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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

Não Temos Que Ser Todas Magras

16.04.17 | Vera Dias Pinheiro

 


Gostar de nós próprias pode parecer coisa simples, mas gostar da imagem que vemos reflectida no espelho tal e qual ela é, com os defeitos e as qualidades que temos, já é um pouco mais difícil.




Quer queiramos, quer não, o papel da mulher - por tudo aquilo que envolve - é particularmente exigente. A mulher é um ser humano que se transforma por completo para gerar um filho e trazê-lo ao mundo, ao mesmo tempo que lida com uma série de padrões, em termos de imagem, cada vez mais elevados e, em certos casos, inatingíveis. Uma mulher que, para além de todo o conflito interior e na busca por se assumir como ela própria, está a ser constantemente confrontada com o estilo de outras mulheres que exemplarmente conseguem e alcançam aquilo que nós lá bem no fundo também gostaríamos de conseguir.

 

Eu própria senti muito isso, após o nascimento do Vicente, não vou mentir que o meu "novo corpo" me incomodava e que me sentia muito perdida sem saber como dar volta a tudo aquilo. As redes sociais, como em tudo, têm o seu lado bom e o seu lado menos bom, mas uma das suas características é que nem tudo é verdadeiramente como aparenta ser e, aos poucos, fui percebendo isso e reservei-me o direito de ter alguma paz de espírito e afastar-me um pouco da "pressão".

 

Sou apologista de um estilo de vida saudável, é certo, e procuro de alguma forma inspirar outras mulheres/mães a não deixarem para trás o seu tempo, o tempo de cuidarem delas próprias - e acreditem que é preciso inspirar e motivar as mães porque facilmente o nosso tempo vai sendo adiado eternamente. Eu levei tempo a encontrar o meu equilíbrio e o meu estilo de vida saudável e, sobretudo, para que isso fosse uma regra no meu dia-a-dia. E aqui é que está o grande desafio, descobrirmos o nosso estilo de vida saudável,  porque se não temos que ser todas gordas, também não temos que ser todas magras e nem todas temos que gostar de ir ao ginásio, de comer abacate, só porque faz bem (e às vezes, porque parece bem), etc, etc... Aprendi que, quando a mudança vem de dentro, o (nosso) estilo de vida saudável surge de uma forma natural e sem esforço.

 

Para mim, é fundamental ir ao ginásio, onde sei exactamente o tipo de exercício que me faz libertar o stress, na alimentação faltava-me conhecer o meu corpo, nomeadamente quais os alimentos que me são mais favoráveis e quais o que desencadeiam reacções secundárias, como a barriga inchada, por exemplo. Não me adiantava fazer dietas ou seguir certos regimes alimentares, se continuava a ingerir as coisas que me fazem menos bem. E é disto que vos falo aqui: de equilíbrio e de bom senso, mas, acima de tudo, de sermos verdadeiros e de sermos nós próprios. O meu objectivo é ser o mais saudável possível, ter a melhor versão de mim que consigo e aprender a viver feliz com os detalhes que me podem incomodar mas que fazem parte de mim, da minha genética e da minha fisionomia. Parece bem dizer que não temos que ser todas magras, de certeza que vamos tocar ao coração de muitas de nós, mas de que adianta se eu própria não acredito nisso? De que adianta se, no fundo, eu própria gostaria de ser diferente?

 

O mais importante é não deixarem de ter o discernimento e aprenderem a gostar da imagem que vêm reflectida no espelho e que isso é um trabalho muito vosso. Só vocês podem encontrar o vosso estilo de vida saudável e, pelo caminho, aceitando que os espelhos de cada uma de nós são todos diferentes. Hoje em dia, o meu maior desafio sou eu e apenas eu!

 

Por isso, permitam-se dar algum descanso a vocês próprias, permitam-se ser mulheres reais - fala-se tanto de mulheres reais... e afinal, o que é ser uma mulher real senão o resultado de tudo isto que acabei de escrever?

 


Não temos que ser todas magras, não! E também não temos que ser todas gordas, não! O que importa é a motivação que temos (em nós) para trabalharmos para a conquista da melhor versão de nós próprias. O tempo é pouco, é verdade, mas nós sabemos que é possível fazê-lo esticar, sem esquecermos o nosso lado multi-tasking




E agora, vou ali aproveitar o fim-de-semana "sem culpa", mas com equilíbrio ?



Boa noite.




Beijinhos.

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