Entre o fim das férias e o regresso à escola, tiveram o melhor presente de todos!
Chego ao fim destas férias grandes com a certeza de que dei o melhor presente ao Vicente e à Laura. Tenho quase a certeza que eles nem deram por isso, mas eu sei que o melhor das férias não foi a piscina, ou a praia ou os passeios a seguir ao jantar fora da rotina. O melhor das férias foi o tempo que eles tiveram a oportunidade de passar juntos desde quando acordavam até que se deitavam.
Não sei se existe uma diferença certa/ideal de idades entre irmãos. O momento ideal para um próximo filho depende de tantas coisas e nem sempre apenas da nossa vontade. E, talvez, outros pais achem o mesmo que eu, ou seja, que a diferença dos seus filhos foi a certa! É que para mim, os três anos que separam o Vicente e a Laura acabaram por ser perfeitos para eles e para nós.
Com uma diferença de cinco anos da minha irmã, com quem senti ser sempre muito complicada a cumplicidade e a aproximação, só mais tarde, na idade adulta, é que encontramos a sintonia e as coisas se simplificaram. Mas com esta minha experiência, a minha vontade, se dependesse apenas de mim, era que os meus filhos tivessem uma diferença ali pelos dois anos.
Na prática, acabamos por ter de esperar mais um ano pela chegada da mana mais nova, contudo, desde início senti que facilitava bastante o nosso dia-a-dia e a gestão dos dois, o Vicente estar numa fase já mais amadurecida, em que a comunicação era mais fácil e explícita e em que ele próprio era já bastante desenrascado – estava precisamente na fase de querer autonomia e de se sentir capaz de sozinho fazer muitas coisas. Isso ajudou, porque pedir-lhe que fosse buscar o seu próprio iogurte, porque eu estava a dar de mamar, não era motivo de ciúme mas sim sinal de confiança da minha parte.
Para além disso, rapidamente a Laura deu um pulo de crescimento e agora, ela com dois e ele com cinco anos, são capazes de passar muito tempo a brincar um com o outro. Conversam e entendem-se muito bem – aliás, é o irmão que consegue decifrar e que traduz tudo o que a irmã diz e que alguém não entende à primeira.
Todavia, o caminho até aqui não foi sempre harmonioso e em paz. Aliás, à medida que ela ia crescendo e intervindo mais em casa e connosco, foi-se notando no Vicente os tais ciúmes que em bebé tinham passado despercebidos. O Vicente gostava da irmã, mas estar com ela só ao fim do dia e aos fins-de-semana não era suficiente para que ele soubesse o que fazer com a irmã, para que percebesse efectivamente que ela ainda é pequenina e que não tem a noção nem entende tantas coisas como ele. Consequentemente, eram cada vez mais os gritos, as implicâncias, os choros e as birras. E, claro, sobrava aqui para a “je” a necessidade de intervir, de tentar ter bom senso, sem desculpar demasiado um ou outro, de pensar duas vezes antes de chamar o Vicente, pois por ser mais velho a tendência é chamá-lo primeiro a ele… enfim… estava a ser desafiante, mas também um pouco frustrante.
Entretanto, com o aproximar dos meses de verão e de férias, o Vicente acabou por ficar em casa logo desde o início de julho e eu não me importei. Ficou, mas as primeiras semanas foram longas e penosas (para mim). Foi difícil o compromisso entre ambos, a cumplicidade necessária para saber aceitar o outro e respeitá-lo, para se conhecerem e até saberem como se relacionar 24 horas por dia. Foi duro, mas compensador por cada minuto a mais que estavam juntos, que conversavam, que se mimavam e que se uniam para fazer traquinices. Foi duro, mas foi necessário para se aceitarem no mesmo espaço, para perceberem que podem brincar juntos, que ninguém faz nada por mal. Foi tão compensador ao ponto de ter visto nascer no Vicente um sentimento protector e de preocupação com a irmã. Foi tão compensador para vê-los como os vejo hoje, aqui em casa, e em que passam a maior parte do tempo bem.
Dir-me-ão que são fases, eu sei e acredito que haverão sempre fases, umas melhores outras nem por isso. Mas eu sinto que ambos precisavam deste tempo só para eles, para que, entre a individualidade de cada um, se abrisse um espaço de união e de cumplicidade.
E este meu filho crescido que vai agora para o último ano da pré-escola e que me apetece sugá-lo cada segundo deste último ano – mas que, por ele, ia já para a primaria – cresceu demasiado sem que eu me apercebesse. Cresceu ao ponto de ser um irmão mais velho com consciência disso e com comportamentos como tal. Também cresceu e tornou-se mais caprichoso com a forma como se veste e até se penteia. Tanto assim é que já começou a ter dois guarda-roupas, um para a escola e outro de fim-de-semana. Não só porque eu acho que já compensa o investimento em roupa de qualidade e um pouco mais cara, como também é verdade que, actualmente, o Vicente estraga imensa roupa na escola – no último ano perdi a conta às calças que apareceram rasgadas a seguir a um dia de escola.
Atenção, que isto é um óptimo sinal! É mesmo isso que se quer: calças rasgadas e joelhos arranhados.
E se há marca que eu gosto bastante e que acho que assenta perfeitamente no estilo do Vicente é a Timberland, já aqui vos falei da marca outras vezes - uma delas foi precisamente sobre essenciais de outono para rapaz - e agora foi altura de aproveitar o regresso às aulas para trazer para o guarda-roupa de fim-de-semana umas peças novas para a nova estação.
Sim, eu sou do tempo em que o regresso às aulas era igualmente sinónimo de entrada numa nova estação e em que já não se fazia sentir o calor abrasador que se sente por estes dias.
E o que não pode faltar num guarda-roupa de um rapaz, seja qual for o dia da semana, na próxima estação, são as T-shirts long sleeve e as sweatshirts, na minha opinião!
Deixem nos comentários as vossas marcas preferidas para rapaz. Pode ser?