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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

O que andei a fazer antes do meu aniversário?

20.02.17 | Vera Dias Pinheiro

Voltando ainda ao meu aniversário...




Este ano não posso mesmo queixar-me do S. Pedro, pois os dias que reservei para celebrá-lo, foram-me brindados com um Sol esplêndido, de fazer inveja a muitos dias de Primavera. Eu acho que o mês de Fevereiro anda a querer fazer as pazes comigo, não deve ter achado muita graça a este meu manifesto. Vamos ver!

 

Como sabem, escolhi o Dolce Campo Real, em Torres Vedras, para passar um dia de princesa, digamos assim, sendo que a única ideia que eu tinha era a de divertir-me, sem horas e sem preocupações. Por incrível que possa parecer, foi a própria maternidade que me fez descobrir o quão importante é eu saber cuidar de mim e evitar, sempre que possível, ficar para segundo plano.

 

outfit + lookbook

 

É verdade que cada mulher tem o seu tempo e a sua forma de viver esta experiência e isso está tudo certo. O que não está certo é deixarmos a nossa auto-estima e o nosso auto-cuidado ficarem completamente esquecidos entre as fraldas, as cólicas, os choros e por aí a fora. Também é verdade que nem todas temos que ir a correr para o ginásio, fazer dietas, ou recorrer a outro tipo de tratamentos, até porque todas somos diferentes e aqui o importante é o objectivo final - a forma como lá chegamos, isso fica ao critério de cada uma. E esse objectivo vai muito mais além do nosso aspecto exterior, está fundamentalmente na forma como cuidamos de nós internamente.

 

 

 

Eu só posso falar por mim e pela minha experiência, e falando nisso, o exercício físico é onde liberto o meu stress, evitando assim que sejam as pessoas à minha volta a levar com os efeitos do meu mau humor e do meu cansaço; a alimentação saudável, sem dietas e equilibrada, permite sentir-me melhor comigo mesma, ter mais energia e dormir melhor; e, o facto de me preocupar, por exemplo, em disfarçar os sinais de cansaço e as olheiras, em encontrar soluções para as manchas ou para as rugas que descobri, entretanto, são aspectos fundamentais ao meu bem-estar e, por isso, imprescindíveis ao meu dia-à-dia.

 

 

 

E o certo é que estas pequenas coisas têm um efeito muito positivo em mim, porque, na grande maioria das vezes, eu estou a contrariar a forma como me sinto e aquela que é a minha vontade e é essa energia que acaba por contagiar tudo o resto.

 

 

 

Por isso, e porque estava numa fase bastante exigente na minha vida e com uma grande necessidade de estabelecer prioridades - e porque sempre me orgulhei de ter tempo para tudo - nos últimos tempos, estava a deixar muitas das minhas coisas para trás.  E foi muito importante ter conseguido fazer este mini refúgio para conseguir ser eu a minha prioridade, para me sentir bonita, contudo, aquilo que eu procurava mesmo era nutrir-me a mim mesma para conseguir ter nos outros o efeito que eu desejo e não o oposto.

 

 


 

 

Nestas fotografias, podem ver o estilo que melhor me caracteriza e com o qual me sinto verdadeiramente à vontade: as botas, compradas na nossa última viagem a Dublin; o vestido fluído e leve, que consegui combinar com o preto, a minha cor; os acessórios, poucos, mas escolhidos a dedo e até a maquilhagem - voltei ao baton vermelho para ver se deixo de me sentir tão estranha de cada vez que uso.

 

 

 


Dolce Campo Real + Silvian Heach + Fashion News + esprit + anel + office shoes + look of the day + streetstyle

 

Vestido Silvian Heach // Acessórios Esprit  // Maquilhagem The Body Shop

Foi bom também para relaxar e deixar de me sentir tão tensa, para que a tal Vera, cheia de sonhos, viesse ao de cima e trouxesse um pouco da sua energia para este (meu) novo ano, aliviando um pouco o peso das responsabilidade e das nossas escolhas. Para este ano só desejo não perder o meu norte, nem esquecer os motivos que me levaram a tomar este rumo, porque assim, eu sei que vou deixar as coisas boas entrarem na minha vida.




E sabem qual a sensação com que fiquei no final deste dia? Que deveria ser obrigatório haver um dia de refúgio, só nosso, pelo menos uma vez nas nossas vidas para fazermos o que quisermos. O que vos parece?

 

E, já agora, o que fariam nessas 24 horas?

 


Boa noite.

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Quando os filhos começam a crescer

20.02.17 | Vera Dias Pinheiro
Há um bom bocado dos nossos filhos que cresce sem darmos conta e há um bom bocado dos nossos filhos que foge ao nosso controlo.

crescer
Fotografia da Sara Falcão Photo na festa de aniversário de 4 anos do Vicente

Através do Vicente, começo a dar-me conta de uma outra fase dos filhos, uma bem desafiante e bem mais exigente do que aquela que vivemos com os bebés, em que o nosso principal papel, enquanto pais, é o de cuidar! Claro que, ao longo desta viagem pela maternidade, vão sendo cada vez mais as situações em que me sinto como a minha mãe, ou seja, em que me revejo em muitas das coisas que a ouvia dizer e às quais eu não dava importância na altura, como é óbvio - e aprendemos a dar "a mão à palmatória" também...

O Vicente tem crescido o seu "bom bocado" na escola, junto do seu grupo de pessoas e é cada vez mais evidente que existe todo um mundo que lhe pertence e que tenho que me esforçar para acompanhar e valorizar. Essa é a parte mais importante e aí que sinto que o meu papel enquanto mãe começa a mudar, pois se, até então, eu ensinava e dizia como as coisas tinham de ser feitas, digamos assim, agora isso mudou! O Vicente desenvolveu a sua personalidade, tem as suas vontades e tem, sobretudo, uma palavra a dizer sobre as coisas - se é ou não a palavras final, isso já é outra coisa. O meu papel no meio de tudo isto é o de encontrar a melhor forma de o guiar para que não saia dos limites que, para mim, são fundamentais. Tive que aprender a ser bastante mais flexível em relação aquilo que se passa entre esses limites e aceitar que ele deixou de fazer tudo exactamente como eu lhe digo para fazer.  

Há um bom bocado do Vicente que se desenvolve no tempo que passa fora de casa e que o faz querer crescer muito rápido - esta ideia tola que todos temos quando somos crianças: a de querer ser adulto! Mal sabem eles... - fá-lo falar em escola primária como se dominasse o assunto e em ter seis ou sete anos... dou por ele a associar letras e a conseguir ler pequenas palavras; sabe que os trinta e quatro anos da mãe são um três e um quatro que, cheio de segurança demonstra com as suas mãos; pinta tão bem, sem sair dos limites e tem muita imaginação quando se põe a desenhar e os desenhos são cada vez mais explícitos daquilo que ele quer desenhar. 

Há um bom bocado do Vicente que está a crescer e a fugir ao meu controlo, que é como quem diz, é cada vez mais difícil aninhá-lo no meu colo, mas, ao mesmo tempo, é cada vez mais delicioso conversar e fazer programas com ele. No entanto, é muito, muito difícil conseguir dialogar no momento da birra, fazê-lo mudar de ideias, fazê-lo perceber que não pode ser como ele quer e tudo isto porque ele é teimoso nas coisas que quer e na forma como quer. Nos dias de hoje, o meu maior desafio é precisamente o de lidar com a birra sem que eu passe também os meus limites - porque os pais também devem ter os seus limites - e aquilo que me move é sentir que, no momentos de tensão, eu não posso desistir dele, partindo para a solução mais fácil.

Há uns dias, a Raquel escrevia no seu blog, que o seu filho, da mesma idade do Vicente, tinha-a chamado de má pela pela primeira vez. Não sabia que eu hoje iria passar pelo mesmo, também pela primeira vez. Magoou, porque as crianças sabem ser bastante assertivas na forma como dizem as coisas. Quis ser superior àquele "És má, má, má! ÉS MÁ", mas fiquei aborrecida e, mesmo depois de termos conversado, ele quis ter a razão dele. Hoje foi o primeiro dia que nos despedimos sem termos tido o tempo necessário para resolver a zanga, porém, eu acho que é no momento que conseguimos fazê-los entender as consequência de certas atitudes. 

Há um bom bocado do meu filho que está a crescer e há um bom bocado de mim, enquanto mãe, que começa a ficar um pouco apreensiva com as fases que se avizinham.

P.s: Já agora o motivo desta minha malvadez, foi tê-lo avisado - pela enésima vez - de que não pode andar com os ténis pela casa, porque a mana agora anda por todo lado, no chão, e porque lhe tirei o ténis do pé, Antes disso, já lhe tinha pedido para lavar os dentes e ele já tinha dito que não, porque estava a brincar com o lego.... Portanto, é compreensível que os meus créditos já estivessem esgotados...

Gostava de ouvir as vossas histórias, porque, tal como vocês, eu também gosto que sentir que não estou sozinha nesta fases desafiantes da maternidade.


Boa tarde.



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