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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

Resumo do dia do pijama (pelo Vicente)

21.11.16 | Vera Dias Pinheiro

Fui informada pelo Vicente, na sexta-feira passada, que na segunda-feira era o dia do pijama e que ele precisava - atentem no verbo - do pijama da Patrulha Pata para levar para a escola. 


dia do pijama + ir de pijama para a escola + patrulha pata + pijama da patrulha pata
O pijama é da C&A

Sábado fui às compras e lá encontrei o pijama certo e da Patrulha Pata - aproveitei e trouxe o Kimono para o Judo, outro recado que já me tinha sido entregue pelo pequeno aprendiz a judoca. 

No domingo, depois da nossa ida ao Almada Forum, e enquanto deitava mãos à obra na construção da casinha do pijama, fui-lhe perguntando se ele sabia, afinal, porque é que os meninos iam todos de pijama para a escola. E ele disse-me que sim... "é por causa dos meninos que não têm pais nem mães..." (...) "e as moedas são para comprar todos os pijamas do mundo para os meninos todos e para os bebés." E, por palavras muito simples, é mesmo isto e por "pijama" podemos entender o carinho, o afecto, o amor, a alegria... que, infelizmente, o dinheiro não pode comprar.

A missão e objectivo são os mesmos de ano para ano, com a pequena diferença de querer-se sempre chegar a mais e mais crianças que, infelizmente, não têm as mesmas condições de vida e de afecto que os nossos filhos. Para além disso, é importante que os nossos filhos, à medida daquilo que entendem e que é a sua idade, percebam que este não apenas um dia diferente em que podem ir com o seu pijama preferido para a escola.

O Vicente está naquela fase que pede tudo e mais alguma coisa, quer tudo e quer no momento, no entanto, fico feliz quando percebo que não é difícil para ele dar alguns dos seus brinquedos a outros meninos ou perceber que, se alguém precisa, podemos ajudar e até partilhar as nossas coisas.


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Então e eu?

21.11.16 | Vera Dias Pinheiro

Não estava a conseguir tirar o melhor partido dos meus dias, não tinha tempo para praticamente nada e sentia que, por coisas mínimas, andava sempre de um lado para o outro e isso não me estava a fazer bem.


ponte 25 de abril + trench coat + gabardine + gestão de tempo + cristo rei


É verdade que não estava a saber lidar com a falta de tempo, com a privação do sono, o cansaço acumulado e as rotinas da Laurinha - ou melhor, as não rotinas - que tornavam os meus dias bastantes caóticos, ao ponto de, nas últimas semanas, ter desistido por completo de ir contra isso. Assumi que não era capaz de me comprometer com mais nada, durante o dia, para além da Laura, ao fim do dia com os dois e à noite... invariavelmente, ao adormecer a Laura, tenho cedido e acabo por adormecer também. Mas se isto podia ser uma coisa boa, no meu caso não o é. Eu preciso sentir que faço alguma coisa fora da "bolha", que consigo corresponder aos compromissos que assumo, que posso ir ao ginásio, que tenho energia e vontade para combinar alguma coisa e estar com pessoas. 

Também sou daquelas pessoas que precisa tomar um banho logo de manhã e ficar pronta para o que for preciso, até mesmo para estar em casa. Preciso disso para fazer o reset das noites, pois mesmo que esteja muito cansada ou com muito sono, os dias passam-se melhor do que se for adiando, adiando e adiando até ao ponto em que sou totalmente absorvida pelas tarefas, rotinas, imprevistos "Laura", etc.. etc... Os dias em que consigo fazer as coisas da minha maneira, são dias melhores!

E hoje, pela primeira vez, consegui fazer aquilo que era a minha rotina em Bruxelas e que permita que os meus dias parecessem maiores e em que eu conseguia fazer muito mais coisas (e sempre com o Vicente). Hoje consegui ir ao ginásio muito, muito cedo, por pouco tinha deixado todos a dormir, não fosse o Vicente um madrugador deste sempre. Cheguei a casa igualmente cedo, tomei banho e fiquei pronta - não andei a esperar e a adiar o banho até que a Laura se decida a adormecer de manhã, quando muitas vezes, já só dorme depois de almoçar. 

Em Bruxelas, tinha a vantagem de morar perto de tudo e de não perder tempo no trânsito, o ginásio abria as 6h00 da manhã e às 8h00 eu já estava pronta. Os dias eram dias normais, mas que pareciam durar muito mais, porque eram aproveitados de uma outra forma e davam para tudo, até para descansar muitas vezes, aproveitando uma ou outra sesta. 

Almoçava muitas vezes com o meu marido, pois havia tempo; passeávamos mais, pois havia tempo; fazia as tarefas normais de casa, pois havia tempo e vivia com menos caos à minha volta. A única diferença era que, nessa altura, eu já dormia muito mais durante a noite e o Vicente dormia muito mais durante o dia.

Mas eu sei que é quando tudo está mais confuso e eu a entrar em modo burn out que mais preciso de me agarrar à minha rotina, ao meu equilíbrio, pois é como se fosse o meu fio condutor. Aquilo que fiz hoje é aquilo que vou ter fazer daqui para a frente e sempre que for possível. 

Para mim, esta semana não podia ter começado de melhor forma! 
Vamos lá Novembro, falta pouco mais de uma semana para terminares e ainda há tempo para fecharmos este mês melhor do que começamos. Certo?


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