transporta. Neste aspeto, as massas são muito mais que uma refeição, são uma experiência e uma constante descoberta!
*Este conteúdo contou com o apoio da marca Milaneza.