Mulher | 29 semanas de gravidez: o que está mudar...
18.01.16 | Vera Dias Pinheiro
Não gosto de começar o dia tão tarde e muito menos de começar asemana a sentir-me já tão cansada. Mas, de facto, as insónias e a espertina doVicente todos os dias da semana, incluindo os sábados e os domingos, logo às 7hda manhã, são duas coisas cada vez mais difíceis de conciliar. Para além disso,ou eu muito me engano ou estes três anos são ainda mais irreverentes do que osdois e a palavra de ordem é "NÃO" a tudo - mas a T-U-D-Omesmo!
Foi um fim-de-semana passado com esta palavra tão pequena aentrar-me nos ouvidas a toda a hora, juntamente com aquele "choro" - queé tudo menos chorar - de quem está a ser contrariado. E, agora,queridas mães leitoras com filhos mais velhos, peço-vos que não me digam - sefor o caso - que os 4 anos são ainda piores, pois eu não estoupreparada para ouvir isso já!
Por isso, sempre que possível, quando o despertador toca àsegunda-feira - leia-se quando o Vicente vem de mansinho até à nossacama e começa a repetir sem parar que tem fome - levantamo-nos ostrês, preparo o Vicente para ir para a creche, despeço-me dos dois e volto paraa cama e mesmo que já não consiga dormir da mesma maneira, pelo menos consigodar descanso ao corpo (e à bebé). E o dia só (re)começa mesmo depoisdisso.
A maternidade coloca-nos sempre numa espécie de balança, ondeandamos sempre à procura do equilíbrio - o nosso, o da família, o dotrabalho, o da casa e o dos filhos - o que não é fácil e o que, porvezes, nos leva a sobrecarregar-nos a nós próprias, sem termos tempo para parare conseguir recuperar forças e energia para os dias exigentes que temos pelafrente. Mas parar e ter tempo para nós é fundamental, pois o cansaço emdemasiada, o stress e as noites mal dormidas, esgotam a nossapaciência, deixam-nos mais sensíveis e intolerantes com tudo. E aquilo que todas nós procuramos é sermos mães felizes, que são precisamente menos rabugentas,certo?
Não sei o que funciona com vocês nestes momentos mais exigentes,mas por aqui tem sido este escape à segunda-feira de manhã com um banhorecuperador e revitalizante, com uma música relaxante de fundo, e silêncio -sim, não há ninguém a bater à porta e a querer entrar ou a fazer mil e umaperguntas que aparentemente são tão urgentes que têm mesmo que ser respondidasenquanto tomo um duche, já de si a correr - e sabe-me tão bem, mas tão bem quemesmo que o dia acabe por ir já a meio, eu recupero energia para o resto dasemana.
Daqui a pouco, é tempo de ir buscar o Vicente de novo, entretantojá andei a correr porque a máquina da louça acabou de lavar e, como o Solvoltou, há que aproveitar e deixar roupa lavada e a secar. Também preparei ojantar, que foi para o forno; fiz as camas e deixei tudo preparado para o banhodo Vicente. Depois dele estar em casa, o tempo é para ele com todas asbrincadeiras que quer recuperar depois de um dia fora de casa.
E a verdade éque, com tudo isso, já me esqueci do banho demorado que tomei e até das horas a mais na cama...Porém, é precisamente por saber que, depois de ser mãe, o tempo para nós é tãoprecioso e tão pouco, que aproveitei cada segundo da minha manhã...
Boa tarde e boa semana!