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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

As cores da estação na maquilhagem | Avon Portugal

31.10.17 | Vera Dias Pinheiro

Na sequência da comemoração dos 35 anos da Avon em Portugal, a marca convidou-me a conhecer alguns dos seus produtos de maquiagem com tendência outonal e a partilhar a minha opinião em relação aos mesmos. Ora, sendo eu uma pessoa um pouco avessa às compras à distância, nunca tinha experimentado qualquer tipo de produto da marca, cuja venda é feita através de catálogo. No entanto, deixo aqui a ressalva, pois os catálogos, esses eu vejo-os todinhos de uma ponta à outra. Com efeito, de certa forma e mesmo podendo parecer um pouco contraditório, a verdade é que a Avon é uma marca que me é muito familiar desde sempre.

 

E eu pensei: porque não? Até é algo que eu gosto e que faz parte do meu dia-a-dia. Como tal, aceitei o desafio, não só pela possibilidade de, finalmente, poder experimentar produtos da marca, mas também para me forçar a ultrapassar esta minha "barreira", pois acreditem eu acompanho tudo online, só que depois… sei lá, acabo por preferir a forma tradicional.

 

A partilha desta experiência acabou por ficar reservada para o dia de hoje com um propósito, pois o objectivo é usar produtos mais arrojados e não sendo o tipo de maquiagem que eu uso no dia-a-dia, o dia de hoje - Halloween - pareceu-me o mote certo para vos mostrar o resultado final.

 

No entanto, antes disso, acho que vos devo tranquilizar, dizendo que tudo o que vocês vão ver a seguir foi feito em trinta minutos. Refiro-me ao TUDO e não apenas à maquiagem. Falo de preparar o cenário, a máquina fotográfica, o tripé - pois sou eu a fotógrafa de mim mesma; maquiar, fotografar, continuar a maquiar e continuar a fotografar e depois arrumar tudo antes da Laura lhes pegar.

 

Como qualquer mãe que tem uma criança consigo o tempo inteiro, não me sobra muito tempo para este tipo de coisas. É tudo programado ao mais ínfimo minuto e garanto-vos que à volta deste cenário aparentemente idílico, parece que caiu um meteoro na sala. Se calhar iriam gostar que vos dissesse como é que eu consigo... pois, na verdade, aquilo que eu faço é abstrair-me durante o tempo que tenho estipulado para trabalhar. Ao fim da tarde, terei tempo para me dedicar a tudo o resto - que, infelizmente, não se transformou por magia. 

 

Bom, mas voltando ao que importa. O foco desta maquiagem, foi-me dito, para ser os olhos e, para isso, iria poder escolher algumas sombras da linha Mark, uma fórmula em pó com pigmentos minerais. As cores são todas bastante fortes e eu optei por conjugar as três que melhor se identificam comigo: um tom mais claro para servir de base, uma espécie de nude mais escuro para a zona do côncavo e, por fim, um roxo que acabei por aplicar no canto interno dos olhos.

 

Contrariamente a outras sombras em pó que já tinha usado antes, estas são bastante luminosas/brilhantes, deixando o olhar automaticamente mais luminoso e bastante pigmentadas. Portanto, as cores são muito fortes e, mesmo as mais claras, notam-se perfeitamente nos olhos e, para além disso, fixam muito bem na pálpebra - e eu aqui nem usei primer de olhos. Finalmente, na minha opinião, deixam uma espécie de efeito metalizado do qual eu gosto bastante.

 

Para completar esta maquiagem, aproveitei a ocasião para experimentar alguns produtos Avon, nomeadamente:

 


produtos maquilhagem Avon

 

Base Rejuvenescedora FPS 15 ANEW

 

Este foi o produto que correu menos bem a escolha, algo que até se percebe. As bases são aquele tipo de produto que tem mesmo que se experimentar para ter a certeza qual a que melhor se adequa ao nosso tom de pele. Ainda assim, gostei da textura.

 

O pó compacto Rejuvenescedor ANEW - que gosto de usar para fixar a base e o corrector. Até agora só tinha usado pó translúcido e queria muito experimentar um com cor e aqui está ele.

 

Big&Style Máscara de Pestanas Mark

 

Mark Blush em creme - há muito que andava à procura de um deste género, pois acho que dá um aspecto mais natural.

 

Terminei com um batom da colecção que assinala precisamente este aniversário, um Liquid Shine neste tom purple.


Como não tinha qualquer referência relativamente aqueles que poderão ser ou não os melhores produtos da marca, acabei por escolher em função das características que eu mais valorizo.

 

Leitoras consumidoras Avon, se estiverem desse lado, deixem nos comentários quais os vossos produtos preferidos da marca, já agora 😊

 

Entretanto, o que acharam desta mega produção para terminar o dia em banhos e jantares? 😊

 


produtos de maquilhagem avon

 

Boa noite.

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Afinal, ficamos mesmo com menos tempo

30.10.17 | Vera Dias Pinheiro
Ando com vontade de deixar de fazer verniz gel, gelinho ou o que lhe quiserem chamar. Das últimas vezes, senti a luz muito forte nas unhas, de tal forma que me magoava. Juntando isso, ao facto de ter lido tantas notícias a avisar dos perigos da luz dos fornos, andava (e ainda ando decidida) a deixar de o fazer.No entanto, a alternativa tem sido ter deixado de andar com as unhas pintadas e porquê? Porque não tenho tempo para as pintar, aliás, não tenho tempo para depois as deixar secar convenientemente evitando acordar com o verniz cheio de bolinhas. Isso não tem acontecido!</p>
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Como lidar com os ciúmes "escondidos"?

30.10.17 | Vera Dias Pinheiro

Mesmo quando achamos que temos tudo controlado e que sabemos exactamente o que se está a passar à nossa volta, não podemos subestimar os detalhes. O Vicente foi uma criança que sempre reagiu bem à chegada da irmã, nunca o vi com reacções do género de dizer que era melhor quando ela não estava connosco, que não gosta dela, também nunca o vi ser agressivo ou algo parecido. Tudo aquilo que se passa acaba por ser o normal entre irmãos e os ciúmes nunca foram motivo para preocupações de maior.


No entanto, e como é compreensível, à medida que o tempo vai passando e a Laura vai crescendo, a sua personalidade (forte) faz-se cada vez mais sentir para todos. Logicamente que com isso, é o seu espaço (do Vicente) que começa a ficar mais pequeno, menos evidente e cada vez mais ameaçado pela presença da irmã.


No dia-a-dia, a minha postura tem sido a de não massacrar o Vicente com a responsabilidade de ser o irmão mais velho e com isso, fazê-lo sentir-se em desvantagem em relação à irmã. Tento ser justa na avaliação das situações e não me concentrar apenas no Vicente por ser o único a ter, por assim dizer, uma capacidade de resposta. A Laura, embora mais nova, entende tudo, tem um feitio especial, é teimosa e sabe tirar partido de ser segunda filha.


Contudo, é uma bebé e como todos da idade dela, está na fase de nos surpreender com mil e uma coisa, o que faz com que muito facilmente estejamos a rir-nos de algo que tenha feito ou dito. Está na idade engraçada e sabe disso. Todos nós nos rimos com ela, incluindo o irmão.


E não é nem a primeira e nem a segunda vez, que, quando por algum motivo, estamos mais direccionados para a Laura, que o Vicente fica sem jeito, quer rir, mas ao mesmo tempo sente ciúmes naturalmente – sente algo que ele próprio nem sabe exactamente o que é. Rapidamente tentamos dispersar a atenção e a coisa fica por ali.


Porém, também é verdade que ultimamente, quando menos esperamos, o Vicente surpreende-nos com atitudes que nada têm a ver com ele. Podiam ter, mas pintar paredes, abrir janelas quando ninguém está por perto e outras coisas deste género, não fazem o perfil dele. Sempre foi uma criança calma nesse tipo de comportamento mais perigosos e desafiantes.


Este fim-de-semana foi a cadeira de refeições da irmã a virar um quadro de Monet, enquanto a avó adormecia a irmã e os pais tinham saído, durante a semana foi abrir a janela para ver se o pai estava a chegar, enquanto dava banho à irmã e ele pediu para ser o último e a estas, juntam-se outras coisa que, talvez no momento, tenha reagido como sendo um “mau comportamento”, e não como sendo a forma que ele encontrou para exteriorizar tudo aquilo que a sua idade ainda não lhe permite verbalizar.


Da nossa parte, acho que, como supostamente tem corrido tudo bem face aquilo que pudéssemos imaginar, talvez tenhamos subvalorizado um pouco a história dos ciúmes e os próprios sentimentos do Vicente. Os pais andam sempre em terreno incerto, sem margem para grandes distracções, sobretudo quando temos um filho que não verbaliza muito o que sente, porque fica aborrecido, o que quer e o que não quer. Este é o meu grande desafio com o meu filho mais velho, contribuir para que seja mais expansivo e senhor das suas opiniões. Fora isso, é mesmo um facto que tenho que estar mais atenta aos pormenores e a coisas que posso pensar que são inocentes ou que estou a fazer bem em dizê-las de uma forma e cujo efeito possa estar a ser o oposto.


E, por aí, como gerem do vosso lado - da relação pais - filhos - todas estas subtilezas e delicadezas no dia-a-dia de quem tem mais do que um filho?


Boa tarde.


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Pão por Deus | Mãos na massa e broas quentinhas

29.10.17 | Vera Dias Pinheiro

 

Brincamos ao Halloween, mas a tradição que levamos mesmo a sério é o Pão por Deus. Desde miúda, que o cheiro das broas de mel da minha mãe me acompanha, com a certeza de que não existem outras iguais. E, desde miúda, que recordo o som das campainhas a tocar, as vozes e os passos apressados das crianças que andavam, prédio acima e prédio abaixo, a pedir o “pão por Deus. Eu própria o fiz, bem mais miúda, na aldeia da minha mãe, a cerca de vinte minutos do centro da cidade de Santarém.

 

Considero-me uma pessoa religiosa q.b e embora não seja praticamente, os princípios e as bases estão cá. Mas, acima de tudo, existem tradições, as quais faço um esforço por não as deixar cair no esquecimento, especialmente agora que tenho filhos. Para mim, são, de certa foram, estas pequenas coisas que dão forma e cor à nossa história e às nossas origens.

 

No ano passado, convenci a minha mãe a recuperar a sua receita antiga de broas. Sou suspeita, mas não existem outras tão boas como as dela. Quem se lembra? Foram tantos os pedidos da receita que acabei, mais tarde, por publicá-la neste post: As broas da avó | A receita

 

É uma receita que dá trabalho, sobretudo a parte de amassar, por isso tive que recorrer aos netos para efectivamente a convencer. O Vicente, contrariamente a qualquer expectiva que tivesse, entusiasmou-se de tal forma que não arredou pé de junto de nós, meteu a mão na massa e fez as “bolinhas” para levar ao forno. No dia seguinte, ia cheio dele mesmo, com o seu saquinho de broas para levar para partilhar na escola.

 

E foi de tal forma marcante para ele que passou o ano todo a falar nisso, pelo que, mesmo que quiséssemos, não havia forma de escapar à tradição. Convidamos a melhor amiga, metemos a cozinha virada do avesso, a avó ficou de rastos, mas continua a valer tanto a pena retomar estes momentos e explicar a sua importância. No final, é mais uma prova de entre ajuda entre todos. Afinal só come quem ajudar. 😊

 

Continuam a ser as melhores broas que já comi, não existem outras iguais – e com isto já começo a tornar-me repetitiva, não é? Mas são mesmo, não é por ser minha mãe e não é por serem feitas por nós. E se foram já afoitas pegar na receita, aviso que dão trabalho. Contudo, pergunto se não serão momentos como estes que contribuem para fortalecer os laços de uma família?

 

Na minha opinião, sim e mesmo que a avó refile sempre um pouco, a verdade é que acaba por partilhar sempre do nosso entusiasmo. A avó refila e tem razão, pois grande parte do trabalho cabe-lhe a ela ou não fosse ela a grande responsável por tudo isto se tornar real. É ela que tem a mão forte para amassar a massa e é ela que consegue decifrar a receita que ninguém tem coragem de tirar daquele papel tão vincado, já meio rasgado e cheio de manchas de azeite. É ela que sabe quando é que a massa está no ponto e é ela que, no fundo, tem aquela paciência que só as avós conseguem ter – e que ninguém ainda descobriu onde é que elas a vão arranjar, certo?

 

Este foi “o” momento do nosso fim-de-semana; a hora mudou, mas nem aquela hora extra foi sinonimo de dormir mais, nem mesmo quando o Vicente só acabou por ir para a cama já muito depois da sua hora. Antes das 8h já o tinha junto a mim a dizer-me que tinha fome. Seguiu-se a irmã e, num derradeiro e ultimo esforço, tentamos enfiá-los aos dois na nossa cama e ver se dava para descansar mais uns minutos. Não houve jeito!


Mas atenção, eu não me esqueço da cadeira de refeições da irmã transformada num quadro de Monet, assim como mais duas partes espalhadas por outros dois cantos…. Da parede! Fiquei em choque por ser uma atitude que n-a-d-a tem a ver com o perfil do Vicente. Ainda em relação a isto, deve ter ficado com tanto peso na consciência que, no dia seguinte de manhã, ofereceu-se para arrumar todo o escritório (aka quarto dos brinquedos) sozinho, coisa que, alías, fez com distinção.

 

"Estás orgulhosa de mim, mãe?", foi a pergunta que ele me fez no final... óbvio que sim, mas mais importante é perceber que, no fundo, tu sabes o que é para fazer e sabes como o fazer.

 

Boa noite e bom início de semana, esta um pouco mais curta.

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Coisas absurdas que os pais pedem aos filhos

27.10.17 | Vera Dias Pinheiro

Às vezes tenho perfeita noção de que esta coisa de ser mãe (e pai) nos leva a pedir coisas um pouco absurdas aos nossos filhos. Talvez porque a responsabilidade de educar uma criança nos leva a tratá-las como se de pessoas adultas se tratassem, com o entendimento de pessoas com todo um outro nível intelectual e de maturidade.


Tentamos impor regras para as suas próprias brincadeiras; sentamo-nos com eles munidos com todas as instruções dos jogos, seguimos à risca os modelos que acompanham apenas para servir de exemplo. Quando, na verdade, as brincadeiras servem maioritariamente para estimular a criatividade, a concentração e o convívio na família.


Pedimos que falem demasiado baixo, que gesticulem pouco, que falem de menos, que adormeçam em segundos, que comam tudo, sem pensarmos que nós próprios nem sempre temos a mesmo apetite. Exigimos a perfeição quando ela não existe nem para nós próprios.


Usamos frases demasiado complexas, sem pensar que algumas das palavras eles nem sequer sabem o que quer dizer. Esquecemo-nos que estamos perante um ser humano que tem estados de humor que também oscilam; dizemos que só avisamos mais uma única vez, como se eles tivessem a capacidade de perceber tudo o que lhe dizemos e, sobretudo, de fazer tudo o que lhe pedimos.


Somos pais, por vezes, um pouco ditadores que nos importamos mais em exigir do que em aproveitar um tempo que não volta atrás e que passa à velocidade da luz. Ser mãe de dois tem me trazido alguma tranquilidade neste aspecto. A fera das rotinas foi forçada a entender que não existem princípios universais e que somos nós a ter que nos adaptar a personalidade de cada filho, ao invés serem eles a ter que se adaptar à nossa.


Estaremos sempre a rumar contra a maré caso entendemos que o nosso papel é impor regras, explicar o que está certo e o que está errado a toda a força. Se nos colocarmos no lugar deles, facilmente percebemos que nós próprios não seriamos capazes de fazer aquilo que muitas vezes exigimos.


Às vezes tenho perfeita noção de que esta coisa de ser mãe (e pai) nos leva a pedir coisas um pouco absurdas aos filhos. Vocês não?


E a propósito deste assunto, quem se lembra deste post: Filhos: os primeiros (e exigentes) anos são para os pais ?


Boa noite.


  
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Tirei dois dias de férias sem pré-aviso

27.10.17 | Vera Dias Pinheiro

Trabalhar por conta própria tem que ter algum tipo de privilegio, para mim, foi poder tirar dois dias de férias sem pré-aviso e a meio da semana. Acordei há hora do costume, despachei os miúdos como de costume, o Vicente foi para a escola com o pai como de costume, a Laura ficou com a avó como acontece sempre que preciso de ajuda para conseguir trabalhar ou quando tenho algum evento ou compromisso importante. Assim que fiquei sozinha em casa, voltei para a cama e dormi mais umas duas horas bem à vontade. Dormi como já não me lembrava de ter dormido, acordei como já não me lembrava de acordar: em silêncio e sem ninguém aos berros ou a exclamar sem parar "tenho fome", "a rua já está azul, mãe, levanta-te". E eu, rebolando da cama e ainda de olhos fechados, levanto-me.


Esta quarta-feira decidi unilateralmente que merecia estes dois dias de mais ou menos férias, afinal, tem que haver algum tipo de vantagens no facto de trabalhar por conta própria e ser o patrão de mim mesma. Não disse nada a ninguém para não sentir qualquer tipo de peso na consciência ou remorso. O facto de trabalhar em casa acaba por estar sempre associado maioritariamente a uma série de vantagens e regalias, que tem, sem dúvida, mas nem sempre nos lembramos de olhar para o outro lado, nem eu própria tinha a noção antes de trabalhar por conta própria. A pressão de, se não formos nós, mais ninguém faz, a dificuldade em criar um horário fixo de trabalho, acabando por transformar todos os dias do ano em dias de trabalho, são algumas dessas coisas que estão no "outro lado". No fundo, como qualquer outro trabalho, existem prós e contras.


Estes dois dias férias serviram basicamente para dormir aquele extra de manhã, pois, na verdade, continuei a trabalhar e fazendo um balanço desta semana, foi até bastante interessante. Com a necessidade de estar sempre a criar conteúdos novos, falta-me tempo para outras coisas igualmente relevantes, como ser proactiva na procura de oportunidades que tornem tudo isto que eu faço algo rentável. Pois, sejamos honestos, não existe um mundo cor-de-rosa, a verdade pura e dura é que, ao final do mês, há responsabilidades a cumprir, há toda uma família e uma casa para sustentar. No entanto, decidi que nestes dois dias ia retirar de cima de cima de mim a pressão do conteúdo, das horas certas das publicações e tudo mais que envolve a criação de um post até ele seja finalmente publicado. Sabiam que, por exemplo, no meu dia-a-dia, eu também sou administrativa e contabilista?


Mas não foi fácil sentir que "está tudo bem!" que, afinal, como qualquer outra pessoa, eu também preciso de momentos em que paro, limpo a cabeça, encontro novas ideias e inspirações para voltar a escrever. Um dos conselhos que me deram e que nunca esqueci foi: escreve quando sentes que tens um conteúdo suficientemente interessante, não publiques apenas pela obrigação de o fazer. E nem sempre cumpro, mas, desta vez, consegui.


No entanto, outra das razões que me levou a autorizar estas mini férias a mim mesma a meio da semana, à socapa, sem ter dito nada a ninguém, sozinha em casa, foi precisamente sentir que há cinco anos que eu não consigo parar de verdade. Nestes cinco anos de maternidade só fiquei sem filhos uma única vez, tinha o vicente dois anos e meio e fomos ate à cidade do Porto passar dois dias.


E fazendo uma retrospetiva a este período da minha vida tem sido mais ou menos isto: eu engravidei, tive o Vicente, veio o pós-parto, mãe a tempo exclusivo, mudei de país e o nosso núcleo erámos nós os três; quando o Vicente estava a ficar mais crescido e autónomo, permitindo-nos mais alguma liberdade e regressados a Portugal, decidimos que era o momento de pensar no segundo filho, engravido, com todo aquele processo hormonal, emocional e psicologicamente delicado para o conseguir, a Laura nasce e eu passo praticamente um ano sem dormir.


Sabemos que com filhos à nossa volta há sempre alguma coisa para fazer, não existem tempos mortos, não existe silêncio e há pouco espaço para que, parte da nossa vida, se desenrole um pouco mantendo a nossa individualidade. Na verdade, até me sinto um pouco egoísta ao dizê-lo, mas sentir falta destes momentos, não nos torna melhores ou piores pais. Aliás, acho que nos torna pessoas mais conscientes por sabermos que para o nosso equilíbrio e para que as pessoas à nossa volta recebam o melhor de nós, é preciso que o nosso eu esteja em "paz" e tranquilo. E talvez agora que sinto que fechei o ciclo da maternidade, que isto se tornou mais presente, sinto falta de ter momentos de liberdade para além daquelas duas ou três horas em que fugimos para almoçar ou jantar.


Mas onde tudo isto se torna ainda mais evidente é nos momentos em que atingimos aquele cansaço extremo em que nós próprias entramos num loop em que já não conseguimos tolerar uma birra ou outro tipo de comportamento sem levantar a voz. E o pior é que sabemos que estamos a ser injustas e que apenas estamos a descarregar. E eu andava assim a gritar de mais e com paciência de menos.


E foi assim, tirei dois dias de férias para basicamente dormir uma manhã na cama, não disse nada a ninguém e não deixei de cumprir as minhas obrigações e responsabilidades enquanto mãe, por causa disso.


 

Estão desse lado mães que sentem o mesmo que eu, a trabalhar por conta própria ou não? :)


  

Boa tarde.


  
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Halloween divertido à nossa maneira

24.10.17 | Vera Dias Pinheiro

O Halloween não é propriamente o nosso forte em termos de comemorações e festividades, talvez por não ser um tradição realmente nossa. No entanto, isso não quer dizer que o deixemos passar completamente ao lado. Afinal, é um dia em que podemos ser quem quisermos - quer dizer, mais ou menos, dentro da temática do dia - e, por isso, podemos fugir do habitual, arranjando mais um ou outro pretexto para umas brincadeiras extra. Claro que é quando se tem filhos que tudo isto faz um pouco mais de sentido e, como tal, que nos esforçamos mais por assinalar todos estes momentos com eles e por ter ideias criativas que puxem pela sua imaginação.

 

Este ano, no entanto, ainda pensei que não fosse fazer nada de especial, sobretudo que pudesse ser usado como conteúdo para o blog. Mas como eu ainda sou uma pessoa determinada, na sexta-feira passada decidi que ia haver um vídeo de Halloween, porém não um vídeo qualquer. Ia ser um vídeo para dar o meu melhor, contando para isso com a ajuda preciosa do Vicente e da Laura.

 

E assim que partilhei com o Vicente qual era a minha ideia, foi imediato o seu entusiasmo. Agora que tem inglês mais a sério na creche, disse-me logo que sabia o que era o Halloween e que queria muito fazer a "alimentação" (entenda-se decoração) das abóboras comigo. :) Para a Laura tudo serve de pertexo para brincar e sobretudo para fazer asneiras - como aliás se vê no vídeo - e, como tal, não foi preciso convencê-la a nada.

 

A ideia era decorar duas abóboras usando materiais diferentes em cada uma, mas sempre de forma simples e fácil, precisamente para que tanto o Vicente como a Laura pudessem fazer parte desta brincadeira. As roupas, obviamente que tínham que ser alusivas ao dia, por isso, recorri à colecção de Halloween da C&A para me ajudar. Estas são ocasiões muito pontuais e, por esse motivo, roupa é só mesmo para dar um "ar". E a verdade é que até podemos correr o risco das crianças não estarem para aí viradas quando chegar o dia de se "mascararem". Com efeito, as minhas escolhas são as mais económicas possível e também o mais prático. Queremos crianças confortáveis para brincarem o mais que puderem e foi isso que encontrei quando descobri que esta marca tinha uma colecção temática alusiva ao Halloween.

 

E, agora, deixo-vos com algumas fotografias "dos bastidores" do dia em que gravamos o nosso vídeo:

 

    • Conjunto da Laura:



 

    • Conjunto do Vicente:

 

roupa de halloween C&A roupa de halloween C&A roupa de halloween C&A

 

    • Eles, amorosos, a fingir se são realmente assim um com o outro:

 

roupa de halloween C&A

 

E para quem ainda não viu, o nosso vídeo está aqui:

 


 

Espero que tenham gostado.

 

E, por aí, celebram o Halloween ou, pelo contrário, não ligam nenhuma a esta tradição?

 

Boa tarde.

 

Outras dicas ja partilhadas por aqui: DIY Halloween: Morcego a partir de caixas de ovos

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