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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

Quinta de la Rosa | Afinal celebramos o Dia dos Namorados

21.02.18 | Vera Dias Pinheiro

 

O dia dos namorados, foi esse o grande pretexto que nos fez viajar até ao Douro e ainda bem! Não quero saber se é ou não "piroso" celebrar este dia, pois embora não seja este o dia que defina o amor, se for ele o mote para o enfatizar nas nossas vidas e especialmente para o reanimar numa relação a dois, que venham muitas mais celebrações do dia dos Namorados. 

 

Se num relacionamento normal já é preciso termos atenção para não cairmos no comodismo, havendo filhos, essa atenção deve ser redobrada! Não podemos dar nada por garantido nem achar que está tudo bem. Sim, é preciso fazer um esforço para alimentar a relação a dois, a par com os desafios da maternidade. Para alguns casais poderá ser natural, mas para muitos, não será! E a verdade é que o amor não se coaduna com o deixar andar, ele precisa de ser regado e alimentado constantemente. Sem nos darmos bem conta, o grau de intimidade reduz drasticamente a partir do momento em que se tem filhos e é como se realmente fosse preciso encontrar escapes sem eles para que essa proximidade possa ser alimentada. E foi um pouco isso que expliquei ao Vicente – por outras palavras, claro - enquanto lhe disse que o pai e a mãe iriam passar o fim-de-semana fora e que ele e a mana ficariam com a avó. Aceitou bem a ideia do Dia dos Namorados! eheh!

 

Pela frente, tínhamos umas boas horas de caminho, mas um entusiasmo quase de adolescentes por realmente estar a acontecer! A Quinta de la Rosa situa-se a um quilómetro da Vila do Pinhão, mesmo no vale do Douro. Foi um privilégio acordar todas as manhãs e sentir aquele cheiro, o silêncio da natureza, a calma, o som dos passarinhos e sentir aquele sol já quente o suficiente para nos aquecer. Era a nossa primeira vez naquela região, por isso entendem o quão maravilhada fiquei, porque nada do que já vi se compara.


A Quinta de la Rosa foi um presente de baptismo à D. Claire, ainda no século XIX e que, actualmente é gerida pela neta Sophie e pelo seu pai Tim. Está inserida na Rota do Vinho do Porto, tem um restaurante muito bom, a cozinha da D. Clara, são produtores de vinho e, paralelamente, têm esta parte de turismo rural.  E dos 21 quartos, apenas um não tem vista para o rio Douro e todos eles têm o nome de uma mulher da família. O nosso era o Cândida 😊.


Senti-me bem, tranquila e em paz. Já tinha perdido a noção do que é verdadeiramente estar em silêncio e estar concentrada apenas em mim. Começámos por tomar o pequeno-almoço na cozinha da D. Clara e um pouco mais tarde fizemos uma visita à quinta, à adega e pudemos perceber um pouco da sua história e de como é produzido o vinho de La Rosa.


Tivemos ainda a sorte de poder participar numa prova de vinhos, guiada de forma muito profissional e explicativa por um dos funcionários da Quinta, e posso dizer que fiquei adepta destas provas, pois ajudaram-me a refinar e a conhecer melhor os meus próprios gostos em termos de vinhos, também graças aos conselhos de harmonização de vinho com tipos diferentes de comida que nos foram sendo dados. E foi aí que descobri que os vinhos que eu mais aprecio são aqueles que expressam o sabor da uva e não do que está à volta dela, como a madeira.


O fim-de-semana na Quinta era especialmente dedicado ao dia dos namorados, em sentido lato, com várias iniciativas e propostas para desfrutar desta ocasião. E foi muito curioso observar a diversidade de casais que encontrámos por lá, desde nós, sem filhos, a um casal na casa dos 60 anos e com espírito e energia de adolescentes, até um casal estrangeiro com uma recém-nascida de 6 meses, acompanhado dos avós e que não perderam uma atividade. Ou seja, nem o amor tem idades, nem as ocasiões para o reforçar e nutrir devem depender das fases da vida em que estejamos. A Quinta de La Rosa, não só pelas condições belas e serenas que oferece, mas também pela perspetiva romântica que conseguiu dar a estes dias, é um sítio que ficou gravado nas nossas memórias e no nosso coração.

 


quinta de la rosa, douro, dia dos namorados 

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A reacção dos meus filhos à nossa chegada!

19.02.18 | Vera Dias Pinheiro

Regressamos ontem, ao final da tarde, a casa, para junto do Vicente e da Laura. E, se por um lado, ele estava mais efusivo e falava sem parar, vendo-se claramente um brilho especial no seu olhar assim que nos viu. Por outro, a Laura mostrou-se indiferente. Fomos ter com eles ao parque, o Vicente parou imediatamente de jogar à bola e ela, que estava no baloiço, lá ficou sem ligar quer à mãe, quer ao pai. Confesso que, sabendo eu que ela tinha andado a perguntar por mim aqueles dias tinha secretamente uma outra expectativa. Mas sim, também reconheço que esta indiferença era previsível.


Não tínhamos planeado este fim-de-semana sem filhos. Aliás, sempre que começamos a fazê-lo, começamos a ponderar demais e acabamos por ceder em andar sempre com eles. Mas, entretanto, a oportunidade surgiu, era um pretexto para assinalar o dia dos namorados e arriscamos, mesmo antes de falar com a minha mãe (a pessoa que iria ficar com eles). Afinal, eram só duas noites e um dia em que eles não iam estar connosco e algum dia isto teria que acontecer. Em cinco anos e quase dois meses de maternidade, só estive sem filhos uma vez, tinha apenas o Vicente e ele tinha cerca de dois anos talvez. E não, não morri de saudades, acho que até consegui abstrair-me bastante, porque sei que ele fica bem entregue. E o meu maior luxo foi, como calculam, poder dormir e ter uma refeição dita normal.


Com dois filhos, em idades tão exigentes, custa-me deixá-los, sabendo que a minha mãe não terá ajuda. Sabendo eu, as fitas que eles fazem por nada, mas especialmente quando sabem que não há mais ninguém para ajudar. Custa-me por ela e talvez por isso tenha deixado o tempo passar.


Porém, desde o fim do verão passado que eu, pela primeira vez, senti que não tinha tido férias, sentia-me exausta, ao ponto de entrar naquele lugar comum de praticamente todos os pais, de sentir que precisava de férias das férias. O tempo foi passando, voltamos a fazer férias em dezembro e voltamos a sair em família.


Repetia para mim que este ano era o ano de tomar esta decisão e acabou por vir mais cedo do que estava à espera. E, admito, soube tão bem saborear o silêncio – já tinha perdido a noção do que é mesmo o silêncio – e não ter que estar constantemente a providenciar alguma coisa. Ai o providenciar… esse estado natural de uma mãe de estar sempre a preparar alguma coisa ou a arranjar uma solução.


Foram dois dias que me permitiram encontrar um equilíbrio que há muito não sentia, para perceber o quão estava cansada e quanto é bom saborear o tal silêncio. Mas há um outro aspecto muito importante, o facto de eu e o meu marido termos tido tempo para simplesmente estar. E isto sim, era algo que os dois precisávamos de fazer por nós e pela nossa relação que, em bom rigor, já existia antes dos filhos e que depois deles, estavam a ficar constamente em segundo plano.


Foram dois dias em que não deu para sentir saudades, mas que admito que nos faltava ali qualquer coisa. Adoro ser mãe e adoro os meus filhos, mas também sei o quão importante é para mim manter a minha esfera de individualidade e parece que, ao fim de cinco anos, preciso mesmo dele inclusivamente para continuar a ser a melhor mãe para os meus filhos.


E, por fim, não vamos esquecer daquela que é a melhor parte destas escapadinhas: o regresso! Foi um fim de dia carregado de mimos, beijos e abraços. O Vicente e a Laura estavam mais meigos do que nunca e percebia-se que tinham saudades. Não houve birras, passaram muito tempo aninhados em nós, abraçados e na ronha.


Fizemos cerca de 400 quilómetros para chegar à Quinta de La Rosa, no Pinhão mesmo sobre o rio Douro, e valeu cada instante! Foi a nossa primeira vez naquela região e, sem dúvida, que é das mais bonitas de Portugal. Acordamos com o som dos passarinhos e dormimos em profundo silêncio. Comemos bem, passeamos e dormimos ainda melhor. Mas sobre isto falarei num outro post porque vale tanto a pena conhecerem a Quinta de la Rosa e a sua história.


Não sei de quanto em quanto tempo sentirei necessidade de fazer estas escapadinhas sem filhos, mas seguramente que irei repetir outras vezes.


Boa noite.


 

Camisa aos quadrados da Laura | C&A


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Aniversário | Hello 35: Recebi-vos feliz e serena!

16.02.18 | Vera Dias Pinheiro

 

Com a idade, uma pessoa começa a ligar-se mais ao ser e menos ao parecer.  Uma pessoa começa a interessar-se (ainda) mais pelas pessoas e pelos afectos e menos ao material e ao efémero. E quando assim é, para se ter um dia de aniversário perfeito basta-me o essencial: sentir que as minhas pessoas estão perto de mim, que se lembram, seja presencialmente, seja à distância e que consigo ter à minha volta uma aura de boas energias. É sinal que tenho sabido escolher as pessoas certas para me acompanhar nesta viagem que é a vida.

 

E a prova disso é que o meu único plano para o dia de hoje era estar o mais tempo possível com os meus filhos, porque, sem dúvida, que esse é o meu grande feito até aqui. E é também através deles que eu me tenho tornado na mulher que sou hoje. Sem falar que é graças a eles que há uma parte de mim que se estende para além do meu corpo e do meu ser.

 

Sinto que entrar nos 35 é como estar na fronteira. Para trás ficam os trinta e para frente um novo horizonte se avizinha. E embora, olhando bem cá bem para dentro, esta coisa da idade e do envelhecer ainda não me faça grande sentido, há uma verdade que tem que ser dita. O meu corpo já não é o corpo de há cinco anos atrás, recupera mais lentamente; há cada vez mais cabelos brancos e traços vincados no rosto que já não desaparecem.

 

Podia enunciar aqui o que ainda quero fazer e que não fiz. No entanto, acho que com o tanto que já vivi, tenho que saber em primeiro lugar agradecer. E, honestamente, o meu único desejo é sentir alguma normalidade nos meus dias e na minha vida. Acho que, depois de tantas voltas, tantas mudanças, aventuras, recomeços… quero sentir um pouco da tal segurança que até aqui tem sido relativa. E acho que isso se tem reflectido muito na minha necessidade extrema de cuidar da minha casa, de a colocar no ponto de sentir que é o nosso ninho (de segurança). Quero sentir a minha família estável, que tenho os meus bons amigos por perto e que faço aquilo de que gosto.

 

Parece simples, não é? Contudo, nem sempre é assim tão linear!

 

E neste dia que começou bem cedo e em que tive toda a minha família comigo, em que tomamos um brunch de domingo a uma sexta-feira, em que soprei as minhas 35 velas e que ao longo de todo o dia fui recebendo muito mimos de vocês. Para mim, representam uma outra forma de família, que foi crescendo e que tanto, mas tanto tem contribuído para esta realização pessoal que hoje sinto. Obrigada por mais um ano em que assinalam este dia comigo, obrigada pelas mensagens que fazem questão de deixar e pelas palavras carinhosas.


Este dia (de aniversário) que já foi tão bom, termina ainda melhor. Agora, já estou a muitos quilómetros de casa. Em casa ficaram os filhos e por estes dias vamos ser apenas o Bruno e a Vera, vamos acordar sem ter ninguém a chamar por nós, calma para conversar e tempo para estar.

 

Com a idade uma pessoa começa a ligar-se mais ao ser e menos ao parecer.  Uma pessoa começa a interessar-se (ainda) mais pelas pessoas e pelos afectos e menos ao material e ao efémero.

 

Obrigada <3

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4 Sugestões culturais para este fim-de-semana

16.02.18 | Vera Dias Pinheiro

A sexta-feira é o dia por excelência em que vos deixo algumas propostas para o fim-de-semana, para fazerem em família. Desta vez, concentrei-me nas sugestões culturais para os mais pequenas. Espero que gostem e partilhem.


 
  • Um festival:

PLAY - Festival Internacional de Cinema Infantil & Juvenil de Lisboa


  • Onde: Cinema São Jorge, em Lisboa
  • Quando: entre 17 e 25 de fevereiro, vários horários
  • Idades: 1-13 anos
  • Preços: Informações

Descrição: é ideal para apresentar os mais novos ao cinema. Preparem-se para grandes doses de cinema, ateliês, prémios, conversas e ainda um bolo de aniversário, que o Play faz 5 anos. Este ano o mini-concerto, um dos momentos mais aguardados deste festival, está a cargo de Márcia (Cinema São Jorge, dia 17, 17.00, 7€) e das suas canções.


Programa 2018


  • Uma peça de teatro:

O feiticeiro de Oz


  • Onde: Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa
  • Quando: 17 fevereiro, às 16h00
  • Idades: >3 anos (inclusive)
  • Preço: 8 euros

Descrição: quando o Kansas é atingido por um tornado, Dorothy e o seu cão são levados pelos ares, parando num mundo novo, onde aventuras estranhas, mas maravilhosas têm o seu inicio. Figuras como o homem de lata, o espantalho e até o leão medroso, juntam-se a Dorothy numa viagem até à cidade das esmeraldas, onde tem de encontrar o Feiticeiro de Oz.


Esta peça de teatro é uma produção da Byfurcação Teatro


  • Um museu:

À descoberta do Museu do Dinheiro


  • Onde: Largo de São Julião, Lisboa
  • Quando: Sábados, das 10h às 18h
  • Idades: Todas as idades
  • Preço: Entrada Grátis

Descrição: O Museu do Dinheiro, inaugurado em abril de 2016, oferece uma inovadora viagem pelos meios de pagamento da antiguidade clássica à atualidade, em Portugal e no Mundo, para toda a família! E são muitas as coisas para ver e fazer neste Museu: pode doar um testemunho, cunhar e imprimir moedas e notas virtuais com a sua cara, ver ao microscópio de que são feitas as notas, e ainda trocar, interagir e deixar-se inspirar por histórias de todo o mundo.


O Museu do Dinheiro conta ainda com uma diversificada programação cultural e educativa para todas as idades que, de forma original e pedagógica, permite envolver toda a família.


  • Hora do Conto

Canto de Colo


  • Onde: Biblioteca Municipal de Algés
  • Quando: Sábado, às 10h30 e as 11h30
  • Idades: dos 0 aos 3 anos
  • Preço: Gratuito - Inscrições: 214 406 342 | Email

Descrição: No "Canto de Colo", os participantes juntam-se para trazer a alegria, em comunidade, criando um tempo de relação relaxada e brincalhona entre as famílias presentes. Afinal, quem disse que as bibliotecas municipais não são lugares de cantar, dançar e brincar?


Se optarem por actividades ao ar livre, podem sempre escolher uma das várias Quintas Pedagógicas que existem.


Boa sexta-feira.


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25 Coisas que vocês ainda não sabem sobre mim!

15.02.18 | Vera Dias Pinheiro

  1. Não sou uma menina da cidade, cresci numa aldeia chamada S. Vicente do Paúl, muito próxima de Santarém. E é algo que, sem dúvida, teve um efeito muito positivo na minha personalidade e formação. Sou uma pessoa habituada às brincadeiras na rua, a ter uma certa liberdade e ligada às experiências do campo. Era divertido ir para a horta com os meus avós, participar nas vindimas e pisar uvas.
  2. Sonho em ter uma casa com um pequeno espaço ao ar livre. Não precisa ser um jardim ou um grande terraço. Bastava, por exemplo, ter uma varanda que permitisse ter uma mesa com cadeiras e um espaço para os miúdos brincarem.
  3. Eu e a minha melhor amiga de infância, quando nos apanhávamos sozinhas em casa dela, tínhamos uma brincadeira preferida. Pegávamos numa lista telefónica e fazíamos chamadas anónimas. Basicamente, dizíamos coisas como: "Fala da casa do senhor Coelho? - a pessoa dizia que sim, claro, era o apelido - Pum! Pum! Está morto". Claro que a certa altura, as facturas do telefone denunciaram-nos.
  4. Viajei pela primeira de avião com 21/22 anos com destino ao Canadá. Foi uma viagem que fiz sozinha e que envolvia escalas. Senti-me um pouco insegura, mas rapidamente percebi que “quem tem boca vai a Roma”. Estive lá duas semanas, em casa dos meus tios, e tive a oportunidade de visitar coisas fantásticas, tais como as Cataratas do Niagara.
  5. O mais próximo que estive de uma grande estrela internacional, foi do Jamiroquai. Calma!!! Não se ponham já com ideias. Fomos apresentados, trocamos umas palavras e foi só!
  6. A minha mãe não me deixava colar posters nas paredes do quarto, por isso era na porta (de dentro) do roupeiro que todos os meus ídolos da adolescência tinham lugar. Eis alguns deles: Leonardo diCaprio, Spice Girls, Backstreet Boys e, mais tarde, os Oasis e a Alanis Morissete.
  7. Tenho um "desgosto" muito grande por os meus pais não terem alimentado o meu jeito para o desporto, no caso ginástica acrobática, nem quando a minha professora de educação física falou com eles. Desde então, acreditam que nem consigo ver os jogos olímpicos? 
  8. Sofro de vertigens. E embora consiga subir a determinadas alturas, não posso ter a noção do quão alto estou e nem tão pouco olhar para baixo.
  9. Tenho muito boa memória, tão boa que até irrita por me lembrar de coisas tão insignificantes e que, muitas vezes, nada têm a ver comigo. No entanto, com pessoas fixo mais facilmente as caras do que os nomes. 
  10. Em miúda sempre quis ser professora primária, porque adorava a minha professora, a Dona Palmira - a quem mando um beijinho muito grande se, por acaso, me estiver a ler. E os meus pais nunca tentaram influenciar as minhas escolhas, muito menos com ideias de ser médica, engenheira ou advogada. E, ainda bem, pois são profissões que nada têm a ver comigo.
  11. No meu mundo, não preciso de ser a melhor, a mais reconhecida, a com mais sucesso, etc... Simplesmente, desejo poder trabalhar e viver do que mais gosto de fazer e, actualmente, eu faço o que gosto.
  12. Durmo muito pouco, piorou com a maternidade e agravou-se com esta alteração de profissão. O facto de trabalhar por conta própria e de ter os meus horários faz com que, muitas vezes, só consiga reunir as condições necessárias quando a casa está em silêncio.
  13. Tenho muita facilidade em conhecer pessoas novas e de criar empatia, porque gosto de conhecer a história por trás das pessoas, gosto de conversar genuinamente e não sobre temas banais, como o estado do tempo. Por outro lado, se não há empatia e se a “coisa” não flui, não sou de forçar.
  14. Nas tarefas de casa, odeio passar a ferro e adoro colocar a louça suja na máquina. Para mim, é com um jogo de tetris. Estou sempre a magicar como é que consigo colocar o máximo, encaixando umas coisas nas outras.
  15. Tinha o sonho de fazer Bungee Jumping, o que pode parecer contraditório para quem diz sofrer de vertigens. Eu sei e, talvez por isso, nunca tenha passado de um sonho.
  16. Nunca fiz viagens para o calor, nem nunca estive naqueles destinos com tudo incluído, como por exemplo, Punta Cana.
  17. Gosto mais de usar botas do que sandálias. Aliás, gosto muito mais de roupa de Outono-Inverno, por comparação à de Primavera-Verão.
  18. Se me pedissem para me descrever e olhando para o meu signo, diria que esta pode ser uma boa descrição: “São das pessoas mais independentes que existem. A independência para eles faz tanta falta como o ar que respiram. Não suportam sentir-se espartilhados e limitados. O seu tempo é amanhã o seu lema é a originalidade e inovação. São muito inventivos, donos de enorme criatividade”.
  19. Sei que, para quem vive comigo, posso dar a impressão de ser desligada, que pode parecer que não me importo (pelo menos, da forma como os outros esperam). Mas a verdade é que é uma interpretação errada sobre mim. Simplesmente, eu não o faço como é suposto fazer-se, mas quando estou, estou por inteiro, seja em que tipo de relação for.
  20. Gostava de voltar a viver no estrangeiro, sobretudo (e, ao contrário, do que as pessoas possam pensar) por ter filhos e por saber o bom que esta experiência lhes faz e como pode transformar a maneira com que eles olham para o mundo que os rodeia.
  21. Já trabalhei numa loja. Foi no Gato Preto das Amoreiras e fiz toda a loucura da época do natal. Tinha acabado de regressar de Erasmus e era preciso contribuir para recompor o orçamento. E, posto isto, aprendi que nós (clientes) conseguimos ser muito complicados e que muitas pessoas continuam a ter uma interpretação abusiva daquilo que devem esperar de alguém que está a prestar um serviço.
  22. Mas o meu primeiro trabalho remunerado foi nos primeiros anos da faculdade e foi um estudo para a Carris Lisboa. Tinha uma escala para estar em determinadas paragens a contar as pessoas que usavam determinado autocarro.
  23. Tenho três tatuagens (and counting...). Uma delas é a data de nascimento do Vicente e brevemente vou acrescentar a da Laura.
  24. Sempre tive animais de estimação, mas aqueles que me ficaram guardados na memória com especial carinho foram: o papagaio Giló, que nunca disse uma palavra, acreditam? Eu e a minha irmã até gravávamos cassetes a repetir a palavra olá e ele nada! E dois cães de raça boxer, o Tomás e a Rossana.
  25. O meu maior desejo é que os meus filhos vejam na mãe alguém com perserverança, capacidade de trabalho e determinação para não se acomodar em nada! E que a felicidade está em nós e não em estereótipos que nos são impostos.

A vida ensinou-me que não existem caminhos certos ou errados. Existem escolhas e que essas escolhas dependem apenas de nós! Que venham os 35 anos. Estou pronta para os receber sem grandes expectativas, mas também sem grandes receios. Estou muito feliz por tudo o que consegui alcançar e por tudo o que vivi a partir dos trinta anos. E que, a partir daqui, seja o consolidar cada vez mais das escolhas e dos caminhos que tenho feito.


E para ficaram com uma "all picture" sobre mim - ou pelo menos, a saber já muitas coisas - passem os olhos também pelo Alguns Factos Sobre Mim (e algumas curiosidades) e ainda 11 Factos (sobre mim) que me irritam | Parte 2.


 
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No fundo, queremos todos o mesmo: um amor e ser feliz!

14.02.18 | Vera Dias Pinheiro

O Dia dos Namorados, na minha opinião, não é mais do que o somatório de todos os outros dias do ano. Se temos andado bem, é tudo mais fácil e natural e vice-versa. O Dia dos Namorados pode ser ainda a oportunidade, o empurrão, o motivo ou a razão para dar uma nova oportunidade, para mudar ou tentar mais uma vez. Mas nunca será o dia exclusivo do amor. Esse sentimento que tanto nos permite mover vales e montanhas, como, ao mesmo tempo, tem tanto de frágil e delicado. O amor exige de nós um cuidado diário e constante. Um cuidado que nem é tanto nos gestos ou nas atitudes, nos presentes ou nas palavras, é no dia-a-dia, todos os dias da nossa vida e enquanto o amor durar, nas mínimas coisas. Aliás, diria que nas coisas mais insignificantes.


Se formos honestos connosco próprios (e com os outros), saberemos que não existem amores perfeitos e que o amor para a vida toda assumirá várias tonalidades e versões de si mesmo. Na sua base: o respeito, a compreensão, o diálogo e a capacidade de ouvir o outro… sempre! O amor não é um sentimento para os distraídos, é para aqueles que estão atentos e zelosos como se de um tesouro muito raro se tratasse (e é mesmo). Porque no final do dia e da vida, tudo se resume ao amor e à felicidade. Tudo se resume ao ombro amigo, à companhia, ao nosso amigo com o qual choramos, sorrimos, discutimos, beijamos, lutamos e geramos vidas perfeitas, os filhos. Claro que, na prática, nem tudo se resume a histórias bonitas, mas quero pensar que esta ainda é a regra.


Talvez o desafio maior que o amor enfrenta é precisamente quando os filhos aparecem na vida de um casal. Pode parecer estranho, mas é aqui que a história de amor, ao assumir novos personagens, enfrenta novos desafios. O tempo deixa de ser exclusivo, a atenção dispersa-se e, enquanto nos vamos nos adaptando, o tempo vai passando. Um tempo impiedoso e, quando menos esperamos, já se passaram muitos meses em que esse amor teve que esperar. Quando os filhos nascem, o desafio dos apaixonados é voltar a encontrar-se, sabendo que continua a existir um homem e uma mulher para além do pai e da mãe.


E eu, que continuo a ser uma mera aprendiz nestas coisas do amor, mas muito fiel aos meus princípios, sendo um deles a capacidade de olhar mais a frente dos problemas e de colocar na balança sempre mais prós do que contras, trouxe comigo aquele que considero o maior ensinamento que recebi dos meus pais. Foram raras as discussões que presenciei, foi com o meu pai que tive o exemplo de um homem cuidadoso para com a mulher e protector da sua família e foi com ambos que percebi que um dos maiores erros que podemos cometer é ir dormir chateados. Mas isso eu só vi a perceber mais tarde, pois durante muito tempo não entendia o porquê de tanto conversavam na cama aquelas horas.


E, no meio de tudo isto, acho importante dizer que não foram o casal perfeito e que a relação não durou para a vida toda. Porém arrisco em dizer que o amor e o respeito ficaram e permaneceram para além da separação física.


Aos meus pais agradeço o facto de ter aprendido o que são as tais famílias reais das quais tanto se fala. Aprendi o que são as famílias que tem como prioridade a própria família, que vivem em comunhão e como isso os torna focados no mais importante: o respeito como base do amor e a família pela qual se deve lutar sempre. Conheci um amor altruísta e amigo, um amor que conheci também com os meus avós paternos, pois nunca esquecerei a ternura um com o outro, a amizade, o facto de saberem que, no mundo, só precisam um do outro.


E com isto, termino dizendo que o importante não é encontrar o par perfeito, mas sim a metade que nos completa, nos respeita e que sabe viver connosco sem que tenhamos que mudar (muito). Alguém que ceita os nossos defeitos e aprecia as nossas qualidades. "Só" isto!


Feliz Dia de São Valentim!


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Flores "da época" da Saudade Flores


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Como nos despedimos do Carnaval deste ano

14.02.18 | Vera Dias Pinheiro

 

Despedimo-nos do Carnaval deste ano com um querido regresso às minhas memórias de infância. Sem nada programado, mas com muita vontade de proporcionar um dia diferente ao Vicente e à Laura e, no meio das minhas pesquisas por "desfiles de carnaval 2018 no google", veio-me subitamente à cabeça os meus passeios pela Nazaré em criança.

 

Era praticamente uma tradição ir lá almoçar - os meus pais adoravam comer marisco (e eu nem por isso) - e, de seguida, assistir ao desfile do corso carnavalesco. Lembro-me das ruas cheias e, de muitas vezes, não conseguir ver praticamente nada. Tenho comigo fotografias antigas desses passeios, tenho inclusivamente uma fotografia dos meus avós, já velhinhos, abraçados na praia do Norte, junto às bancas onde os pescadores deixam o peixe a secar e que ainda hoje lá estão.

 

Graças aos vários comentários deixados na página de Facebook a este post, chegamos à Nazaré já com mesa reservada no restaurante, o que nos facilitou muito a vida, pois continua a ser um destino muito procurado nesta altura específica do ano. O eleito acabou por ser o restaurante Aleluia, mesmo junto à praia, com vista privilegiada, como imaginam e onde almoçamos um peixe excelente. No final deste post, vou deixar todas outras sugestões partilhadas para quem estiver a pensar dar um passeio naquela zona.

 


carnaval da nazaré

 

Entre todos os anos que separam a minha última ida ao carnaval da Nazaré, talvez tenha notado um pouco menos de gente (o que não foi necessariamente mau), tive pena de não ter dado um passeio e ter visto mais coisas. Contudo, não só estava muito frio, como continua a ser muito complicado sair de lá, no final do desfile, sem se estar um bom tempo nas filas.


Saímos cedo de casa e regressamos tarde. Tiramos a Laura da sua rotina e isso obrigou-nos a doses de paciência extra. Na pressa de sair de casa e na troca de tarefas entre os pais, o casaco da Laura acabou por ficar pendurado na porta do quarto dos miúdos, acabei por ter que comprar um “kit” numa das lojas típicas da zona para remediar. O Vicente, de inicio estava meio estranho, mas depressa se rendeu à festa e estivemos na primeira fila a atirar fitas e confettis. Resistimos estoicamente ao frio e ao vento, os olhos dos dois brilhavam e, no regresso a casa, o cansaço do Vicente fê-lo adormecer mal se sentou no carro, ao passo que o cansaço da Laura fê-la vir a viagem toda entre choro e gritos.

 

Mas o mais importantes nós conseguimos: sair de casa, vencer o comodismo ao não querer colocar tudo em casa apenas por um dia de festa, o tempo não estar a colaborar e pensarmos que é um dia de descanso a meio da semana do qual vamos abdicar. Como a minha mãe diz (e bem), tenho dentro de mim uma vontade e energia imensa para fazer coisas.

 

E é verdade, mas para isso também é preciso que as pessoas à minha volta alinhem. Toda a logística e até ser a âncora que consegue manter o equilíbrio nos momentos mais desafiantes nestas saídas em família, eu consigo dar conta sozinha. Penso, planeio, dou as ideias, etc... quase como se de uma verdadeira organizadora de eventos de família (da minha) se tratasse. Mas para isso, é preciso que as pessoas à minha volta se deixem (e queiram) contagiar, pois, se de repente, perante um cenário caótico, no carro, por exemplo, se sou eu a única colocar na balança mais prós do que contras, ao fim do dia esse entusiasmo também acaba.

 

Mas hoje, ao acordar, sinto que foi um bom dia para os meninos e, já agora, que o facto de ter alinhado na brincadeira e ter-me (mais ou menos) mascadora, contribui para a animação. Se isto faz de mim uma apreciadora nata do Carnaval? Nada disso, simplesmente gosto de viver estas datas, gosto de contribuir com estes momentos na educação, crescimentos e memórias dos meus filhos, especialmente porque sou muito feliz com as memórias que os meus pais me proporcionaram e, muito honestamente, acho que na sociedade em que nós vivemos, esta “pureza e simplicidade” deixou de ver. Mesmo que nos tenha trazido outras coisas muito boas.

 

Outras sugestões de restaurantes na Nazaré para tomar note:

 

 

  • Vicente

 

  • Taberna d'Aldeia

 

 

  • Sítios dos Petiscos

 

  • Maria do Mar.

 

E hoje, ja que a festa continua, ainda que por outros motivos, digam-me lá se são (ou não) fãs do Dia dos Namorados?

 

Boa tarde.

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