Tchan Tchan Tchan.... habemos presentes praticamente todos comprados e embrulhados! 

Este fim-de-semana, aproveitando que a avó não conseguiu fugir ainda, deixamos o Vicente em casa, evitando que tivesse que andar connosco de um lado para o outro e em centros comerciais - coisa que sabemos que não resulta MESMO. E a prova foi superada - um bocadinho sem pensar muito no assunto, porque caso contrário teríamos adiado.

A família não é muito grande e para além da família, oferecemos presentes apenas aos filhos de nossos amigos próximos e para o Vicente tentamos ser o mais racionais possível e dar mais importância à qualidade, em vez de quantidade. Como já vos disse antes, nós até costumamos juntarmo-nos e oferecer uma ou duas grandes prendas, que sabemos que ele vai mesmo gostar e que de alguma forma "precisa". 

Por muito que tentemos evitar, a verdade é que as crianças acabam por estar sempre a receber alguma coisa, sem haver um motivo específico e na idade do Vicente, eles acham tanta graça a receber uma coisa pequena, como uma coisa grande. E, depois, na sociedade em que vivemos é cada vez mais difícil travar o consumismo, o excesso e a exposição a muito coisa todos os dias. 

Por isso, eu esforço-me para que o Natal seja diferente do resto do ano, para que nesta altura se vivam outro tipo de momentos e de sentimentos, que marquem a infância do Vicente e que ele transporte consigo ao longo da sua vida. E esforço-me mais agora que ele está muito mais desperto para tudo o que se passa à sua volta. 

Os dias até ao Natal são vividos de forma especial e este ano, pela primeira vez, já conseguimos fazer uma escolha de brinquedos que ele quisesse dar a outros meninos que infelizmente não têm tudo aquilo que se deseja para uma criança. E, para além disso, todos os preparativos, decorações, etc... são partilhados com ele - neste momento, só fazem sentido tendo a presença dele. Os brinquedos, abertos na manhã do dia 25, assinalam a passagem do Pai Natal, que visita todos os meninos, fazendo-lhe uma espécie de oferenda por serem tão especiais e por se terem portado bem durante todo o ano, sem ser o presente da tia, da avó ou do pai e da mãe...

No entanto, o Natal é muito mais que o Pai Natal, é o nascimento de Jesus Cristo, faz parte de uma crença, da religião cristã e que é importante dar a conhecer aos mais pequenos, pois assim, será possível mostra-lhe que o Natal não esta no valor monetário das coisas ou mesmo na quantidade de presentes, mas sim como sendo algo espiritual, de comunhão e de tempo para estar com quem gostamos.

Mas... já cá temos os dois MEGA presentes que o Vicente vai simplesmente amar e não foi nada difícil de satisfazer os seus desejos. No entanto, são volumosos e dada a sua curiosidade e cusquice próprias da idade, o que nos levantou a grande questão de: onde esconder os brinquedos até à manhã do dia 25? Para já, estão na despensa, local que é acessível a ele, porém tentamos não esquecer-nos de trancar a porta - certo, senhor meu marido??!!!

E, por aí, os vossos filhos foram muito exigentes nos seus pedidos? E como fazem para esconder os presentes até ao grande dia?

Curiosidade:  Sabiam que a Google ajuda-nos a seguir a viagem do Pai Natal e a conhecer a sua história durante todo mês de Dezembro e até ao dia em que a sua viagem começa? É verdade!

Se quiserem saber mais, sigam o link: https://santatracker.google.com/?hl=pt-PT#village

Um post em modo lamechas, porque nestes últimos dias as birras têm dado umas tréguas e o Vicente tem-se desmanchado em mimos para todos (incluindo a mana) e, de vez em quando, lá o vamos ouvindo a falar dela nas suas conversas - já disse ao pai, quando regressava a casa depois da aula de natação, que a mana, depois também vai com ele e que a iria ensinar a nadar.

O Vicente faz três anos no dia três de Janeiro e para mim, até há bem pouco tempo, ele era o meu menino pequenino, o meu bebé, mas, de repente, de um dia para o outro, parece-me tão crescido, com conversas e atitudes tão "dele" e que me surpreendem tanto, que eu dou por mim a questionar-me: quando é que ele cresceu assim tanto? Será que o facto de se tornar o mano mais velho tem influência? Será que agora inconscientemente, eu olho para ele com outros olhos? 

A verdade é que, à medida que o tempo vai passando e que a barriga vai crescendo - e os pontapezinhos vão sendo cada vez mais fortes - e tudo se torna mais real e presente no meu dia-a-dia, que eu própria começo a sentir alguma curiosidade sobre o que nos espera; de como será o nosso primeiro dia a quatro; como será trazer um bebé para se juntar ao Vicente e como é que ele próprio irá reagir a isso. Aliás, como será o momento em que eu os irei apresentar um ao outro? ... E foi assim, perdida nestes pensamentos, que cheguei até estes momentos maravilhosos e de verdadeira ternura entre "mano e mana":