Cancro: "A Mãe Está Doente!" | Testemunhos Reais #2
05.02.17 | Vera Dias Pinheiro
Ontem assinalou-se o Dia Mundial da Luta contra o Cancro. Umadoença, muitas vezes, silenciosa, que afecta cada vez mais pessoas e maisjovens.
Há algum tempo atrás uma amigaminha disse-me, da forma mais natural possível: "Eu tenho cancro". Porém, eu só tivetempo de ficar em choque nos primeiros instantes da nossa conversa equando a vi pessoalmente, mais tarde. A sua força de viver é tão forte e tãocontagiante que não há espaço para esta doença ter um lugar de destaque na suavida e nem da daqueles que a rodeiam.
A Patrícia tem quatro filhos (Matilde de 4, os gémeos Rodrigo e Gonçalo de 8 e aMaria de 9 anos) e, claro que, uma das partes mais difíceis deste processo foiter de lhes contar que estava doente e que, em algum momento, eles iriam terque ver a mãe sem cabelo. Conviver com os olhares e com os comentários tambémexigem alguma habituação, mas a Patrícia não tem facilitado a vida a estadoença maldita, pois encontrou uma nova forma de viver que a tem permitido estar bem, confiante echeia de vida. Segundo ela, desde que lhe foi diagnosticado cancro e até hoje,só houve uma noite que perdeu a pensar nisso. A sua principal preocupação écuidar bem de si e do seu corpo e para isso, não deixou de se exercitar epassou a ter uma alimentação mais alcalina.
Este testemunho real que vos trago não é para nos deixar com tristeza, talvezcomovidos, mas jamais tristes. Para mim, tem sido uma lição de vida, porque eusó de ouvir a palavra cancro fico devastada, e a Patrícia tem levado ascoisas com a forma de estar de uma verdadeira lutadora, ela não aceitou estadoença para si e a única coisa que ela deseja é que esta fase má passerápido.
A Patrícia tem quatro filhos (Matilde de 4, os gémeos Rodrigo e Gonçalo de 8 e aMaria de 9 anos) e, claro que, uma das partes mais difíceis deste processo foiter de lhes contar que estava doente e que, em algum momento, eles iriam terque ver a mãe sem cabelo. Conviver com os olhares e com os comentários tambémexigem alguma habituação, mas a Patrícia não tem facilitado a vida a estadoença maldita, pois encontrou uma nova forma de viver que a tem permitido estar bem, confiante echeia de vida. Segundo ela, desde que lhe foi diagnosticado cancro e até hoje,só houve uma noite que perdeu a pensar nisso. A sua principal preocupação écuidar bem de si e do seu corpo e para isso, não deixou de se exercitar epassou a ter uma alimentação mais alcalina.
Este testemunho real que vos trago não é para nos deixar com tristeza, talvezcomovidos, mas jamais tristes. Para mim, tem sido uma lição de vida, porque eusó de ouvir a palavra cancro fico devastada, e a Patrícia tem levado ascoisas com a forma de estar de uma verdadeira lutadora, ela não aceitou estadoença para si e a única coisa que ela deseja é que esta fase má passerápido.
"Eu descobri que tinhacancro a 10 de Outubro de 2016, depois de alguns meses a ser-me feito umdiagnóstico completamente errado o que fez com que tivesse a confirmação da doençajá num estado considerado avançado. Valeu-me a minha teimosia, pois tenhobastantes antecedentes familiares e a verdade é que sempre achei que um diaesta doença poderia bater-me à porta.
Contar aos meus filhos foi uma das minhas preocupações, pois tinha medo dareacção deles, mas acabou por correr tudo bem. Optamos por não entrar emgrandes pormenores. E, desde esse dia, que o nosso dia-a-dia tem sidonormal, a única coisa de diferente é ter deixado de os acompanhar tantonas suas actividades extra-curriculares, que são muitas. O comportamento delestambém não se alterou, principalmente na escola, onde tenho andado mais atenta.
Elas são umas crianças fantásticas e nunca me viram chorar chorar ou triste.Penso que isso seja muito importante para a estabilidade deles. Para alémdisso, têm muito apoio do pai e dos avós. Por exemplo, nos dois/três dias aseguir ao tratamento, os quatro ficam em casa dos avós, para eles é uma festa eeu posso estar mais descansada e mais à vontade porque esses são os dias maiscomplicados em todo este processo."
Contar aos meus filhos foi uma das minhas preocupações, pois tinha medo dareacção deles, mas acabou por correr tudo bem. Optamos por não entrar emgrandes pormenores. E, desde esse dia, que o nosso dia-a-dia tem sidonormal, a única coisa de diferente é ter deixado de os acompanhar tantonas suas actividades extra-curriculares, que são muitas. O comportamento delestambém não se alterou, principalmente na escola, onde tenho andado mais atenta.
Elas são umas crianças fantásticas e nunca me viram chorar chorar ou triste.Penso que isso seja muito importante para a estabilidade deles. Para alémdisso, têm muito apoio do pai e dos avós. Por exemplo, nos dois/três dias aseguir ao tratamento, os quatro ficam em casa dos avós, para eles é uma festa eeu posso estar mais descansada e mais à vontade porque esses são os dias maiscomplicados em todo este processo."
Neste momento, a Patrícia feza sua última sessão de quimioterapia, daqui para a frente segue-se outrotipo de tratamento e outras batalhas, o caminho é ainda longo. Mas, segundoela própria, o importante é "tratar-me e ficar boa. Não tenho mágoa nemfico revoltada, aconteceu e agora tenho que me tratar."
Acreditoque, desse lado, possam estar muitas mulheres a identificar-se com o testemunhoda Patrícia e é para vocês que vão estas palavras: "É uma fase delicada. dolorosa até, mas nunca desistir. Manter sempre o pensamento positivo, pois uma grande parte da nossa cura está aí e na qualidade da nossa alimentação". Para ela, os pilares da sua cura são três: positivismo + tratamento + alimentação saudável.
A todas as outras mulheres, a Patrícia deixa um alerta "façam o vosso rastreio todos os anos e procurem sempre uma segunda opinião, principalmente havendo casos na família".
A todas as outras mulheres, a Patrícia deixa um alerta "façam o vosso rastreio todos os anos e procurem sempre uma segunda opinião, principalmente havendo casos na família".
Visitem o blogue da Patrícia, um autênticodiário sobre este período da sua vida: