Não devemos ter vergonha em assumir aquilo que queremos e aqueles que são os nossos desejos- especialmente, não o devemos fazer com medo daquilo que os outros possam pensar. E não devemos subvalorizar os nossos sentimentos, nem tão pouco colocar-nos para segundo plano. O amor próprio e o auto-cuidado são fundamentais para que as nossas relações com os outros sejam mais saudáveis e mais felizes - porque no princípio de tudo está o nosso amor por nós mesmos. E não se trata de egoísmo, resume-se tudo a nutrir-nos primeiro a nós daquilo que queremos receber (e dar) dos outros.

Por vezes, dá-me a sensação de que as mulheres - em particular - estão constantemente a ser colocadas à prova, com o nível de exigência sempre no máximo! De uma mulher é suposto que consiga gerir todos os diferentes papéis que desempenha ao longo do dia na perfeição - e de sorriso no rosto - é suposto, ir adiando os seus "cinco minutos", porque há só mais uma coisinha para fazer; é suposto ter um chip qualquer que lhe permite não se cansar como os comuns mortais.

Posto isto, não me interpretem mal, se vos disser que para este aniversário, eu quis que parte da sua celebração fosse passada sozinha, num momento só meu, onde eu pudesse ter a calma e a tranquilidade que os últimos tempos não me têm trazido. Este ano, eu senti que precisava de uma coisa diferente, mais de dentro para fora, porque não andava a conseguir dar aos outros aquilo que estavam a exigir de mim.
Decidi que era assim que deveria preparar a chegada dos 34 anos, quase como uma urgência do meu corpo e da minha alma se tratasse, a pedir-me para parar e para me ouvir: "Nutre-te a ti mesma, em primeiro lugar". 

Os últimos quatro anos foram intensos, dada a profundidade das decisões que tive que tomar  e acredito que os 34 sejam de mudança. O desconhecido assusta-me, assim como a insegurança, no entanto, há uma enorme força dentro de mim que me faz avançar sempre neste caminho que escolhi. Mas para isso, é preciso que saiba cuidar de mim e que me mantenha fiel a mim mesma. E há momentos, em que isso só é possível estando sozinha, indo ao mais profundo do meu ser, resgatando a minha essência e trazendo-a para cima. Às vezes, sabe (tão) bem não ter ninguém a chamar por nós, ninguém para tomar conta, ninguém que nos controlar. Às vezes, só queremos ser nós, sem merdas e sem filtros e esta, que vocês vêm nestas fotografias, sou eu: alguém que escolheu a roupa e os acessórios cuidadosamente, sim; que se preocupou com a maquilhagem, sim; e que quis registar o momentos com fotografias bonitas, sim. Porque não?!

Esta é a Vera de quem, por vezes, sinto saudades, saudades da miúda que se movia pelos sonhos e pela sua força de acreditar neles - é dessa força que eu preciso neste momento. Sobretudo, porque eu sei que é respeitando quem eu sou e tendo espaço para mim que consigo ser uma pessoa melhor para os outros. 

Os 34 são um ano especial, tenho a certeza absoluta e, por isso, não me posso dar ao luxo de estar demasiado concentrada nas distracções, deixando passar as oportunidades que eles têm reservadas para mim. Para além disso, só temos uma vida para viver e, entre as escolhas que vamos fazendo ao longo da mesma, o importante é não nos esquecermos de sermos felizes! E ser feliz é, sem dúvida, uma escolha!

Ao longo das próximas semanas, vou mostrar-vos um pouco mais deste dia maravilhoso - o único numa semana em que choveu muito - que passei no Hotel Dolce Campo Real, em Torres Vedras. 

E, agora, só me resta agradecer todos os votos de Feliz Aniversário que me foram deixados ao longo do dia de ontem. O dia já foi passado junto da minha família e com as baterias carregadas para os próximos 365 dias que preenchem o meu novo ano.

Um beijinho e uma óptima sexta-feira.
Boa tarde,