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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

Foi preciso voltar um pouco atrás

17.01.17 | Vera Dias Pinheiro
sara falcão + mãe e filha + rotinas + pôr um bebé para dormir + amor de mãe + a importância das rotinas
Fotografia Sara Falcão Photography

Tenho passado os últimos meses à procura de uma consistência, de um fio condutor, de algo que me indique que estou no caminho certo ou se, pelo contrário, é preciso mudar. Tenho passado os últimos tempos a observar a Laura, à procura de um padrão, de algo que me faça perceber se estou a fazer bem, se ela gosta mais de uma maneira ou de outra. Mas continua a ser difícil, continua a ser difícil acertar.

As últimas semanas têm sido passadas a tentar criar uma rotina, tenho procurado que os nossos dias tenham um mesmo padrão, uma regularidade de horários e uma mesma ordem nas tarefas que são feitas. O que fazemos; quando acordamos; a hora em que almoça; o que fazemos a seguir ao almoço; a hora do banho; do jantar e o ritual de ir para a cama. Tudo o mais igual possível, todos os dias nas últimas semanas. Tudo isto envolve muita paciência, dedicação, perseverança e colaboração da parte do Vicente, que tal como ela, é apenas uma criança. 

Nos primeiros meses, tentei adaptar-me o melhor que consegui, cedi nas rotinas no momento em que estava a aprender a ser mãe de dois e a ter que cuidar de dois filhos aos mesmo tempo, sendo um recém-nascido e totalmente dependente de mim. Depois, deixei-me ir ao sabor da própria Laura, aquilo que supostamente eram as rotinas dela e os dias estavam a tornar-se simplesmente caóticos, sem conseguir determinar rigorosamente nada nos meus dias. E eu, vocês sabem, preciso de rotinas, e eu, vocês também sabem, acredito que os bebés também precisam de rotinas, são as rotinas que os tornam mais tranquilos e sossegados, pela segurança de saberem sempre o que vai acontecer ao longo do seu dia.

No entanto, aprendi que cada bebé é um bebé, cada um com a sua personalidade, a forma como gosta de adormecer, se prefere o colo ou não, se gosta de chucha ou não etc... etc... etc... Cada bebé é um bebé, mas todos precisam de segurança e de tranquilidade, todos precisam de ter consistência no seu dia-a-dia. Repito. E começa a ser altura da Laura conhecer a cama dela e deixar de dormir na minha, começa a ser altura dela perceber como é um dia na sua vida e as coisas que tem que fazer e que dormir é fundamental. 

Nos últimos tempos ando mais atenta e mais rígida, organizo-me para conseguir ter tudo organizado antes de ir buscar o Vicente à escola e ter os jantares adiantados, não pode falhar nada a partir das seis da tarde e até há hora em que se deitam. E, depois, é acreditar com muita força que aquele vai ser um bom dia e agir com toda a convicção de que vai correr tudo bem!

Também é preciso que a Laura deixe de adormecer na mama e que, mesmo estando cheia que nem um ovo, não comece a controlar-me com o seu olhar e trepar por mim até chegar ao seu "alvo". É preciso encontrar um equilíbrio na amamentação para que este processo continue a fazer bem e a dar prazer a ambas. 

No fundo, é preciso encontrar um compromisso que transmita bem estar a todos nós, que nos deixe confortáveis e que tudo o que há a retirar de bom desta experiência, não ceda ao que de menos bom possa haver. Porque a maternidade é isto mesmo: um compromisso entre mãe e bebé e em que os dois têm que se sentir felizes. 

Ainda não vos posso dizer se está a correr bem ou mal, nem quero, nem vale a pena falar desta coisas antes do tempo. Mas, em breve, espero ter respostas para vocês, especialmente para aquelas mães que eu sei que passam alguns destes "dramas" também e que têm bebés tão exigentes quanto a Laura. Em breve, espero ter, não a receita ou truque milagroso que tanto me perguntam, mas, pelo menos, espero ter o meu truque, aquilo que resultou connosco para partilhar com vocês.

Boa noite ❤


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Brinquedos que não acabam!

17.01.17 | Vera Dias Pinheiro
Não sei o que fazer a tantos brinquedos nem qual a forma mais eficiente de os arrumar!


Até há bem pouco tempo era fácil controlar os presentes cá em casa e não havia aniversário em que não houvesse um separação prévia dos brinquedos oferecidos, sendo que apenas dois ou três ficavam para brincar logo na hora. Os restantes eram guardados para  serem dados ao longo do ano. 

Mas este ano não foi assim tão fácil, o Vicente quis abrir todos os presentes na hora, acho que só o facto da brincadeira ser tão aliciante, fez com que fosse possível desviar o assunto. Porém, chegados a casa, não houve volta a dar. Coagiu uma das avós a abrir tudo, sabendo que eu não estava por perto - óbvio!

No entanto, após a euforia do momento e dos dias a seguir, a verdade é que dou com ele a brincar com os mesmos brinquedos de sempre: um cesto cheio de carros; uma pista; uma colecção de animais em miniatura e um outro cesto com uns bonecos também em miniatura. Mesmo quando tem à sua disposição todos os brinquedos que quis e os bonecos que adora, pois, mesmo eu, contrariamente à minha vontade, lá vou cedendo às "modas" dos piratas, da Patrulha Pata, do Blaze, dos super-heróis... a verdade é que são apenas modas, satisfazem a euforia do momento e, como qualquer outra moda, acaba por passar, seguindo-se de uma outra coisa qualquer. Também é verdade que cada vez mais é difícil controlar o efeito dos seus pares e é raro o dia que não vem da escola a dizer-me que EU (mãe) preciso de comprar alguma coisa para ele - alguma coisa que um dos seus amigos tem e levou para a escola naquele dia. 

Também as idas aos centros comerciais, ao supermercado ou qualquer estabelecimento comercial que tenha coisas para crianças, são cada vez mais difíceis de se fazerem sem birras, porque "eu queroooooooooo" ou "eu precisoooooooooo".

O consumo nas crianças é quase como uma bola de neve e uma coisa é certa: há brinquedos a mais cá em casa! Coitada da Laura que vai herdando todos os brinquedos do irmão até ao dia em que comece a pedir Nenucos e Barbies ? Porém, a verdade é que até aos dois anos do Vicente, os  seus brinquedos eram todos didácticos, quase todos em madeira, talvez porque não víamos televisão em Bruxelas e, por isso, o Vicente conheceu apenas a Galinha Pintadinha e o Mickey Mouse durante todo esse tempo - era o que havia disponível no Youtube e nos DVDs.  E vendo bem, talvez seja um pouco por isso, que ele continua a preferir outro tipo de brincadeira e liga muito pouco à televisão.  Mas tenho a certeza que com a Laura já não vai ser nadaaaaaa assim e que vai começar a pedir as suas coisas muito mais cedo que o irmão. 

Para já e sem mais filhos no programa, tenho uma regra cá em casa: o que se deixa de usar; o que deixa de servir; está estragado; o que passou de moda... vai tudo embora! Vende-se, troca-se ou dá-se! Não tenho mais espaço em casa!!!!

Aproveito para vos deixar algumas sugestões de brinquedos em madeira muito semelhantes aos que temos cá em casa e que parte deles já são usados pela irmã.

- Carreguem na imagens para mais detalhes - 




Boa tarde!

P.s: Mais tarde vou falar-vos de rotinas. Mas, aviso já que implementei mudanças drásticas cá em casa.


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