Não (re)conhece a cama dela. Continuamos com grande dificuldade em conseguir que durma lá e eu acho que quanto mais tempo deixarmos passar, pior será... Mas, como já vos disse, o que nós queremos nesta fase é conseguir dormir o máximo de horas que conseguirmos, seja de que forma for! 

Fazer o burrinho velho é a sua primeira e oficial gracinha - ah e, entretanto, também já consegue estar sentada sem baloiçar.

Tal como a maioria dos bebés, pode ter todos os brinquedos do mundo, mas o que ela quer mesmo é aquilo em que não pode mexer.

Tem uma predisposição para agarrar os objectos mais perigosos e enfiá-los na boca.

Come bem, mas de noite mama muito! É capaz de acordar de duas em duas horas só para mamar/chuchar.

Acorda mais tarde do que o irmão - o que me permite descansar aquele bocadinho de descanso necessário ao equilíbrio.

Está na fase em que precisa de ter a mãe por perto, embora vá ao colo de toda a gente.

Não adormece sem chorar muito e quando está irritada, não há nada que a distraia

Não gosta que lhe mexam nas mãos, seja para o que for, incluindo limpar e vestir - mas adora o banho.

Sempre tive dificuldade em adormecer, algo que, conjugado com as noites da Laura, se torna assim no cocktail bombástico que em nada abona a meu favor. As pessoas dizem-me que estou com boa cara, mas por noite, só consigo dormir em média 4-5 horas - nesta fase, muito pouco face às minhas necessidade.

Já é difícil ir com ela ao ginásio - é difícil perceber quando é que vai dormir e, estando acordada, quer atenção para ela.

Também não consigo tomar banho como gostaria. O ideal seria mudar as minhas rotinas e ir religiosamente dormir à hora dela e conseguir levantar-me bem cedo - antes dela - e fazer as minhas coisas - fosse ir ao ginásio, fosse tomar banho, ou despachar alguma coisa urgente/importante.

Os dias não têm horas suficientes para tudo o que preciso fazer MAIS o tempo que ela exige para estar à mama. Sobretudo, não têm horas suficientes para também estar sem fazer nada.

Como digo, acima, são reflexões apenas destes quase oito meses de Laura. O tempo vai passando e tudo vai deixar saudades... TUDO... Incluindo a tarde de hoje que passei ao lado dela para conseguir que dormisse alguma coisa e que, mesmo com a respiração profunda, assim que me levanto para tentar sair da cama, ela abre os olhos, fixa-me e desata a chorar! Mas, se gostava de voltar atrás? ÓBVIO que não! Adoro a minha boneca, mais reguila e simpática que consome quase tudo o que eu tenho ?

Foi um bocadinho assim que me senti no sábado passado, quando estivemos presentes na festa que assinalou os 50 anos da mítica marca portuguesa de brinquedos, a Concentra, na Terra dos Sonhos. 

É verdade que, desde sempre que me lembro de crescer com os anúncios e com as publicidades aos brinquedos desta marca - eram sempre os melhores e os mais desejados - e, hoje, ao fim de cinco décadas, continua a ser a marca líder na representação dos brinquedos mais icónicos e que ditam a moda e fazem a loucura dos miúdos. E a prova disso foi que os mais pequenos assim que chegaram à Terra dos Sonhos, deram por eles a entrar num verdadeiro mundo encantado onde puderem brincar com os seus super-heróis preferidos, enquanto os seus pais relembravam a sua infância com muita nostalgia. 

Entre a Barbie, o meu pequeno-ponéi, o jogo do Quem é quem, os super-heróis mais destemidos, como o Super-Homem e o Batman,  o famoso Gameboy... tantos, mas tantos brinquedos que ali estavam expostos, numa mini exposição quase cronológica destes 50 anos da Concentra, e que nos fizeram sentir "em casa" e a regressar à nossa infância. E, ao mesmo tempo, foi ver os nossos filhos com tanto entusiasmo como nós, pois ali encontramos também a Patrulha Pata, as Tartarugas Ninja - que voltam a marcar mais uma geração - o Ruca e o Panda, são apenas alguns dos exemplos.

Se a Concentra é uma empresa familiar, talvez seja esse o seu segredo para continuarem a fazer parte dos sonhos e das nossas crianças. Geração após geração - e são já três gerações de infâncias - vai conseguindo ter a sensibilidade para aquilo que os mais novos valorizam, pois saber brincar nunca deve ser olhado do ponto de vista dos adultos, mas sim das crianças. Nas brincadeiras, são eles que ditam as regras e que fazem as escolhas, nós só acompanhamos.

E quem ouviu o discurso do fundador da marca, não ficou indiferente às suas palavras e algumas das histórias que contou. É de louvar ver como uma empresa com esta relevância, mantém o seu caráter familiar, pois foi isso que vi ali: uma família unida em torno de algo que é tão importante: brincar! 

Neste dia de festa, a Concentra não deixou prestar o seu apoio à causa que a Terra dos Sonhos apoia, oferecendo os brinquedos mais desejadas pelas crianças apoiadas pela mesma.  Para quem não sabe, a Terra dos Sonhos é uma Organização de Solidariedade, sem fins lucrativos, cuja principal actividade consiste na realização dos sonhos de crianças e jovens diagnosticados com doenças crónicas e/ou em estado avançado de doença, crianças e jovens carenciadas e também idosos, como forma de transmitir uma mensagem de esperança.

Muito obrigada por esta manhã tão boa e tão feliz!