Aguenta coração!
15.06.16 | Vera Dias Pinheiro
Hoje fomos ao Jardim de Infância conhecer a nova sala e a nova educadora e auxiliar do Vicente. Ele vai mudar de instalações, dentro da mesma escola, vão haver mais crianças à sua volta, mais velhas, e outras rotinas. Hoje, pela primeira vez, o Vicente e os amigos da sua sala fizeram o caminho para a escola dos "crescidos", como ele próprio me disse e foram todos de mãos dadas. À sua espera estava a nova professora, auxiliar e todas as outras novas caras que vão passar a fazer parte do seu dia-a-dia, a partir de Setembro. Tiveram uma manhã de muitas brincadeiras, sortearam um padrinho para cada um deles e receberam uma "medalha" com os seus nomes. Almoçaram por lá e só voltaram à creche para dormir a sesta.
À tarde, eram a vez dos pais que se juntarem a eles, para também conheceram a nova sala, educadora e auxiliar. Todos eles estavam numa grande adrenalina, (mais) irrequietos (que o normal). Quando olhei pela janela da porta e o vi ali sentado, juntamente com os seus amigos, todos de bata vestida, vi um Vicente que está a crescer - infelizmente para mim, e talvez para as outras mães, que acho que é sempre rápido demais. Assim que se abriu a porta, ele foi o primeiro a correr para junto de mim, abraçou-me e já não me largou mais. Juntos, vimos as fotografias daquela manhã, da saída da creche, da chegada, das actividades, da hora da refeição... Óbvio que as hormonas do pós-parto, que ainda andam por aqui, me deixaram de lágrimas nos olhos, porque eu acho que, a partir de Setembro, ele vai crescer ainda mais depressa e eu não sei se estou preparada para isso - estar, sei que estou, mas o primeiro impacto é do o querer apertar junto a mim e de achar que todo o tempo é pouco.
Eu gostei desta iniciativa e desta forma "suave" com que a escola procura fazer esta passagem, gosto particularmente que incluam os pais em alguns desses momentos e que partilhem connosco o que eles fazem quando nós não estamos por perto. Para mim, a escola é uma continuação da aprendizagem e da educação que damos aos nossos filhos, por isso, faz todo o sentido que os pais sejam uma figura presente naquele espaço e que não haja uma separação.
Boa noite.