Não, não vou falar de noites sem dormir! Já chega, até porque eu agora tenho uma bebé crescida cá em casa. Aleluia! Paz às nossas noites, em que as más viraram excepção. É verdade que as noites mal dormidas fazem parte do "pacote" dos primeiros tempos da maternidade, mas que ninguém me venha dizer que a privação do sono é uma coisa irrelevante.
Bom, mas o assunto que gostava de partilhar convosco é outro, um daqueles clássicos da maternidade, imagino: dormir com os filhos na mesma cama.
Desde que decidi pôr alguma ordem nas rotinas cá de casa, que as coisas têm corrido francamente melhor. No entanto, temos ainda uma pequena questão para limar: a de ter os dois a dormir no mesmo quarto, sobretudo agora, que a Laura só quer atenção e brincadeira. Se a Laura adormece rápido, não há problema, porque já não acorda quando o Vicente vai para a cama; porém, se adormeceu há pouco tempo, não vale a pena tentar colocar os dois aos mesmo tempo, porque é uma risada total, acham graça a tudo e qualquer coisa serve de pretexto para despertar. E se eu perco a janela de oportunidade para colocar a Laura para dormir, depois é aguentar a crise de choro até ceder. Não há nada a fazer!
Ora, e nas noites em que o Vicente não pode ir para o quarto dele, pelo menos até que a Laura adormeça, adivinhem lá para onde é que ele vai?! Exactamente, para a cama dos pais, sendo que ele fica todo contente e até já sabe argumentar que a irmã chora muito e que ele assim não consegue descansar - estamos a chegar à idade engraçada.....
E, devo dizer, para mim, é maravilhoso dormir com os meus filhos. Adorei o co-sleeping com a Laura e ainda bem que tive essa experiência, porque sinto que não aproveitei esses momentos tão bem com o meu filho (crescido). É como ter ali ao lado uma extensão do nosso corpo, com aquele cheirinho que desperta todas as nossas hormonas da felicidade. Porém, eles crescem e as noites que podiam ser pacíficas, não o são! Decidem que querem vir para a nossa cama e voltam a fazer das nossas noites um momento muito pouco relaxante.
1. Não gostam de dormir tapados, o que logo à partida, para mim, é um grande problema, porque eu adoro dormir tapada, seja verão ou inverno, mas sobretudo no inverno. Ninguém merece dormir com frio ou toda enrolada numa parte mínima do edredon;
2. Falam alto a dormir, já para não falar que essas conversas fazem-se acompanhar de gestos e movimentos, o que leva até ao ponto seguinte;
3. Têm uma capacidade de se mexer, enquanto dormem, quase tanto como se estivessem acordados. Levo, várias vezes, com um braço ou um pé ou com os dois braços e ou dois pés, também acontece;
4. Dormem na horizontal, logo, o espaço que resta para uma pessoa adulta dormir na sua própria cama é praticamente nulo;
5. E quando acordam, nem temos tempo para fingir que não estamos a ouvir gritar chamar pelo nosso nome, temos imediatamente alguém a abrir os nossos olhos e a dizer que tem fome.
Quem é que não conhece esta famosa imagem?
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Fotografia via Google Images |
Mas eu percebo o fascínio deles, a cama é maior, mais quentinha, não estão sozinhos, ainda que, na realidade, durmam como se estivessem, enfim... há muita coisas que vou esquecendo com o passar do tempo, mas eu guardo na minha memória as manhãs de fim-de-semana em que acordava cedo pronta para me enfiar na cama com os meus pais.
Boa noite!