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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

Falemos (não só) de roupa | O mesmo vestido para 3 ocasiões diferentes

28.09.18 | Vera Dias Pinheiro

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Falar de roupa pode (e deve) ter uma conotação positiva. Falar de roupa pode (e deve) ser feito de forma a ensinar-nos não só aquilo que nos favorece, como também ensinar a distinguir uma compra supérflua de outra que é um bom investimento. E isto é algo que se aplica a todos os elementos da família. Disciplina, moda, vaidade e realidade são coisas que nem sempre se articulam muito bem entre si.

 

E o problema é que quando chega a hora de abrir o armário e de encontrar uma roupa com a qual nos sintamos bem. Entramos, muitas vezes, em desespero por não termos nada para vestir e não é por falta de roupa. É por falta de saber fazer as compras certas e por falta de “destreza mental” para sermos mais multifacetadas nas combinações que fazemos com aquilo que já temos e que, regra geral, chega e sobra.

 

Muito se fala, por exemplo, de armário cápsula – ter um número limitado e específico de peças, que se combinam entre si de várias maneiras por serem bastante versáteis. Depois, existem aquelas peças chave que todos os roupeiros devem ter, nomeadamente, uma boa camisa branca, um bom par de calças de ganga e um bom blazer. Contudo, deparamo-nos constantemente com muita oferta, muitas modas, sem esquecer as redes socias (ditadoras) que ditam tendências hoje em dia.

 

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Todavia, antes de seguirmos as tendências, é preciso saber quem somos, que tipo de corpo temos, qual o nosso estilo de vida, o que gostamos verdadeiramente, aquilo que realmente nos faz falta, lembrar que barato, muitas vezes, sai caro e que o caro, que somos tão reticentes, mas, mais cedo ou mais tarde, vamos agradecer ter investido o nosso dinheiro em determinada coisa. Enfim, falar de roupa é muito mais do que mostrar roupa, do que saber as cores e as tendências da estação, do que estar sempre em cima das novidades que saem para as lojas e é muito mais do que comprar só por comprar.

 

 

E eu confesso que deixei há muito de comprar por impulso, deixei de correr para uma loja sempre que tinha uma ocasião mais formal ou mais especial, cuja primeira reacção era achar que precisava de roupa nova. Contudo, também não sou daquelas pessoas que diz que vai passar uma estação inteira sem comprar roupa, ou coisas do género. Como em tudo, quero aprender mais e quero ser mais eficiente nas minhas escolhas e que essas escolhas não comprometam a forma como eu gosto de me apresentar nas diferentes ocasiões e na forma como eu gosto de andar no dia-a-dia. Penso várias (muitas) vezes antes de comprar uma peça de roupa, especialmente calçado e malas.

 

Por isso, são já algumas as vezes que recorro à ajuda da Inês Viana, a consultora de imagem e responsável pelo serviço My Style do Alegro, para me dar uma ajuda. Afinal, ela é a pessoa que anda em cima do acontecimento, que tem a noção da colecção de várias lojas, que já remexeu nas roupas dezenas de vezes – afinal, é o trabalho dela- como ainda por cima, este serviço é completamente gratuito.

 

É apenas uma questão de se informarem, quais os dias e horário, no Centro Comercial Alegro mais próximo de vós, e fazerem a vossa marcação. 

 

E depois de um verão durante o qual não fiz grandes compras para mim e com o meu corpo finalmente de volta e algum volume perdido, aproveitei para pedir novamente a sua ajuda. O tempo está quente, não sabemos até quando, por isso, nem sequer estava com pressão para comprar efectivamente alguma coisa. E esta é uma das coisas que eu notei de imediato na Inês e da qual eu gosto muito. Ninguém se sente “impingido” com nada, nem em termos de gosto nem em pressão para gastar dinheiro.  Nós conversamos, damos um passeio pelas lojas, estamos descontraídas. Se, no final, realmente quiserem trazer alguma coisa, óptimo para vós. Se não, ficam com uma ideia mais precisa do que há e do que vos favorece.

 

Não se esqueçam da regra base: no cabide tudo é maravilhoso, as certezas só se têm depois de experimentarmos efectivamente a roupa.

 

 

E qual mulher ou homem não gosta de ir às compras? Não gosta de ter alguém dedicado a si por uns minutos e que os ajude a elevar a sua auto-estima e a gostar mais do si quando se olha ao espelho? Roupa também é isto, quer queiram quer não!

 

Muito sinceramente, cada vez, faz-me menos sentido aquele passeio para ver montras. E muito menos, comprar peças marcantes de determinadas lojas que eu irei acabar por usar uma ou duas vezes ou que vou acabar por ver dezenas de pessoas com roupas iguais à minha.

 

 

E aproveito para vos dar um pequeno exemplo, daquilo que se pode considerar uma “smart shopping” com um vestido que comprei hoje e que me vai permitir diferentes combinações de acordo com as ocasiões.

 

Carreguem na galeria para ver todas as imagens:

 

 

 

 

 E já que amanhã tem lugar a 8ª edição do Style no Alegro Alfragide, vá se lá saber se não vão querer aproveitar para passar por lá, usufruírem das ofertas e promoções e ainda trazer umas dicas novas (de cabelo, maquilhagem e roupa) para casa? 😊

Consultem o programa do evento de amanhã neste link e apareçam (cedo!).

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Acabaram-se as manhas e os mimimis!!!!

27.09.18 | Vera Dias Pinheiro

separação dos filhos

 

As crianças testam e apanham o nosso ponto fraco. São bem mais astutas a fazerem o diagnóstico aos pais do que o contrário. E sim, têm (muitas) manhas e uma mente bem engenhosa para nos darem a volta. O assunto é, o “the same old story”, separação das crianças dos pais! Esse sofrimento que se lhes é infligido quando os temos que deixar ao cuidado de outra pessoa que não o pai, a mãe, a avó/avô ou qualquer outra pessoa com quem a criança esteja habituada a ficar.

 

E conto-vos uma história da qual só me relembrei há poucos dias, enquanto andava remoída e sofrida com as manhãs penosas, com a resistência da Laura à escola e com tudo o que ela já verbaliza.

 

Quando mudei para Bruxelas e à medida que eu ia criando as minhas próprias rotinas, custava-me cada vez mais ter que parar tudo de cada vez que o meu marido viajava – e que eram muitas praticamente todo os meses. Não queria ter que interromper o meu curso de francês ou deixar de ir ao ginásio, por exemplo. Aliás, era precisamente nos momentos em que estava sozinha que precisa de arejar a cabeça.

 

E assim, fui ganhando mais confiança em mim para arranjar uma babysitter e ultrapassar todos os receios que pudesse ter. E lá encontrei uma pessoa que eu adorava e que claramente tinha um dom especial para cuidar de crianças. O passo seguinte era deixar o Vicente com ela, sentir que ele ficava bem e que, com a habituação, não se sentisse entregue a uma estranha. E, nesses momentos, comecei a viver o tal drama da separação que os miúdos nos infligem.

 

Os instantes, entre a chegada dela e a minha saída, aquela passagem de testemunho, eram um tormento que me faziam repensar se valeria assim tanto a pena. Mas claro que valia e aquilo tinha que resultar. Aliás, eu recebia várias fotografias do Vicente ora a comer, ora a rir e a brincar ora a dormir descansado.

 

Todavia, da vez seguinte, o caos instalava-se, os braços abriam-se em desespero e eu fazia o caminho até a Alliance Française a sentir-me a pior mãe do mundo! Até ao dia em que, na minha cabeça, se fez luz. Afinal, ele ficava bem, brincava, comia, adormecia tranquilo, a babysitter era super carinhosa e era brasileira, portanto, qualquer tipo de barreira linguística não era hipótese. E foi nesse momento, que eu disse para mim que a chantagem emocional iria acabar e que eu iria passar a ser determinada, segura e rápida nas despedidas.

 

E assim foi e sucessivamente as coisas foram normalizando. Ele continuava bem e eu estava muito mais em paz comigo mesma e, ao mesmo tempo, feliz por não estar a abdicar de uma coisa que, para mim, era importante.

 

Contudo, isto tudo é para vos contar que, há poucos dias, tive o mesmo momento de “luz” na minha cabeça com a Laura. Nesta paragem, com a gastroenterite viral, que foi das fortes e, por isso, a melhor decisão foi tê-la em casa - esta menina que de parva não tem nada – e ainda bem – percebeu que ter uma dor fazia com que ficasse em casa. Deste modo, desde que se apercebeu que ia voltar à escola que me tenta enganar todas as manhãs.

 

E como já percebeu que a barriga já não resulta – até já fomos ao hospital e já está medicada - há sempre uma dor num pé ou num braço. Se não der saída, lá vem a história de que não gosta da escola e, depois de muita conversa, o que ela não gosta mesmo é de não ter a mãe lá com ela. Nada de novo, certo?

 

Certo! Mas então o que aconteceu de diferente?! Aconteceu que eu sinto que já lhe dei o tempo necessário para se aperceber que os dias agora são passados na escola. Como tal, as transições não podem ser feitas com grandes confianças nem com margem para ela vir com todos os seus mimimis. E nisto, tenho tido a ajuda de uma auxiliar, que tem sido despachada a levar a Laura e que, entre uma conversa e outra, ela própria se despede de mim sem se dar conta. Um dia foi ver os bebés, no outro foi arrumar as fraldas dos bebés e assim tem ficado.

 

Desde o momento em que acorda até entrar na sala, a lengalenga dela é a mesma, mas a minha também é! É assertivamente sempre a mesma! Eu estava a sofrer muito, começava os meus dias de rastos e emocionalmente em baixo. Houve um dia que eu quase cedi e quase trouxe a Laura de volta para casa.  Sentia-me culpada por ela e por mim, que há tanto que desejava ter este tempo para mim e que agora passava o tempo, sem ela fisicamente, mas a controlar da mesma forma os meus dias!

 

Desde segunda-feira que deixei de ceder às manhas e aos mimimis matinais! Sou tão rápida a despachar a mim e a eles, que quando dá por ela já está na escola sem tempo para chorar ou pedir-me para ficar com ela.

 

A adaptação dos filhos a qualquer coisa, não só a escola, passa também por esta adaptação dos pais às situações, pelo momento da sua maturação e da certeza das suas decisões. Se está tudo bem, se estamos seguros quanto à escola e à forma como cuidam dos nossos filhos, o caminho é este! E sinto-me muito mais aliviada, talvez menos se ela retroceder, mas cá dentro já amadureci esta fase de transição e de adaptação e não há volta a dar!  

 

É assim, acabaram-se os mimimis! 😊

 

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Onde ficar: Macdonald Monchique Resort & Spa, Serra de Monchique

25.09.18 | Vera Dias Pinheiro

Há quem estranhe o porquê de viajarmos para fora nos meses mais frios e, talvez, seja por achar que, especialmente no verão, somos privilegiados por vivermos em Portugal. Gostamos da nossa semana habitual mais a sul, mas cada vez mais procuramos descobrir outros lugares. E por incrível que pareça, ainda não conhecíamos a Serra de Monchique no Algarve, até há algumas semanas atrás quando tivemos a oportunidade de conhecer o Macdonald Monchique Resort & Spa.

 

macdonald monchique resort & spa

 

 

Acabou por ser apenas uma estadia de três dias, porque a nossa ida teve que ser adiada por causa dos incêndios na região. Contudo, ficou a vontade de regressar novamente. Por um lado, no Resort temos tudo aquilo que precisamos para não pensarmos em sair, seja para os miúdos seja para nós. O espaço é agradável e muito amplo, permitindo que as pessoas se dispersem pelos diferentes espaços e ambientes. Por outro, uma estadia com mais dias permite-nos explorar toda a região, não só Monchique, como outros locais ali próximos. E essa é também uma das grandes vantagens deste Resort.

 

Mas foram três dias de desligar a ficha, de slow living, uma expressão tão em voga, num local orientado para a tranquilidade. Inserido no meio da serra de Monchique, onde nem os fogos conseguiram apagar a sua beleza e nem sequer nos afastam de uma região tão bonita quanto aquela.

 

Ficámos instalados numa suite panorâmica e isso transforma por completo a experiência de uma família, pois o nosso quarto tinha duas casas de banho, um quarto, uma sala com kitchenette e uma varanda com vista para a serra. Tínhamos todas as comodidades e conforto que precisávamos e necessárias para conseguirmos descansar e usufruir os quatro da experiência. E, para quem tem filhos que assaltam as camas dos pais durante a noite, fiquem descansados que a cama é enorme!

 

 

 

Para as nossas refeições diárias, nem sequer foi preciso sair um único dia, pequeno-almoço em buffet, almoço e jantar com várias opções ao nosso dispor. Desde a refeição mais completa, nos dois restaurantes do hotel – o Mercado Culinário, mais descontraído, e o Mon-Chic que é fine dining com a responsabilidade do chef Luís Batalha - até às mais ligeiras e descontraídas no Mezzanine Bar, com uma varanda estupenda com vista para a Serra de Monchique e o Cascata Bar na piscina. Existe ainda uma mercearia de produtos regionais e com oferta para alguma coisa mais urgente ou imediata.

 

O facto de estar orientado para estadias em família, embora não seja exclusivo e garanto-vos que qualquer um se sentirá bem ali, faz com que haja a compreensão que quem está ali com filhos precisa. (E, já agora, obrigada pelo cuidado e atenção que tiveram com a Laura. Foi nesse fim-de-semana que ela ficou doente, lembram-se?)

 

Dentro do complexo encontram ainda outras distrações, como jogos de tabuleiro, um bar para uma bebida de fim-de-dia, sofás para descontrair e um Spa. Eu fiz uma massagem e o meu marido aproveitou o termal spa. Acho que nem vos preciso dizer o quanto estávamos a precisar daqueles minutos só para nós. Ficou por experimentar o ginásio e as aulas, já que parte do meu equipamento tinha ficado em Lisboa. 

 

As piscinas, que são três, uma exterior principal com uma cascata, uma climatizada a pensar especialmente no bem-estar das crianças e uma interior, no Spa. Portanto, imaginam que as crianças se divertem muito ali. E, tanto o Vicente como a Laura, não foram excepção. Divertiram-se muita na piscina, mas também na suite e na varanda, onde brincaram muito e viram as estrelas. E eu valorizo cada vez mais estes momentos e destinos de férias ou de fim-de-semana que nos permitem esquecer o relógio, em que o tempo nos permite aproveitar o dia com maior prazer e que, não importa se é para família ou não, mas que nos recebe e proporciona momentos muito bons a todos, fazendo sentir bem e com vontade de voltar. E o Macdonald Monchique é um bom exemplo. 

 

 

 

Para além disso, na oportunidade que tivemos para falar com os responsáveis, percebemos o quão envolvidos estão com aquela região e que muito mais do que o turismo, há uma vontade em contribuir para que a Serra de Monchique volte o mais rápido possível a ser o mais próximo do que era antes. Entre várias coisas, querem promover a plantação de árvores e angariar fundos. Mas isso só é possível com o apoio de todos e, por isso, fiquei muito feliz por saber que as pessoas nunca deixaram de querer estar ali. O que só é possível quando somos bem-recebidos e bem tratados, creio eu!

 

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Por isso, aqui fica mais uma sugestão de um destino que vale muito a pena conhecer e uma região a descobrir.

 

 

 

Deixo um agradecimento especial ao Macdonald Monchique Resort & Spa por nos ter convidado a conhecê-lo. 

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Onde é que as mães vão buscar o seu suporte emocional?

24.09.18 | Vera Dias Pinheiro

suporte emocional das mães

 

 

Existe na figura da mãe uma qualquer pressão (ou simplesmente a ideia) para que seja ela a solução e o suporte de tudo. Ao seu redor, surge, sem se aperceber, a ideia de que é inquebrável perante as situações mais difíceis e é nela que se depositam as expectativas para segurar todas as pontas. Contudo, ao mesmo tempo, esse é um caminho que é feito (por si) de forma solitária, afinal, ninguém espera que a mãe fraqueje. Existem sentimentos que, alheios aos outros, se desgastam. Afinal, todos ficam mais descansados se for a mãe a estar presente, se for a mãe a fazer/decidir, é com ela que as crianças ficam mais tranquilas e, assim, evitam-se as birras e as chatices.

 

Todavia, onde é que é suposto a mãe ir buscar suporte? Que mão é suposto estender-se para que ela se sinta segura nos momentos em que se sentir mais frágil? Quem é olha, para além dos filhos, e é capaz de escutar o coração de uma mãe?

 

Continuo à procura de respostas e, por isso, continuo a ir constantemente ao mais profundo que existe dentro de mim à procura de âncora para não ir ao fundo, mantendo-me rija e forte como se espera.

 

Ninguém está à espera que a mãe ceda, que a mãe precise de ajude, ninguém coloca a hipótese de como é que ela consegue, sozinha, assegurar a tranquilidade dos filhos ou o que é que ela faz com os seus próprios medos, com as suas próprias inseguranças ou com a sua própria vontade de, de vez em quando, lhe ser permitido sair da sua armadura.  

 

Eu achava que a minha própria mãe era invencível. Ela dava sempre conta do recado e fazia (e faz) tudo parecer tão simples e tão fácil. Mostrou-me que é era possível alguém ter resposta para tudo e ser o meu porto seguro. Eu olhava para ela e tudo parecia ser tão natural, tão natural como o nosso respirar. Foi preciso ser mãe para perceber que as mães também sofrem, sentem-se sozinhas e tristes. Mas o mais incrível é que fazem disso um detalhe perante a necessidade com que os outros precisam dela.

 

No primeiro ano da cresce do Vicente, chegamos a ter que ficar com ele internado. Um pesadelo que durou uma semana e eu fiquei com ele todos os segundos, dia e noite, daquele internamento. Fui o escudo e fui o filtro e sei que fiz com que tudo parece-se normal, apesar das circunstâncias. Inventei brincadeiras, tinha sempre um sorriso e uma paz, que nem eu sabia que tinha. No dia e no momento em que soube que íamos finalmente ter alta, corri para a casa de banho daquele quarto e chorei, chorei muito. Tudo o que tinha aguentado durante aqueles dias tinha que sair. Senti-me frágil e desprotegida. Senti-me demasiado pequenina.  

 

No primeiro ano da Laura, não dormi uma noite, e não estou a exagerar. E eu não entendia como que os efeitos daquela privação do sono não eram visíveis aos outros. Como é que ser zombie durante um ano não era motivo mais do que suficiente para desculparem alguma falha no meu comportamento ou nas minhas atitudes? Eu só queria dormir, só queria fechar os dois olhos e dormir.

 

Durante esta semana tivemos toda uma evolução da gastroenterite da Laura. Um quadro clínico, no fundo, natural e previsível quando um vírus destes ataca. Todavia, culminou com uma ida às urgências às duas da manhã. Os gritos de dor dela, o sono e o cansaço e a resistência em aceitar a ajuda das enfermeiras, secava-me por dentro. A voz saia calma, pintei durante trinta minutos, sem parar de forma a conseguir entretê-la. Os meus olhos picavam, mas não cederam.

 

Não era uma noite agitada nas urgências, mas erámos todas mães, em aparente serenidade que acalmavam o seu bebé. Há, de facto, qualquer coisa dentro de nós que se apodera e que assume o controlo quando é preciso. Porém, no final, deixa-nos infinitamente tristes e sozinhas. Perdidas porque a atenção e a preocupação são com eles, foi assim desde que nasceram. E é esta separação e corte, dos outros, com as mães e com os sentimentos destas que as pode levar à depressão. Há uma certa solidão misturada com a exigência constante e a expectativa da resposta.

 

Onde é que vão as mães, afinal, encontrar o seu suporte emocional?   

 

Estar com os filhos permanentemente é o mais difícil de tudo e o mais exigente. É toda a dependência e exigência que procuram em nós e, nós, sabermos que eles são apenas crianças e que, no fundo, tudo isto é tão natural… tão natural a partir do momento em que nos tornamos mães.

 

Boa noite!

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Em Lisboa: Onde comer e ter uma vista incrível sobre o rio Tejo?

21.09.18 | Vera Dias Pinheiro

Lisboa está a mil a todos os níveis. E eu deixei de conseguir acompanhar o ritmo frenético com que abrem, por exemplo, os restaurantes por aqui. O turismo, os negócios próprios, as inspirações que se trazem de fora têm feito renascer Lisboa com novos espaços, ou são os bairros mais antigos que se reinventam e trazem mais jovens ou são modelos de negócios novos e polivalentes, como é o caso do Lacs, no Cais da Rocha Conde de Óbidos, em Alcântara, de frente para o rio Tejo e com a Ponte 25 de abril a fazer enquadramento.

 

Para mim, o Lacs era apenas um espaço de co-work, longe andava eu dos finais de tarde da cidade e dos rooftops, que nem me apercebi que o Lacs era também um dos locais mais trendy do momento. No seu último andar, encontram o ZAZAH Good View, de um lado. para beber um copo e petiscar qualquer coisa a acompanhar e, do outro, um novo restaurante de inspiração asiática, de nome ŌKAH, com o chef Bruno Rodrigues à frente da cozinha.

 

Se falam em comida asiática, já sabem, que eu estou lá. Adoro! Adoro! Por isso, aceitei o convite para conhecer o espaço e experimentar alguns pratos do menu. Mas antes de passar à comida, deixem-me que vos fale um pouco do espaço.

 

A viste privilegiada para esta zona da cidade de Lisboa é, logo à partida, um motivo que nos convence a ir até ao ŌKAH. Depois, a ideia particular de juntar uns contentores e fazer deles um restaurante, é muito peculiar e a decoração torna o ambiente cosy. Gosto muito deste lado “moderno” e diferente com que se apresentam. Totalmente inesperado do que podem imaginar.

 

Depois, passamos ao menu. Entradas, prato principal e sobremesa. Iniciamos o almoço com uma entrada de amêijoas (as amêijoas mergulhadas no refrescante molho de Garam Masala) e sopa de Quiabo, de seguida, e como prato principal provamos um prato de carne (Gulosos lombinhos de borrego neozelandês) e outro de peixe (Dourada grelhada com molho de tamarindo), como acompanhamentos, havia Arroz Basmati com côco e sementes de sésamo e legumes salteados.  E o toque asiático prossegue até às sobremesas e uma mesa destas a partilhar por quatro pessoas deixou um espacinho para provar algumas das iguarias da carta. E, também a partilhar, tivemos direito a Ananás grelhado com canela e gelado de Yuzu e a Cones de bolacha com recheio de creme de côco queimado doce…. simplesmente di-vi-nal!!!!

 

A parte deste convite, fiquei com vontade de voltar e não é apenas um restaurante para as noites quentes. Os contentores estão todos equipados com janelas e ar condicionado para adaptar o espaço as condições do tempo. A vista, essa, está sempre garantida e seja à hora de almoço, seja à hora de jantar, vale sempre a pena respirar esta vibe especial da cidade de Lisboa.

 

"ZAZAH  GOOD  VIEW Bar  &  Lounge  e  o  Restaurante  ŌKAH são  duas  boas  descobertas,  que  apresentam  uma arquitectura  contemporânea  e  industrial,  em  harmonia  com  o  espaço  de  cargas  e  descargas  dos transportes  marítimos  do  Porto  de  Lisboa  e  a  luz  envolvente,  que  caracteriza  o  brilho  da  cidade."

 

  • Fotografias do Espaço:

 

 

"Gastronomia única,  intensa  e  sofisticada  são  alguns  dos adjectivos  que  caracterizam  a  diversidade  da  carta do  ŌKAH. Um restaurante  internacional,  contemporâneo  e  com  um  toque  asiático."

Os pratos...

 

 

 

Coisas de que gostei muito, a parte de tudo isto, de não estar no centro da confusão, de ter facilidade para estacionamento, de não estar inundado de turistas, de ser possível alguma calma e tranquilidade durante a refeição. Com tanta oferta, acabamos por ir sempre aos mesmos locais ou, então, temos muita dificuldade em reservar uma mesa ou não ter que esperar horas por uma.

 

Já desafiei o meu marido para ir comigo, porque acho que vai gostar também. Adoro a inspiração asiática e o facto de poder comer com qualidade e ate de forma saudável… sim, é um critério que tenho válido como qualquer outro, verdade? Lá se foi o tempo em que almoçar ou jantar fora era sinónimo de excepção à regra. 😊

 

Eu sinto que já vai sendo preciso escrever sobre estes sítios que vou descobrindo e de que gosto, para não ficar a indecisão de cada vez que pensamos em ir almoçar ou jantar fora. E, por falar nisso, como é que vocês fazem? Recorrem ao google para descobrir os restaurantes ou estão atentos às redes sociais?!

 

restaurante okah, lacs

 

 

Fica a sugestão! Bom fim-de-semana.

 

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A preocupação com o stress, que se vive na cidade, reflectido na cosmética

20.09.18 | Vera Dias Pinheiro

skin regimen, cosmética natural

 

 

Se tivesse oportunidade de recomeçar a minha vida académica e profissional, não tenho dúvidas de que ou o desporto ou a cosmética, um dos dois estaria no meu caminho. Pois, à parte da escrita, por motivos diferentes, são as duas áreas que me interessam muito. E quem sabe? Nunca é tarde para aprender e estudar, certo?

 

Mas isto para vos dizer que no mundo da cosmética, aquilo que me fascina em particular são as gamas inovadoras e de “alta performance”, digamos assim, no que diz respeito a todos os factores que agridem a nossa pela e não apenas o envelhecimento com a idade. O stress e a luz azul, nomeadamente, estão a ganhar cada vez mais terreno como altamente prejudiciais à nossa pele.

 

Aliás, já deixamos de ouvir falar em faixas etárias neste universo, porque o foco são os estados da pele em cada momento da nossa vida. Portanto, todas as mulheres, independentes da idade, têm necessidades diferentes consoante o estilo de vida, a fase da vida e até a sua alimentação.

 

Por isso, fico muito feliz (e curiosa) sempre que tenho a oportunidade de conhecer uma nova marca ou uma nova linha de produtos de cuidados de rosto que vem de alguma forma revolucionar o que já existe. Mais do que evitar o envelhecimento da pele, aquilo que procuro é retardar o envelhecimento natural da minha pele, mas ainda mais importante do que isso, é ter uma pele limpa, bonita e com luz própria. Algo que, na verdade, por mais cremes que se procurem ou se comprem, só se consegue com uma pele limpa de verdade!

 

Este é sem dúvida, o passo mais importante dos vossos cuidados diários e que deve ser feito também de manhã e não apenas ao final do dia – isso e certificarem-se que se desmaquilham muito bem!!! E eu percebi tudo isto com a maternidade, com a alteração da pigmentação da minha pele, com a desidratação, com o melasma e uma pele limpa de forma deficiente. Já vos disso, e repito, que eu não abdico da minha limpeza de pele pelo menos a seguir às ferias de verão. Depois, recentemente comecei a fazer um outro tratamento, com resultados incríveis, o microdermoabrasão. Basicamente é uma limpeza mais profunda e cujo resultado são imediatamente visíveis: grão da pele mais fino, liso e diminuição dos poros dilatados – algo que começa a ver bastante visível em mim. Já fiz duas vezes e volto a repetir quando este calor abrasador passar.

 

E a verdade é que cada vez menos me apetece sobrecarregar a pele com bases e outras coisas. Na verdade, sinto-me muito bem com a minha pele, tão bem que a aceito no seu estado natural. E isto é muito bom, não é uma pele perfeita, mas consegui um nível de limpeza tão grande e, sinceramente, não me apetece nada compromete-lo.

 

Contudo, eu era uma pessoa, cujo o mindset ainda não estava muito virado para a cosmética natural. Sem os devidos conhecimentos, desvalorizava as suas competências e, minha cabeça, só existem cremes de hidratação e seria impensável encontrar, por exemplo, o ácido hialurónico num produto desta natureza.

 

Aos poucos tenho vindo a desmistificar tudo isto, é verdade. Mas a marca Skin Regimen veio trazer um apport de informação completamente diferente, tendo transformado por completo a minha opinião.

A Skin Regimen, pertence ao meu grupo – Davines, e foca-se no ser humano de hoje, aquele que vive diariamente numa cidade e sujeito a altos níveis de stress e com pouco tempo para cuidar de si e até alimentar-se de forma apropriada. E, digo-vos, eu tão convencida que coloquei em suspenso tudo o que estava a usar para testá-la.

 

Como disse, esta marca foi pensada nas pessoas urbanas – pois os estudos indicam que a tendência é para uma concentração cada vez mais do número de pessoas nas cidades. Ou seja, combater o envelhecimento rápido da pele devido ao ritmo de vida frenético, tendo por base a missão sustentável – ou seja, causar o mínimo impacto possível no meio ambiente - que o grupo tem desde o seu início. E que é de facto algo que os orgulha muito e que faz parte da identidade de todas as marcas (Davines para cabelo, Confort Zone para o corpo e também rosto e, agora, Skin Regimen para o rosto e com estas características que vos falei).

 

Os produtos que compõem esta gama são todos unissexo, orientados para pessoas e para as necessidades das pessoas que vivem nos centros urbanos. As texturas são óptimas, os aromas também e o melhor de tudo é que bastam pequenas quantidades em cada utilização.

 

skin regimen, cosmética natural 

  1. / Skin Regimen / Cleansing cream
  2. / Skin Regimen / Microalgae essence (serum)
  3. / Skin Regimen / 1.5 retinol booster (concentrado para rugas)
  4. / Skin Regimen / Tripeptide cream (creme hidratante de dia "age-defense")

De referir que, as embalagens são 100% sustentáveis (materiais 100% recicláveis e embalagens neutras em Co2).

 

Portanto, esta era a mensagem que queria partilhar com vocês, que encaremos os cuidados com a nossa beleza como sendo cuidados de saúde. Que seja entendido que a pele é o nosso maior órgão e aquele que mais está exposto às agressões e que, no mercado, há uma oferta cada vez maior e cada vez mais natural, porque sabemos os riscos que o mundo em que vivemos corre actualmente. É tudo uma questão de escolha, e se tiverem que optar, optem sempre por dar prioridade à limpeza da pele do vosso rosto.

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Temos a primeira “baixa” do primeiro ano na creche!

19.09.18 | Vera Dias Pinheiro

virose

 

 

No espaço de três anos já me tinha esquecido de como é este primeiro ano, não importa a idade das crianças. Com o Vicente, inocentemente, achei que, por já ter dois anos, iria ser pacífico. Mas não foi. Foi um ano para esquecer em termos de vírus e viroses e todas essas coisas (felizmente) pequeninas, mas faziam com que ele ficasse semanas inteiras em casa. Chegamos inclusivamente a estar internados, o diagnóstico apenas apontou para a presença de uma bactéria. Foi um grande susto, mas passou e a lição ficou aprendida.

 

Com a Laura, a expectativa é outra. Afinal, tinha conseguido amamentar em exclusivo até aos seis meses e, depois, prolonguei até aos doze meses. Fiz o melhor que consegui para lhe garantir, para além do melhor alimento que podia receber, tivesse também um sistema imunitário mais reforçado e preparado para enfrentar os vírus, as viroses e as bactérias de uma creche. E a verdade é que, no tempo que esteve em casa, e com o irmão a ir e vir da escola, a miúda lá se aguentou sem nada a apontar. Teve a varicela, contudo, se querem que vos diga, ainda bem!!!, estão os dois despachados!

 

Todavia, ainda nem um mês completou de creche e já está em casa com uma virose, que começou ainda no fim-de-semana, melhorou, mas não resistiu ao regresso à escola na segunda-feira. Está em casa e diga-se que está como quer! Matou saudades dos tempos de antes, com as idas ao parque, os passeios pelo bairro, os mimos e até recusar-se a dormir a sesta.

 

Ainda pensei que fosse uma espécie de reacção psicossomática à escola, porém vários meninos da sua sala apresentam os mesmos sintomas. Portanto, oficializamos a primeira baixa deste primeiro ano.

 

Tendo um trabalho digamos “normal” é muito complicado conjugar tudo isto, ainda que o continue a ser trabalhando em casa, mas em casa eu não preciso de pôr baixa e com maior ou menor dificuldade, faço as coisas. Da mesma forma que não preciso de a mandar para a escola e posso protege-la e deixar que se recupere totalmente em casa.

 

E de cada vez que falo com outras mães, percebo o luxo que isto é. As regalias que ter tempo significam nos dias que correm e especialmente para quem tem filhos. Eu sei que isto faz toda a diferença na vida deles e não devia ser uma excepção. O mesmo acontece com as mães que amamentam e que, no regresso ao trabalho, grande parte deixa de conseguir devido ao stress que tudo implica. E o mesmo com as grávidas, porque gravidez não é doença, não é? Não é doença, não, mas é um estado diferente e especial e, consoante a mulher, pode ser mais ou menos pacífico de se levar aqueles nove meses.

 

A desculpa dos filhos não existe. É uma realidade, são crianças que dependem de nós e supostamente trabalhamos para ter alguma qualidade de vida e também para que nada lhes falte. Mas de que isso adiante se, depois, lhe faltamos com o mais importante? Da mesma forma, que mentir numa entrevista e dizer que não pensa ter mais filhos, só porque pode ser mal visto e penalizador para a mulher, não pode ser uma prática corrente no mundo do trabalho. A incompreensão, para quem quer estar presente e dar apoio também não, pois não é isso que nos faz ter menos mérito naquilo que fazemos.

 

Aliás, o mérito e a qualidade vão muito mais além do número de horas que passamos no nosso local de trabalho. Não é isso que determina a minha produtividade. E tenho pena que, em Portugal, o mundo do trabalho não seja mais flexível e que não existam mais formas alternativas de trabalharmos, porque a maternidade não nos retira a vontade para trabalhar, só precisamos, em determinados momentos, de fazer reajustes e de ter uma maior flexibilidade. E não precisam de se confundir as coisas.

 

Um pouco mais de respeito pelo ser humano que somos e muito menos de julgamentos e preconceitos, por favor! E uma vénia a todas as mães que fazem uma ginástica física e mental para estar a 100% em todo o lado sem nunca se queixar ou dizer que não consegue.

 

Boa noite!

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