11 meses de Laura | Como assim?!!!
01.03.17 | Vera Dias Pinheiro
Daqui a dias, a Laura está a "soprar" a vela do seu primeiro aniversário. Arrepio-me só de pensar como o tempo passou tão velozmente, impiedoso - até - pois, até há bem pouco tempo, eu tinha a sensação que, desta vez, estava tudo a passar mais devagar - impressão minha.
Não quero ter mais filhos, mas a sensação de que tudo isto que vivi nestes últimos onze meses foi a última vez (a gravidez, o parto, os primeiros meses, a evolução do primeiro ano, em que tudo se aprende, etc, etc, etc...) passou, para não mais vai voltar... comove e emociona. Faço uma retrospectiva de todo este tempo e não consigo evitar não pensar no parto da Laura. Consigo reviver tudo, desde o momento em que tudo começou, ainda em casa, até tê-la finalmente nos meus braços. Foi tudo tão perfeito - na perspectiva daquela que era a minha vontade, como é óbvio - e senti claramente, que estava a entrar numa página completamente diferente na minha vida, enquanto mulher. Renasci, sarei as feridas do primeiro parto e tornei-me uma mãe mais completa para ambos.
Cada filho é especial por si só, com todas as suas particularidades e todas as suas características. É único! Mas, para sempre, guardarei recordações da Laura bebé em conjunto com o Vicente: a primeira vez que se conheceram, a forma como a Laura foi fazendo parte da vida dele, as primeiras conversas, os ciúmes e as brincadeiras. E está tudo tão no início ainda.
Com o segundo filho, fiz praticamente tudo a dois: os banhos, as refeições, os passeios e até adormecer. Os carinhos e a atenção fui aprendendo a repartir entre ambos sem ficar com a sensação que estava a dar de menos a um ou a outro.
Com o segundo filho, fiz praticamente tudo a dois: os banhos, as refeições, os passeios e até adormecer. Os carinhos e a atenção fui aprendendo a repartir entre ambos sem ficar com a sensação que estava a dar de menos a um ou a outro.
A Laura completou-nos a todos nós. Ela é é sorridente, teimosa, faladora e super despachada - ainda não anda, mas a vontade é tanta e a prova disso são as várias nódoas negras que já tem. Passamos um período muito difícil com a privação do sono e ainda não me esqueci dele. Pensei - sem o sentir - muitas vezes, onde é que eu me tinha metido. Mas com os filhos tudo passa, sobretudo as coisas menos boas. Só ficam os momentos bons para recordar, as coisas que nos enchem a alma e o coração.
Sou mais feliz como mãe, embora ser apenas mãe não é aquilo que melhor me define. Mas devo-lhes a eles a melhor pessoa que sou hoje. Transformei a minha vida por eles e porque, de repente, só fazia sentido ser mãe tendo tempo de qualidade para os acompanhar nestes primeiros anos.
Passou-se mais um ano nas nossas vidas e parece que foi ontem. As emoções ainda cá estão, à flor da minha pele, o cheiro dela ainda está embrenhado no meu corpo, o contacto pele com pele, está tudo aqui como se fosse ontem. Mas não foi, já passou quase um ano e eu penso: como é que é possível?!