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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

Feliz Natal (a vocês) e obrigada por tudo!

23.12.17 | Vera Dias Pinheiro

Mesmo sabendo que corro o risco de escrever este post e de ninguém o ler, devido a todo o espírito natalício que já se vive, arrisco! Não são raras as vezes que sinto vontade de vos escrever, não para partilhar um desabafo, uma experiência ou uma marca. Refiro-me a como se estivessemos todas juntas pessoalmente e em que vocês me pudessem ver e ouvir.


Antes de ter um blog, eu não seguia propriamente bloggers, instagramers, youtubers e nunca senti aquilo que vocês me dizem, tantas vezes, sentir. Nunca senti o que era identificarmo-nos com alguém de forma quase íntima sem conhecermos esse alguém pessoalmente. Com a sua vida, a sua forma de estar, com a sua casa ou até com os seus filhos. Talvez por isso, sinta uma enorme responsabilidade em cada linha que escrevo, em cada parceria que aceito ou em cada marca que exponho aqui. Sinto uma enorme responsabilidade porque há alguém desse lado que sente a minha ajuda em algum momento da sua vida.


Quando tudo começou, eu era tímida, tinha receio de me expor e de expor os meus filhos, queria partilhar coisas sem dar muito do meu lado pessoal. Era uma tentativa de preservar a minha privacidade com receio de como seria a minha vida depois disso. Será que iria lidar bem? Seria isso que eu realmente queria?


Com o tempo fui-me apercebendo que isso só não chega. Não chega a vocês e a verdade é que, a mim também não. Por isso, fui sentido vontade de me “entregar” mais e mais, estivesse eu a falar para uma, cinquenta, mil ou vinte mil pessoas.


Eu gosto das minhas pessoas, gosto de vocês. Gosto quando comentam, quando me escrevem, quando partilham, quando me pedem conselhos ou, então, quando desabafam só porque leram algo que vos fez sentir tão próximas e tão à vontade. Gosto de sentir que de alguma maneira sei quem vocês são e porque se interessam por isto.


Eu sou uma pessoa de afectos, de ligação e de contacto com as pessoas. Interesso-me sempre, às vezes até demais, pelas pessoas em geral. Por isso é que este blog se foi tornando cada vez mais importante, íntimo e interessado por quem está desse lado. E se há marcas que se interessam por mim, acreditem que parte desse interesse é devido a vocês. Mas, por outro, devo dizer que este ano “zero” de aprendizagem deste meu novo trabalho também me fez aprender e crescer muito. Foi importante para perceber o que vou fazer a partir daqui, que tipo de "blogger" quero eu ser, pois a relação mais importante de todas é a nossa. É só nessa base que tudo o resto funciona.


Felizmente, nunca fui condicionada na minha escrita ou nas minhas opiniões e isso faz-me acreditar que talvez seja possível encontrar o meu nicho de trabalho, preservando quem eu sou e respeitando quem me segue e para quem eu escrevo.


E mesmo que, por vezes, vos parece tudo muito fácil, deste lado há muito trabalho. Um trabalho sério e de responsabilidade em relação aquilo que eu sou, à necessidade de ter este blog “profissionalizado” e que o resultado seja uma coisa natural e com interesse para todos.


E enquanto vou tendo a sensação de que as pessoas aproveitam o anonimato que a internet lhes dá para criticarem e apontarem o dedo. Eu quero aproveitar para deixar um elogio e um agradecimento a cada um de vós. Quando digo que criei tudo isto sozinha, não levem muito a sério, pois a verdade é que tive (e tenho) uma grande e importante ajuda: a vossa!


E agora, é para vocês que vão os meus/nossos votos de Feliz Natal. Obrigada por estarem desse lado e obrigada por também se deixarem mostrar um pouco mais a mim.


Que os próximos dias sejam prósperos em sorrisos, afectos e amor.


Um beijinho.


UA-69820263-1

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23.12.17 | Vera Dias Pinheiro

Mesmo sabendo que corro o risco de escrever este post e de ninguém o ler, devido a todo o espírito natalício que já se vive, arrisco! Não são raras as vezes que sinto vontade de vos escrever, não para partilhar um desabafo, uma experiência ou uma marca. Refiro-me a como se estivemos todas juntas pessoalmente e em que vocês me pudessem ver e ouvir.


Antes de ter um blog, eu não seguia propriamente bloggers, instagramers, youtubers e nunca senti aquilo que vocês me dizem, tantas vezes, sentir. Nunca senti o que era identificarmos com alguém de forma quase íntima sem conhecermos esse alguém pessoalmente. Com a sua vida, a sua forma de estar, com a sua casa ou até com os seus filhos. Talvez por isso, sinta uma enorme responsabilidade em cada linha que escrevo, em cada parceria que aceito ou em cada marca que exponho aqui. Sinto uma enorme responsabilidade porque há alguém desse lado que sente a minha ajuda em algum momento da sua vida.


Quando tudo começou, eu era tímida, tinha receio de me expor e de expor os meus filhos, queria partilhar coisas sem dar muito do meu lado pessoal. Acho que procura preservar a minha privacidade com receio de como seria a minha vida depois disso, Será que ia lidar bem? Será que era isso que eu realmente queria?


Com o tempo fui-me apercebendo que isso só não chega. Não chega a vocês e a verdade é que, a mim também não. Por isso, fui sentido vontade de me “entregar” mais e mais, estivesse eu a falar para uma, cinquenta. mil ou vinte mil pessoas.


Eu gosto das minhas pessoas, gosto de vocês. Gosto quando comentam, quando me escrevem, quando partilham, quando me pedem conselhos ou, então, quando desabafam só porque leram algo que vos fez sentir tão próximas e tão à vontade. Gosto de sentir de de alguma maneira sei quem vocês são e porque se interessam por isto.


Eu sou uma pessoa de afectos, de ligação, de contacto com as pessoas. Interesso-me sempre, às vezes até demais, Por isso, é que este blog se foi tornando cada vez mais importante, cada vez mais íntimo e cada vez mais interessado por quem está desse lado. E se há marcas que se interessam por mim, acreditem que parte desse interessem é devido a vocês. Mas por outro lado, devo dizer que este ano “zero” de aprendizagem deste meu novo trabalho também me fez aprender e crescer muito. Foi importante para perceber o que vou fazer a partir daqui, que tipo de "blogger" quero eu ser, pois a relação mais importante de todas é a nossa. É só nessa base que tudo o resto funciona.


Felizmente, nunca fui condicionada na minha escrita ou nas minhas opiniões e isso faz-me acreditar também que talvez seja possível encontrar o meu nicho de trabalho, preservando quem eu sou e respeitando quem me segue e para quem eu escrevo.


E mesmo que, por vees, possa parecer tudo muito fácil, deste lado há muito trabalho. Um trabalho sério e de responsabilidade em relação aquilo que eu sou, à necessidade de ter este blog “profissionalizado” e que o resultado disto tudo, seja uma coisa natural e com interesse para todos. Para quem faz, eu, para quem aposta em mim e para vocês.


E enquanto vou tendo a sensação de que as pessoas aproveitam o anonimato que a internet lhes dá para criticarem e apontarem o dedo. Eu quero aproveitar para deixar um elogio e um agradecimento a cada um de vós que está desse lado. Quando digo que criei tudo isto sozinha, não levem a sério, pois a verdade é que tive (e tenho) uma grande e importante ajuda: a vossa!


E agora, é para vocês que vão os meus/nossos votos de Feliz Natal. Obrigada por estarem desse lado e obrigada por também se deixarem mostrarem um pouco mais a mim.


Que os próximos dias sejam prósperos em sorrisos, afectos e amor.


Um beijinho.


UA-69820263-1

Kiabi: a loja onde cabe toda a família

22.12.17 | Vera Dias Pinheiro

Ir às compras não tem de ser necessariamente uma dor de cabeça ou um quebra-cabeças orçamental. Vestirmo-nos bem, ter roupas adequadas às diferentes fases da nossa vida e até seguirmos as tendências (quem quiser), não tem que estar apenas ao alcance de alguns e nem tão pouco nos obriga a ter de frequentar sempre as lojas mais óbvias.


Felizmente a liberdade é cada vez maior e uma das (muitas) coisas boas do facto de Portugal estar na moda, é precisamente o interesse que várias marcas têm em expandir-se para aqui. Do nosso lado, fica a dificuldade em ultrapassar aquilo que se poderá chamar de um certo pré-conceito em relação a uma loja/marca/serviço somente porque o nome não nos diz nada ou porque, de certa forma, ficamos um pouco reticentes quando os preços são abaixo do que hoje em dia se considera normal. E, por fim, porque simplesmente escolhemos os dias errados para irmos às lojas. Por norma, temos mais tempo ao fim-de-semana - que é quando 98% das pessoas também tem. E lojas cheias de gente, demasiado confusas e, como tal, potencialmente mais desarrumadas não cativam ninguém. Acho que aqui todos concordamos, não é verdade?


Eu estive na loja da marca francesa Kiabi no Forum Sintra há alguns dias atrás para conhecer a colecção nova e, no fundo, a própria loja e um pouco também da marca em si. Não posso dizer que tenha sido uma descoberta totalmente nova, pois, na verdade, eu conheci esta marca em Lille, França. Foi um mero acaso, mas, na altura, lembro-me perfeitamente de ter comprado imensa roupa de verão para o Vicente, porque os preços eram super acessíveis, a roupa gira e, depois, foi roupa que se mostrou de qualidade.


Portanto, quando agora surgiu o convite da Kiabi, foi uma daquelas boas coincidências. E numa quinta-feira normal, de manhã, lá fui eu conhecer "oficialmente" a loja e a sua nova colecção para esta época do ano mais festiva. Deparei-me com uma loja luminosa, muito grande, com muita coisa, mas tudo organizado e arrumado, os preços mantinham-se dentro do que eu me lembrava. No entanto, para além da roupa de criança, há roupa para toda a família.


Há roupa para bebé, crianças, adolescentes, homens, mulheres, mulheres que vestem tamanhos grandes e para as que não vestem, roupa de dormir, roupa interior e até roupa de grávida! A Kiabi oferece um serviço bastante transversal e versátil, mas com estilo e com roupas giras, inclusivamente de tendência e tudo com um preço muito competitivo.


Falando com o responsável da loja, ele dizia-me que as pessoas só precisam de entrar uma vez e é verdade. Claro que se forem a um dia mais tranquilo, sem confusão, tudo isso contribui para a experiência que temos.


Um outro aspecto que convém referir, por ser uma mais valia para a marca e para o conceito da mesma, são os serviços que disponibilizam.


Primeiro, devem ficar a saber que a cada 15 dias sai uma colecção cápsula nova (já sabem que estas colecções são especiais e que esgotam rápido, pois tem stock limitado);


Segundo, no site da marca, podem fazer uma selecção dos artigos que mais gostam, mandam entregar na loja, sem terem que pagar nada, e dentro do prazo estipulado (cerca de 10 dias, penso) descolocam-se à loja quando vos der mais jeito para experimentar, sem serem obrigados a levar nada. Isto é brutal!


Terceiro, na própria loja, vocês têm autonomia para fazerem os vossos próprios pedidos. Imaginem que gostam muito de um artigo, mas não há o vosso número. Num dos computadores localizados na loja, consultam o stock do mesmo e, se o vosso tamanho tiver disponível, encomendam (também para a loja) e vão buscar mais tarde.


Eu própria tive necessidade de recorrer a este serviço. Três dos artigos que eu queria muito trazer, não havia o meu tamanho em loja. Por isso, fiz a encomenda. Um deles eram estas calças que fez grande sucesso no Instagram.

Mas, como eu dizia acima “que as pessoas só precisam de entrar uma vez na Kiabi”, eu quero dar-vos a oportunidade de vocês próprios terem a vossa experiência com a marca e inclusivamente partilharem comigo a vossa opinião. E para isso, nada melhor do que vos oferecer um cartão oferta com o valor de 50 euros em compras. Isso mesmo, em parceria com a marca, decidimos dar esta oportunidade a um de vocês.


kiabi

Para se habilitarem a serem o vencedor, só têm que estar atentos à mecânica do passatempo e respeitar todos os passos:


  • Seguir a pagina d’ As viagens dos Vs no Facebook e o perfil no Instagram;
  • Seguir a página da KIABI no Facebook e no Instagram;
  • Partilhar publicamente o post do passatempo no Facebook e marcar três amigos que adorassem receber este cartão oferta;
  • Preencher o questionário abaixo com os dados para depois procedermos ao envio do prémio ao vencedor:
 

Este passatempo tem agora início e vai decorrer até ao dia 28 de Dezembro. O vencedor é apurado através de random.org e será anunciado no dia seguinte. 


 

Participem! Partilhem! E Boa Sorte!!!


UA-69820263-1

Vencedores: Passatempo Filme "Coco"

22.12.17 | Vera Dias Pinheiro

Penúltimo passatempo em parceria com a Disney com três kits relacionados com o mais recente filme Disney*Pixar para oferecer e os resultados já estão apurados.

 

Muito obrigada a todos aqueles que participaram e se não foram um dos três vencedores, logo à noite ainda há uma última oportunidade. O último passatempo desta série de Natal, como já perceberam, será na véspera da véspera de Natal :) e o resultado apurado na véspera da véspera do Ano Novo.


Mas voltando ao Passatempo Disney*Pixar, cada um kits é composto por:

 

  • 1 Banda Sonora do filme "Coco"

 

  • 1 Banda Sonora Olaf

 

  • 1 Livro e 1 Poster

 

E sem mais demoras, os três vencedores são:

 

Claúdia de Barros Pebre Rodrigues

 

Hugo Duarte de Sousa

 

Maria Isabel Pinto Magalhães

 

____________________________

 

Muitos Parabéns!!!

 

Nota: Em relação ao envio dos vossos prémios, volto a lembrar que é da responsabilidade exclusivamente da marca.

 

Bom Dia.

 

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Preparar a mesa de Natal | Inspirações

21.12.17 | Vera Dias Pinheiro

Estou aqui num ritmo fernético para tentar terminar tudo o é importante durante o dia de hoje. Amanhã queria tirar o dia para pensar a sério no nosso Natal. Pois, se há coisa que eu gosto mesmo é de preparar a casa e a mesa de natal, mais em particular, para esse momento. Nos últimos anos tenho aproveitado muito do que já tenho, vou variando, compro um ou outro elemento novo, mas não queria propriamente desfazer-me de tudo o que tenho.


No entanto, talvez este tenha sido o ano em que me apeteceu verdadeiramente reciclar as decorações de natal, não o fiz com a árvore, porque não andei com grande disponibilidade de tempo para andar nas compras e quando fui, o que queria mesmo já tinha esgotado. Portanto, ando aqui às voltas com a mesa de natal, um pouco no registo less is more e a tentar sair um pouco do registo mais óbvio.


Contudo, ando igualmente a habituar-me a ser uma consumidora mais consciente e que faz o trabalho de casa. Um dos objectivos é ir às compras sempre com uma ideia do que quero para evitar distracções e gastos desnecessários. Com efeito, ando mais entusiasmada do que nunca com o Pinterest para tirar as minhas ideias e fazer os meus próprios mood  boards, que para este caso - da nossa mesa de natal - são três e que vou partilhar com vocês.


Esta ideia de fazer mood boards pode parecer ter pouco sentido, mas acreditem que nos ajudam muito e não estou a falar apenas deste tipo de coisas. Refiro-me inclusivamente aqueles momentos da nossa vida em que, por exemplo, andamos mais confusos, com demasiada coisa a ocupar-nos a cabeça e a mente ou quando inclusivamente queremos muito uma mudança na nossa vida... Sentar um pouco, visualizar aquilo que realmente queremos e colocar isso no nosso mood board tem mesmo efeitos bastante positivos para nós e para a nossa vida em geral.


Mas adiante :)


O que acham destas inspirações?


Com qual se identificaram mais: um, dois ou três?


Entretanto, todos os anos gosto de partilhar as mesas de natal do ano anterior, no entanto houve uma muito especial, que foi esta que fiz em exclusivo para a Ana&Vera da Save the Date - estava eu já muito grávida da Laura. E que hoje já teria feito de maneira diferente, como facilmente se pode ver.


Boa tarde.


UA-69820263-1

Dieta: Uma péssima altura para ter esta ideia!

20.12.17 | Vera Dias Pinheiro

Voltar ao básico! Ouvir o corpo! Limpar o organismo! Cuidar da mente! E descansar! Estas vão ser as palavras de ordem para os próximos tempos e até voltar a sentir-me bem. Que a cabeça ajude a fazer desta vontade uma certeza.


Pode não ter sido muito inteligente da minha parte iniciar este processo logo agora nesta altura do ano, em que as tentações gastronómicas são muitas. Porém, o meu corpo não me permitiu adiar mais tempo.


E daí a palavra dieta, que não está associada a uma necessidade de perda de peso, mas sim de limpeza do meu organismo. Infelizmente, no meu caso, todas as alterações do meu sistema nervoso afectam directamente a saúde do meu intestino, o nosso segundo cérebro, não é verdade? E não é à toa. Tenho sentido na pele a importância e o peso deste órgão no nosso bem-estar. Portanto, sem grandes dramas, porque felizmente o que tenho trata-se, basta que a cabeça e a mente obedeçam também.


E de onde é que veio tudo isto afinal?


Não é de agora. No entanto, eu senti uma mudança enorme ao passar de um filho para o segundo. A acrescentar a isso, não posso subvalorizar o ano inteirinho que passei sem dormir, a amamentação em exclusivo e em livre demanda (que foi maravilhoso, mas de uma enorme exigência para mim) e as poucas horas que ainda hoje durmo. Felizmente, não que isso se deva à Laura, mas para aproveitar o silêncio da casa e trabalhar.


Para além disso, os meus timings são sempre críticos. Nada acontece de uma só vez, vem tudo aos molhos e tudo de uma só vez. E a maternidade não tem sido excepção. À primeira gravidez, juntei uma mudança de país e de vida, numa fase já de si completamente nova e absorvente para mim, com o meu marido a viajar a maior parte do tempo. À segunda, despedi-me para começar uma carreira por conta própria, completamente do zero e com tudo o que isso significa.


Se acrescentarmos a tal privação do sono e que não tenho apenas um filho, mas dois. Acho que já tenho motivos mais do que suficientes para que, há pelo menos 4 anos, devesse estar mais atenta à minha parte emocional. E nem vou falar dos outros “quiproquós” com que a vida nos defronta não tão raras vezes.


Claro que ando com tudo para a frente sempre. Não abdico do ginásio e até me alimento bem. Mas ultimamente não havia energia para nada e, em termos de trabalho, eram mais as vezes que declinava a minha presença e mesmo para o ginásio, que é uma rotina importante para mim, a energia era pouca. Porém, foi a crescente falta de paciência para os meus filhos, sem eles terem culpa alguma, que me fez suar o alarme.


Era efectivamente mais fácil se nós realmente fossemos capazes de fazer tudo e de estar em todo o lado. Era mais fácil se, ao contrário de seres humanos, fossemos máquinas. Mas isso não é assim, com efeito é preciso saber abrandar o multitasking, as respostas em simultâneo e, às vezes, é preciso deixar de "alimentar" tantas outras pessoas para conseguir alimentar-me também a mim. A sensação que me dava, depois de tudo o que me era exigido, era a de um vazio enorme. Ou seja, não estava a haver um retorno para mim. E, ao que parece, a fonte de alimentação secou - a alimentação aqui é em sentido figurado, obviamente.


Dieta é, portanto, um nome técnico, não se preocupem. Mas é fundamental começar por aquilo que comemos para nos tratarmos. Eu acredito que alimentação cura tanto ou mais do que os medicamentos. E, no meu caso, tanto haviam dias em que eu não comia praticamente nada, seguido de outros em que não haviam horários, fora aqueles em que me dava para comer tudo o que me aparecia pela frente. E por muito que uma pessoa saiba toda a teoria, que sabe, quando somos nós, não é fácil darmos a volta sozinhos.


A ajuda de um profissional com o qual nos identificamos e em quem confiamos é fundamental. E alimentação é tão somente o princípio e a base de tudo. Não sei se alguém desse lado entende o que estou a falar ou que até possa sofrer do mesmo problema que eu. Mas há muito tempo que eu não passo um dia inteiro em que me sinta bem, bastava quase respirar apenas.


Portanto, vamos lá ver se eu consigo ter juízo agora durante o Natal, as férias com toda a família em casa, a passagem de ano, o aniversário do Vicente e a festa de aniversário do Vicente....


#wishmeluck


E se ainda não pararam para ouvir o vosso corpo, façam-no o quanto antes. Se estivermos à espera do momento ideal, ele nunca vai surgir.


 

Boa noite.


UA-69820263-1

(Ainda) Sobre o nosso Natal sem presentes

19.12.17 | Vera Dias Pinheiro

Há poucos dias atrás o meu marido olhava para a nossa árvore de Natal e dizia-me que, para ele, ainda era esquisito vê-la sem presentes. Parecia-lhe um pouco despida. E eu entendo. No entanto, a minha primeira reacção é sentir um sentimento de libertação enorme. Não ando stressada a pensar em presentes, não ando no meio da confusão das pessoas que anda às compras e sobretudo, estou concentrada apenas na mesa de Natal e no menu dessa noite, pois é aí que vamos estar todos reunidos, dia 24 e dia 25.


Obviamente que tenho lembranças para o resto da família, que não é assim tão grande, mas aquilo que eu quero é que a véspera e o dia de Natal não giram em torno dos presentes. O que eu espero é viver o convívio, as brincadeiras, as conversas e boa disposição de uma família (especialmente sendo o nosso núcleo já tão pequenino). Quero que os meus filhos se recordem destes momentos com alegria e da nossa boa disposição. Quero que me perguntem mais tarde qual era a receita das bolachas que fazíamos para deixar ao Pai Natal, por exemplo.

Na minha opinião, educar uma criança nos dias de hoje é completamente diferente de quando eu era criança. Em pequena, lembro-me perfeitamente do entusiasmo com os presentes, com as surpresas que os meus pais preparavam e com a dúvida se eles tinham ouvido os meus pedidos. Esperávamos ansiosamente pela meia-noite e depois era ver a sala com papéis de embrulho por todo o lado, misturado com o cheiro do café da borra e das filhoses.


Nos dias de hoje as crianças estão sempre a receber presentes, lembranças, alguma coisa nem que seja por se terem portado bem no supermercado. O maior poder compra levou ao aumento do consumo. E, se por um lado, isso teve (e tem) um lado bastante positivo, por outro, veio banalizar também o valor que atribuímos às coisas.


Muitas vezes acabamos por querer algo apenas porque sim e as crianças quanto mais têm mais querem. E nisto a culpa não é de ninguém e é, ao mesmo tempo, de todos nós. Vivemos numa sociedade que se orientou desta maneira. Mas não nos podemos alhear dos efeitos menos bons de tudo isto.


As crianças querem muito uma coisa para depois se fartarem passado cinco minutos. Querem muito uma coisa porque os amigos da escola têm, porque viram na televisão, porque acham que precisam (muito) e também porque se dá a impressão que é tudo muito fácil e acessível. As crianças não têm a maturidade (ainda) necessária para perceber que as "moedinhas" que usamos para comprar, levam o seu tempo (e trabalho) a juntar-se. Essa maturidade cabe-nos a nós ter.


Com efeito, dizer que nós não oferecemos presente no Natal, ou mesmo nos aniversários, aos nossos filhos não é privá-los de nada. Aliás, os meus filhos têm tudo aquilo que precisam e mais ainda. Têm oportunidades incríveis que muitos meninos e meninas não têm.


O Natal é uma época especial, tem um significado mais profundo. Nesse sentido, se andamos um ano inteiro a “consumir”, então que agora se invertam os papéis. Que o Natal seja uma época diferente de todas as outras.

A magia que eu lhes tento transmitir está associada as experiências que lhes proporcionamos, às viagens que fazemos e ao tempo que lhes dedicamos em exclusivo nesses dias, à visita ao Pai Natal, às bolachas em forma de estrela que fazemos para levar para a escola, às decorações de Natal que preparamos, às idas ao teatro, aos passeios para ver as iluminações e tudo mais que a nossa imaginação (e o tempo) permitirem fazer.


Com isto não obrigo avós, amigos ou outros familiares a fazerem o mesmo que nós. Têm toda a liberdade para oferecerem presentes ao Vicente e à Laura. Mas enquanto eu conseguir, vou tentar ao máximo que o valor dos presentes seja deixado para terceiro ou quarto lugar.


E, por fim, tenho a sensação de que andamos tão atarefados com tantas outras coisas que nos esquecemos de aproveitar o mais importante nestes momentos, a companhia uns dos outros e isso presente algum substitui. E sem querer sem muito down, num ano tão marcado por perdas de pessoas, umas mais cedo que outras e outras de forma mais inesperada do que outras, não há como negar que a vida é volátil e que o tempo não é piedoso. Portanto, vamos gozar-nos da companhia uns dos outros o mais que podermos!!!


 

Boa noite!


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