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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

A escolha do pediatra é um tema sensível!

18.07.17 | Vera Dias Pinheiro

Hoje foi o dia de conhecer a nova pediatra do Vicente e da Laura. A primeira consulta é sempre importante, ainda que não seja completamente decisiva quanto ao decorrer desta relação. Por que é disso mesmo que se trata, de uma relação que tem que ser próxima e de confiança. Por isso, esta primeira consulta é quase exploratória, para nós, pais, que temos sempre as nossas expectativas em relação ao profissional de saúde a quem confiamos a saúde dos nossos filhos e, para eles, filhos, para quem é importante sentirem-se vontade e com empatia - isto é algo já bem visível no Vicente que não parava de nos perguntar porque tinha que mudar de "doutor".


Eu não me considero uma mãe demasiado exigente nem sou demasiado picuinhas com as coisas. (Acho eu) que tenho algum bom senso e que descomplico muito o dia-a-dia com filhos. Não é à mínima febre, dor ou incómodo que vou a correr para o hospital ou que entro em contacto com o pediatra ou tão pouco que entro em pânico. No entanto, preciso de me sentir confortável segura. Preciso ficar descansada com o cuidado com que observa os meus filhos e não posso sair das consultas com dúvidas. E valorizo, igualmente, a disponibilidade fora das consultas, porque eu evito ao máximo as urgências e como não gosto de medicar só porque sim, é importante haver esse lado profissional por perto.


Mas encontrar "o pediatra" não é fácil e a dificuldade começa logo quando se aproxima o nascimento. Pedimos referências, procuramos ouvir opiniões, experiências. E depois, quando finalmente, achamos ter encontrada um ou dois profissionais que nos interessam, tentamos marcar a primeira consulta e das duas, uma. Ou é possível marca, mas só daí a muitos meses ou, então, já não está a aceitar novos bebés. Foi precisamente isto que se passou connosco da primeira vez, acabamos por ficar com a única pediatra com agenda e que estava a aceitar novos pacientes.


Confesso que não começou bem e não mudou com a continuidade. A primeira pergunta que me faz, na primeira consulta, foi se trazia a lista das dúvidas em relação ao bebé. Achei a pergunta descabida, não tinha lista, não tinha dúvidas propriamente ditas e estava a contar com o seu apoio e orientação. Mas aquela pergunta caiu-me mal e fez-me sentir, por momentos, "incompetente". Não foi grave, porque tivemos uma segunda pediatra no período em que vivemos em Bruxelas e que eu adorava.


Com o regresso, recusei-me a continuar, fizemos todo o processo novamente e lá encontrarmos um novo pediatra. É atencioso, transmite segurança e estabelece uma óptima relação com as crianças. Mas nunca foi tão disponível quanto aparentemente seria e, ultimamente, o tempo de espera para as consultas era uma eternidade. No ano catastrófico em termos de doenças para o Vicente - o primeiro ano da creche - valeu-lhe que a única vez em que esteve disponível ter sido a mais importante de todas, a mais grave e a que deixou o Vicente internado uma semana. Lá está, a confiança e a segurança que este pediatra transmitia e que me deixava tranquila. Entretanto, a Laura nasceu e começou também a ser observada por ele e apreciei bastante a forma como encara a amamentação. Devo-lhe, sem dúvida, também a ele o facto de termos conseguido chegar tão longe. Lá está, a tal segurança que não me fazia mudar.


 Mães que procurem um pediatra a favor da amamentação e nada stressado com percentis e gramas, este é O pediatra. Ele vai olhar para o vosso bebé como único e sem comparações.

Porém, por motivos burocráticos tivemos que mudar - acho que só assim para tomar esta decisão. E, agora, voltamos ao ponto de partida.


Se gostei? Sim, gostei!


Se foi atenciosa? Sim, foi!


Se disponibilizou imediatamente os contactos? Sim, também!


Mas é tudo novo, preciso de tempo para perceber, embora ache que só vou realmente conseguir ter uma resposta concreta quando algo mais sério acontecer - Lagarto! Lagarto! Lagarto! De qualquer forma, os dois já estão numa fase em que vão muito menos ao pediatra e em que é preciso ter alguém vigilante, atencioso e profissional por perto. Vamos ver como corre.


E, por aí, este é também um tema que vos preocupa? Foi difícil encontrar o pediatra certo ou, pelo contrário, acertaram logo à primeira?


Boa noite!


 
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