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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

Encontrar o equilibrio quando menos esperas!

07.05.18 | Vera Dias Pinheiro

Podia prender já a vossa atenção dizendo-vos quantos quilos e quantos centímetros de perímetro abdominal perdi nas últimas quatro semanas. Ou até revelar que tenho uma dieta milagrosa. Mas a verdade é que isso não é mesmo o mais importante, acreditem. O importante é perceber o que aconteceu até aí, quais as mudanças que acontecerem, especialmente na minha cabeça.

Todas nós, acredito, andamos à procura do nosso ideal, todas nós temos outras mulheres com as quais nos comparamos e mesmo quando até dizemos que a parte física não nos interessa nada... isso não é bem assim. Todas nós queremos encontrar uma dieta que efectivamente resulte connosco e, acima de tudo, que não nos custe a seguir. Nas últimas quatro semanas é certo que tive um incentivo muito grande e esta é a parte boa do "mau" que me aconteceu.


Partilhei com vocês que, no início deste ano, era meu objectivo cuidar de mim. Tinha decidido marcar todas as rotinas médicas, tinha pedido exames e análises. Queria estar descansada que estava bem, querida certificar-me que não era preciso preocupar-me com nada e tinha também reservado um último recurso: um nutricionista diferente de todos aqueles a quem tinha ido. Andava a passar uma fase muito complicada, constantemente inchada e com dores abdominais. O meu grande problema desde sempre, o mistério mais bem guardado, para o qual parecia não haver resposta. Porém, psicologicamente tinha começado a ser difícil lidar com ele e já não havia dieta que me valesse.


Portanto, no meio de toda esta “situação” menos boa, coisas boas – colaterais - têm acontecido. Lá está, "há males que vêm por bem" ou “encontra o teu equilíbrio nas coisas que te acontecem, mesmo nas menos boas” ou “procura sempre um lado bom em tudo, porque ele existe”. De repente e em poucas semanas fui forçada a parar e, sem me aperceber, entrei numa fase diferente, de maior calma e serenidade psíquica e emocional – o que eu começo a achar ser a chave de muitos problemas. E talvez tenha tido uma importante ajuda nesta nova fase que foi a de não conseguir literalmente abrir a boca e talvez tenha passado o pior de uma dieta ou de uma mudança alimentar impossibilitada de comer, o que ajudou.


Com efeito, houve duas coisas importantes a acontecer na minha vida, uma maior estabilidade emocional e este incentivo forçado a literalmente ter a boca fechada. Mas aquilo que eu acredito mesmo é que a fome e/ou o descontrolo na forma como nos alimentamos são fortemente condicionados pela forma como nos sentimos interiormente. Ia ao ginásio quatro vezes por semana, mas a alimentação estava desajustada ao meu estilo de vida. E, para além disso, não faço uma dieta da moda ou que seja igual para todas as pessoas. Com as minhas análises conseguimos ir ao fundo do problema, percebendo quais os alimentos que são maus para mim e quais aqueles que, pelo contrário, são mais benéficos.


Contudo, sei que este ponto de equilíbrio que encontrei e que me fez encontrar uma paz com o meu corpo, fazendo sentir bem nele, sem nada que me incomode – lá dentro, se é que me faço entender - está fortemente dependente do meu estado emocional. Sei que quanto mais em paz estiver menos compensações exteriores irei precisar e menos difusa me irei sentir.


Gostar de nós é precisamente descobrir como tirar partido das coisas que nos fazem bem e não procurar a compensação em coisas que nos fazem mal, embora, no momento, nos tragam um ilusório prazer. Ora, gostar de nós é ter prazer e sentirmo-nos bem em dar ao nosso corpo os alimentos que precisamos e que nos vão nutrir de dentro para fora. E isto que parece tão básico, é, ao mesmo tempo, tão difícil de alcançar. Nestes últimos tempos não tenho treinado, regressei a semana passada - fui duas vezes ao ginásio e esta semana vou continuar e para a semana espero estar de volta ao meu ritmo normal - mas melhorei significativamente fisicamente. Curioso ou não será assim tanto?!


Não vale a pena dizer-vos o que como ou o que não como, porque efectivamente aquilo que cada uma de nós precisa é descobrir-se, porque os alimentos são a nossa fonte de energia, mas também podem ser o nosso veneno. Tudo depende do equilíbrio e da forma como nos alimentamos. Chegar até aqui não foi fácil, é talvez o culminar de anos de procura de ajuda. Porém, o que conta é que encontrei a ajuda que precisava e que me dei ao trabalho de pegar em mim e fazer todos os exames que me eram pedidos, negando-me a mais uma "prescrição chapa cinco" ou a seguir livros ou modas.


Como de tudo o que gosto, não passo fome, mas também não tenho dificuldades em me habituar a coisas novas, como por exemplo, comer atum ao lanche com cenouras cruas, se for o caso. O mais difícil é encontrar o bem-estar psíquico que nos permite estar em paz, na paz que precisamos para não descompensarmos. E para isso tem sido igualmente fundamental ter mudado alguns dos meus hábitos de vida. Nomeadamente, ter deixado de me obrigar a não adormecer com os miúdos, se adormecer à mesma hora que eles melhor para mim, estabeleci o meu horário de trabalho e voltei a sentar-me no sofá, mantemos um hábito nosso que é muito bom para tudo isto que estou aqui a falar, o de jantarmos às 19h30 e já ninguém me tira a minha marmita. E se querem saber, passamos a poupar no supermercado e estamos a comer todos muito melhor. Tenho sempre comida pré-feita, como legumes, saladas, etc… o que facilita a gestão do dia-a-dia e deixou de sobrar comida que fosse para o lixo.


É bom aceitar as fases da nossa vida e aprender com todas elas. Para chegar até aqui foram precisas as horas que não durmo, foi preciso o stress que passei e tantos outros altos e baixos. Aceitar as fases, passar por elas e sentir que demos a volta é, portanto, o objectivo máximo de todos nós, penso eu. Por isso, não desistam de vocês, é possível dar a volta. Nem sempre é no momento que esperamos até porque, não se esqueçam, “a vida acontece quando andamos ocupados a fazer outros planos”.


Em breve, irei partilhar algumas dicas com vocês a propósito desta questão da alimentação. Mas atenção, será tudo muito geral, muito não fundamentalista e tudo muito acessível a todos. No fundo, serão pequenas coisas que vão fazer a diferença no vosso dia-a-dia. As especificidades, essas ficam à vossa responsabilidade de as descobrirem. Combinado? :)


Boa noite.


  

Fotografia de capa: Pau Storch Photography


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Obrigada Sol. Agora que venhas para ficar!

07.05.18 | Vera Dias Pinheiro

É verdade que, quem me conhece, sabe que eu até sou rapariga para me dar bem com o tempo mais frio e que até não me queixo do (mau) tempo. Viajamos por norma sempre em pleno inverno e isso não é impedimento de nos divertirmos e de aproveitarmos ao máximo a experiência. Vivemos em Bruxelas e, bom, coitada de mim, se a chuva e o tempo cinzento me aborrecessem e se o meu (bom) humor estivesse apenas dependente do sol.


Contudo, uma coisa é certa, cresci com quatro estações do ano, sou do tempo em que se faziam as mudanças gerais de guarda-roupa e em que se sabia quando é que chovia, quando é que fazia frio e quando é que fazia calor. Portanto, chegar a maio e ter frio, em Lisboa, é no mínimo estranho, para não dizer antes que é preocupante. Assim, chegados a esta altura do ano, já apetece arejar a roupa que vestimos e já não sei como explicar ao Vicente o porquê de ainda não poder vestir calções.


Com efeito, acreditam se vos disser que ontem foi a histeria total quando vestiram roupa fresca pela primeira vez? E que eu saí de casa ainda com meias, mas que as tive que tirar logo de seguida?

Bem-vindo sejas sol e calor. Preciso de sol como de água para viver. E não, não estou a brincar. Ando a tomar Vigantol, tal como os bebés, e o meu médico quer que apanhe vinte minutos de sol por dia. Deste lado, a coisa está séria e a minha responsabilidade pela minha saúde assumiu proporções nunca antes vistas. Não quero estar doente, não quero estar frágil por todos os motivos e mais alguns. Pelos meus filhos, pela minha vida, por mim e por toda a energia que preciso para fazer tudo aquilo que quero e desejo.


No outro dia, ouvi alguém dizer que a vida mudava sempre a cada sete anos e que os trinta e cinco anos eram de mudança. Tenho o nervoso miudinho de excitação dentro de mim, porque a verdade é que gosto da mudança, da renovação, de novos ciclos, das novas oportunidades e dos novos desafios. Sou assim, um "bicho" que não gosta de se sentir acomodado a nada. E sim, admito que para quem vive comigo, pode tornar-se cansativo, mas por agora vamos brindar ao sol e ao calor. Por favor, (sol) que tenhas vindo para ficar. Por favor, que tenhas vindo por tempo suficiente para me ajudares a equilibrar as minhas necessidades de vitamina D e para nos levares para a rua, para a praia, para os parques e para os piqueniques.


Vá lá. Agora precisamos de ti até setembro, pelo menos, fiel e cheio de força. Quero os meus meninos de braços e de pernas ao léu, quero vê-los a correr pela rua e correr com eles. Queremos ir de férias e ter muitos passeios. Queremos que leves embora esta nuvem negra e que nos faças esquecer esta fase menos boa, renovando as nossas energias. Combinado?


Boa semana para todos!


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Ainda se lembra do cheirinho da mãe?

04.05.18 | Vera Dias Pinheiro

O cheirinho da mãe é inconfundível. O toque da mãe, inesquecível. O jeito da mãe ninguém mais o tem. A paciência da mãe é única e a sua capacidade de ver sempre o melhor nos filhos, também. Ninguém prepara a mãe para desempenhar este papel e também não se aprende nos livros. Por isso, há mães cujo instinto é imediato e mães que precisam de mais tempo para se conectarem com o seu filho. Mas todas elas são igualmente mães, com o mesmo valor e na mesma medida. Porque mãe é mãe.


E será que lhe damos o devido valor? Ou será que só lhe damos o devido valor quando nos tornamos mães?

As noites que a mãe perde. A capacidade de amar o outro e que não existe em mais relação nenhuma. A capacidade de dar sem pedir nada em troca. A forma como comunica com o seu filho sem serem precisas palavras. A mãe descobre talentos que até então nunca sonharia ter, descobre ter uma capacidade de resistência que só os super-heróis que vêm nos livros têm. A mãe entra numa ebulição de sentimentos, numa montanha russa de hormonas, debate-se com dilemas consigo mesma e com o seu próprio corpo, mas aquilo que diferencia a mãe de um outro ser humano é a sua forma única e especial de permitir que o amor por um filho a transforme num ser humano melhor, num ser humano diferente.


A mãe compreende que a sua perfeição vem precisamente das suas imperfeições. Que não tem que ter fórmulas absolutas nem a resposta sempre para tudo. A mãe aprende que na maternidade não existem dois filhos iguais e deixa que seja o seu próprio filho a dar-lhe muitas das respostas que procura no seu dia-a-dia. É possível que a mãe grite, que também perca a paciência, que erre… Porém, é-lhe igualmente esperado que seja honesta consigo e não se penalize sempre que tal acontecer. Porque ela será sempre a melhor mãe que os seus filhos poderão ter.


A mãe precisa de entender ainda que será tanto melhor mãe quanto mais ela gostar de si mesma e quanto melhor se sentir com ela própria, física e psicologicamente. E que isso não é sinónimo de egoísmo. A mãe ensina que os seus filhos devem ser determinados, se ela o for, que os seus filhos devem ser verdadeiros se ela o for, que os seus filhos devem ser conquistadores, se ela lutar pelos seus próprios sonhos.


A mãe quer-se bonita, por dentro e por fora. E por bonita entendam-se múltiplos estados e múltiplas formas de o ser. A mãe será tanto mais bonita quanto maior for a sua capacidade de encontrar a sua própria luz. E a sua resiliência para a manter a brilhar o mais possível.


Mãe, promete-me que não te vais esquecer que... “mulher nutridas, famílias felizes". Prometes?

A mãe é dotada de uma capacidade única: a de conseguir ser eficiente com o seu tempo. Sim! A mãe consegue encontrar cinco minutos para não se esquecer de colocar um batom antes de sair de casa, para fazer uma máscara no cabelo, para fazer exercício ou para não se esquecer de colocar um perfume que a defina e a torna ainda mais única.


Quem se lembra do cheirinho da mãe?
 
  • Três sugestões de perfumes para oferecer no Dia da Mãe

Carven, Dans ma Bulle


Perfume dans ma Bulle, Carven, Perfumeria Douglas

Encontram à venda em exclusivo nas perfumarias Douglas. E é o perfume ideal para as mulheres que encontram a sua bulle (bolha), que conquistam o seu espaço e vivem no seu mundo sem se importarem com o resto. É um perfume carregado de sensualidade e intenso que vai marcar decididamente momentos importantes da sua vida.


Pedro del Hierro, Peónia


perfume Peónia, Pedro del Hierro

A primeira coisa que vos irá saltar à vista neste perfume, é o seu toque floral e que, a mim particularmente, me agrada muito. Vão perceber com facilidade porque se chama Peónia, pois é o toque desta flor, juntamente com o da rosa, que lhe confere a sua elegância e subtileza. Foi surpreendente descobrir esta fragância de uma marca que conhecemos pela sua roupa. É um perfume muito agradável para esta altura do ano e que fica bem na pele.


O Boticário, Floratta Blue


perfume Floratta Blue, O Boticário

Eu sou suspeita para falar dos perfumes d' O Boticário. Foram os meus primeiros perfumes e foram os cheiros que marcaram a minha infância e adolescência. O Floratta Blue é um perfume bastante floral, mas muito diferente do anterior. É um perfume que não é indiferente, que é feminino e forte, ao mesmo tempo. Deixa a sua marca na medida certa.


 

E por aí, qual é o cheirinho da mãe? :)


sugestões de perfumes para oferecer no dia da mãe

O Dia da Mãe celebra-se já no próximo domingo. Digam-lhe o quanto gostam dela e o quão importante ela é nas vossas vidas.


  

Fotografia de capa | Pau Storch Photography


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Descubra o que vai acontecer este fim-de-semana

04.05.18 | Vera Dias Pinheiro

Eu sei, há já algum tempo que não se faziam conteúdos com sugestões para o fim-de-semana por aqui. E não é por falta do que fazer, muito pelo contrário. Contudo, penso que eu própria tenho andado sem motivação para grandes programas e tenho deixado que essa energia passe também para aqui. É o grande "problema" da escrita, está intimamente ligada com as nossas emoções e com os nossos sentidos... Mas adiante, o tempo também anda indecisivo e assim não está a colaborar. Quero mudar as roupas dos guarda-roupas, quero deixar de sentir frio, quero andar mais à vontade e especialmente quero levar os miúdos para a rua...


E, não serei apenas eu, calculo... Por aí, acredito que partilhem dos mesmos sentimentos. Afinal, estamos em que mês do ano, mesmo?!

Portanto, vamos ver se arrebitamos todos. Para tal, o meu contributo são algumas sugestões para este fim-de-semana, com as quais espero conseguir entusiasmar-vos desse lado!


Para os miúdos:


Teatro: Isto é o Fim? É isto o Amor


  • Quando: 6 maio (domingo), às 11h
  • Onde: Salão Nobre, Teatro D. Maria II
  • Duração: 20 minutos
  • Idades: Entre os 3 e os 6 anos
  • Preço: 2 euros/unidade

Festival: Flea Market Alcântara - O Festival de Banda Desenhada


  • Quando: 5 de maio, sábado, a partir das 10h
  • Onde: loja Gateaway City Coms, Alcântara
  • Entrada Livre
  • E, de seguida, podem passar pelo Lx Factory para lanchar ou, então, no Village Underground.

Passeio: Ir até Belém e visitar a primeira loja oficial do Tintin


  • Onde: n.º 446 na Rua da Junqueira
  • E, de seguida, podem ir comer um gelado ao Santini, junto ao Museu dos Coches.

Para os graúdos:


Spring Open Closet


  • Quando: 5 de maio (sábado), das 11h às 16h
  • Onde: Dogs, Alcântara (Lx Factory)
  • Entrada livre.
  • É um mercado de verão de roupa em segunda mão. Seis bloggers (Mafalda Antunes, Constança Firmino, Débora Rosa, Dri, Marta Leitão e Carmo) juntaram as peças que de melhor haviam nos seus guarda-roupas e às quais já não davam uso. É aproveitar! Mas vão prevenidas, pois não vai haver multibanco no local.

Mini-Mi no Grilo - 2ª Edição


  • Quando: 5 de maio (sábado), das 10h às 19h
  • Onde: Rua do Grilo 110, Beato
  • Uma pop-up store ampliada que ganhou a vida de mercado. Uma ideia tornada real pela mão da Andréa Schaefer, autora do blog Mini-Mi e o tema desta edição são os trópicos. Venham inspirar-se com os artigos e as colecções que as várias marcas portuguesas ali presentes vão apresentar. E podem levar as crianças, pois o projecto Nheko vai lá estar e tem sempre uma actividades magníficas para os mais pequenos.
programas para o fim-de-semana

Boa sexta-feira!!!


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O (esperado) regresso à normalidade!

03.05.18 | Vera Dias Pinheiro

E praticamente quatro semanas após a extracção de um dente do siso, que revolucionou a minha vida – e que me deixou, de facto, a pensar na vidinha - faço-vos um ponto de situação. Em primeiro lugar, já não estou assustada. Serenei e habituei-me, especialmente, a sentir-me o mais normal possível, ignorando as parestesias. Mas, entretanto, obviamente que fiz tudo aquilo que achei estar ao meu alcance e agora é ter paciência e dar tempo ao tempo. Não há volta a dar, é o tempo que vai ditar quando recuperarei por completo - porque eu não coloco outra hipótese.


Consultei outros especialistas para uma segunda e terceira opiniões, repeti a ortopantografia vezes sem conta para se certificarem de que o nervo está realmente intacto, não passando de algo apenas temporário e consultei um fisioterapeuta maxila-facial. E esta é, talvez, a parte mais objectiva desta situação e aquela na qual eu consigo sentir melhoras efectivas.


Por um lado, já tenho abertura de boca, o que quer dizer que já consigo comer com menos dificuldade. Fiquei com a certeza que tenho tudo no lugar e que agora cabe-me a mim fazer o trabalho de casa, ou seja, os exercícios que o fisioterapeuta recomendou. E, por fim, deixei de ter dores constantes.


Por outro lado, quanto às parestesias, não consigo dizer se estou melhor ou não. A verdade é que se houve algo unânime entre todos os especialistas, é que esta recuperação é lenta e pode levar, numa boa perspectiva, três meses, mas também pode levar seis, doze… vinte e quatro meses. Acaba por ser algo que me incomoda apenas a mim, pois como não é algo visível, as pessoas esquecem ou acabam por assumir que estou bem. E estou, a verdade é essa. Mas sempre que tenho que falar com alguém me sinto incomodada, esforço-me por me lembrar que ninguém vai reparar, mas eu noto e, às vezes, a nossa mente colocamos entraves e obstáculos. Já senti muitos complexos, embora tente concentrar-me e seguir em frente. Já me habituei e isso, no fundo, ajuda-me a estar mais natural e mais despreocupada. Entretanto, continuo com as minhas injecções e os meus suplementos.


E foi esta barreira que tive que vencer para conseguir voltar à minha vida normal e retomar as minhas rotinas. Mas se temos coisas que nos marcam e que têm o significado de um momento de reflexão na nossa vida, este foi um deles. A vida é muito mais do que, na maioria das vezes, supomos ou esperamos que ela seja. 


Às vezes, precisamos dar um passo atrás e ter serenidade para olhar em perspectiva e perceber o que é que determinado acontecimento, nas nossas vidas, nos está a ensinar. E isso, envolve muita capacidade de aceitação do que está a nossa volta, deixando de lado a revolta e todos os outros sentimentos negativos. Durante estas quase quatro semanas, não fui ao ginásio, não estive em eventos e não sai muito - bom, também é verdade que 90% deste tempo foi passado com as varicelas dos miúdos. Em contrapartida, trabalhei muito, foquei-me e redefini prioridades. E não nos podemos esquecer de uma grande verdade: a vida acontece quando estamos ocupados a fazer outros planos. E assim foi... a vida aconteceu e mudou quando eu estava menos ansiosa, quando eu até tinha deixado de pensar em certas coisas ou até quando eu deixei de esperar ou desejar determinadas coisas.


A vida é justa e muito sábia. A vida permite-nos ter acesso a todas as ferramentas que precisamos para sermos felizes, para nos sentirmos realizados... a vida é aquilo que quisermos fazer dela. Mas atenção, cabe a cada um de nós ter a capacidade para perceber isso e aceitar quando deve aceitar, lutar quando deve lutar, mudar quando se depara com as oportunidades. A vida flui no sentido certo, se assim o permitirmos, com menos ansiedade, é nisto que eu acredito. É isto que a vida me tem ensinado. Olhando em retropectvia, a minha vida mudou (para melhor) quando eu aceitei o que tinha à minha frente, quando deixei de "remar contra a maré" e aceitei o que é meu (com tudo o que isso tem de bom... e de mau).


Não vou dar tempo de antena às más energias, às pessoas tóxicas, a tudo aquilo que vem para me derrubar ou fazer-me desviar do meu caminho. Encontrei o meu lugar na minha vida e na vida dos que me rodeiam, aceitei as minhas imperfeiçoes, e assumo-me como uma pessoa que, consciente disso, se tornou melhor. Não tenho a pretensão de agradar a quem não gosta de mim ou de justificar o que quer que pensem das minhas escolhas. A vida obriga-me a parar – a mim e a vocês - a dar um passo atrás e a reflectir quando eu mais preciso, e eu já aprendi a aceitar - porque isso é bom para mim e para o que virá a seguir.


Portanto, fazendo um ponto da situação, tranquilizo-vos dizendo que sim, em termos gerais, estou melhor de saúde e que, colateralmente, coisas boas aconteceram. Mas para as receber, quem sabe, tive que passar por tudo isto, tive que me habituar a viver com as parestesias e a reaprender uma série de coisas básicas. Está tudo certo... tudo acontece por um motivo, regra geral, um bom motivo. Verdade? 


Obrigada por todas as mensagens. Há pessoas que têm sido verdadeiramente incansáveis, muitas delas nem me conhecem pessoalmente… conheci igualmente pessoas com casos semelhantes ao meu e criou-se até uma boa partilha com algumas delas. Obrigada!


A vida é muito mais do que aquilo que, na maioria das vezes, esperamos dela!
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Guacamole (Mafa)Fabulous | Receita

02.05.18 | Vera Dias Pinheiro

 

Na segunda-feira estive em directo, na página de Facebook, com a Mafalda Freitas, a cara e o coração do projecto Mafabulous Cook. É o que dá ter a sorte de ter amigas com muito talento, criatividade e vontade de alinhar comigo nestas coisas. E ainda bem para mim, mas também para vocês que podem descobrir receitas que práticas e saborosos para o vosso dia-a-dia. Um exemplo, é o já famoso Guacamole da Mafalda, que é simplesmente delicioso. É tão bom que se come até sem vontade e, imaginem vocês, comemos até sem gostar de abacate.

 

Sobre o abacate, o que há a dizer? É uma fonte de gorduras boas e as gorduras são nossas amigas e da nossa (boa) alimentação. No entanto, a verdade é que não é dos alimentos mais consensuais. O seu sabor particular leva a que algumas pessoas – tipo EU - não gostem dele ou, pelo menos, que não gostem do seu sabor ao natural. Desta forma, o Guacamole é uma excelente forma de "cozinhar" o abacate, tornando-o mais apetecível. A receita em si é também muito simples e rápida de se fazer e, esta em particular da Mafalda, é de comer e chorar por mais. Como ela própria disse no directo, é uma receita que partiu da sua inspiração e o certo é que faz enorme sucesso entre aqueles que a provam.

 

Cá em casa, por exemplo, é já a segunda vez que é requisitada para a fazer e, desta vez, tivemos a ideia de a preparar em directo. Quem viu, teve oportunidade de ficar já a conhecer a receita, mas quem não viu não fique triste. A receita vai ficar aqui, sem segredos, para quem a quiser testar.

 

Receita do Fabulous Guacamole

 


 

Ingredientes:

 

3 Abacate grandes

 

1 Tomate

 

1 Cebola roxa

 

2 Limas

 

Sal (a gosto)

 

Tabasco ou flocos de malagueta (a gosto)

 

1 Ramo coentros


Preparação:

 

Retirar as grainhas do tomate e picá-lo em cubos fininhos. E repetir o processo com a cebola roxa.

 

Num recipiente colocar a polpa dos abacates com a ajuda de uma colher. E, juntamente com o tomate e a cebola picados, mexer tudo de forma a envolver muito bem todos os ingredientes até formar uma espécie de pasta.

 

 De seguida, temperar com sal, tabasco e com o sumo da lima. As quantidades do sal, tabasco e sumo de lima são a gosto, convém ir provando sendo que o melhor é por sempre menos e ir acrescentando.

 

Por fim, picar os coentros e adicionar ao preparado.

 


 

  • Dica 1: se não comerem logo, deixem um caroço dentro do guacamole, ajuda a não oxidar.

 

  • Dica 2: quanto mais maduros estiverem os abacates mais fácil se torna o processo de tornar o preparado numa pasta que, na verdade, não se quer que fique completamente homogénea. Mas isso deixamos ao gosto de cada um.

 


 

Experimentem e depois digam-nos se gostaram. Combinado? :)

 


guacamole mafabulous cook

 

E, por fim, deixo-vos ainda com a ligação para outras receitas de Refeições Ligeiras.

 

Boa noite.

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