Mães de Meninos: Um desabafo e Um Alerta!!!
02.11.15 | Vera Dias Pinheiro
Sou mãe e deixei de controlar o que sinto, pois já nada depende apenas de mim. Ter um filho doente custa, mas ter um filho que sabemos que sente dor e que, para que melhorar, terá mesmo que passar por sentir aquela dor, custa muito mais. Para além disso, tudo se torna mais imprevisível e incerto quando se tem filhos, por exemplo um domingo que corre sem sobressaltos, que é passado em casa de forma tranquila, optando por deixar a chuva e o frio lá fora, pode muito bem terminar com uma ida às urgências e nós com o sentimento de impotência - essa impotência que tanto, mas tanto me arrelia quando o assunto é o Vicente e o seu bem estar. |
No que toca ao tema gravidez e filhos, temos sempre um sem fim de informações, recebemos sempre a opinião de muitas pessoas, que pela sua experiência, nos dizem o que devemos ou não fazer; sabemos aquilo que devemos ter e quais são as marcas melhores; etc... mas nunca somos preparados para aquilo que realmente importa: ser capaz de perceber todos os sinais que os nossos filhos nos dão e que podem servir de sinal de alerta para um problema mais grave, pois isso advém apenas da nossa experiência (e, muitas vezes, da falta dela).
Aquilo que mais me assusta e que mais medo me dá é sentir que alguma coisa de errado se possa passar com a saúde do Vicente. E até hoje, o maior susto que apanhei foi quando aparentemente apanhou uma bactéria e acabou uma semana internado - e aí pensei ter ficado com o curso intensivo nesta matéria, mas não fiquei...
Eu adoro ser mãe de rapazes, adoro ser a mãe deste meu rapaz, mas eu não percebo nada de pilinhas e é talvez o assunto onde me sinto menos à vontade, precisamente por já ter ouvido tanta coisa. Junto do pediatra, questiono sempre se está tudo bem e se é preciso fazer alguma coisa e acato muito bem todas as suas instruções que têm sido as de não fazer nada.
No entanto, o assunto pilinhas envolve muitos outros cuidados que não devem ser esquecidos ou pelo menos que devemos ter em mente para evitar situações mais graves e mais dolorosas para os nossos pequenos, como é o caso da Balanite. Não sei muito sobre o assunto ainda, fui totalmente apanhada desprevenida e a sensibilidade com a que gravidez me deixa, torna este assunto demasiado sensível para mim e confesso-vos que pela primeira vez, sinto me com alguma dificuldade em gerir aquilo que é ver a dor de um filho e aquilo que tem/terá que ser feito - o meu desejo, neste momento, é somente que o Vicente sofra o menos possível ou, então, que sofra tudo de uma vez.
Deixo, por isso, este alerta às mamãs de meninos e se tiverem experiências semelhantes, não deixem de as partilhar comigo <3
Devemos ou não retrair o prepúcio (a pele que recobre a pilinha) e até onde? Quando nascem, os meninos têm o prepúcio colado à glande do pénis. Só mais tarde e de forma natural (através da produção de esmegma, uma espécie de gordura) é que vai havendo o descolamento. A partir daí, nada mais deve ser feito para além de manter uma boa higienização daquela zona. Por exemplo, devemos aproveitar a altura do banho - em que a pele humedecida, fica mais relaxada - para fazer uma retração leve do prepúcio, sem nunca forçar a ir para além de onde conseguimos sem fazer qualquer tipo de esforço. Mais tarde, quando as fraldas ficam para trás, devemos ter especialmente atenção às rotinas de higiene, isto é, devemos limpar muito bem aquela zona, fazendo a leve retracção, para que não fiquem impurezas que, mais tarde venham a dar origem a bactéria s causadoras de uma inflamação grave - a balanite.
Porém, quando já estamos nesta fase já mais avançada, em que se dá a fimose (ou seja, a incapacidade de retracção do prepúcio causada pela inflamação), temos que avançar para um tratamento. Muitas vezes, consegue-se ultrapassar a situação com a aplicação de um creme corticóide que vai ajudar a alargar o anel. No entanto, as dores são tantas que é difícil, para nós, fazer a sua aplicação correcta. Noutras situações, tem que se recorrer a uma cirurgia - a circuncisão, que consiste no corte circular da pele do prepúcio.
No entanto, tanto numa situação como noutra, os cuidados são os mesmos, no sentido em que se deve fazer a cuidada desinfecção da pilinha ou da cicatriz, mantendo sempre aquela zona seca. Agora, se é fácil? Não, não acho que seja, pelo menos fazer o tratamento através do creme, durante cinco dias, com o nosso filho a contorcer-se com dores, a berrar e a dizer que lhe dói, e nós a termos quase que o amarrar e mexer na pilinha, como se nada fosse! Isto não é nada fácil! Por dentro, choramos e sofremos com eles.
Por aqui é assim que começamos a semana...