Já vos disse que parece que a mana sempre existiu na vida do Vicente. Desde o primeiro momento em que entrou de mão dada com o pai no nosso quatro no hospital, que a primeira pergunta foi: "Mãe, a mana está onde?" e esta continua a ser sempre a primeira pergunta assim que entra em casa, quando regressa da escola. 

Ele acha muita piada que ela seja assim tão pequenina, que tudo nela seja pequeno e como passa muito tempo de olhos fechados, a dormir, sempre que a vê de olhos aberto é uma grande festa. Quando chora, também é engraçado, menos quando chora muito e muito alto... às vezes, até comenta comigo, que a mana está mesmo chateada. Mas, no início, não percebia muito bem porque é que ela não vinha connosco para a mesa para comer ou porque é que tem o privilégio de dormir no nosso quarto a noite inteira ou porque é que não pode brincar com ela - ontem o Vicente veio a correr chamar-nos e a pedir para olharmos para o berço da mana... e lá estava ela a fazer o seu sono de beleza rodeada de uma série de bonecos que ele tinha lá enfiado... Se calhar, vamos ter que passar a estar mais atentos!

Isto é tudo uma grande novidade, um turbilhão de emoções e de sensações para todos nós, mas sobretudo para ele e, mesmo com algumas crises pelo meio, carinho, meiguices, beijinhos e festinhas não faltam entre eles e porque o Vicente quer. 

Nós continuamos no mesmo registo de deixá-lo ser ele a explorar e a conduzir tudo isto.


P.s: Sobrevivemos à primeira saída! Tivemos birras e choros, mas conseguimos chegar a horas ;)

Quem nunca passou pelo drama das primeiras saídas com o recém-nascido?! De início, as saídas não são muitas, mas há aquelas saídas obrigatórias às quais não podemos faltar - o teste do pézinho, a primeira consulta no pediatra, as nossas consultas pós-parto, entre outras - que, para além de obrigatórias, têm uma hora marcada. E este é o verdadeiro problema: conseguir chegar a horas...

O primeiro desafio foi logo o teste do pezinho, marcado para as 13h30, conseguimos chegar, por volta das 13h50. O segundo desafio foi a minha ida ao médico para tirar os pontos que, embora pudesse aparecer a qualquer hora, na parte da manhã, consegui chegar perto às 11h40 e acabei por ter deixar a Laura em casa, pois tinha acabado de dar de mamar, mas faltava vesti-la e com toda a logística que envolve pôr e tirar um bebé do carro, o melhor era ser o mais rápida possível para estar despachada e em casa na hora dela ter que comer novamente - obviamente que, quando cheguei, já estava de olho aberto à minha espera.

Inevitavelmente, há coisas que parecem que só acontecem nestas alturas:

- Aquela noite, em particular, foi pior que todas as outras;

- Fica com fome precisamente no momento em que tinhas tudo preparado para conseguir ir tomar banho;

- Ou, então, quando tudo está pronto... ouves um barulho e percebes que não vais conseguir sair de casa ainda... pois ainda vais ter que mudar uma fralda.

Fico sempre com a sensação de que passo uma manhã inteira a tentar despachar-me para conseguir sair de casa lá pela hora do almoço, na melhor das hipóteses. 

P.s: As roupas ficam todas preparadas na véspera, para todos! Deixou de haver tempo para aquelas indecisões de última hora!