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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

Por onde andei eu esta semana? | Eventos

30.06.17 | Vera Dias Pinheiro

 

Nas últimas semanas não tem sido fácil conjugar os horários, o trabalho, a Laura que andou com febre, o ginásio (que é a minha pausa de almoço, todos nós almoçamos, não é verdade? Eu também, mas também vou ao ginásio), as idas ao supermercado, as lides domésticas, etc.. etc... Por isso, não tenho consigo estar presente em muitos eventos, ainda assim, nesta semana, aqueles a que foi, diverti-me bastante. Foram experiências que saíram um pouco fora daquilo que é o habitual e quando assim é, vale sempre a pena ter saído de casa.

 

Para começar, na terça-feira, estive no Sky Bar do Hotel Tivoli, na Avenida da Liberdade, um rooftop que vale a pena conhecer, ficar para beber alguma coisa, desfrutar da vista sobre a nossa cidade de Lisboa e, se o tempo estiver bom, apanhar um pouco de sol. O convite foi-me feito pela UCAL. Quem não conhece o famoso - e único para alguns de nós - leite com chocolate da Ucal?

 

O objectivo era dar a conhecer uma nova embalagem mais prática, mais leve e mais fácil de transportar. Para mim, a grande vantagem que vi imediatamente foi o facto de ser kids-friendly. E porquê? Porque é de plástico e tem tampa de enroscar. Depois de Ucal 0% lactose esta a grande novidade da marca.


Bom, mas o convite estendia-se ainda a um pequeno-almoço e a uma companhia, como direi eu, um pouco diferente do que é habitual.... descubram lá nas fotografias abaixo de quem estou a falar :)


Logo no dia seguinte, quarta-feira, tive a oportunidade de conhecer um local que há muito queria visitar, o Kiss the Cook, no Lx Factory. Um espaço que nos proporciona experiências de showcooking muito divertidas e interessantes. O convite desta vez, chegou-me por parte de uma marca pela qual tenho muito carinho, a Terra Nostra

 

Quem não se lembra da nossa viagem aos Açores? Foi a primeira viagem de avião da Laurinha :)

 

Como é natural, a experiência de showcooking foi feita a partir dos sabores Terra Nostra. Foi um momento divertido de convívio e até tivemos o nosso momento Master Chef. Depois de saborearmos a entrada que nós próprios tínhamos feito, fomos surpreendidos com uma caixa surpresa e em apenas 20 minutos tivemos que dar largas à imaginação, preparando um prato principal usando os ingredientes que vinham dentro dessa caixa.


Se quiserem a receita, avisem, pois eu tirei nota mental para repetir de novo em casa. Estava tudo óptimo e saboroso :)

 

Com uma experiência de realidade virtual, tivemos ainda a oportunidade de nos deslocarmos até a sítios icónicos dos Açores como a Lagoa do Fogo e a Cascata da Achada. Esqueceram-se foi de me avisar que pessoas como eu que sofrem de vertigens, podiam "assustar-se"... ahahah E também não viemos embora sem uma sessão de Karaoke.


Por fim, fechei a semana com a visita a uns dos meus locais preferidos em Lisboa, o Palacete Gomes Freire, localizado precisamente na Rua Gomes Freire nº 98, para conhecer a nova colecção de uma marca da qual eu gosto muito, a Adidas! Mais uma vez surpreendente e com modelos para usar cada vez mais fora do ginásio. Penso que daqui a algumas semanas já poderão encontrar as primeiras peças da colecção Outono-Inverno 2017 nas lojas.

 

Não vos posso mostrar muito mais do que esta fotografia, pois ainda está tudo no segredo dos deuses :)

 


adidas

 

Este fim-de-semana vamos estar por Lisboa, mais ou menos calminho, porque para a semana tenho uma surpresa preparada para toda a família! Mas não vos posso contar ainda, pois assim eles vão ficar também a saber. Aliás, para a semana vão ser só surpresas. Dia 6 de Julho já poderei revelar o projecto muito giro do qual eu irei fazer parte. Fiquem atentos e espero que gostem, claro!

 

E, por aí, planos para estes dias? Será que o tempo vai permitir umas idas à praia?

 

Boa noite.

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A chantagem dos quatro anos

29.06.17 | Vera Dias Pinheiro

Tenho por principio que não devemos tentar mudar um comportamento dos nossos filhos oferecendo-lhe uma recompensa. E, sim, o caminho mais eficaz não é de todo o mais fácil .Mas também sempre ouvi dizer que educar não era fácil... ouvi dos meus pais e, hoje em dia, percebo que tinham toda a razão. Os quatro anos são uma fase delicada


Vivemos um pouco na incerteza, sem saber muito bem qual será o estado de espírito e o humor do nosso filho. Tudo muda e em poucos minutos. Do amor, passamos à raiva; da diversão à birra; do tudo bem, para o tudo mal e, sobretudo, as atitudes (para o lado negativo) assumem proporções surreais. Quando vou buscar o Vicente à escola já vou de expectativas moderadas, porque nunca sei bem o que me espera. Regra geral, sou recebida com grande entusiasmo, mas depois, há dias em que é sempre a descer. Ou começa logo à saída da escola, ou durante a curta viagem, ou quando estaciono na chegada a casa, ou, então, em casa e, regra geral, tem a ver com o banho.


Na minha opinião, a sua necessidade de ser sempre do contra tem a ver com a sua enorme necessidade de mostrar a sua personalidade, a personalidade dos quatro anos... No entanto, há coisas que, enquanto mãe, me tiram completamente do sério. Por exemplo, aquela sensação de estar a falar para uma parede, de sermos ignoradas enquanto tentamos de tudo para não extrapolar. Mas, entretanto, chega a um ponto em que não dá mais, deixa de existir diálogo - aliás, monólogo - possível. Só penso no dia em que a pré adolescência nos bater à porta.


A outra coisa que me tira igualmente do sério é ter a sensação de que nada é suficiente para o meu filho. O Vicente tem um dia inteiro dedicado a ele, com tudo e mais alguma coisa e mesmo assim, é capaz de fazer uma birra porque quer mais alguma coisa - regra geral, algo do qual ele não precisa. E isto preocupa-me, confesso, pois, das duas uma, ou é de nós, que os habituamos mal - e eu sinceramente achava que não - ou é mesmo deles.


Vivo diariamente com um nível de exigência muito grande por parte de uma criança de apenas quatros anos que, claramente, abusa da sorte que tem! :)


  • Pede para ir ao parque, vamos ao parque. Está lá todo o tempo que quer, mas, mesmo assim, quando chega a hora de voltar para casa, faz sempre uma cena -  porque, afinal, nada daquilo  foi suficiente para ele.
  •  Chegamos a casa, já tarde e sem tempo para as habituais brincadeiras - porque ele quis ir ao parque. É hora de passar aos banhos. Não, não é! É tempo de fazer uma birra, porque para além do parque, também tem que brincar o tempo que ele quiser em casa.
  • Lá o convenço-o a tomar banho, mas levou tanto tempo a decidir-se que agora é só mesmo jantar e ir dormir. Não, não é! Afinal, também é preciso ver aquele episódio dos desenhos animados que costuma ver antes do jantar - quando há tempo e ele colabora.
  • Pronto, lá gerimos essa parte, tentamos jantar tardíssimo. Tem mesmo que ser lavar os dentes, xixi e cama. Não, não é! Afinal, é preciso ler não uma, mas duas histórias. Claramente, já está para lá das horas de dormir e está super cansado e, a partir daqui, é só birra de cansaço e de sono - que ele jura a pés juntos que não tem!

E no meio da azáfama dos nossos dias, ainda houve tempo para ouvir inúmeras vezes que não sou amiga; que sou feia; ou,então, que se não o deixar fazer alguma coisa, ele atira uma bola ou faz outra parvoíce qualquer. Tudo coisas que ele ouve na escola com os outros amigos da idade dele. Coisas que ele acha engraçado repetir em casa e perceber a nossa reacção.


A cada dia que passa, penso como posso melhorar e como posso tentar ser mais compreensiva, mas é complicado conversar ou explicar algo. Há coisas para as quais eu não tenho claramente a resposta ainda - lá está a história da tentativa-erro - porém. há uma altura em que os miúdos transformam por completo a sua personalidade, a sua argumentação e fica difícil gerir isso, sabendo que é apenas uma criança.


Claro que, entretanto, eu já dou por mim a puxar pelos meus galões de mãe, dizendo coisas como:


"O meu papel é ser mãe e não amiga"


"É melhor chorares agora do que mais tarde"


"Nem tudo o que se ouve na rua é para repetir, sobretudo quando um adulto está a falar contigo"


"Não se responde à mãe"


"Vamos ficar um minuto em silêncio! "


..... é caso para dizer, nunca digas nunca! Não é verdade?


Quem mais está comigo nesta "crise dos quatro anos"?


Boa noite!


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Workshops Uma enfermeira em casa dos Vs | 2ª Edição

29.06.17 | Vera Dias Pinheiro

 

Terminaram ontem os Workshops "Uma enfermeira em casa dos Vs" no Centro Comercial Alegro Alfragide, no âmbito do Cultura Alegro. Foram quatro as sessões, onde mais uma vez tive a oportunidade de conhecer outras mães magníficas e os bebés tão simpáticos, com quem foi possível criar alguma proximidade e obviamente, uma simpatia especial.

 

Embora já tenha escrito sobre este assunto - após a nossa passagem pelo Cultura Alegro no Alegro Setúbal - o facto de serem pessoas novas e um espaço diferente, faz com que a sensação seja de ser tudo novo. No entanto, de novo só mesmo a experiência, pois a motivação, essa tenho a certeza que é apenas uma:

 

que a partir da minha experiência pessoal enquanto mãe - e tão diferente que foi da primeira gravidez para a segunda - e daquelas que foram as minhas maiores dúvidas e inseguranças, possa contribuir para que cada uma destas mães se sinta mais segura e confiante de si própria e nas decisões que quer tomar para si e para o seu bebé.

 

E, para isso, conto, claro, com o conhecimento técnico e científico da enfermeira Carmen Ferreira, uma profissional em quem confio e que, ainda que tenha a sua opinião, aceita as diferentes abordagens sobre tudo aquilo que envolve a maternidade. Afinal, sabemos tão bem que não existem nem certos nem errados!

 

Aos longo destes workshops, falamos de tudo o que é mais relevante em termos de alimentação do bebé durante o primeiro ano de vida, falamos da amamentação. Mas falamos especialmente de como esta fase (introdução da alimentação complementar) pode ser uma oportunidade para que toda a família se junte ao bebé, adoptando também hábitos alimentares mais saudáveis. No entanto, para isso, é necessário que cada família descubra o que funciona melhor para si que nunca será igual a outra família. Também não assustamos nem procuramos que as pessoas mudem de uma dia para o outro e de forma radical. As mudanças fazem-se aos poucos, com pequenas coisas e a despensa da nossa casa vai respondendo a essa alteração.

 

No fundo, o meu desejo é poder contribuir de alguma forma, por mais pequena e insignificante que seja, que a mãe mais insegura, saiba que a voz dela é a mais importante e que só ela saberá o que ou não melhor para o seu filho. Os seus sentimentos importam, afinal... mulheres nutridas famílias felizes, certo? :)


Agora é tempo de avaliar esta experiência, perceber o que podemos fazer de diferente e de melhor, para depois regressarmos ainda com mais novidades.

 

Muito obrigada a todas as mães, pais e até avós que passaram pelo Cultura Alegro, tanto de Setúbal como Alfragide, foi muito bom conhecer-vos - e estamos a tratar da informação para vos enviar.

 

Muito obrigada ao Centro Comercial Alegro por acreditar em mim, por me ter dado esta oportunidade e por ter disponibilizado sempre tudo o que era preciso.

 

E um muito obrigada à enfermeira Carmen Ferreira por ter aceite o desafio, pois só assim fazia sentido.

 

Prometemos voltar em breve. Até lá já sabem que no Youtube encontram praticamente toda a informação sobre estes Workshops, só é preciso que subscrevam o canal.

 

Boa tarde.

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Massagem: um momento de relaxamento ou de diversão?

28.06.17 | Vera Dias Pinheiro

Depois do banho, chega a parte mais divertida: o ritual de pôr o creme, de fazer a massagem, em que o desafio, claro, é mantê-los sossegados aos dois.


Na verdade, tanto o banho como a massagem são pretextos para passarmos mais tempo (de qualidade) em conjunto, para brincarmos e mimarmo-nos. Quando temos mais tempo e eles estão bem dispostos, usamos o óleo para bebé da gama Total Care da Johnson’s, para uma massagem mais cuidadosa. Este óleo deixa a pele com um toque suave e macio, sem ficar gordurosa, protegendo da irritação.


massagem do bebé

As crianças estão sempre a aprender, por isso, entre outros importantes benefícios, o momento da massagem é uma oportunidade que temos de as explorar sensorialmente e de os estimular. Às vezes é demasiado cansativo, a casa de banho fica o caos, mas, no fundo, faz parte da aprendizagem e são esses momentos que eles mais tarde irão recordar.


Na minha opinião, não há nada mais importante do que o toque da mãe (ou do pai), uma importante forma de comunicarmos com o nosso bebé. É uma espécie de linguagem para além da fala, tão importante para o seu desenvolvimento. Estes momentos representam mais tempo de ligação (emocional) e mais desenvolvimento saudável dos nossos filhos.


Ser mãe de dois tem-me ajudado a ser mais descontraída na forma de fazer as coisas, especialmente quando se trata das rotinas. Se antes, a massagem era um ritual sagrado que acalmava o bebé e o preparava para ir dormir, com música relaxante e luz baixa. Com a Laura tenho que respeitar que esse é também um momento de ligação entre irmãos: o Vicente quer muito participar e cada vez mais a Laura procura o irmão, imitando-o. Tive que aprender a relaxar e a adaptar, a única maneira de conseguir desfrutar desta fase tão bonita e que passa de forma tão rápida.


Ainda assim, consciente de que a pele do bebé necessita de cuidados especiais, há algo que eu não descuro: os produtos adequados que protegem e preservam a sua pele, seja na Laura com apenas um ano ou com o Vicente com quatro. E há marcas que sem sabermos bem como, nos transmitem segurança; é assim com a Johnson’s, que há mais de 125 anos cuida da pele dos mais pequenos – da minha, quando era mais pequena, inclusivamente. Ao longo deste tempo nunca deixou de investir recursos em investigação, para garantir que o melhor para a pele dos nossos bebés estará sempre salvaguardado e os resultados estão à vista. Gosto muito de todos os produtos desta gama, sem esquecer o cheirinho irresistível com que ficam.


Benefícios gerais das massagens nos bebés:


- É uma forma de reforçar ligação;


- É essencial para o seu desenvolvimento, pois uma ligação maternal forte ajuda a formar a base para futuros relacionamentos;


- Acalma e reduz o choro;


- Ajuda a digestão e alivia as cólicas;


- Ajuda ao aumento do ganho de peso diário;


- Fortalece o ajustamento do bebé à hora de dormir noturna;


- Fortalece o sistema imunitário;


- Melhora a textura da pele;


- Aumenta o desenvolvimento cognitivo;


- Melhora o estado de alerta e capacidade de atenção das crianças;


- Contribui para os primeiros laços emocionais do bebé.


massagem do bebé

Cientificamente está provado que as massagens e as carícias regulares dadas pela mãe e pelo pai são críticas para a aprendizagem, crescimento e comunicação do bebé. Sabiam?


Boa noite.


Este texto foi escrito em parceria com a Johnson's Baby.


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Numa família não podem existir egos

27.06.17 | Vera Dias Pinheiro

Repito muitas vezes que o difícil é estar casado e ainda mais o é estar casado e ter filhos.  Ainda assim, consigo ter a distância necessária para olhar para as alturas de crise e para as discussões à luz da conjuntura em que vivemos, sem esquecer a idades dos nossos filhos.


Tenho agora, pois há uns meses isso não acontecia. Há uns meses, estávamos a chegar a casa com um novo bebé, há uns meses toda eu era dominada pela hormonas e pela privação do sono. Há uns meses cobrava à outra metade tudo e mais alguma coisa: cobrava o facto de não dormir; o meu cansaço; o reboliço dos dias; a confusão; as birras... cobrava tudo. Não tinha a capacidade para entender que isso era uma demonstração do meu ego, da minha individualidade e que, no seio de uma família, não podem existir egos.


A harmonia de um casal e de uma família não se constrói com base em vontades próprias, naquilo que cada um pensa, sobretudo, não se alcança idealizando uma forma de estar no dia-a-dia que vá simplesmente ao encontro daquilo que cada um individualmente precisa. Atenção que falo em egos e não em tempo para cada um estar consigo mesmo. É preciso haver momentos a sós, pois é aí que vamos recarregar as baterias, é aí que cada um terá liberdade para fazer o que quiser, é aí que libertamos os nossos egos.


No seio de uma família existem prioridades que não são as nossas - mas que têm que passar a ser. Tem que existir a capacidade para relevar o que não é uma prioridade e travar as "lutas" estritamente necessárias. É preciso pensar, muitas vezes, antes de falar e não agir por impulso. Também é preciso engolir sapos e o nosso orgulho. É preciso entender que diante de nós está um bem maior, a nossa família e que se a queremos preservar, não vale a pena continuar a alimentar o nosso ego. Existe um pai e uma mãe que têm que mostrar união e serem coerentes um com um outro diante dos filhos e colocar acima de qualquer oura coisa, o seu bem-estar e a sua educação.


E o mais fascinante deste desafio está aqui: quando duas pessoas, cada uma com a sua personalidade, conseguem formar o par "perfeito". Duas pessoas diferentes que se alinham para cuidar de algo em conjunto e que é prioritário nas suas vidas. Porque quando se decide ter uma família, inevitavelmente terá que haver uma reestruturação daquela que é a nossa postura perante nós próprios e perante a vida.

Vai haver dias em que vamos jantar mais tarde, outros que nem jantamos; vamos ter que aceitar que os atrasos vão ser cada vez mais recorrentes e que, no dia-a-dia, em casa, o nosso tempo praticamente não existe; também é possível que tenhamos de abdicar de fazer algumas coisas (especialmente no momento em que nos apetecia fazê-las). No fundo, há que aceitar que há sempre alguma coisa a fazer e, quando não há, vai haver alguém a chamar por nós.


Viver em família é uma canseira, sim é verdade. Mas qual é a alternativa? Dispensarmos a companhia uns dos outros? Entreter os filhos de forma a chamarem o menos possível por nós? A resposta, a meu ver, é simples: é o equilíbrio. É preciso mais do tal "life kids balance": tempo para nós - tempo para o casal - tempo para a família. 


Boa noite.


 
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Somos mulheres com um prazo de "validade"?

26.06.17 | Vera Dias Pinheiro

Há uma necessidade intrínseca à grande maioria das mulheres para comentar a vida de uma outra mulher, especialmente quando o assunto é a maternidade. Eu não fazia a mais pequena ideia do quão grave, por vezes, chega a ser. Lá no fundo, sou um pouco ingénua e o meu primeiro impulso é sempre o de confiar na natureza humana, sobretudo quando se trata de um universo que teria tudo para se entender e para se entre-ajudar, optando, muitas vezes, por fazer deliberadamente o oposto.


Cada uma de nós - como qualquer ser humano, individual e com direito à sua opinião e vontade própria - embarca na aventura da maternidade um pouco a medo, com muitas dúvidas, mas também com uma determinada postura em relação ao modo como quer viver essa experiência, tão aguardada por muitas de nós. O mais normal é, quando engravidamos, nos aproximarmos dos nossos pares, das pessoas que estão a passar ou que já passaram pelas mesmas coisas que nós, ou seja, as outras mães- que quando se apercebem que há uma novata nessas andanças, se apressam em se aproximar. Começamos, então, a descobrir o fantástico mundo dos grupos de "mães", estreitamos laços com as amigas dos nossos maridos que já foram mães, socialmente passamos a ser o centro das atenções e o motivo de conversa.


As opiniões das outras mães, de repente, parecem sagradas, os conselhos autênticos mandamentos e as chamadas de atenção verdadeiros puxar de orelhas. A opinião do nosso obstetra quase que tem que passar pelo crivo daquela nossa amiga para quem olhamos como sendo a mãe experiente e sábia.


Eu própria senti isso na pele, sobretudo - imaginem vocês - porque estava sozinha em Portugal com um bebé recém-nascido e mãe pela primeira vez. Mas ainda antes disso, e quando referia o meu receio em relação à cesariana, tive uma amiga que sempre me tranquilizou, subestimava todos os meus receios, porque "não era nada de especial". Podia jurar a pés juntos que ela falava com conhecimento de causa. No entanto, e se eu vos disser que não? Se vos dissesse que o único filho, na altura, tinha nascido de parto natural? Após a gravidez, entre os motivos do choro do bebé e a amamentação, há toda uma lista de comentários "certificados" que ouvimos e que nem nos apercebemos do mal que nos fazem.


Mas isto é já no durante ou no pós gravidez. E no antes? Antes de engravidar, nas conjecturas que se fazem sobre quando se deve engravidar e sobre quantos filhos devemos ter e com que intervalo de tempo entre eles... Como é que se lida com esta intromissão, às vezes sem noção, na nossa vida pessoal?


  • Como é que uma mulher que não quer ter filhos se explica perante a sociedade? Não haverá legitimidade para que alguém diga, sem rodeios, que não pensa em ter filhos? E não será que essa pessoa não pensou já nos prós e contras dessa decisão antes de ter formado a sua opinião e de a partilhar com os demais?
  • Como é que se explica, perante uma sociedade, que uma mulher nos seus trinta e poucos anos, não tenha filhos ainda e, pior, como é que se explica relativamente à inevitabilidade de poder estar a esgotar o "seu prazo"? Será que essa pessoa não tem porque não quer ou será que esta mulher, em particular, até queria, mas simplesmente, a vida ainda não reuniu as condições necessárias para que tal fosse possível? Seja por não reunir condições pessoais, seja, muitas vezes, por uma questão mais delicada como a infertilidade? Sabemos quantos casais ao certo travam essa luta? E se essa mulher tiver, simplesmente, outras prioridades antes de ter filhos?
  • E as mulheres que só querem ter um filho? E as que ficam tão traumatizadas que só querem pensar nisso quando a memória apagar o sofrimento do primeiro filho? E, como estas, tantas outras que tomam decisões tão diferentes das nossas e, ao mesmo tempo, igualmente tão válidas?

Seremos nós mulheres com prazo de validade? A verdade é que, ao contrário dos homens, nós vivemos com o peso da idade e com a forma como isso poderá interferir com a nossa vontade em engravidar. Pronto, isso já nos basta! Mas, ainda assim, também é verdade que, hoje em dia, há cada vez mais mulheres a engravidar mais tarde, gravidezes normais, vigiadas, mas que correm lindamente, com bebés lindos e saudáveis. A idade é mais um indicador para se vigiar uma gravidez, juntamente com tantos outros, não sendo uma limitação, pelo menos até um certo horizonte de tempo. É claro que um homem pode ser pai aos setenta anos, por exemplo, o que numa numa mulher será já mais complicado...


Tenho algumas amigas que estão nesta situação de sentir que têm um prazo de validade e, mais grave do que isso, de sentir que devem uma explicação perante os outros. E se fosse connosco, será que íamos gostar? A resposta é não! Não, não e não!


Vamos ser um pouco mais amigas umas das outras, sim?


Boa noite :)

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Dão-se bem ou são irmãos? | O ponto de situação

25.06.17 | Vera Dias Pinheiro

Quem é que se lembra do artigo da nossa psicóloga Tatiana Louro precisamente com este título: "Dão-se bem ou são irmãos?" Nesse artigo,eram-nos dadas algumas dicas para gerir a relação entre irmãos, as chamadas de atenção e as birras. Basicamente, os pais aprendiam algumas estratégias para dar a volta à situação de forma equitativa entre os irmãos.


Aqui em casa, maioritariamente, os irmãos dão-se bem. Mas não somos a excepção à regra e, por isso, também já são visíveis algumas implicâncias, sobretudo por parte do Vicente que é mais velho. Acima de tudo, são chamadas de atenção cada vez mais frequentes e na proporção do crescimento e desenvolvimento da irmão. Se é que me faço entender.


As principais queixas do irmão mais velho em relação à irmã são:


  • que desarruma as coisas dele;
  • que não o deixa sozinho;
  • que vai atrás dele para a casa de banho e não pode;
  • que mexe nos brinquedos com os quais ele está a brincar.

Depois, também já acontecem muito as pequenas patifarias. O Vicente tenta fazer com a irmã, aquilo que faz com os amigos na escola, portanto, prega rasteiras, bloqueia passagens, tira-lhe coisas das mãos e, às vezes, empurra.


A tudo isto, junta-se a cereja no topo do bolo: as queixinhas! Se há uma melhor fase para nos descrever, é esta. O Vicente nunca faz nada, é tudo a irmã (outras vezes, até o pai ou a mãe).


"Vicente quem é que tirou a roupa da gaveta?


AH! Eu não fui, fui a Laura!


Vicente, podes arrumar os livros que estão espalhados na sala, por favor?


AH! Não fui eu, foi a Laura!


(Alguém chora, regra geral, a Laura) - "Vicente, o que é que se passou? Porque é que a tua irmã está a chorar?


Ah! Ela magoou-se/caiu sozinha! Eu não fiz nada!"


Bem, disse que as queixinhas eram a cereja no topo do bolo, no entanto, não me estava a lembrar da: vitimização. Algo nada típico nos homens, não é?! :)


Quando é chamado a atenção:


Parem! Vocês já estão a falar muito alto! Está a doer-me os ouvidos!


Quando chego junto deles e pergunto como se portaram:


"Mãe, sabes o que a Laura me fez, sabes? Puxou aqui assim com muita força (exemplifica o beliscão) e depois puxou-me o cabelo.  às vezes, morde!" - Na verdade, isto são tudo coisas que a nossa adorável Laura faz quando se irrita e que agora o irmão usa para se defender e colocar as culpas na miúda que ainda não se sabe defender porque, por enquanto, não fala.


Ainda são muito pequeninos, contudo já temos os nossos momentos de loucura com os dois a chorar ao mesmo tempo, a implicarem um com o outro, porque alguém tira um brinquedo ao outro e começa a disputa. O Vicente está a crescer e nota-se perfeitamente que já entrou na fase de rapazinho, mais autónomo e que procura alguma independência e, por vezes, privacidade. A Laura, por seu lado, faz aquilo que todos os irmãos mais novos fazem: venera tudo o que o irmão faz, quer estar junto dele, brincar e, na maioria das vezes, passa o dia a tentar imitar o que ele faz.


Vá, ainda me consigo rir das situações, mas percebo que não o posso fazer e que é importante colocar-me no lugar do Vicente, tentando respeitar os seus sentimentos e quando ele me diz que em determinado momento não quer brincar com a irmã, eu não o posso obrigar, mas aceito e procuro conseguir criar condições para ter o seu espaço. Outras das coisas que eu tento fazer é evitar passar-lhe a pressão de que tem que cuidar da mana porque é o irmão mais velho. Prefiro educá-lo para ser responsável e compreender que, por ser mais nova, é preciso ter alguns cuidados, sobretudo quando ele está sozinho a brincar com ela ou quando eu me ausento para ir a uma outra divisão da casa. Na minha opinião, são coisas diferentes e com impactos igualmente distintos na sua personalidade.


Dão-se bem ou são irmão? Dão-se bem, claro, mas como todos os irmãos, têm momentos em que, na impossibilidade de estarem sozinhos, entram em conflito uns com os outros!


E, por aí, dão-se bem ou são irmãos? :)


Boa noite.


Espero que o vosso fim-de-semana tenha sido bom.


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