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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

Comprei o bom comportamento do meu filho!

20.04.17 | Vera Dias Pinheiro

 

Ontem, eu fui aquela mãe que comprou o filho com um chocolate que ele próprio trazia da escola, como lembrança da festa de aniversário do amigo. Fui aquela mãe que, na necessidade de ter que sair de casa ao fim do dia, de ter a Laura com febre e de querer deixar tudo o mais organizado possível, para que o caos não se instala-se na minha curta ausência, comprou o filho com o Kinder Bueno Mini que vinha dentro de um saco azul transparente com um bilhete da Patrulha Pata.


Fui aquela mãe que voltou atrás com a sua palavra, porque nada mais resultou para o convencer a tomar banho e de forma pacífica - e depois de já ter ficado claro que ele não iria comer chocolates aquela hora. Fui aquela mãe que sabia que estava a ter uma atitude errada, mas que ainda assim o fez. Fui aquela mãe que mesmo sabendo disso, sabe também que, na vida como ela é, damos por nós a fazer muitas das coisas que não gostaríamos de fazer. Fui aquela mãe que pensou que estava a bater no fundo, mas que, na verdade. sabe que é uma excepção (algo que o seu filho também sabe). Fui uma mãe de carne e osso que, às vezes, também gostava que as coisas aparecessem feitas sem negociações, sem birras e sem berros e, quando tentas de tudo e não consegues, acabas por ceder, sabendo que até podes estar a abrir um perigoso precedente, mas, lá no fundo, sabes que é e será sempre uma excepção... à regra!


E agora que atire a primeira pedra, quem nunca - em tempo algum- cedeu uma vez sequer! E quem diz o chocolate, diz também os tablets e a televisão.


P.s: Vinham dois Kinder Bueno Mini no pacote, o que sobrou, comi-o eu enquanto escrevia este post :)


 
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Filhos Doentes: O Presente da Primavera

20.04.17 | Vera Dias Pinheiro

 

Um presente envenenado, digamos assim, para os nossos filhos. O tempo melhora, faz sol, calor e a vontade de aproveitar é tanta que começamos logo a vestir menos roupa e a passar mais tempo na rua. E, frequentemente, daí a uns dias (ou não), os miúdos aparecem doentes.

 

Mas não posso dizer que os meus filhos sejam umas flores de estufa. Tenho consciência da minha sorte, pois foram muito poucas, as vezes, em que tive motivos para me preocupar de verdade com a saúde de ambos. Com o Vicente foram duas vezes, uma teve a ver com o princípio de balanite (mas que, com muita paciência, estamos a conseguir resolver, colocando, para já, de lado a possibilidade de cirurgia) e a outra foi quando ficou internado uma semana, com um vírus que nunca chegamos a ter a certeza o que foi. Já a Laurinha, uma rija de primeira, tem-se mantido imune aos vírus do irmão, embora tenha passado todo o inverno com ranhocas e alguma tosse. Mas febre mesmo contam-se pelos dedos de uma mão.

 

Esta súbita melhoria de tempo - que aliás, se tem mantido - não foi excepção e, a seguir ao irmão, foi a vez da Laura começar com febre, tosse e ranho! Um quadro normal, contudo, se há coisa de que tenho receio é que as tosses evoluam sempre para algo mais e que eu não me dê conta - enquanto estou preocupada em vigiar a febre. Eu não adio muito a observação médica, mas também é verdade que, cada vez menos, arrisco as idas ao hospital sem que seja estritamente necessário e todos nós sabemos bem o porquê. E mesmo quando é necessário, ainda existem alternativa, como esta.

 

Porém, o pior de tudo isto, querem saber o que é? Voltar à noites (pessimamente) mal dormidas, juntamente com o desespero por ver os ponteiros das horas avançarem pela noite dentro. Desespera-me, porque ainda há pouco tempo implorava para dormir uma noite inteira e quando tudo parece estar a entrar nos eixos... ficam doentes! Ficam doentes, comem menos, dormem ainda pior, pedem mais mimo, ficam com os horários todos trocados, os vírus passam e as rotinas estão todas fora dos eixos. Já repararam na facilidade com que tudo o que estava a correr tão bem, volta ao seu estado mais primário? Mas os filhos estão doentes, precisam de mimo e nós vamos dando, custa-lhes a eles e custa-nos a nós vê-los assim. Os dias passam, eles melhoram, afeiçoam-se ao mimo e as rotinas... bem, quais rotinas?!


Mas a verdade é que, com eles, arranja-se sempre uma forma de compensarem durante o dia seguinte, aquilo que não descansaram na noite anterior, já nós, vamos acumulando durante dias (e dias) aquilo que não conseguimos dormir durante noites (e noites).

 

Quem mais está com filhos doentes em casa?

 

Boa tarde.

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