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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

A maternidade é só para os rijos #1

09.01.17 | Vera Dias Pinheiro

Há dias, como o de hoje, em que sofro pelos nossos vizinhos, nesses dias estou sempre à espera que nos venham bater à porta para se assegurarem que não usamos a violência na hora de adormecer a miúda. 

Há dias... como o de hoje! 

Queridos vizinhos, se me lêem, está tudo bem, podia estar melhor - é verdade, eu sei - mas está tudo bem. 

#estamiudatiramedoserio

Boa noite! 






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Rotinas (ou lá o que isso é)

09.01.17 | Vera Dias Pinheiro
sonny angles + rotinas + manhãs de sol + bebé + mãe a tempo inteiro

Eu gosto das rotinas, gosto particularmente da tranquilidade que elas transmitem ao dia-a-dia e de permitir alguma previsibilidade, dentro do imprevisto em que a nossa vida se torna sempre, a partir do momento, em que temos filhos. Mas, eu gosto das rotinas, vocês já o sabem. 

As últimas quatro semanas foram particularmente intensas, como muito provavelmente foram desse lado também. E, embora, eu adore o Natal, assim que tudo termina, já só penso em arrumar a árvore, os enfeites e em voltar a ter alguma ordem em casa, com as nossas rotinas de volta. Com tantas excepções por isto e por aquilo, já não se quer tomar banho, também não se quer jantar e até que se adormeça, são horas e tentativas de mudar de cama, de pedidos de última hora e tudo mais. 

Hoje, dia em que pai e filho conseguiram sair particularmente cedo de casa, de forma pacífica e sem dramas e, em que, apesar das más noites, a Laura compensou de manhã, dormindo até mais tarde, tive um delicioso momento de silêncio e de tranquilidade em casa como há muito não sentia. Tomei o meu pequeno-almoço descansada, sem interrupções. Tive tempo para mim, uns minutos, mas quando esse tempo é escasso, damos um valor especial a cada segundo que passamos naquilo que para nós significa "tempo de qualidade". 

Desde que fui mãe, que estou habituada a sê-lo tempo inteiro, fi-lo até aos dois anos e pouco do Vicente e adorei, dentro do absorvente e do exaustivo que é. Contudo, o próprio Vicente e a nossa vida permitiu-me ir tendo pequenos balões de oxigénio aqui e ali, ao longo do percurso, para me ir aguentando sem que me sentisse privada da minha vida. Com a Laura ainda não pensamos bem sobre este assunto pois, para mim, gostaria muito de fazer a mesma coisa com ela. Foi a única forma de puder ter vivido em pleno a maternidade, bem de perto, sem ter perdido pitada do crescimento, das aprendizagens, dos momentos fantásticos do primeiro ano de vida, de tudo! Eu estive sempre lá. 
Mas a Laura é um outro bebé, com outras características e apanhou-me também numa fase da minha vida em que eu preciso de me reorganizar a nível pessoal/profissional e porque o dinheiro é preciso para viver e arriscar não ter um meio de subsistência próprio nunca esteve nos meus planos - a não ser que um dia jogue ao Euro-Milhões e ganhe o prémio.  

Para além disso, temos a questão do sono, se bem que eu ainda não me debrucei muito a sério sobre assunto, ou melhor, ainda não senti que deva ter que recorrer obrigatoriamente a um especialista. Acho que a Laura é uma bebé com a sua própria personalidade, que até aqui tem vivido uma avalanche de alterações, nomeadamente entre a passagem da amamentação exclusiva em livre demanda e sempre comigo para a introdução da alimentação complementar; depois, os dentes, que a afectam mesmo muito; uma constipação que teima em não passar, com uma tosse e muita ranhoca... Enfim, há sempre um e outro motivo que me fazem aguardar para ver como ela é quando todas estas mudanças/fases passarem - e refiro-me, ao primeiro ano de vida - ainda que pela minha cabeça me passem tantos pensamentos, nem todos tão racionais ou brandos como este.

A verdade é que eu sinto falta de um bebé com rotinas e que não exiga de mim uma disponibilidade a 200%, pois eu adoro e sou bastante grata por termos conseguido organizarmos de forma a que um de nós tenha esta disponibilidade para os nossos filhos e este apoio que, numa vida normal, com pai e mãe a trabalhar fora de casa, seria impensável. Porém, sinto a falta daqueles momentos bons, quando colocamos um bebé a dormir e sabemos que vai ficar ali, pelo menos, meia hora, uma hora, duas... a casa fica em silêncio e nós podemos gerir aquele tempo da forma que queremos. E não que, logo após cinco minutos, esteja a acordar a chorar; ou, então, recuperar os finais de noite, em que posso usar o sofá e a televisão com uma finalidade que nada tenha a ver com crianças. 

Por tudo isto, hoje soube bem voltar às rotinas; soube bem ontem ter tido tempo para organizar a casa, preparar as roupas de cada um e hoje ter começado o dia desta forma. E como cada dia é um dia e eu tenho acredito muito que a tendência é para melhorar, hoje estamos um dia mais perto de ter alguma "coerência" e estabilidade no nosso/meu dia-a-dia.

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