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Fevereiro, 2013 |
A gravidez é uma fase que culmina com o dia do parto e, nesse momento, a mulher, o seu acompanhante, o médico e a restante equipa, são elementos fundamentais e que deveriam funcionar com um todo para que a mulher possa dar à luz de acordo com aquilo que é a sua vontade. Porém, na prática, sabemos que em muitos casos as coisas não se passam dessa maneira: muitas vezes, os planos de parto nem são aceites ou nem a mulher chega a saber que pode e que o deve fazer; muitas vezes, nem sequer existe empatia com a equipa médica e tudo se passa num ambiente frio e distante. Muitas vezes, a culpa de tudo isto deve-se a desinformação sobre os nossos direitos enquanto mulher e enquanto mulher grávida.
Objectivo: dar apoio para que qualquer escolha que estas mulheres façam seja devidamente informada e permitir que encontrem profissionais de saúde que as apoiem nessas mesmas escolhas.
Esta Associação decidiu agora dar um passo em frente na divulgação da sua missão e dar voz a quem tem algo a dizer sobre o que é o Nascimento em Portugal, organizando o
1º Encontro Nascer com Amor. Este encontro terá lugar no próximo dia 30 de Janeiro e pretende-se que seja um dia de inspiração, partilha e de informação para famílias e profissionais. Este dia será passado entre
palestras, um
debate e ainda um
workshop.
Os interessados poderão consultar todo o programa
AQUI e todos estão convidados a partilhar esta iniciativa.
Não existe nada de mais humano do que trazer uma vida ao mundo e, mesmo que tudo se passe no ambiente frio de um hospital, todas as mulheres deveriam saber quais são os seus direitos e até as exigências que podem fazer para que o SEU trabalho de parto seja facilitado. Aquilo que é um parto humanizado para uma mulher, não significa que seja igual para a outra, por isso, debater sobre estes temas envolvendo todos aqueles que são os principais intervenientes, é muito importante.
Mas, obviamente, que não estou a falar aqui dos imprevistos que podem acontecer e que de um momento para o outro mudam o rumo das coisas e o meu caso é o perfeito exemplo disso: depois de cerca de 7 horas em trabalho parte e de tentarmos o parto vaginal, tivemos que recuar e passar para uma cesariana de urgência com anestesia geral. Porém, desta segunda vez, e caso o tamanho do bebé me permita, quero muito pensar no meu plano de parto, naquele que melhor se adapta a mim e aos meus sentimentos em relação ao parto, quero ter uma conversa sincera com o meu obstetra e quero ter uma voz mais assertiva no que toca aquilo que é a minha vontade. Sei que, na altura, depositei toda a confiança na equipa médica e que eles saberiam ir ao encontro daquilo que eu precisava, mas na prática, as coisas revelaram-se muito diferentes e não fui a tempo de mostrar nem a minha vontade nem aquilo que podia estar a precisar.
E, desse lado, houve um plano de parto? Fizerem alguma exigência no momento do trabalho de parto, como por exemplo, uma música calma ou a bola de pilates? Contem-me tudo! Gosto - e quero - ouvir outras experiências.